terça-feira, fevereiro 19, 2008

UM CERTO PADRALHAME EXALTADO PRETENDE USAR O EXORCISMO COMO FERRAMENTA PARA DETER O CRESCIMENTO DO PAGANISMO...

Aumentam os exorcismos na Europa, particularmente na Polónia, e isto com a aprovação da Igreja Católica. O papa João Paulo II já tinha dado um impulso a esta nova tendência, que recentemente foi acelerada sob o papa Bento XIV. E, ao que tudo indica, os alegados especialistas no assunto afirmam que o exorcismo se torna necessário para lidar com aqueles que enveredam por religiões não cristãs, por terapias «new age» e pelo oculto em geral, bem como pelos devotos do Yoga e os viciados em internet...

Aumentam os exorcismos na Europa, particularmente na Polónia, e isto com a aprovação da Igreja Católica. O papa João Paulo II já tinha dado um impulso a esta nova tendência, que recentemente foi acelerada sob o papa Bento XIV. E, ao que tudo indica, os alegados especialistas no assunto afirmam que o exorcismo se torna necessário para lidar com aqueles que enveredam por religiões não cristãs, por terapias «new age» e pelo oculto em geral, bem como pelos devotos do Yoga e os viciados em internet...

Uma associação pagã australiana, a PAN (Pagan Awareness Network), que representa vários tipos de seguidores dos antigos cultos religiosos naturalistas, pronunciou-se contra a Igreja Católica após tomar conhecimento de que um porta-voz da dita instituição cristã atribuiu o aumento dos exorcismos à crescente popularidade do Paganismo. O sacerdote, que pediu anonimato, e que afirma realizar pelo menos um exorcismo em cada quinze dias, disse que «tem havido um recrudescimento de práticas pagãs, o que é puro veneno.»

Respondendo energicamente, a PAN garantiu que «um ritual pagão não é mais perigoso do que ir a uma igreja, a um templo ou a uma mesquita. A Igreja Católica está novamente a tentar criar um pânico moral a respeito do culto do Diabo e do ocultismo. Este tipo de incitação ao medo pertence à Idade Média, não ao século XXI. Os exorcismos põem em perigo a segurança física e as vidas das pessoas. Qualquer pessoa que possa estar preocupada por se sentir possuída por espíritos, deve procurar um psiquiatra ou outro especialista em saúde mental, não um curandeiro com colar de padre. A Igreja Católica devia banir esta prática bárbara.»

Certo é que alguns exorcismos têm dado para o torto, por um motivo ou por outro - ficou famoso, nos meandros do tema, o caso duma jovem alemã que morreu de fome em 1976 após ter sido sujeita a mais de sessenta exorcismos, bem como os casos do assassínio duma mulher na Nova Zelândia em 2007 durante um exorcismo e da crucificação, em Junho de 2005, duma jovem romena num convento.

O presidente da PAN, David Garland, afirma que, de acordo com o Census de 2006, há mais de quarenta mil pagãos de diferentes credos na Austrália, «todos eles», diz, «claramente não afectados por possessão demoníaca. Os pagãos vêem o Diabo como uma invenção judaico-cristã e não acreditam na sua existência.»


Lugar aqui para uma ressalva - Garland fala em nome de si próprio, talvez da maioria dos pagãos, mas não de todos. Não é impossível que um gentio acredite na existência de espíritos malévolos.

37 Comments:

Blogger Shivafaa said...

Então e como é que eles planeiam exorcizar os pagãos?...raptam-os e amarram-os a uma cama, contra a sua vontade?...como é que estão a pensar agir?...não entendo...à força?...vão aos ginásios buscar os praticantes de Yôga e levam-os sob autoridade do Vaticano?...que disparate, mas estamos a voltar à época da Inquisição ou é só impressão minha?

20 de fevereiro de 2008 às 03:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

... só falta começarem a acender as fogueiras!

... então que comecem... sempre tive vontade de puxar a batina do padre mais próximo para a fogueira...

... às tantas ainda vou ver o meu sonho realizado!

SA

20 de fevereiro de 2008 às 12:19:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Estamos a voltar àquilo que sempre acontece quando há crises de valores ou desvios às práticas seculares.

