terça-feira, abril 25, 2017

CAFÉ-RESTAURANTE PORTUGUÊS EM PARIS CELEBROU PASSAGEM DE CANDIDATA NACIONALISTA À SEGUNDA VOLTA DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS



Manuel Domingos, proprietário do restaurante que foi chamado a "cantina do FN" (Frente Nacional) pelo jornal Le Monde e a "cantina de Marine Le Pen" pelo Le Figaro, votou Marine Le Pen e assim que foram anunciados os resultados disse estar "muito satisfeito".
"Digo-lhe francamente: estou muito satisfeito. Esperava melhor, será para a próxima volta. Felicitações para a Marine. Ela merece, com todo o carinho. Tenho muita amizade, muita paixão, gostava que ela fosse vitoriosa na primeira volta, não é o caso. Vamos esperar mais uns dias", declarou o franco-português de 55 anos que acredita que a líder da FN pode vencer à segunda volta.
Manuel Domingos votou Marine Le Pen, "uma mulher de grande inteligência e capacidades", que acredita que "vai ser uma grande governanta", e disse ter "muito prazer e a honra de servir o partido dela", oferecendo-lhe o que houver na ementa, "pode ser moelas, pode ser frango, pode ser vitela, pode ser carne de vaca, pode ser costeleta de porco, feijoada".
Fernando Garcia Pires, de 60 anos, não votou porque só tem nacionalidade portuguesa, mas ficou contente com o apuramento de Marine Le Pen porque "depois as coisas podem mudar", mas disse achar "difícil" que conquiste o Eliseu porque "vão votar todos contra ela como foi da última vez".
"Ela é contra os imigrantes que continuamente vêm de todos os lados e eu acho que ela tem razão porque nós somos europeus e as pessoas que vêm agora de fora não são europeias, são africanos, são asiáticos, não tem nada a ver com o emigrante europeu", justificou o português que chegou a França em 1975.
Fernando Espinho, que vive em França há 16 anos, bebeu um copo para festejar a passagem de Marine Le Pen e disse estar satisfeito porque votou nela.
"Simpatizo um bocado com ela, 'c'est tout'! Eu acho que é uma pessoa liberal, é uma pessoa muito aberta com portugueses aqui, principalmente aqui, nunca tive problemas com ela. Na segunda volta espero que ela passe também. Vou beber um copo, mas não é ela que me vai pagar porque ela não está aqui", exclamou o emigrante de Chaves de 53 anos.
Ao seu lado, Roberto Sousa sublinhou que a líder do FN é uma "grande amiga" e que ele e os quatro filhos votaram na candidata.
"Gosto muito dela. É simples e o pai dela é igual. O que eu queria é que a moeda viesse para trás, como era antes. Escudos em Portugal, francos aqui, era isso que eu queria. Uma pessoa vivia muito melhor do que vive hoje", afirmou o português de 55 anos que tem a nacionalidade francesa para votar.
A tasca portuguesa fica a cerca de 200 metros da sede da Frente Nacional, onde esta tarde estava uma carrinha de polícia estacionada, e festejou em francês e português o apuramento da candidata da Extrema-Direita, ligando em cima da hora o canal TF1 para ver os resultados, porque antes estava a dar o jogo de futebol Guimarães-Braga.
Jean-Pierre é contabilista na sede do FN e preferiu assistir aos resultados no café português porque a comitiva do partido e a sua líder estavam hoje em Hénin-Beaumont, no norte de França.
"Estou muito contente, não pensei que fosse com o Macron mas com ele é possível vencer se as pessoas da direita não se armarem em imbecis. Estou muito optimista", declarou o membro do FN, explicando que entre o partido e os portugueses há uma ligação porque "são pessoas que estão fartas das falcatruas dos outros e também estão fartos da imigração" e considerando que "há portugueses que se sentem mais franceses que alguns franceses daqui".
Atrás do balcão, Manuel Domingos servia copos à saúde da sua candidata e disse esperar que ela passe no café ainda antes da segunda volta, estando a sala no primeiro piso preparada para a receber como já o fez várias vezes.
O espaço tem fotografias emolduradas e autografadas pelos líderes do FN, nomeadamente por Marine Le Pen que escreveu "Pour mon tonton préféré" ("Para o meu tio preferido").
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Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/781389/cafe-portugues-festejou-passagem-a-segunda-volta-de-marine-le-pen

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É verdadeiramente notável a lucidez do dono do restaurante - apesar de estar em França há mais de quarenta anos e de não ter ainda direito de voto por permanecer português, sabe que há uma diferença crucial entre imigrantes europeus e imigrantes não europeus. É disto que se faz a verdadeira democracia - do mais autêntico bom senso popular.

