quarta-feira, abril 29, 2015

A TRAGÉDIA DO NEPAL E OS «ABUTRES» DA CRISTANDADE

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4533582&page=-1
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É nesta zona do mundo que a placa do subcontinente indiano mergulha sobre a Euroasiática, a um ritmo de quase cinco centímetros por ano.
Faltavam poucos minutos para o meio-dia quando um movimento das placas tectónicas a 15 quilómetros de profundidade originou as ondas de choque que se propagaram pelo Nepal, Índia, China e Bangladesh, destruindo milhares de vidas, casas e monumentos. De alguma forma, esta era uma catástrofe mais do que anunciada: os registos históricos indicam que o período de retorno de um sismo de magnitude 8 na região é de cerca de 75 anos, segundo a National Society for Earthquake Technology do Nepal - o último tinha sido em 1934.
De acordo com a Geohazards International, uma organização não-lucrativa de prevenção contra desastres naturais, é 60 vezes mais provável um habitante de Katmandu morrer num sismo de que um habitante de Tóquio. Por um lado, porque é que uma zona de actividade sísmica intensa, por outro, porque não existe o devido planeamento e prevenção, argumentam.
A explicação para esta regularidade encontra-se na localização: estes sismos são gerados pela convergência da placa Indiana com Eurasiática, que entraram em colisão há 40 ou 50 milhões de anos. É nesta zona, numa fronteira difusa que em certos locais corre ao longo da fronteira sul do Nepal, que a placa do subcontinente indiano mergulha sobre a Eurasiática, a um ritmo de quase cinco centímetros por ano, explica o Instituto Norte-Americano de Geofísica (USGS), causando o levantamento dos Himalaias, que continuam a crescer.
A convergência das placas gera tensão e energia que é libertada nestes sismos poderosos. No entanto, o USGS nota que há registo de apenas quatro eventos de magnitude seis ou maior no último século: o maior, de magnitude 8, ocorreu em 1934, causando a morte a mais de 10 mil pessoas.

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Certa cambada missionária, Chusma de Cristo, aproveitou a deixa para fazer a sua propaganda de conversão, como aqui se pode ler http://shankhnaad.net/heritage/subversion/item/241-how-the-nepal-earth - grupos e grupos de cristãos evangélicos sugerem que se o país fosse cristão não teria agora sofrido o que sofreu, adiantando por outro lado que esta é uma boa oportunidade para que os Nepaleses aceitem a palavra do Judeu Morto como verdadeira e única...
Houve até um pastor evangélico, nos EUA, que teve o despudor de dizer que está a rezar para que nenhum templo pagão destruído pelo terramoto seja reconstruído...

Entretanto os hindus e budistas lidam com o sucedido como podem, não havendo, de resto, uma só interpretação entre eles para a desgraça que sobre eles se abateu: uns falam em carma - retribuição por acções humanas - outros referem textos hindus que atribuem um carácter fortuito a certas desgraças, ou seja, pura e simplesmente acontecem, sem relação necessária com carma algum. Pode ler-se mais sobre o tema aqui: http://edition.cnn.com/2015/04/26/world/nepal-earthquake-buddhists-hindus/

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E fazem bem. O que mais iria salvá-los? Vossas crendices politeístas além de falsas são muito desorganizadas, nem sequer conseguem se manter, como ajudariam um povo em desgraças?

1 de maio de 2015 às 13:25:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Nem sequer conseguem se manter quando foram e são religiões formais de civilizações inteiras? Lá que as hostes pagãs não tenham a vossa máquina de propaganda cristã, convenientemente mesclada com programas de auxílio aos desfavorecidos, isso é outra coisa. Mas sempre foi possível lidar com as desgraças antes e paralelamente às forças da Cristandade, e com um brinde janota: nada de matanças e genocídios em nome da religião, como aqueles que se fizeram em nome do vosso Judeu Morto.

7 de maio de 2015 às 18:59:00 WEST  

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