terça-feira, junho 30, 2015

TRADIÇÃO DO ENTERRO DO GALO COMEÇA A GERAR POLÉMICA

Fonte: http://www.sol.pt/noticia/399458
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Depois da ‘queima do gato’, o Facebook volta a revelar uma outra iniciativa que está a deixar milhares de pessoas indignadas – Em Ruivós, freguesia do concelho de Sabugal, distrito da Guarda, a população junta-se na altura das festas da terra para enterrar um galo e tentar acertar-lhe com uma enxada na cabeça.                
A actividade, praticada por adultos e crianças, foi denunciada pelo humorista Nuno Markl na sua página oficial no Facebook. “Em Ruivós, acha-se óptima ideia enterrar um galo vivo com a cabeça de fora e depois estimular os habitantes de todas as idades a tentar matá-lo à paulada”, escreveu Markl.
O humorista divulgou um texto publicado no site Associação Amigos Ruivós: "O dia mostrou-se muito tímido e com frio mas a população de Ruivós saiu à rua para o convívio e a animação dinamizar. Por volta das 15 horas, os mais atrevidos percorreram as ruas da aldeia anunciando a sentença do galo. De seguida e destacando os mais pequeninos, um a um, foram tentando a sua sorte, de olhos vendados, matar o galo. A tarde foi passada entre risos e gargalhadas". A publicação foi entretanto apagada do site.
“Aqui, tal como na Queima do Gato, o que está em causa é isto: uma população a estimular junto das crianças a agressão selvática a um ser vivo a quem nem é dada a possibilidade de fugir. E tudo entre risos e gargalhadas. Não se perceber a ténue linha que separa "a tradição" de uma cultura do Mal e da violência, é triste”, escreveu Nuno Markl. A publicação do humorista tem mais de 3700 ‘gostos’ e 800 partilhas.
Entretanto, outros utilizadores começaram a partilhar imagens desta actividade no Facebook.

O enterro do galo e a queima do gato (de origem céltica), já aqui referida ontem, são também criticadas aqui: http://www.vortexmag.net/3-tradicoes-bizarras-e-repugnantes-de-portugal/

A indignação que agora se observa é, repito, mais um sinal positivo do que se passa em Portugal, apesar de tudo - isto é os Portugueses a seguirem um caminho naturalmente europeu.