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ela é contra os imigrantes que continuamente vêm de todos os lados e eu acho que ela tem razão porque nós somos europeus e as pessoas que vêm agora de fora não são europeias, são africanos, são asiáticos, não tem nada a ver com o emigrante europeu

Não tem nada, mesmo nada a ver? Nada? Nadinha mesmo? Ah, pois, de facto os outros são "imigrantes", mas este é um "emigrante". Os outros vieram a França para encontrar uma vida melhor para eles e para os filhos, mas este emigrante deve ter vindo por outras razões. Os outros vieram nos anos 60 sem muita instrução, e trabalharam como empregadas e nas obras, e foram descriminados - mas este emigrante e outros como ele de facto, por serem europeus, tiveram um percurso muito, mas muito, diferente. Talvez com uma diferença, os "outros" até falavam francês por serem das ex-colónias, mas o nosso emigrante fala numa língua muito especial que aposto que a FN na altura até louvava como algo de muito positivo na França.

É verdadeiramente notável a lucidez do dono do restaurante - apesar de estar em França há mais de quarenta anos e de não ter ainda direito de voto por permanecer português

Ou seja, um modelo de imigrante, desculpa, emigrante.

É disto que se faz a verdadeira democracia - do mais autêntico bom senso popular.

Ó democrata, 78% dos franceses votaram contra o nacionalismo - que aliás tem funcionado maravilhas na Rússia (ditadura) e nos EUA (incompetencia).

26 de abril de 2017 às 09:37:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Ah, pois, de facto os outros são "imigrantes", mas este é um "emigrante"»

O lapso(?) do português até tem imensa piada - na verdade, imigrantes mesmo imigrantes são os outros, os não europeus. Ele deve ser considerado como um simples migrante, emigrante também, de certo modo, uma vez que saiu de Portugal, o que não quer forçosamente dizer que esteja em casa alheia, por isso o imigrante europeu em solo europeu deve ser tido simplesmente como um migrante que não está no seu país, mais do que um indivíduo que está em casa alheia. Aproveito a oportunidade para criar outro termo: intramigrante é o migrante que embora saindo da sua nação continua no grande bloco etno-civilizacional a que a sua nação pertence: um português em França, um grego na Suécia, um tanzaniano em Moçambique ou um vietnamita na China.



«Os outros vieram a França para encontrar uma vida melhor para eles e para os filhos, mas este emigrante deve ter vindo por outras razões»

As razões não interessam - o que interessa é quem se é ou não se é. E ele é europeu. Os tais outros, não.


«Os outros vieram nos anos 60 sem muita instrução, e trabalharam como empregadas e nas obras, e foram descriminados»

Pois o problema é eles serem demasiadas vezes descriminados, deixando assim de pagar pelos seus crimes, quando na verdade muitos deles mereceriam ser discriminados de maneira a serem postos fora do País...


«percurso muito, mas muito, diferente»

Sim, em muitíssimos casos sim. Os portugueses, por exemplo, nunca andaram em grupo a incendiar milhares de automóveis...


«Talvez com uma diferença, os "outros" até falavam francês por serem das ex-colónias, mas o nosso emigrante fala numa língua muito especial que aposto que a FN na altura até louvava como algo de muito positivo na França»

Isso não sei, se louvava se não, mas para já de uma língua europeia e ainda por cima latina se trata; quanto aos que falavam Francês, é igual ao litro, do mesmo modo que em Portugal os imigrantes, aliás, intramigrantes russos e ucranianos que não falem Português estão
incomparavelmente
mais próximos dos Portugueses do que os angolanos, moçambicanos e mestiços brasileiros que vivam em Portugal há toneladas de anos.





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26 de abril de 2017 às 17:56:00 WEST  
Blogger Caturo said...

É verdadeiramente notável a lucidez do dono do restaurante - apesar de estar em França há mais de quarenta anos e de não ter ainda direito de voto por permanecer português

«Ou seja, um modelo de imigrante,»

Sem dúvida - sabe que não está na sua terra, sabe qual é o seu lugar. Se os «outros» fossem todos assim, haveria eventualmente muito menos merda em França... mas pode ser que um dia destes as coisas melhorem, a bem ou a mal...


