sexta-feira, janeiro 28, 2011

PNR CONTRA ACORDO ORTOGRÁFICO

A sua aplicação em prestações irá afectar o ensino já no próximo ano lectivo 2011-2012 que se inicia em Setembro.
O primeiro grande choque deu-se desde já, com evidência, na comunicação social. Neste particular, cabe um elogio ao jornal “Público” (também sabemos elogiar quando tal se justifica) que, ao recusar este Acordo, representa uma honrosa excepção no seio da imprensa nacional.
Não pode deixar de dar a volta ao estômago de qualquer português, ler a ortografia aberrante que nos entra porta dentro, por exemplo nos rodapés nos telejornais.
São esses senhores que estão a desempenhar o papel de baralhar ainda mais a nossa língua escrita, já de si tão maltratada por via do laxismo do sistema ensino que vigora entre nós e que mais se preocupa em fornecer estatísticas favoráveis à União Europeia do que em ensinar solidamente os alunos.
Doravante a confusão está instalada e entrámos oficialmente na era do, isso sim, “desacordo” ortográfico.
Nem outra coisa seria de esperar de tal decisão sem pés nem cabeça que atenta contra a razoabilidade, configurando uma flagrante submissão humilhante e vergonhosa da língua-mãe, tronco principal do português no mundo, aos seus ramos derivados.
Por este andar, chegaremos ao dia em que o conceito de língua deixe de ser o “Português” para passar a ser o “Brasileiro”…
Este assunto não pode ser encarado com ligeireza, visto que se trata de uma clara perda de identidade e abre um precedente de cedência a interesses obscuros. Um Governo responsável deve proteger e defender tudo aquilo que afirme a nossa existência como povo e nação independente e com identidade própria, coisa que não se pode esperar deste e de outros governos que temos tido, que apenas nos têm subtraído progressivamente os alicerces fundamentais à nossa soberania.
A língua, como se sabe, é um dos pilares da Nação e como tal, desvalorizá-la e tratá-la desta forma, não só atenta contra a nossa Identidade e Soberania como, ao negociar um assunto desta natureza, é cavar a própria sepultura.
Somos frontalmente contra este “Acordo” e temos Razões para tal. Cabe assim aos Patriotas e Nacionalistas – bem como a todos os portugueses conscientes – resistirem e desobedecerem por todos os meios a este crime de lesa-Pátria.


 
A ortografia não é mera convenção, mas o corpo da língua na sua expressão escrita. O debate sobre o acordo irrompe numa época de crise, consoante nota uma petição on line posta a circular por um grupo de personalidades, em que o uso oral e escrito do português se degradou profundamente, ferindo a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. O acordo é mau, não resolve os problemas existentes e traz ao palco outros que ainda não conhecíamos.
Se o português é falado em paragens tão longínquas, contrário às regras seria que não tivesse diversas variantes. Há casos em que a diversidade de pronúncia geralmente seguida no Brasil ou em Portugal determina ou admite um registo ortográfico distinto. Marquem-se, portanto, as preferências de cada um dos falares, mas não se adopte nunca o processo de impor ou ceder grafias, por mero intuito de solucionar enganosamente problemas advindos de diferenças inevitáveis.
1 > A língua não é assunto para legisladores. Um idioma não se impõe por decreto. Infelizmente, andamos nisto há cem anos. Fernando Pessoa, por exemplo, marimbou-se de alto para a reforma ortográfica de 1911 e continuou a grafar como havia aprendido. Sobre a reforma republicana, escreveu: «Além do impatriotismo, foi o acto imoral e impolítico».
O Inglês é a língua franca do mundo inteiro, mas nenhum Parlamento pretendeu até hoje “unir” e “harmonizar” as ortografias do Reino Unido e dos Estados Unidos, que são diferentes.
2 > O acordo é uma reforma falha de bom senso, com inúmeros erros, imprecisões e ambiguidades.
3 > Em lugar de garantir a “unidade” linguística, o acordo admite grafias facultativas.
4 > O acordo, ao eliminar consoantes chamadas mudas, tende a acelerar o processo de consonantização da nossa fala. Já haviam sido eliminadas em 1945 as letras consonânticas “c” e “p” das sequências interiores “cc”, “cç” e “pt”, nos casos em que são invariavelmente mudas nas pronúncias portuguesa e brasileira. Mas algumas consoantes tidas por mudas neste acordo, na verdade não o são, visto que se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.
5 > A diferença entre o português de Portugal e o do Brasil é menos ortográfica do que lexical. Para além das naturais variações de pronúncia, prosódia e morfossintaxe. Há autocarro, em Portugal, e ônibus, no Brasil; comboio e trem; eléctrico e bonde; boleia e carona; talho e açougue; pequeno-almoço e café da manhã; casa de banho e banheiro; relvado e gramado; guarda-redes e goleiro; matraquilhos e pimbolim; telemóvel e celular; e um larguíssimo etc.
6 > O acordo provocará a inutilização de milhões de livros das bibliotecas, e obrigará as famílias a suportar custos elevados em novos dicionários e livros escolares.