Se ainda há gente que não acredita que o homem pisou a Lua, porque não haver muitos mais que acreditam com fé e fervor na existência de demónios e espíritos possuidores de corpos e almas? Na América do Sul estas práticas de exorcismos nunca abrandaram. Já até entraram no folclore.

A Europa, atravessando uma verdadeira crise de valores, entalada entre liberdades, idologias, economias e desenvolvimento científico, anda à nora. E nada mais natural, nesta perdição, que se radicalizem posições e se procurem "curas" através de remédios que "representem" uma certa ordem secular que lhes é familiar.

Outros, ainda recuam mais no tempo e procuram a "cura" no paganismo ancestral.

No fim, o objectivo de todos é o mesmo: encontrar uma via e referências que os oriente e estabilize, numa época dramática de se viver.

Vendo bem as coisas, a época da Inquisição só foi verdadeiramente dramática quando a Espanhola entrou em acção. Daquele lado, já diziam os antigos, nunca bom vento, nem bom casamento. :)

Cumprimentos.
Livia Drusilla

20 de fevereiro de 2008 às 12:26:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O que nos vale é que na Europa o crescimento do paganismo está imparável, só assim temos gente para suster a invasão islamica.

20 de fevereiro de 2008 às 14:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

islamica/cristamica/judailamica


SA

20 de fevereiro de 2008 às 14:42:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Por estar imparável. Pelo Retorno da Consciência às Raízes, é que ELES trabalham os seus ritualísticos exorcismos para ver se pelo menos, os alongam, os cimentam e depois e depois, faça-se luz (fogosa luz) pela europeia inteira... porque os outros? Os restantes? Já têm atraso que chegue nas suas mentes carentes de tudo, sempre prontos a engrossar as fileiras... à falta do petróleo que há-de vir, já maquinam novas energias e não são as energéticas alternativas e sim o uso do combustível que sempre lhes dá mais prazer o:

PAGANISMO (puro) aquele que apenas é e nada tem! Aquele que nada exige a não ser ser ele mesmo! O HOMEM VERDADEIRO


ÁH! Este é o inimigo da Civilização quase caída. Podre. Exorcizemos estes pérfidos e se isto não chegar, acendamos novas fogueiras. O mundo é nosso! Só nosso, demais ninguém! Vence-mo-vos no Passado e vencer-vos-e-mos no presente!

Será?!... Óh insanas arrogantes, criaturas



pois... pois... e a querida Grande Mãe?! também a vão exorcizar?!

É que ela está acordada! E, pode ser... pode ser... que sejais vós exorcizados nos seus fogos. Nas suas águas. Nos seus tormentos. Nas Suas revelações. Que vos dizem que Vós não sois nada e ninguém!

òh que peninha de vós!

SA

20 de fevereiro de 2008 às 14:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"PAGANISMO (puro) aquele que apenas é e nada tem! Aquele que nada exige a não ser ser ele mesmo! O HOMEM VERDADEIRO"

SA, desculpe-me a fria observação sobre tão louvável e romântica ode, mas não consigo vislumbrar onde, quando e como algum dia existiu, existe ou existirá tal Homem Verdadeiro. Principalmente, não consigo entender o conceito de Homem Verdadeiro. Sem querer maçar demasiado, poderá explicar-me, p.f.?

Se se tratar de pura fé poética, está explicado, claro!

Cumprimentos
Livia Drusilla

20 de fevereiro de 2008 às 16:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Cara Livia Drusila

Não tem que pedir desculpa pela sua observação. De modo algum. - mal estariamos se não nos fosse permitido dizer aquilo que pensamos e queremos dizer. A Inquisição ainda não está à nossa porta. Caso venha a estar, cabe a todos nós, impedi-la. Porque aí, normalmente, ela não distingue, nada nem ninguém e aniquila tudo e todos quanto lhe convem. Sobre a Inquisição tenho uma opinião, bem mais dura do que me pareceu a da Livia Drusilia, (muito mais compreensiva) com a História do Homem. Mas, são unicamente pontos de vista, que não só respeito como entendo. Embora, possa não partilhar de uma ou outra opinião.