26 de abril de 2017 às 17:57:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Ó democrata, 78% dos franceses votaram contra o nacionalismo»

Não, 22% dos Franceses votou no Nacionalismo (mais do que nunca, numa eleição presidencial, ui, tanto tremelique do anti-racistame, a ver o povinho a ficar ainda mais «racista!!!!!!!!!!!!!!!!!!») e quanto aos outros 78% não sabes o que os levou a votar ou a abster-se.


«que aliás tem funcionado maravilhas na Rússia (ditadura) e nos EUA (incompetencia).»

Tomara o teu mulato queniano fazer tanto pelos EUA em oito anos quanto o gordo loiro já fez em três meses...

26 de abril de 2017 às 18:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Estrangeiros europeus em terras europeias são imigrantes, e acabou-se.









acclaim

26 de abril de 2017 às 19:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O lapso(?) do português até tem imensa piada - na verdade, imigrantes mesmo imigrantes são os outros

Dizes bem, mas não é lapso, imigrante tem uma conotação mais negativa, e é por isso que ele não utiliza para si próprio. Mas a língua portuguesa é clara: o proprietário da cantina da FN é um emigrante no contexto em que saiu de Portugal, mas é um imigrante no contexto de quem entrou para a França. Todos os imigrantes são emigrantes, e no contexto Francês ele é tão imigrante como os que ele critica, que ironicamente devem falar melhor francês e votam nas eleições, e não se limitam a dar opiniões. Sinceramente, depois de 40 anos...

Tomara o teu mulato queniano fazer tanto pelos EUA em oito anos quanto o gordo loiro já fez em três meses...

Só podes estar a gozar. O Trump não fez absolutamente nada nos primeiros 3 meses, a não ser jogar golf. O Obama instituiu um sistema de saúde em que deu acesso a saúde a 20 milhões de pessoas (o dobro da população portuguesa), salvou a industria de automóveis americana, e a economia americana da recessão.

27 de abril de 2017 às 10:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

O lapso(?) do português até tem imensa piada - na verdade, imigrantes mesmo imigrantes são os outros

«Dizes bem, mas não é lapso, imigrante tem uma conotação mais negativa, e é por isso que ele não utiliza para si próprio. Mas a língua portuguesa é clara: o proprietário da cantina da FN é um emigrante no contexto em que saiu de Portugal,»

Já expliquei isso, ler acima.


«Todos os imigrantes são emigrantes, e no contexto Francês ele é tão imigrante como os que ele critica, que ironicamente devem falar melhor francês»

O que não interessa grande coisa, como também expliquei acima.


«votam nas eleições, e não se limitam a dar opiniões»

Pior para a França. Fossem todos os imigrantes como este português e o País estava provavelmente bem melhor.


«Sinceramente, depois de 40 anos...»

Faz ele muitíssimo bem. Sabe qual é o seu lugar. Aliás, tinha bem mais direito de voto do que qualquer africano, por mais que este falasse Francês como Moliére.


Tomara o teu mulato queniano fazer tanto pelos EUA em oito anos quanto o gordo loiro já fez em três meses...

«Só podes estar a gozar. O Trump não fez absolutamente nada nos primeiros 3 meses,»

Errado. Já deportou mais gente, comparativamente, que o teu mulato, acabou com o TPP (http://gladio.blogspot.pt/2017/01/trump-podera-ter-travado-globalizacao.html), impediu o envio de milhões aos islamistas da Palestina (http://gladio.blogspot.pt/2017/01/trump-trava-auxilio-envio-de-milhoes.html), e, antes mesmo de ser eleito, já tinha provavelmente salvado os postos de trabalho americanos da Carrier (http://gladio.blogspot.pt/2016/11/trump-tera-conseguido-que-trabalhadores.html). Mais: http://www.washingtonexaminer.com/byron-york-trumps-100-days-an-executive-success/article/2621041
Só não bloqueou a iminvasão como queria porque os teus donos controlam os tribunais e impedem-no, em flagrantemente ofensiva limitação da Democracia: fulanos não eleitos pelo povo a impedirem um eleito pelo povo de tomar um medida apoiada pelo povo - não podia ser mais clara a oposição entre o que a elite quer impingir ao povo e o que o povo realmente quer.


28 de abril de 2017 às 01:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Todos os imigrantes são emigrantes, e no contexto Francês ele é tão imigrante como os que ele critica, que ironicamente devem falar melhor francês e votam nas eleições, e não se limitam a dar opiniões. Sinceramente, depois de 40 anos..."

