quarta-feira, novembro 30, 2016

DONDE PARTE ALGUM DO DINHEIRO PARA O CALIFADO... COM A PASSIVIDADE DO FMI



Ao longo dos últimos 20 anos, o Kosovo gastou mais de dois biliões de dólares em pagamentos a antigos combatentes do Exército de Libertação do Kosovo, uma organização terrorista. A república auto-proclamada, é claro, não tem dinheiro: os meios foram recebidos dos EUA e da UE, e desde 2009 - na maior parte - do Fundo Monetário Internacional.
De acordo com várias fontes, agora nas fileiras do Daesh combatem, pelo menos, 500 veteranos do Exército de Libertação do Kosovo. Se compararmos este valor com o número total de habitantes da região, torna-se claro que o Kosovo está em quinto lugar na Europa quanto ao número de pessoas que partem para lutar pelos "ideais" da organização islamista. Na sua maior parte, são esses mesmos veteranos do Exército de Libertação do Kosovo que recebem subsídios do governo do Kosovo, regularmente financiado pelos EUA, a UE e o FMI.
No Kosovo estão registados 46.000 veteranos. A lista foi criada para estabelecer o número exacto daqueles que merecem uma pensão do governo local. O dinheiro (106 milhões de euros, cerca de 389 milhões de reais brasileiros) é concedido pelo FMI.
No ano passado, as autoridades da república auto-proclamada começaram os primeiros pagamentos: 12.000 ex-membros do Exército de Libertação do Kosovo, que na década de 90 lutaram contra as autoridades jugoslavas legítimas, receberam 170 euros mensais, o que, de acordo com estatísticas oficiais, é um pouco mais de metade do salário médio no sector público. Mas como durante o ano o número de veteranos registados aumentou 4 vezes (300%), Pristina foi forçada a pedir mais fundos ao FMI.
A propósito, o orçamento da "República de Kosovo" para 2017 é de dois biliões de euros, incluindo os fundos reservados para a transformação da Força de Segurança do Kosovo em  Forças Armadas do Kosovo. Contra isso o FMI não tem nenhuma objecção, mas para as pensões de 46.000 veteranos o Fundo já não quer desembolsar dinheiro, pedindo a Pristina para verificar se estas listas foram elaboradas de forma rigorosa.
Os veteranos, por sua vez, ameaçam que, se o seu serviço não for reconhecido, eles vão arranjar "algo mais sério do que protestos diários".
Pristina tem outra escapatória — os Estados Unidos. Se o dinheiro para os veteranos não for concedido pelo FMI, talvez Washington o conceda. Mas agora, após a vitória de Trump, já não há certeza disso.
Imediatamente após a guerra de 1999, Kosovo recebeu assistência internacional "rápida" e a fundo perdido, no valor de 3,8 biliões de dólares (cerca de 130 biliões de reais brasileiros). De acordo com várias fontes, entre 2000 e 2010 na região foram "despejados" cerca de 40 biliões de dólares (137 bilhões de reais brasileiros). Parte deste dinheiro, como se vê, passou a manter aqueles que estão agora dispostos a lutar sob a bandeira do Daesh.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://br.sputniknews.com/europa/201611307009015-como-fundo-monetario-internacional-financia-daesh/

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Mais uma consequência do que a elite ocidental fez quando deixou que se estabelecesse um poder islâmico em solo europeu.