Falta saber se eu sou capaz de explicar. Tentarei.

Mas antes disso:

Iniciei um pequeno texto exactamente sobre o que escreve acerca do homem e da Inquisição. Concordando genericamente, existiu no entanto, um ou outro aspecto, que me deixou, um pouco, como direi, confusa, intrigada, até um pouco espantada. Se tiver oportunidade, aqui o colocarei à sua disposição, talvez me possa elucidar melhor. (mas não prometo)

Voltando agora ao que me pergunta:

Não posso garantir que é apenas uma "fé" poética. Até porque, sou pessoa de pouca fé. Ou nenhuma.

Por outro lado, romântismo, sobre a crença no HOMEM VERDADEIRO. Até eu espero que o não seja da minha parte. Porque quero continuar a acreditar no HOMEM como ser capaz de uma pureza sem igual. Genuíno.

Se isso não existir, nada tem sentido.

Eu acredito, quero acreditar, embora, aparentemente, quase tudo faça crer o contrário, que o HOMEM dentro de si mesmo tem uma NATUREZA única. Cósmica se quiser.

Se o HOMEM pudesse ou puder vir a ser unicamente ele mesmo de verdade. Se lhe fosse facultada esta possibilidade, sem nenhuma espécie de Dogmas ou Civilizações castradoras ao interior humano. Ele seria com certeza. Puro. E, Homem verdadeiro.

Eu creio que já existiram, sim!

Eu creio, ainda que eles existem.

Não creio que venham a ter possibilidades de se conseguirem libertar de todos estes grilhões.

Mas, mesmo assim, quero continuar a Sonhar. Quero continuar a ter esperança... No HOMEM DE VERDADE!


Cara Livia Drusilia. Não me maça, sinceramente, absolutamente nada. Só espero conseguir mostrar-lhe o meu ponto de vista.

Sempre ao seu dispôr.

SA

(SolAzul)

20 de fevereiro de 2008 às 18:00:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://blog-ocidental.blogspot.com/

20 de fevereiro de 2008 às 19:00:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Cara SA,

Efectivamente, tem uma visão muito mais simpática do Homem. Sinceramente, gostaria de ver esse lado verdadeiro, essa pureza sem igual. Ajudar-me-ia, talvez, a ser mais exigente, até comigo mesma.

O máximo que eu vejo no Homem são momentos de aproximação à pureza muito ténues. Vejo o Homem como um ser tão natural como o leão da selva, mas mais ambicioso, mais egoísta, mais negro. Estou convicta que foi toda a malvadez de que o Homem é capaz que o fez evoluir da forma como se pode historicamente constatar. Para mim, qualquer faceta do Homem é natural, é parte da natureza Humana e nunca, mas nunca, se poderá alcançar a pureza. Se esse momento fosse atingido, o Homem deixaria de existir, porque deixaria de ter por que evoluir. Essa ambição de atingir a perfeição a pureza é um objectivo, mas nunca poderá ser atingido. Seria a nossa ruina enquanto espécie.

Como aceito os nossos defeitos, como aceito as nossas qualidades, como aceito o bom e o mau como o todo da nossa soma, não me agoniam as guerras, as lutas, os hitleres ou os inquisidores da História Universal. Aliás, acho-os mais “naturais” do que a maioria de convictos democratas que por este mundo alardam as virtudes democráticas.

Nunca se questionou por que razão será tão difícil manter as democracias a funcionar?

A SA diz:

“Se o HOMEM pudesse ou puder vir a ser unicamente ele mesmo de verdade. Se lhe fosse facultada esta possibilidade, sem nenhuma espécie de Dogmas ou Civilizações castradoras ao interior humano. Ele seria com certeza. Puro. E, Homem verdadeiro.”

Mas o Homem tem sido ele mesmo de verdade, desde sempre. Sempre foi o próprio Homem que facultou a si mesmo as possibilidades que quis, não concorda? E ao longo da sua existência já provou que lhe é muito difícil, se não impossível, viver sem dogmas ou mesmo sem civilizações castradoras. Ele castra-se a si mesmo e ao seu próximo. Está-lhe no “sangue”.