22 Comments:

Anonymous Anónimo said...

muito bem! apoio.

28 de janeiro de 2011 às 21:40:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Os homens da luta:

Hoje Battisti, amanhã tu, é o nome da canção de José Mário Branco e Manuela de Freitas que junta Tim, Paulo de Carvalho, João Gil, Virgem Suta, Camané, Aldina Duarte e Amélia Muge, entre outros, em defesa do ex-activista de extrema-esquerda italiano Cesare Battisti, detido no Brasil e que arrisca ser extraditado para cumprir em Itália uma pena de prisão perpétua com privação de luz solar.
http://www.publico.pt/Mundo/cantores-portugueses-juntamse-em-defesa-de-activista-italiano-cesare-battisti_1477598

28 de janeiro de 2011 às 22:19:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Hoje Battisti, amanhã tu»

Sim, mas SÓ SE tu andares a assassinar pessoas por motivos políticos...

É mais uma vez esclarecedor a mais completa, total e rigorosa falta de vergonha na cara da elite merdiática esquerdista, que não tem qualquer pudor em defender um ASSASSINO.

http://en.wikipedia.org/wiki/Cesare_Battisti_(1954)

28 de janeiro de 2011 às 22:42:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

A maioria dos nacionalistas portugueses mal sabe ler e escrever e os unicos livros que lê são livros estrangeiros ilustrados sobre o III Reich, porque gostam de ver as fotos e bonecos. O Acordo ortográfico não lhes diz nada.

28 de janeiro de 2011 às 22:46:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Hoje Battisti, amanhã tu»

Sim, mas SÓ SE tu andares a assassinar pessoas por motivos políticos...

E se fores da extrema-esquerda, claro. Se se desse o caso de alguém se associar a uns vizinhos para se
defenderem de alienígenas/ciganos que andem a roubar, agredir e a vender droga porque o Estado se demitiu das suas funções de providenciar segurança, nesse caso, seriam acusados de terrorismo e de genocídio, e estes mesmos homens da luta muito provavelmente darão um concerto de solidariedade para com as vitimas de preconceito racista.

Mas isto, já para não falar das FARC serem convidadas para a festa do Avante, o apoio a Cuba, as dúvidas no espírito do deputado comunista Bernadino Soares se a Coreia do Norte será de facto um estado ditatorial e tantas contradições da pseudo-intelectualidade de esquerda revolucionária, verdadeiros paladinos na defesa dos oprimidos e injustiçados.
Um autêntico circo muito bem parodiado pelos homens da luta.

28 de janeiro de 2011 às 23:41:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Nunca irei seguir tal acordo. Acho que é uma traição a Portugal e aos nossos valores-- o orgulho sem sermos portugueses e brancos ninguém nos tira a nossa expressão também não

Caturoo, podias fazer um post a favor da preservação da raça branca a nossa juventude precisa de saber que misturas com não europeus é sinónimo de fim da nossa raça e linhagem.

catorze palavras

http://www.indiantvtoday.com/wp-content/uploads/2008/12/leonardo-dicaprio-kate-winslet-entertainment-weekly-cover1.jpg

http://static2.stuff.co.nz/1292373063/283/4460283.jpg

http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2008/10/03/article-1067194-02E1961200000578-992_468x490.jpg

http://img.ibtimes.com/www/data/images/full/2010/06/29/12869-robert-pattinson-and-kristen-stewart.jpg

http://cdn.buzznet.com/media-cdn/jj1/headlines/2007/08/leonardo-dicaprio-kate-winslet-children.jpg

http://images-mediawiki-sites.thefullwiki.org/08/3/3/7/64881042734289409.jpg

até á vitória

29 de janeiro de 2011 às 16:58:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

O que mais me enoja é quererem impingir-nos a ideia de que este acordo é a melhor forma de preservar a língua portuguesa. Como é que um acordo que assenta na destruição de uma língua pode preservá-la?!

