quarta-feira, março 30, 2016

AUSTRÁLIA LANÇA FILME PARA DESENCORAJAR IIIIIIIIMIGRANTES

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/australia_lanca_filme_para_desencorajar_emigrantes.html   -   Página com vídeo incorporado   -   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)
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No Médio Oriente existe uma falsa percepção de que os emigrantes que chegam à Austrália são recebidos com toda a facilidade. Acredita-se que há emprego garantido e uma vida próspera para todos os migrantes. Uma crença que, dizem as autoridades de imigração da Austrália, tem levado centenas de pessoas a tentar chegar ao continente em barcos atolados de gente, sem as mínimas condições de segurança.

Para tentar desencorajar os que sonham com uma vida feliz na Austrália, os serviços de imigração do país investiram 4 milhões de euros na produção de uma longa metragem que retrata a infeliz epopeia de um grupo de homens mulheres e crianças do Afeganistão que parte em busca do sonho australiano. Falado em Árabe, Pashto, Dari, Urdu e Farsi (línguas comuns a vários países do Médio-Oriente), o filme está a ser divulgado no Afeganistão, Irão, Paquistão e Iraque. A longa-metragem tem 90 minutos e (aviso de spoiler) tem um final muito infeliz. Dezenas de migrantes que seguem a bordo de um barco de madeira acabam naufragados no meio do Oceano Índico. The Journey (A Jornada) já foi exibido em dois canais da televisão afegã, e o jornal The Guardian regista as reacções: "Foi difícil de ver. Deixou-me perturbada. Sei que são actores, mas estas coisas acontecem mesmo aos afegãos" contou ao jornal britânico Ali Reza, de 18 anos. Filmado em três países, o filme conta com um elenco de actores de 13 nacionalidades. O site The Age cita um porta-voz do departamento de imigração da Austrália, que explica o porquê da iniciativa: "Uma pesquisa independente nestes países revelou que existiam falsas percepções e rumores acerca da política de imigração da Austrália. Havia a percepção de que a Austrália é um país preferido para aqueles que desejam viajar ilegalmente de barco". A produtora do filme (Put It Out There) é bem explícita na explicação da obra: "Este filme pretende educar e informar as audiências acerca da futilidade de investir em traficantes de pessoas, dos perigos da viagem e das políticas duras que os aguardam se chegarem a águas australianas". O filme não vai ter versão em inglês e está a gerar polémica na Austrália por o governo usar dinheiros públicos para financiar uma obra que muitos acusam de ser "pura propaganda". 

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É preciso deixar bem claro que estes são imigrantes, iiiimigrantes, contrariando o eventual erro do título do Correio da Manhã, que repete o erro no texto ao falar em «autoridades da emigração», em que tive de corrigir o «e» de «emigração», passando-o a «i»... Parece-me pouco provável que de um simples erro ortográfico se trate. Há por aí muita gente, nos mé(r)dia que, sequaz do universalismo militante da moda, imposto de cima para baixo pela elite político-cultural reinante, sente-se «desconfortável» com a distinção entre «Nós» (Povo Nacional) e «eles» (alógenos), vai daí prefere designar os imigrantes como «emigrantes», ou «migrantes» - prefere «ver» a cena como se estivesse no lugar do Amado Outro, em vez de ver a cena como ela é de facto: o alógeno diante do Nós é alógeno. É «outro nós». Em Português, e noutras línguas, chama-se-lhe «eles».

2 Comments:

Anonymous Arauto said...

Um vídeo com o seu interesse, Caturo:

https://www.youtube.com/watch?v=q94syUDDhxA

30 de março de 2016 às 16:11:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sem dúvida. E a parte em que o fulano diz que a Europa será «diversa como o resto do mundo» é significativa: ou o fulano quer fazer crer que no resto do mundo também reina a misturada, o que é aldrabice óbvia, ou então quer fazer da Europa um reflexo de todo o resto do mundo. Portanto o que esta espécie de gente quer é que a Europa seja um mundo em ponto pequeno. Lugar para os brancos europeus viverem em paz é que não pode haver porque isso significa incorrer em pecado.

É mesmo contra esta malta que se faz o combate nacionalista.

30 de março de 2016 às 19:38:00 WEST  

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