Nada me choca no Homem, nem as maiores das atrocidades por ele cometidas. Chocar-me-ia se um dia o soubesse capaz de atingir a pureza.

Faço votos de que continue uma sonhadora. É uma outra faceta do Homem perfeitamente natural e muito agradável.

Cumprimentos.
Livia Drusilla

20 de fevereiro de 2008 às 19:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

P.S.: terei todo o prazer em ler o seu texto sobre a inquisição e em elucidar qualquer "baralhanço" a que eu a tenha levado :)

Cumprimentos.
Livia Drusilla

20 de fevereiro de 2008 às 19:39:00 WET  
Blogger Silvério said...

Outros, ainda recuam mais no tempo e procuram a "cura" no paganismo ancestral.

Outros ainda procuram a cura das suas inseguranças enaltecendo a sua razão, e fazendo mezinhas lógicas contra os demónios do obscurantismo. Todos eles, sem excepção, procuram a cura.

20 de fevereiro de 2008 às 20:41:00 WET  
Blogger Caturo said...

Muito bem visto, Silvério...

Isto já se sabe, a cada qual a sua (ou o seu...) «cura».

20 de fevereiro de 2008 às 20:42:00 WET  
Blogger Silvério said...

Além disso a ancestralidade não deve ser tida como se de uma coisa vergonhosa se tratasse. É que às vezes parece que o ridículo, ou melhor, que o pretensiosismo, está apenas em ir buscar as raízes e não em querer sempre o novo e politicamente mais correcto.

Talvez no futuro, o paganismo seja a nova moda daqueles que têm por 'presunção' lutar por causas perdidas, por enquanto não, são mais aqueles sentem primeiro a paixão por tudo aquilo que o paganismo é, mesmo que ainda não o saibam. Só depois se preocupam com os nomes que hão de chamar a isso, e com as lutas que vão ter de travar para o defender.

20 de fevereiro de 2008 às 23:54:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

“Além disso a ancestralidade não deve ser tida como se de uma coisa vergonhosa se tratasse.”

Caro Sr.Silvério,

De forma alguma. Acho, antes pelo contrário, que a ancestralidade deve ser assumida, estudada, entendida e servir como mais um apoio referencial ao presente e ao que aspiramos para futuro. Adoro conhecer o passado, mas não tenho paciência, verdade seja dita, para tanta divindade pagã. São bem mais qu'ás mães! :)

Não me parece é seja muito “saudável” usar a ancestralidade religiosa ou sanguínea como referêncial único e primodial em questões políticas, geográficas, sociais e económica no contexto deste nosso séc. XXI, achando, por exemplo, que tudo o que é posterior ao paganisno na europa é puramente ocasional, sem relevância para o que hoje somos ou para o nosso futuro.

Da parte que me toca, aquilo que mais me orgulha na minha ancestralidade, é saber que existo porque tive toda uma série de vôvôs que aguentaram milhares de evoluções genéticas, miscigenações, migrações, fomes, abundâncias, guerras, pestes, revoluções, invasões, oligarcas, reis, presidentes, ditadores e sei lá mais o quê. A eles, o meu obrigado e o meu orgulho por terem aguentado. E sei que se o fizeram, foi porque tiveram a força, a coragem, o egoísmo, a ambição suficientes. E quem sabe, a ferocidade e malvadez. E tenham eles tido ou não o apoio de ene divindades pagãs ou de um Deus único. É-me perfeitamente igual, porque o resultado sou sempre eu e os meus descendentes, sejam eles futuros fervorosos monoteístas ou politeistas. Têm é de se aguentar nas lonas, para que daqui a mais uns milhares de anos uma qualquer descendente da Livia Drusilla possa proferir o mesmo tipo de agradecimento.

Esta é a minha “cura”, enquanto Homem. :)

Cumprimentos.
Livia Drusilla

21 de fevereiro de 2008 às 13:35:00 WET  
Blogger Caturo said...