Ora, vejamos o que diz o aberrante texto da nauseabunda resolução do conselho de ministros que impõe a adopção do acordo nas escolas de Portugal a partir do ano lectivo de 2011-2012:

╔═══════════════════════════════╗
Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011

A língua portuguesa é um elemento essencial do património cultural português. A protecção, a valorização e o ensino da língua portuguesa, bem como a sua defesa
e promoção da difusão internacional, são tarefas fundamentais do Estado, consagradas na Constituição.
╚═══════════════════════════════╝

Até aqui, nada a discordar. Mas a seguir começa o descalabro:

╔═══════════════════════════════╗
A prossecução destes objectivos é, igualmente, um desígnio do XVIII Governo Constitucional, materializado na adopção de uma política da língua, unificada e eficaz, como eixo fundamental do desenvolvimento cultural, económico e
social dos Portugueses.
╚═══════════════════════════════╝

Não, o desígnio do XVIII Governo Constitucional é baixar as calcinhas às grandes editoras portuguesas e brasileiras, para que estas possam comercializar os seus livros do outro lado do atlântico mais facilmente, materializado na adopção de uma aberração linguística que não é nem português de Portugal, nem português do Brasil. É uma mixórdia sem sentido nenhum, que nem portugueses nem brasileiros querem escrever. É preciso ter mesmo lata para se invocar “o desenvolvimento cultural, económico e social dos portugueses” que quando os portugueses são os principais lesados pela adopção deste acordo abjecto, conforme bem observou o PNR: o acordo provocará a inutilização de milhões de livros das bibliotecas, e obrigará as famílias a suportar custos elevados em novos dicionários e livros escolares. E isto para além de o acordo constituir mais uma machadada irreparável na nossa identidade, algo intolerável para qualquer nacionalista que se preze.

29 de janeiro de 2011 às 20:51:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
Ao Governo compete criar instrumentos e adoptar medidas que assegurem a unidade da língua portuguesa e a sua universalização, nomeadamente através do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e da promoção da sua aplicação.
╚═══════════════════════════════╝

Não, cambada de cretinos prepotentes, ao Governo compete criar instrumentos e adoptar medidas que assegurem a salvaguarda da língua portuguesa, não a sua suposta unidade além-fronteiras e muito menos a sua universalização além-mar!!! É aqui que tudo começa a desmoronar-se, neste querer estabelecer uma espécie de território ultramarino para a língua portuguesa, uma forma de neo-colonialismo assente na nossa língua mas que já não será a nossa língua!

╔═══════════════════════════════╗
A presente resolução do Conselho de Ministros determina a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.”
╚═══════════════════════════════╝

Leia-se: a presente resolução do Conselho de Ministros determina que se escreverá uma sordidez nauseabunda que não é português, tanto por parte do Governo como em todos os serviços, organismos e entidades pagas com o dinheiro dos impostos dos portugueses.

29 de janeiro de 2011 às 20:52:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa em 1990, aprovado pela Resolução da Assembleia da República n.º 26/91 e ratificado pelo Decreto do Presidente da República n.º 43/91, ambos de 23 de Agosto, simplifica e sistematiza vários aspectos da ortografia e elimina algumas excepções ortográficas, garantindo uma maior harmonização ortográfica. ╚═══════════════════════════════╝

Ou seja, o acordo ortográfico elimina alguns dos aspectos que mais distinguem o português de Portugal do português do Brasil e de África, garantindo assim que os portugueses passam a escrever mais como os brasileiros e o resto do terceiro mundo. É uma cedência e uma subtracção descarada ao património cultural dos portugueses, é um atentado grave à nossa identidade como povo e como nação soberana. É um acto de alta traição, olhe-se por onde se olhar.

