segunda-feira, abril 30, 2012

CASCAIS É O TERCEIRO CONCELHO COM MAIS CRIMINALIDADE NO PAÍS

Amílcar Matos aprendeu a nunca virar as costas aos clientes. Com uma ourivesaria aberta há 42 anos na Baixa de Cascais, o empresário garante que os tempos nunca foram tão maus para o negócio.
«Todos os dias temos uma tentativa de furto ao balcão. O cliente, que na verdade é ladrão, pede para ver fios e anéis, depois pede mais um anel só para nos distrair e desviar alguma peça. Já me levaram algumas», conta ao SOL, mirando quem passa na rua. «Não há pobreza em Cascais? Olhe à sua volta... Os mendigos não são poucos, até estrangeiros».
Ele e os outros comerciantes do centro histórico de Cascais têm a vantagem de ter por perto um agente da PSP que foi contratado para vigiar uma outra ourivesaria ali ao lado, que foi assaltada há alguns anos. «Aqui vamos estando protegidos», desabafa.
Essa sorte faltou ao gerente do Hotel Eden, no Estoril, onde já este ano, em Janeiro, um encapuzado entrou de caçadeira em punho, ameaçou e trancou a funcionária da tabacaria numa arrecadação, fugindo com todos os maços de tabaco que estavam no expositor, no valor de 250 euros. Pouco passava das sete da tarde. Todos os clientes ficaram sem reacção.

O quinto maior concelho
Naquele que é o quinto maior concelho do país, com 206 mil habitantes, as autoridades registaram no ano passado um total de 8.733 ocorrências – uma média de 24 assaltos por dia. No total, foram mais 66 do que em 2010, contrariando uma tendência de quebra que se vinha consolidando desde 2008 (entre 2009 e 2010, a descida foi de 15,5%).
Olhando para o distrito de Lisboa, onde a criminalidade geral também está em descida desde 2008, as estatísticas não deixam margem para dúvidas: ultrapassado apenas por Lisboa e Sintra, Cascais é já o terceiro concelho do distrito com maior número de crimes, à frente de Amadora, Loures e Oeiras.
«A conjuntura económica trouxe ao país outra realidade e Cascais não é excepção» – diz Armando Correia, presidente da Associação Empresarial do concelho, admitindo preocupação com a vaga de assaltos a estabelecimentos – no ano passado, as autoridades registaram 310 casos, mais 100 do que em 2010.
«Os cafés e restaurantes são um elo frágil, por causa do horário de funcionamento. Ainda há pouco tempo foi assaltado o novo McDonald’s que abriu em São Domingos de Rana. Fechava às 4 da manhã e agora encerra à meia-noite», diz Armando Correia.

Furtos em supermercados triplicaram
Só os furtos em supermercados mais do que triplicaram entre 2009 e 2011, passando de 29 para 91 casos. «Os relatórios que as grandes superfícies comerciais enviam mostram que as pessoas furtam cada vez mais alimentos: pacotes de arroz, massa, azeite... enquanto no passado recente levavam sobretudo pilhas e perfumes», nota o representante dos empresários.
Mas os supermercados são por si só um chamariz para os criminosos que procuram simplesmente dinheiro fácil. Em Março, uma empregada de um mini-mercado na Parede não teve outra alternativa senão entregar os 120 euros que tinha na caixa, quando um homem, de máscara e luvas, entrou pelo estabelecimento e lhe apontou uma arma à cabeça.
Num território que concentra algumas das zonas residenciais mais luxuosas do país, os crimes contra a propriedade também se agravaram, incluindo alguns dos que causam maior sentimento de insegurança – caso dos furtos por carteiristas (mais 10 ilícitos), roubos por esticão (mais 18) e roubos na via pública (mais 42). Há também mais assaltos a residências: no ano passado, a polícia contabilizou 578 queixas contra 462 em 2010. A esmagadora maioria dos crimes, porém, são furtos no interior de veículos (ver infografia).
«Andar em Cascais à noite pode ser arriscado. Ainda há ruas muito mal iluminadas», diz Rui Carvalho, comerciante de 56 anos na Baixa de Cascais, que já não tem conta às tentativas de furto no interior da sua tabacaria: «Temos de ter quatro olhos sempre abertos».