Diz a Drusilla que não tem paciência para «tanta Divindade pagã», alegando que são demasiadas... enfim, é uma questão de tendência. Eu também não tenho paciência, mas é para tanto autor francês, para tanto filme de referência ou para tanto filósofo europeu, e decorar os seus nomes todos e saber o que cada um diz é até mais cansativo (e desinteressante), mas, quanto mais não seja, é uma questão de cultura, e não me importa nada que eles tenham existido, que sejam estudados e que haja muito boa gente que os enumera todos e diz conhecê-los duma ponta à outra.

Argumenta também que não considera saudável ter a ancestralidade e a lealdade religiosa como critério ideológico dominante. Mais uma vez, uma questão de gosto. Eu, da minha parte, considero também pouco saudável, além de redutor, centrar a atenção no homem como medida de todas as coisas, acumulador de tudo e mais alguma coisa, como se dentro de sua casa tanto valor tivesse a própria cama como uma lata de leite condensado vazia (é tudo história, é tudo vida, é tudo parte do nosso passado...). A cultura em si até é uma coisa gira, mas não tem necessariamente de ser tratada toda com carinho, sem diferenciações, como quem colecciona latas de cerveja e as tem todas na prateleira.

Diz também, a cara Drusilla, que tem orgulho nos seus antepassados porque eles «aguentaram».

Mas aguentaram... o quê?

Aguentaram... deixar-se andar?
Aguentaram... andar por aqui?
Aguentaram... viver?
De facto é coisa boa o não se terem suicidado todos...

Por mim, acho que o «aguentar» só tem sentido quando se fala num contexto em que se torna necessário fazer finca-pé num bastião, contra todas as correntes, por mais poderosas que sejam.
«Aguentar» só pode querer dizer «resistir», mesmo que passivamente. E resistir é rejeitar algo, sempre. Não é, nunca será, engolir tudo e ir andando. Aguentar é fazer barreira. A isto é que, quanto a mim, se pode chamar «aguentar».

E quem diz aguentar, diz também restaurar o que é realmente seu e saber denunciar ou até afastar tudo aquilo que seja com isso incompatível. Lá porque adormecemos com a porta aberta e houve quatro ou cinco famílias que em nossa casa se instalaram durante várias horas, não quer dizer que, ao acordarmos, não estejamos dispostos a pô-las fora do domicílio que é só nosso e onde essa gente entrou sem sequer pedir licença. E nada, nenhum critério de moral ou sequer bom senso, ou até de bom gosto, me obriga a ter orgulho das pinturas que entretanto os filhos de tais famílias tenham feito nas minhas paredes, ou, na melhor das hipóteses, em folhas de papel em branco que eu por cá tinha. Até me pode apetecer guardá-las, mas por mais bonitas que sejam, nada me convence a tê-las em lugar de destaque, para todos os meus futuros visitantes as verem e doravante me associarem a elas.

Cumprimentos.

21 de fevereiro de 2008 às 15:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O Caturo, usou a expressão certa para definir o que eu penso: “homem como medida de todas as coisas”. Sem o Homem nada existiria, nem o paganismo que o Caturo professa, e que foi feito à exacta medida das necessidades dos Homens num dado contexto temporal, nem a cama, nem a casa, nem a lata de leite, nem a cultura. Será redundante esta visão? Possivelmente, sim. Até porque é uma visão criada à minha medida. Porque não redundâncias à medida? : )

A cultura, Caturo, tem um papel bem mais importante do que ser “gira”. Aquilo a que se chama cultura é a melhor forma que o Homem encontrou de ordenar e congregar uma série de regras que permitam que viva em comunidade, sem atropelos diários e livres arbítrios difíceis de gerir. E quanto maiores as comunidades, mais complexas se tornam as regras, sejam ao nível das relações familiares, sociais, económicas, religiosas, etc. Como diferentes comunidades, congregadas em diferentes latitudes e altitudes, em diferentes épocas, criam diferentes regras, logicamente que o Homem criou e alimentou diferentes culturas. Umas mais giras que outras, reconheço. O seu drama e o dos seus pares, Caturo, é que hoje já nem fronteiras naturais há entre estas culturas. E o Caturo é pouco dado a “órgias” culturais. :)