╔═══════════════════════════════╗
O Acordo Ortográfico incide apenas sobre a ortografia, mantendo -se a pronúncia e o uso das palavras inalteráveis. Deve salientar -se que não se trata do primeiro acordo sobre a ortografia do português ou a primeira convenção ortográfica da língua portuguesa.
╚═══════════════════════════════╝

Hoje a ortografia, amanhã a sintaxe e depois a própria pronúncia. É tudo uma questão de tempo e de interesses com estes grandes filhos da puta. É absurdo o facto de evocarem os acordos ortográficos do passado para justificarem o presente acordo, como se os erros do passado pudessem justificar os erros do presente! Mafiosos!....

╔═══════════════════════════════╗
Esta resolução adopta, ainda, o Vocabulário Ortográfico do Português, produzido em conformidade com o Acordo Ortográfico, e o conversor Lince como ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia, disponíveis e acessíveis de forma gratuita no sítio da Internet www.portaldalinguaportuguesa.org e nos sítios da Internet de todos os departamentos governamentais, ambos desenvolvidos pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa.
╚═══════════════════════════════╝

Ou seja, houve uns “boys” nesse ILTEC que já encheram a barriga graças ao acordo. Resta saber quanto terá custado ao contribuinte português o desenvolvimento desse conversor Lince e de todas as tretas que o acompanham.

29 de janeiro de 2011 às 20:52:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
Ainda, para garantir que a aplicação do Acordo Ortográfico é efectuada de forma informada, tanto pelos portugueses em geral como pelas entidades referidas na resolução, prevê -se a realização de iniciativas de informação e de sensibilização e a divulgação de conteúdos de esclarecimento da aplicação do Acordo Ortográfico no sítio da Internet de cada departamento governamental.
╚═══════════════════════════════╝

Ou seja, haverá ainda mais dinheiro dos contribuintes portugueses que será deitado ao lixo.

╔═══════════════════════════════╗
O Acordo Ortográfico visa dois objectivos: reforçar o papel da língua portuguesa como língua de comunicação internacional e garantir uma maior harmonização ortográfica entre os oito países que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
╚═══════════════════════════════╝

Isto é, tornar a língua portuguesa mais simples para que os brasucas favelados e os africanos terceiro-mundistas a compreendam mais facilmente, ao mesmo tempo que as grandes editoras dos países envolvidos alargam os seus mercados.

╔═══════════════════════════════╗
Em primeiro lugar, a aplicação do Acordo Ortográfico e a definição de uma base ortográfica comum aos oito países que partilham este património linguístico permitem reforçar o papel da língua portuguesa como língua de comunicação internacional. Trata -se de algo particularmente relevante na criação de oportunidades e na exploração do seu potencial económico, cujo valor é consensualmente reconhecido.
╚═══════════════════════════════╝

Repare-se ao ponto que chega a lata e o descaramento da elite reinante: ao cúmulo de publicar, no Diário da República, que o acordo ortográfico tem como objectivo encher os bolsos de determinadas entidades e indivíduos. É óbvio que a supracitada “criação de oportunidades e na exploração do seu potencial económico, cujo valor é consensualmente reconhecido” não é para o português comum, é para o português fortemente capitalista.

29 de janeiro de 2011 às 20:52:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
Este instrumento visa contribuir para a expansão e afirmação da língua através da consolidação do seu papel como meio de comunicação e difusão do conhecimento, como suporte de discurso científico, como expressão literária, cultural e artística e, ainda, para o estreitamento dos laços culturais.
╚═══════════════════════════════╝

Isto é, o acordo é estabelecido no sentido de bovinizar ainda mais os habitantes dos países membros da CPLP, contribuindo activamente para o processo do seu desenraizamento cultural, ao mesmo tempo que se estimula a implementação prática do dogma mais sagrado da elite reinante, o multiculturalismo.

╔═══════════════════════════════╗
Deve referir -se que a cooperação no seio dos países de língua portuguesa tem assumido uma importância crescente, o que levou à criação, pelo Governo, do Fundo da Língua Portuguesa, destinado a promover a língua como factor de desenvolvimento e de combate à pobreza.
╚═══════════════════════════════╝

Claro que os destinatários do tal Fundo da Língua Portuguesa permanecem omissos, como convém sempre quando se fala de “boys” e “girls”. Além disso o documento não explica como é que ensinar português faz desenvolver os povos e combate a pobreza. É tudo “wishful thinking” e floreado para inglês ver, nada de realmente concreto.

