PARTIDO ELEITO PELA MAIORIA DOS TURCOS É CONFIRMADO COMO ANTI-SECULAR

O Tribunal Constitucional Turco decretou que o primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdogan, juntamente com outros membros do seu partido (AKP), incluindo o ministro da educação, Huseyin Celik, estavam envolvidos em actividades anti-laicas.
O Tribunal Constitucional publicou recentemente a motivação por detrás da sentença e a decisão de Julho de não encerrar o partido de Erdogan por actividades islamistas, cortando-lhe todavia metade do financiamento público.
Um documento emitido pelo Tribunal diz que «o partido tornou-se num centro de actividades anti-seculares devido à decisão de alterar alguns dos artigos da Constituição», referindo-se aqui à tentativa de abolir a proibição de usar o véu nas universidades, lei esta que não foi avante devido à intervenção de outro tribunal, não do Povo nem sequer dos políticos democraticamente eleitos...
O criticismo que surgiu imediatamente após a sentença contra o primeiro-ministro, que, de acordo com sondagens recentes, é ainda o político mais popular da Turquia, pode inflamar a tensão no País, a juntar às consequências da crise financeira.

É este o partido mais apoiado pelo Povo que a politicagem correcta quer enfiar na Europa... um partido cujo laicismo está por um fio, sustentado apenas por uma elite que controla (por enquanto...) os tribunais... ténue e provavelmente temporária barreira contra o fundamentalismo islâmico.

Porque o Povo turco apoia resolutamente um muçulmano que no Ocidente é tido como «moderado» mas cujas intervenções denunciam claramente a sua postura incompatível com a vivência ocidental democrática e tolerante.