terça-feira, abril 29, 2008

A COBARDIA INTELECTUAL MUSLA PERANTE GEERT WILDERS

O político holandês Geert Wilders, líder do Partido da Liberdade Holandês (PVV), e autor do filme anti-islâmico «Fitna», propôs a vários líderes islâmicos um debate de ideias sobre a citada película, que tanta controvérsia gerou e continua a gerar. A resposta dum deles, o líder da mesquita de Haia, foi sintomática: não aceita qualquer diálogo enquanto Wilders não retirar o filme de circulação e enquanto não pedir desculpa a todos os muçulmanos.

Claro que isto seria fazer baixar a grimpa do nórdico, o qual, felizmente, não vai na fita. É fácil perceber que caso Wilders aceitasse tais condições, estaria a admitir, implicitamente, o erro da sua posição, o que, à partida, já significaria a sua derrota ideológica e sobretudo moral. Por conseguinte, recusa-se terminantemente a descer ao nível de dimi e, por conseguinte, não aceita nenhuma das condições exigidas pelo seu interlocutor que afinal não se digna a sê-lo...

Outros líderes muçulmanos negaram pura e simplesmente qualquer hipótese de debater publicamente com Wilders.

Como se pode ler acima, um dos autores do site Jihad Watch, Robert Spencer, desafiou igualmente vários clérigos islâmicos para debate, e nenhum deles se dignou responder positivamente ao desafio, nem sequer a responder a uma só das suas perguntas, embora tenham aproveitado a ocasião para tentar denegri-lo.

Trata-se, como seria de esperar, da cobardia intelectual que é habitual nos fanáticos e nos pretensos «donos da verdade», que não aceitam entrar em debates de ideias em que os seus valores não sejam à partida aceites pelo lado oposto. Não aceitam tal confronto ideológico porque no fundo não aceitam sequer que a sua doutrina seja posta em causa ou que dela se duvide. Em podendo, tratariam de a impor a tudo e a todos, a todo o custo, a bem ou a mal, porque eles é que sabem o que é bom para tudo e para todos, mesmo que alguns desses todos não queiram entender o que é melhor para si mesmos...

Não se creia, entretanto, que tal forma de pensar é exclusiva da muslaria, longe disso... pelo contrário, é partilhada por sequazes doutras versões do universalismo moralista e militante.

Efectivamente, há muito «boa» gentinha na Europa que despreza a Liberdade, odeia a Democracia e adoraria poder impingir a todos os Europeus, e ao resto do mundo, certos e determinados valores herdados do Oriente semita, com os pretextos-lema de que «o povo não sabe orientar-se», de que «como é que o indivíduo pode escolher o seu próprio Deus, se Este é muito maior do que o indivíduo?», de que a liberdade de pensamento e de escolha promovida por John Locke é «uma hipocrisia protestante», etc....
E, à Esquerda, jamais se poderá esquecer, por exemplo, não apenas a evidente canalhice inquisitorial que é a proibição do «racismo» doutrinal, mas também, a título de caso concreto, a desculpa que Jacques Chirac apresentou publicamente para justificar a sua recusa em aceitar o debate televisivo com Le Pen, quando este passou à segunda volta das eleições francesas e metia medo à Europa imigracionista - disse Chirac, com o à vontade e des-caramento (literalmente, «sem cara», ou seja, sem dignidade nas fuças) dos completamente desprovidos de honra, «Não se discute com o ódio».