29 de janeiro de 2011 às 20:53:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
Em segundo lugar, a harmonização ortográfica nos países da CPLP é fundamental para que os cerca de 250 milhões de falantes, presentes em comunidades portuguesas no estrangeiro, nos países de língua oficial portuguesa ou, ainda, integrados no crescente número de pessoas que procuram a língua portuguesa por outras razões, possam comunicar utilizando uma grafia comum.
╚═══════════════════════════════╝

Que curioso, parece que o Governo acha que a utilização de grafias diferentes torna a escrita incomunicável. E aqueles portugueses que liam as revistas do Tio Patinhas ou os comics editados pela brasileira Editora Abril em português do Brasil – como eu fazia, quando era miúdo – deviam ser todos super-génios, porque conseguiam comunicar utilizando grafias diferentes. Para não falar das novelas brasileiras que passam em canal aberto em Portugal há mais de trinta anos, desde a “Gabriela”. Enfim, só mesmo este governo pretoguês é que acha que o povo do seu país (e os restantes povos da CPLP) são uma cambada de atrasados mentais.

╔═══════════════════════════════╗
O Acordo do Segundo Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008 e ratificado pelo Decreto do Presidente da República n.º 52/2008, ambos de 29 de Julho, determinou uma nova forma de entrada em vigor do Acordo Ortográfico com o depósito
do terceiro instrumento de ratificação. Assim, e nos termos do Aviso n.º 255/2010, de 13 de Setembro, publicado no Diário da República, 1.ª série, de 17 de Setembro de 2010, o Acordo Ortográfico já se encontra em vigor na ordem jurídica interna desde 13 de Maio de 2009. Para salvaguardar uma adaptação e aplicação progressivas dos termos
do Acordo Ortográfico, a referida resolução prevê, para determinadas entidades, um prazo transitório de seis anos para a implementação da nova grafia.
╚═══════════════════════════════╝

Ou seja, em meados de 2015 toda a gente deverá escrever ao abrigo deste acordo, o que algo absolutamente intolerável!

29 de janeiro de 2011 às 20:54:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
Considerando a existência de diversos recursos, em papel ou informáticos, já disponíveis em Portugal, destinados ao apoio à expressão escrita e à produção de texto em língua portuguesa em consonância com as novas regras expressas no Acordo Ortográfico, a utilização da nova grafia está a ser gradualmente introduzida nos hábitos quotidianos dos Portugueses.
╚═══════════════════════════════╝

Introduzida não, impingida. Vamos lá chamar os bois pelos nomes, seus trafulhas!

╔═══════════════════════════════╗
A adopção do Acordo Ortográfico pelos órgãos de comunicação social tem vindo a contribuir, numa base quotidiana e de forma progressiva e natural, para a familiarização da população com as novas regras ortográficas. A sua aplicação pelas diversas entidades públicas e a sua utilização nos manuais escolares serão determinantes para a generalização da sua utilização e, por consequência, para a sua adopção plena. A este propósito, cumpre esclarecer que, nos termos da Lei n.º 47/2006, de 28 de Agosto, e do Decreto -Lei n.º 261/2007, de 17 de Julho, os manuais escolares são adoptados por períodos de seis anos, de acordo com um calendário já estabelecido e que importa manter em virtude do investimento feito pelas famílias e pelo Estado na sua aquisição ou comparticipação, adequando a este calendário a utilização progressiva do Acordo Ortográfico, visando que, até ao final do período transitório de seis anos, todos os manuais apliquem a grafia do Acordo Ortográfico.
╚═══════════════════════════════╝

Leia-se bem, “todos os manuais”. Não se pode dar ao menores portugueses qualquer hipótese de aprenderem o verdadeiro português.