Caro Caturo, acho que expliquei bem explicado o que os meus antepassados aguentaram: “milhares de evoluções genéticas, miscigenações, migrações, fomes, abundâncias, guerras, pestes, revoluções, invasões, oligarcas, reis, presidentes, ditadores e sei lá mais o quê”. Agora, se uns ultrapassaram tudo porque se esconderam debaixo da cama, e outros ultrapassaram tudo porque cortaram mãos e cabeças aos inimigos, para mim é-me igual face ao resultado: a minha existência. Compete-me a mim, agora, fazer a minha parte: com coragem (resistindo, rejeitando, se for essa a situação) ou cobardia, sobreviver para deixar descendência. Aquilo que eu recebo dos meus antepassados é a minha existência, por isso eles “existem”. E eles só continuarão a existir, enquanto não se quebrar o elo futuro.

“De facto é coisa boa o não se terem suicidado todos...” – Nem mais...

Na natureza, o importante é a sobrevivência, enquanto espécie. O resto é paisagem. Alguma bem gira, por sinal.

Cumprimentos
Lívia Drusilla

21 de fevereiro de 2008 às 16:55:00 WET  
Blogger Caturo said...

Diz a Drusilla que sem o homem nada existia, nem o Paganismo.
Ora essa continua a ser uma posição ideológica sua, não um dado evidente - porque, de facto, a Drusilla não pode ter certezas quanto à inexistência de algo trans-humano, por mais que pretenda racionalizar. A Drusilla comete pois um erro frequente, que é o de pensar que o que para si é claro, é igualmente verdadeiro aos olhos de todos.

Quanto ao Paganismo em si, naturalmente que não existiria sem o homem - o Paganismo existe em prol do Homem, é uma ferramenta para que o Homem se relacione com o Divino...

Do mesmo modo, uma mãe que goste do seu filho já nascido, não vai pôr o seu próprio útero no centro das suas preocupações, só porque sem o útero o filho também não existia...

Sem os alimentos, também não existiria nem filho nem mãe, mas dificilmente se colocará o sagrado chouriço ou o sacrossanto pãozinho com manteiga no topo da hierarquia de valores.


A respeito da cultura, folgo em saber que a Drusilla lhe vê uma utilidade superior a ser simplesmente gira e, de caminho, aflora o principal quando lhe aponta um papel ordenador.

Muito bem. Porque, efectivamente, ordenar implica escolher, e escolher implica hierarquizar, saber discernir, definir diferentes níveis de importância, de acordo com as prioridades. Este é um princípio essencial em qualquer cultura humana, tanto para grandes como para pequenas comunidades, complexas ou simples. E, como a Drusilla reconhece, umas fizeram-no dum modo, outras doutros, cada qual à sua maneira. Mas não fizeram todas da mesma maneira, daí a diferença que existe entre elas. Estas diferenças naturais continuam a existir, e toda a diferença natural é, por si só, uma fronteira natural, motivo pelo qual não é verdade que hoje estas fronteiras não existam. Nada disto é dramático, excepto quando umas culturas se tentam sobrepôr a outras, especialmente se nessas outras há agentes internos que por um motivo ou por outro colaboram com a cultura invasora. Mas enfim, este é um problema de quem está a equacionar «aguentar» com «resistir»; a Drusilla não tem problemas desses, espera pura e simplesmente «aguentar» com tudo cá dentro, ao molho, e depois logo se vê, se for uma cultura adversa à da Drusilla a triunfar, não há problema, claro que a Drusilla é capaz de começar a viver com mais dificuldades, mas seguramente que tudo aguentará, e se os seus descendentes já nem se considerarem seus descendentes, e não tiverem nada em comum consigo - nem raça, nem língua, nem cultura, nem valores, nada - a Drusilla não deixará que esse detalhe a impeça de sentir-se orgulhosa por eles terem «aguentado». (Resta saber o que aguentaram eles...).

Diz a Drusilla que aguentaram fomes, miscigenações, guerras, ditadores, etc.. Ou seja, confirma o que eu disse - não morreram todos, ainda há humanos à face da Terra... pois quem se contenta com isto, andará sempre contente, até ao momento em que deixem de haver humanos (se tal acontecer), mas nessa altura também não haverá ninguém para lamentar (excepto, talvez, algum animal de estimação abandonado...). Ora assim anda-se sempre contente, de facto não há falha, é um sistema à prova de tristezas...

