sábado, novembro 29, 2014

ISRAEL VOLTA A SER UM ESTADO VERDADEIRAMENTE ÉTNICO

Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/governo-israelita-aprova-lei-que-se-refere-a-israel-como-estado-judaico-1677227
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O governo israelita aprovou este domingo uma controversa lei que define Israel como um Estado judaico e que deverá aumentar a tensão vivida no país. Os opositores à lei falam em racismo e temem maior descriminação dos árabes israelitas.
O diploma identifica Israel como a pátria dos judeus, institucionaliza a lei judaica como uma fonte legislativa e retira ao Árabe o carácter de língua oficial, que passa apenas a contar com um “estatuto especial”. A proposta tem que ser aprovada pelo Knesset (Parlamento israelita), mas o mais provável é que o diploma que venha a ter luz verde seja uma versão mais suave, elaborada pelo próprio primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Segundo o jornal Yedioth, a versão de Netanyahu não abrange a questão linguística e refere-se a Israel como um Estado judaico e democrático. Os preceitos da proposta já se encontram na Declaração da Independência de Israel mas as preocupações principais centram-se na ausência de um garante do tratamento igualitário para todos os cidadãos. A lei “coloca os cidadãos árabes do Estado numa posição inferior ao estatuto dos judeus, a quem também são dados direitos colectivos”, nota o jornal Haaretz em editorial.
Para os defensores da lei, a prioridade é a defesa do direito de auto-determinação do povo judeu. “A lei do Estado judaico é muito necessária neste momento, não só para assegurar a viabilidade a longo prazo de Israel, mas também como precursora de uma futura solução para a ampla crise de legitimidade que mina todo o sistema de Estados no Médio Oriente”, escreve no Times of Israel o presidente do Instituto Herzl, Yoram Hazoni.
A própria forma como o diploma foi discutido na reunião do conselho de ministros é sintomática do carácter problemático da nova lei. A imprensa israelita descreveu um ambiente de grande divisão e até de alguma violência verbal entre os membros do executivo liderado por Benjamin Netanyahu.
Apesar de a proposta ter sido discutida à porta fechada, os gritos dos ministros eram “altos o suficiente para os repórteres no corredor poderem ouvir grande parte da discussão”, escreveu o Times of Israel. O diploma foi aprovado com o voto contra de seis ministros da coligação – que abrange partidos nacionalistas, sionistas, de centro e de direita.
Yariv Levin, o deputado do Likud (direita) que propôs o diploma, sublinhou o “significado histórico” da decisão. “Hoje demos um passo de significado histórico para fazer regressar Israel às suas raízes sionistas, após anos de danos contínuos feitos pelo sistema de justiça aos princípios sobre os quais este Estado foi fundado”.
Por trás da decisão de Netanyahu está a crescente pressão dos sectores mais conservadores dentro do seu próprio partido, o Likud, em plena convulsão interna e com eleições primárias marcadas para o início de Janeiro. O ministro das Finanças, Yair Lapid, que votou contra, afirmou que a versão aprovada no conselho de ministros foi formulada com “as primárias no Likud em mente”.
O procurador-geral, Yehuda Weinstein, foi uma das vozes mais críticas em relação à nova lei, que diz colocar em causa a natureza democrática de Israel. Mesmo a versão mais suavizada implica “mudanças significativas nos princípios fundadores da lei constitucional”, afirmou num artigo publicado pelosite noticioso Walla.
Também as organizações árabes criticaram a proposta que dizem confirmar “a institucionalização do racismo, que é já uma realidade nas ruas, tanto na lei como no coração do sistema político”. “A democracia garante que todos os cidadãos têm os mesmos direitos e são iguais perante o Estado, mas esta alteração racista introduz uma distinção com base na religião”, disse ao Al-Arabiya um representante do Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe em Israel.
A decisão promete incendiar ainda mais os ânimos entre os israelitas e a comunidade árabe (entre 17 e 20 % da população), numa altura em que se sucedem os episódios de violência em Jerusalém e que levantam receios de que se esteja a aproximar o  início de uma nova Intifada– revolta palestiniana. No início da semana passada, dois palestinianos entraram numa sinagoga na parte ocidental da cidade e atacaram indiscriminadamente com facas e machados, matando cinco pessoas. 

Saliento, a partir desta fonte, http://www.alertadigital.com/2014/11/24/el-gobierno-israeli-aprueba-una-ley-por-la-que-solo-habra-derechos-nacionales-para-los-judios/, o que diz o primeiro-ministro israelita: quer que Israel seja um Estado democrático no qual todos os cidadãos sejam iguais em direitos, «mas só há direitos nacionais para os Judeus: uma bandeira, um hino, o direito de todo o judeu a imigrar para Israel e outros símbolos nacionais.»
Criticou ainda a incoerência dos que querem que haja um Estado palestiniano, mas depois não aceitam sequer que haja um Estado verdadeiramente judaico.

É uma boa oportunidade para os Nacionalistas Europeus darem os seus parabéns a Israel, dizendo, no fim «... que é algo que todos nós, Nacionalistas europeus/portugueses/franceses/ingleses/etc., queremos no nosso país, pelo que teremos também nessa altura a solidariedade de Israel.»