Cego assaltado e sequestrado
Mas o pior pode acontecer em plena luz do dia. Em Janeiro deste ano, pela hora de almoço, um idoso de 80 anos, invisual, teve um inesperado dissabor. Caminhava na avenida do Ultramar, em Cascais, quando três homens o abordaram, encostaram-lhe uma arma de fogo ao corpo e obrigaram-no a entrar num carro.
Um deles tinha sotaque brasileiro. Circularam alguns minutos até que pararam num local ermo. Depois de o revistarem, tiraram-lhe a carteira, onde tinha os documentos e 160 euros em notas, e abandonaram-no na rua.
«A grande diferença que se nota é que muitos crimes passaram a ser cometidos durante o dia», sublinha Jorge Marques, guarda-nocturno há 16 anos na freguesia da Parede. «São sobretudo assaltos a residências, mas também a bancos, ourivesarias e lojas de compra e venda de ouro», conta o vigilante, recordando um assalto inédito que causou o pânico na freguesia, em Novembro passado.
Três encapuzados, com uma arma e martelos, invadiram uma ourivesaria na artéria mais movimentada da Parede, mas o dono da loja reagiu com oito tiros, o que afugentou os delinquentes. Durante o tiroteio, uma bala atingiu o talho da rua em frente e outra ficou cravada no vidro de um carro que estava estacionado.
Presidente da Câmara culpa violência doméstica
Não menos prodigioso foi o assalto, também na Parede, a um banco no ano passado. O roubo aconteceu durante o dia e foi praticado por uma jovem mulher que já tinha assaltado outro estabelecimento de crédito em Cascais. Em 2011, foram roubados 10 bancos neste concelho, mais sete do que em 2010. Nas estações dos CTT houve seis assaltos no último ano – o valor mais alto de sempre no concelho. E, no mesmo período, cinco farmácias foram saqueadas.
«Não podemos isolar os dados de um ano apenas. A criminalidade deve ser olhada em contínuo», disse ao SOL Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais.
Lembrando que o concelho é o quinto mais populoso do país, «com visitas de mais de um milhão de cidadãos, nacionais e estrangeiros, todos os anos», o autarca defende que «Cascais é um território seguro». Carlos Carreiras admite que, após dois anos de queda sucessiva, a criminalidade subiu em 2011 mas atribui o facto «essencialmente ao grande aumento do número de participações de crimes de violência doméstica (mais 160%, contra menores)».
«Sendo, naturalmente, uma causa de preocupação, este número prova que temos sido bem-sucedidos no trabalho de combate à violência doméstica», sublinha o social-democrata, atribuindo o aumento de queixas ao trabalho desenvolvido pelas associações, que encorajam as vítimas a denunciar os agressores.
(...)


Ora Cascais já à frente da Amadora, juntamente com Lisboa e Sintra... ora Sintra já se sabe, é na prática a mesma área que a Amadora, a grande zona mais africanizada do país... Quanto aos números, não devem somar-se como se os casos fossem todos iguais. O furto de carteiras ou dentro de lojas tem significado e consequências muito menos graves do que o assalto com violência em via pública. E, em matéria de violência, não acredito que Sintra e Amadora não estejam no topo... ainda assim não restam dúvidas - Sintra, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures e Oeiras são precisamente as áreas mais africanizadas do País. E o facto de pertencerem à região mais rica do País não faz com que sejam mais pacíficas do que o resto do mesmo, porque, de facto, isto não é, nunca foi, só uma questão de pobreza...

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

apesar de tudo ainda bem que houve o 25 de abril ! alguém disse isto .

30 de abril de 2012 às 12:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

sim, nos eua temos a virginia ocidental branca com renda per capita bem menor que o ultra-subsidiado dc as custas do resto do país e no entanto o dc mesmo com renda per capita bem maior tem muito mais criminalidade..

30 de abril de 2012 às 14:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

e justamente por que o dc tem maioria simian..

30 de abril de 2012 às 14:46:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«apesar de tudo ainda bem que houve o 25 de abril ! alguém disse isto»

Pois claro, isto é tudo culpa do 25 de Abril, sem 25 de Abril o país era ordeiro e não havia pretos, cof cof, quer dizer havia e não eram poucos, mas iam estar bem disciplinados, como os do regime do apartheid sul-africano, que por acaso agora andam, cof cof, à solta... pois claro.

30 de abril de 2012 às 15:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«apesar de tudo ainda bem que houve o 25 de abril ! alguém disse isto»

Pois claro, isto é tudo culpa do 25 de Abril, sem 25 de Abril o país era ordeiro e não havia pretos, cof cof, quer dizer havia e não eram poucos, mas iam estar bem disciplinados, como os do regime do apartheid sul-africano, que por acaso agora andam, cof cof, à solta... pois claro.

o 25 de abril foi mera consequencia do 62,5 e não a causa dele..o proprio salazar ja se vendia ao 62,5 nos 60s chupando o eusebio cotista e outros pseudo-cantores la..e os bantustões eram meras reservas indígenas - em um documentario se dizia que nos bantustões não haviam medicos suficientes, mas todos sabemos que nas reservas indigenas das americas tambem são os nativos (em diferentes graus de pureza) as populações com menor renda, menor apoio na saúde e cia por que se prefere subsidiar os simios do que eles as nossas custas, pois os simios são vistos como mais inferiores pelo politicamente correcto, zog, ff e cia..alem disso os bantustões foram até legais com os congoides por que os verdadeiros nativos eram os khoisan que não viviam só no so do kalahari, mas tambem no se onde os zulus e xhosas tomaram as terras deles pouco antes dos brancos chegarem e teriam tomado o resto..então xhosas e zulus congoides deviam ser expulsos pro congo e o se devolvido pros khoisan..

1 de maio de 2012 às 04:04:00 WEST  

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