29 de janeiro de 2011 às 20:54:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
Ora, uma vez que se encontra a decorrer o período transitório, compete ao Governo garantir que os cidadãos disponham de instrumentos de acesso universal e gratuito para a aplicação do Acordo Ortográfico e definir atempadamente os procedimentos a adoptar.
╚═══════════════════════════════╝

Lendo entre as entrelinhas: compete ao governo garantir que a lavagem cerebral é eficaz e que o verdadeiro português é efectivamente suprimido da escrita dos portugueses.

╔═══════════════════════════════╗
Assim:
Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 — Determinar que, a partir de 1 de Janeiro de 2012, o Governo e todos os serviços, organismos e entidades sujeitos aos poderes de direcção, superintendência e tutela do Governo aplicam a grafia do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Resolução da Assem-bleia da República n.º 26/91 e ratificado pelo Decreto do Presidente da República n.º 43/91, ambos de 23 de Agosto, em todos os actos, decisões, normas, orientações, documentos, edições, publicações, bens culturais ou quaisquer textos e comunicações, sejam internos ou externos, independentemente do suporte, bem como a todos aqueles que venham a ser objecto de revisão, reedição, reimpressão ou qualquer outra forma de modificação.
╚═══════════════════════════════╝

Uma medida digna da Santa Inquisição. Notem bem “sejam internos ou externos, independentemente do suporte”. Se isto não é totalitarismo, então o papa não veste de branco.

29 de janeiro de 2011 às 20:55:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
2 — Determinar que, a partir de 1 de Janeiro de 2012, a publicação do Diário da República se realiza conforme o Acordo Ortográfico.
╚═══════════════════════════════╝

Como se ler o Diário da República, sempre cheio de leis que penalizam os portugueses e favorecem os alienígenas não fossem suficientemente nojento, ainda vamos ter de gramar com o “afrobrasuguês”.

╔═══════════════════════════════╗
3 — Determinar que o Acordo Ortográfico é aplicável ao sistema educativo no ano lectivo de 2011 -2012, bem como aos respectivos manuais escolares a adoptar para esse ano lectivo e seguintes, cabendo ao membro do Governo responsável pela área da educação definir um calendário e programa específicos de implementação, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
4 — Manter a vigência dos manuais escolares já adoptados até que sejam objecto de reimpressão ou cesse o respectivo período de adopção, previsto no artigo 4.º da Lei n.º 47/2006, de 28 de Agosto, e no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 261/2007, de 17 de Julho.
╚═══════════════════════════════╝

Quer isto dizer que, a partir do próximo ano, as crianças que entrem para a escola primária já não vão aprender a escrever português, mas sim “afrobrasuguês”.

29 de janeiro de 2011 às 20:56:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
5 — Determinar que cada departamento governamental deve desenvolver iniciativas de informação e de sensibilização e assegurar a divulgação de conteúdos no respectivo sítio da Internet, para esclarecimento da aplicação do Acordo Ortográfico.
╚═══════════════════════════════╝

Aqueles que trabalham para o estado preparem-se já para ouvirem umas palestras forçadas sobre as maravilhas do acordo ortográfico. E para serem publicamente enxovalhados quando escreverem em português de Portugal. A língua da moda agora é o “afrobrasuguês”. Quem trabalha para o estado só tem de comer e calar, a democracia à la elite multiculturalista é assim mesmo.

╔═══════════════════════════════╗
6 — Para os efeitos dos números anteriores, adoptar o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor ortográfico Lince, disponíveis no sítio da Internet
www.portaldalinguaportuguesa.org e nos respectivos sítios da Internet dos departamentos governamentais.
╚═══════════════════════════════╝

Reparem como o site é referido duas vezes na mesma Resolução do Conselho de Ministros. Nota-se mesmo a insegurança de quem escreveu esta perfídia.

29 de janeiro de 2011 às 20:56:00 WET  
Blogger Anti-ex-ariano said...

╔═══════════════════════════════╗
7 — Determinar a criação de uma rede de pontos focais para acompanhamento da aplicação do Acordo Ortográfico composta por representantes nomeados pelos membros do Governo responsáveis pelas seguintes áreas:
a) Negócios estrangeiros;
b) Finanças;
c) Procedimento legislativo;
d) Educação;
e) Ensino superior;
f) Cultura;
g) Assuntos parlamentares.

