segunda-feira, maio 14, 2018

PNR LEMBRA QUE SÓ O PNR DENUNCIAVA O EX-PRIMEIRO-MINISTRO JOSÉ SÓCRATES

O PNR, contra tudo e contra todos, sempre denunciou o bandido Sócrates quando se falava em “presunção de inocência”. Mas agora parece que virou moda, sobretudo entre os seus grandes amigos de ontem, reconhecer que, afinal, ele é um malandro. Acabou-se-lhes a mama e, de útil, passou a empecilho. É assim que funciona o sistema…
A um ano das eleições, verificando-se tarefa impossível lavar a imagem, cada vez mais comprometida com casos de corrupção, do “mais que tudo” do PS, optou esse partido – e seus acólitos – por uma fuga para a frente, demarcando-se dele. Os que mais lhe “comeram à mão”, e também muitos comentadores de “referência”, só agora “descobriram”, quais “virgens ofendidas”, que o homem é um patife. E toca de se apressarem a dizer que se sentiram “enganados”…
Da letra de uma música lindíssima, do “cancioneiro nacionalista”, que eu ouvia há mais de trinta anos (em cassete), cantada por José Campos e Sousa, cito de memória esta passagem extraordinária e bem apropriada: “Ser poeta é cantar quando todos se escondem e calam / Semear o silêncio onde os outros se mostram e falam”.
Pois o PNR falou abundantemente sobre o “caso Sócrates”, quando era preciso coragem para isso, e esteve sempre lá: denunciou, Domingo após Domingo, com protestos à porta da RTP, a lavagem de imagem oferecida pela televisão pública a Sócrates, como comentador em horário nobre; apoiou o Juiz Carlos Alexandre quando a máquina da maçonaria e do PS puseram as garras de fora; foi ao Estabelecimento Prisional de Évora, em demonstração de sinal contrário às manifestações de apoio e às “romarias” de figuras públicas que o visitavam, desde logo do “padrinho” Mário Soares; tomou posição firme e frontal, acerca do assunto, em textos e acções, quando todo o sistema lhe punha “paninhos quentes”.
Agora, quando parece que virou moda o “tiro ao alvo” com o “44” na mouche, o PNR prefere calar para não pactuar nem fazer coro com a chafurdice fácil e conveniente dos oportunistas.
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Fonte: http://www.pnr.pt/2018/05/a-coragem-nao-vai-em-modas/