segunda-feira, junho 27, 2016

HOMOFOBIA, ESQUERDA E CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES

A respeito da matança perpetrada por um muçulmano, Omar Mateen, contra quase meia centena de homossexuais em Orlando, EUA, continuaram e continuam as hostes de Esquerda a querer restringir ao rótulo «homofobia» o alvo da sua agressividade político-mediática, evitando com pinças a referência ao elefante na sala, que é o Islão. Até marram no alegado facto de que o homicida era homossexual, a ver se levam a coisa para o campo da neurose individual e assim a parte relativa ao aspecto muslo fica como que abafada... A verdade objectiva é que se tratou formalmente de um acto muçulmano, de acordo com as regras do credo fundado pelo profeta Maomé, que aliás vigoram ainda hoje em sete países muçulmanos  - 7, VII – sem contar com o fielmente muçulmano califado da Síria e do Iraque, também conhecido como «ISIL», «Daesh», etc.. Recentemente, um proeminente imã estacionado no Canadá veio dizer que o procedimento de Mateen «não tem nada a ver com o Islão» e que o seu acto foi fruto de alguma conspiração para denegrir a sua religião e dar mais um argumento à Extrema-Direita… mas porque é que não tem nada a ver com o Islão?, ele explica: matanças destas não podem ser levadas a cabo por um indivíduo porque têm é de ser decididas por um tribunal… ele próprio, o imã, tinha afirmado num livro da sua autoria que, de acordo com as regras do Islão, o homossexual passivo é condenado à morte…
Argumenta a Esquerda «homófila» e xenófila, e islamófila, que nenhuma religião tem o exclusivo da homofobia e que também no seio da Cristandade abunda o ódio aos homossexuais. E nisso tem razão.
Sucede simplesmente que no Ocidente a Cristandade está a morrer, particularmente na Europa Ocidental, onde perde terreno as olhos vistos: fecham-se mais e mais igrejas, que são ora demolidas, ora vendidas para que nelas se façam bibliotecas, bares ou, note-se, mesquitas…  A Cristandade perde no Ocidente todas as batalhas em que se mete, uma a uma, mormente em Portugal, um dos países mais católicos da Europa: perdeu a dos anticonceptivos, a do aborto, a do casamento homossexual, a da adopção por casais homossexuais, a da procriação médica assistida, foram todas a eito. Possivelmente será também derrotada a respeito da eutanásia, dado que pelo menos uma sondagem indica estar a maioria dos Portugueses a favor da implementação de mais essa liberdade. E mais ou menos o mesmo sucede nos outros países europeus.
A única força organizada que tem uma componente homofóbica inegável e está em crescimento no Ocidente é precisamente a do Islão. Nas fileiras da Extrema-Direita, pelo contrário, essa mesma componente decresce a olhos vistos e a FN francesa já em 2012 tinha em Paris mais votos dos homossexuais (26%) do que dos heterossexuais (16%). Na Holanda, o anti-imigração PVV é «pró-gay».  Na Suécia, o SD até já realizou, provocatoriamente, uma marcha «LGBT» numa área residencial amplamente habitada por muçulmanos, precisamente porque percebe uma das principais fragilidades da mundivisão politicamente correcta que tenta harmonizar o que é incompatível: os direitos das minorias sexuais e a imigração maciça vinda do mundo islâmico.

Compreende-se que boa parte da comunidade gay esteja ainda a adoptar o discurso da Esquerda sobre este tema. Ao fim ao cabo, os activistas mais activos em quase tudo costumam ser os mais esquerdizados. Por outro lado, é um facto que a defesa dos direitos dos LGBT foi sempre uma bandeira da Esquerda, enquanto à Direita se arregimentaram os mais hostis à homossexualidade. Não surpreende por isso que a «militância» gay, desenvolvendo-se em ambiente esquerdista, opte frequentemente por se opor à «lógica da guerra das civilizações», expressão comum na Esquerda. É também verdade que as suas polémicas marchas do denominado «Orgulho Gay» foram sempre inequívoca e até explicitamente apoiadas pela Esquerda, enquanto à Direita se ajuntaram os que mais ferozmente criticaram tais eventos, até como ponto de honra. E percebe-se que, numa sociedade onde apesar de todas as medidas tomadas em prol da tolerância e da liberdade, a referência à homossexualidade ainda é usada como forma de insulto pessoal mais ou menos generalizado – gay, paneleiro, panasca, ainda são dos piores «nomes» que se pode chamar ao comum dos mortais do sexo masculino… - percebe-se que, neste contexto, seja afirmada a urgência de promover a dignidade dos homossexuais, constituindo este o sentido em que o termo «orgulho» deve ser entendido, quando de «Orgulho Gay» se fala. Demasiadas hostes nacionalistas fizeram seu o ódio conservadorista a estas manifestações, apesar de por outro lado jurarem a pés juntos, na esmagadora maioria dos casos, que não são de Extrema-Direita!!! (embora defendam tudo o que se atribui à Extrema-Direita, enfim, arvorar diferenças no campo económico para justificar esta demarcação não convence, quando se sabe que para qualquer nacionalista coerente, e para qualquer militante de Extrema-Direita, o aspecto económico é sempre subalterno e secundário, logo, não pode definir decisivamente quaisquer pertenças ou não pertenças a quadrantes políticos) o que, de resto, nada tem a ver com o Nacionalismo. Diante desta realidade política meramente contextual, compreende-se pois que os activistas homossexuais se ponham inteiramente no campo da Esquerda e, sob tal influência, papagueiem a retórica contra a concepção de confronto civilizacional. O que os homossexuais que assim procedem não percebem é que, ao pugnarem pela sua liberdade sexual em público, estão, quer queiram quer não, automaticamente a tomar parte de uma colisão de civilizações, porque isso de defender minorias sexuais é algo de especificamente ocidental e de todo estranho, até visceralmente contrário, ao mundo islâmico. A ascensão das forças nacionalistas democráticas em todo o Ocidente é pois a melhor salvaguarda política que os homossexuais ocidentais podem ter…

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E todos a "esquecer" que o tal terrorista parecia ser gay.

27 de junho de 2016 às 16:49:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E afinal parece que os poloneses acabam sendo os principais alvos dos "xenófobos":

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/reino-unido-registra-episodios-de-xenofobia-pos-brexit.html

27 de junho de 2016 às 16:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

100% de acordo

28 de junho de 2016 às 15:27:00 WEST  

Enviar um comentário

<< Home