Foda-se, não perceber que o imigrante português é muito mais compatível com a sociedade francesa do que o imigrante muçulmano ou africano, e que por isso ele não é nada igual aos imigrantes não-europeus. facepalm





acclaim

Publica, Caturo.

28 de abril de 2017 às 02:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E ah, o Cristianismo era a religião do primeiro rei de França...dizer que esta é igual ao Islão. lol facepalm






acclaim




28 de abril de 2017 às 03:03:00 WEST  
Anonymous MIGUEL said...

Ó MALTA. PAREM DE RESPONDER A ANÓNIMOS QUE SAO PAGOS PARA ANÓNIMAR AS COISAS!

28 de abril de 2017 às 12:49:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Já deportou mais gente, comparativamente, que o teu mulato

Errado.

acabou com o TPP

Ele só teve de assinar um papel. A China agradece.

já tinha provavelmente salvado os postos de trabalho americanos da Carrier

Errado.

Só não bloqueou a iminvasão como queria porque os teus donos controlam os tribunais e impedem-no, em flagrantemente ofensiva limitação da Democracia: fulanos não eleitos pelo povo a impedirem um eleito pelo povo

Aqui (tal como no caso do Obamacare) mostra a incompetencia do Trump e das pessoas que trabalham com ele. Existem leis nos EUA contra a discriminação religiosa - e os juizes estavam a seguir a lei do pais. O presidente não pode ir contra as leis do País. Ironicamente, estamos a falar de um presidente sem mandato já que perdeu o voto popular.

1 de maio de 2017 às 19:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Já deportou mais gente, comparativamente, que o teu mulato

«Errado.»

Nem por isso - foram feitas já mais detenções do que no tempo do teu mulato, http://www.newsweek.com/illegal-immigration-undocumented-migrants-obama-trump-585726

e agora qualquer crime permite a deportação:
http://www.independent.co.uk/news/world/americas/donald-trump-immigration-rules-barack-obama-deportation-undocumented-workers-executive-orders-visa-a7592076.html



«acabou com o TPP Ele só teve de assinar um papel.»

Pois foi, mas para isso teve de passar por cima da tua laia e ganhar as eleições, o que já agora até foi uma derrota pessoal do teu mulato queniano.


«A China agradece.»

Isso não sei. Sei é que os nacionalistas agradecem, a Europa também, tu e os teus donos é que não.


já tinha provavelmente salvado os postos de trabalho americanos da Carrier

«Errado.»

Não, verdade: https://www.nytimes.com/2017/04/23/business/economy/indiana-united-technology-factory-layoffs.html?_r=0



Só não bloqueou a iminvasão como queria porque os teus donos controlam os tribunais e impedem-no, em flagrantemente ofensiva limitação da Democracia: fulanos não eleitos pelo povo a impedirem um eleito pelo povo

«Aqui (tal como no caso do Obamacare) mostra a incompetencia do Trump e das pessoas que trabalham com ele. Existem leis nos EUA contra a discriminação religiosa»

Leis inventadas pelos teus donos e pelos teus donos impostas de cima para baixo, ou seja, de forma notoriamente anti-democrática. Para cúmulo, a lei até permite a Trump fazer o que estava a querer fazer, como aqui se lê http://dailysignal.com/2017/02/06/trumps-executive-order-on-immigration-is-both-legal-and-constitutional/

mas claro que os teus donos controlam os tribunais e se borrifam para a parte da lei que não convém aos seus propósitos ideológicos.
Ou seja, continuam a não deixar fazer a bem o que se calhar vai ter de ser feito a mal. Depois queixam-se como se fossem inocentes e não tivessem culpa nenhuma...
Entretanto ainda a procissão vai no adro. Pode ser que o Trump consiga mudar o esquema e deitar abaixo do poleiro aqueles que não o queriam ver eleito e sofreram pesada derrota nas eleições presidenciais.


«O presidente não pode ir contra as leis do País. Ironicamente, estamos a falar de um presidente sem mandato já que perdeu o voto popular.»

Ganhou conforme o sistema eleitoral lhe permitiu ganhar - um sistema que dá força ao mundo rural norte-americano, que é quase todo branco de origem europeia, que chatice para ti e os teus coleguinhas e donos...

2 de maio de 2017 às 22:52:00 WEST  

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