Presidência do Conselho de Ministros, 9 de Dezembro de 2010. — O Primeiro -Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
╚═══════════════════════════════╝

Ou seja, uma “rede de pontos focais” com mais “boys”, mais “girls” e mais desperdício do dinheiro que os contribuintes portugueses ganham com tanto sacrifício para constituir organização de cariz quase pidesco para assegurar a efectividade desta autêntica cruzada pela mundialização do “afrobrasuguês”. Ninguém está a salvo, conforme ilustra o elenco das áreas listas de a) a g).

Concluindo: eis consumada em decreto mais uma traição da elite reinante ao povo português. Mais uma delapidação descarada do nosso património cultural e afectivo, mais um acto de destruição da herança gloriosa dos nossos antepassados que, mais uma vez, deixamos passar impune.

Só há uma forma de alterar isto, mas é que só há mesmo uma: votar PNR. O resto não resolve nem nunca resolverá os problemas dos portugueses.

29 de janeiro de 2011 às 20:57:00 WET  
Anonymous Professor João Paulo said...

Também não concordo com os termos do acordo. Sou escritor de livros de História de municípios do Estado de Minas Gerais. Há coisas que eu questiono. Por exemplo, se o c antes do t, há de desaparecer como em facto, fato, haverá uma só palavra para designar duas coisas: a peça de vestuário e o acontecimento. Isto, sem contar os investimentos na aquisição de novos dicionários, de programas de computador novos, com a gramática do Acordo Ortográfico, que professores e escritores serão obrigados a fazer.
Espero que o movimento aí em Portugal prospere, e seja a base para outros movimentos em prol de voltarmos à antiga gramática.

31 de janeiro de 2011 às 00:00:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://ilcao.cedilha.net/


Convém relembrar, a propósito, que o Anexo II do Acordo de 1990 diz, acerca da unificação proposta pelo Acordo Luso-Brasileiro de 1945 – que nós e os outros seis países lusófonos até agora temos respeitado e que o Brasil decidiu não aplicar – que “assentava em dois princípios que se revelaram inaceitáveis para os brasileiros:
a) Conservação das chamadas consoantes mudas ou não articuladas, o que correspondia a uma verdadeira restauração destas consoantes no Brasil, uma vez que elas tinham há muito sido abolidas; (…) ”

O Brasil aboliu unilateralmente as ditas consoantes, porque não precisava delas para nada: por ser um país jovem que não se queria atrapalhar com a história da língua, a etimologia, ou as afinidades com as outras línguas românicas, bastando-lhe a transcrição fonética em termos de ortografia; por pronunciar como abertas todas as vogais átonas, contrariamente ao português europeu, o que é aliás uma característica arcaica do português do Brasil; por entender, o que é normal, dado tratar-se de um país resultante da independência de uma colónia, que devia seguir o seu caminho sem dar satisfações ao país colonizador.
http://ilcao.cedilha.net/

31 de janeiro de 2011 às 07:16:00 WET  
Anonymous Anonymoos said...

Ó professor João Paulo, essa é de cabo de esquadra pela ignorância. Porque carga de água o /c/ da palavra facto iria desaparecer em Portugal, se ele é pronunciado? Eu também discordo do acordo, mas ao menos sei do que se trata.

31 de janeiro de 2011 às 16:36:00 WET  
Anonymous Professor João Paulo said...

Pois eu vou discordar do Anonymoos. As palavras são pronunciadas agora, mas alguém pode garantir que para o futuro será assim? A língua não é imutável. É um organismo vivo. Tanto é, que existia o latim clássico e o latim vulgar. E este tinha variantes tais, que deram origem às várias línguas neolatinas.
Lembram-se das palavras com ch, que tinham a mesma pronúncia do italiano? Foi preciso mudar a palavra arquivo (que se escrevia archivo) para manter o som original.

31 de janeiro de 2011 às 19:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

oh professor da treta, mas qual futuro...isto nada tem a ver com "evolução", mas sim com destruição.
trata-se simplesmente de uma mutilação.
evolução é quando a lingua evolui por si mesma, naturalmente, pelo povo, sem acordos, decretos e convençoes da treta.
se modificas a lingua por decreto para agradar a favelados, isso não é evolução, e sim destruição. mais nada.

1 de fevereiro de 2011 às 05:41:00 WET  

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