Diz a Drusilla que não interessa como se aguentaram, o que interessa é que aguentaram. Ora eu continuo a não saber ao que se refere a Drusilla... mas aguentaram o quê?

Ou seja, o que é que conseguiram manter?

Começa finalmente a chegar a algo de concreto, fala agora na sua descendência. Muito bem, a Drusilla tem um ideal de raiz genética, ou seja, há em si um princípio de consciência de Estirpe, já não é mau... mas a seguir fala em espécie...

Portanto, o que conta é andarmos cá todos, mesmo que escravizados ou mutilados, não interessa, o que interessa é «aguentarmos», porque viver é, pelos vistos, algo penoso... certo?...

Cumprimentos

21 de fevereiro de 2008 às 17:26:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

“A Drusilla comete pois um erro frequente, que é o de pensar que o que para si é claro, é igualmente verdadeiro aos olhos de todos.”

Não pode afirmar isso Caturo, quando eu sou a primeira a dizer que esta visão é a minha “cura” e a minha medida. Só que para eu poder trocar ideias consigo, tenho de expor as minhas “medidas” e não preciso, julgo eu, andar sempre com cuidados redobrados a lembrar que não sou pretenciosa ao ponto de me achar com a razão universal.

Posso continuar a expor aqui as minhas razões, sem que pensem que as ando a impingir como verdades absolutas universais? Se sim, favor continuar a ler, se não, favor parar a leitura. :)

“Sem os alimentos, também não existiria nem filho nem mãe, mas dificilmente se colocará o sagrado chouriço ou o sacrossanto pãozinho com manteiga no topo da hierarquia de valores.”

Ofereceram-se, sempre que assim entenderam necessário, o pãozinho e o chouriço aos deuses para que estes não faltassem, e até houve quem alguns filhos oferecesse ao sacrifício pela colheita mais abundante para o pãozinho e o chouriço não faltarem. Se isto não é pôr o alimento no topo da hierarquia de valores “à cause” da causa maior da sobrevivência...

“Estas diferenças naturais continuam a existir, e toda a diferença natural é, por si só, uma fronteira natural, motivo pelo qual não é verdade que hoje estas fronteiras não existam.”

Fronteiras físicas já não existem. A fronteira existente (bem mais dificil de transpôr) é a definida/imposta pelo Homem. É uma fronteira ideologicamente imposta.

“Nada disto é dramático, excepto quando umas culturas se tentam sobrepôr a outras, especialmente se nessas outras há agentes internos que por um motivo ou por outro colaboram com a cultura invasora.”

Isso só será dramático, Caturo, se se pertencer à cultura dominada. Neste caso actual do embate muçumanos/europa, só por ser culturalmente europeia é que me sinto ameaçada e me sujeito à defesa da minha cultura, pondendo até aliar-me a outras culturas mais próximas, ou mesmo não o sendo, com os mesmos objectivos de defesa. Se eu fosse muçulmana, tásse bem.

“Drusilla não tem problemas desses, espera pura e simplesmente «aguentar» com tudo cá dentro, ao molho, e depois logo se vê,”

De onde tirou semelhante conclusão?

“claro que a Drusilla é capaz de começar a viver com mais dificuldades, mas seguramente que tudo aguentará, e se os seus descendentes já nem se considerarem seus descendentes, e não tiverem nada em comum consigo - nem raça, nem língua, nem cultura, nem valores, nada - a Drusilla não deixará que esse detalhe a impeça de sentir-se orgulhosa por eles terem «aguentado». (Resta saber o que aguentaram eles...).”

Credo que isto mais parece o fado da coxinha! :) Olhe que eu nunca coloquei de lado a hipótese de vir a pertencer à “Resistance”, Caturo!

Imagino o meu ancestral mais romoto a imaginar-me igualzinho a ele, sim, sim. E ai dos meus descendentes se se cruzarem com tipos de outras galáxias. Lanço-lhes já daqui os raios de Zeus, se tal vier a acontecer.

“ainda há humanos à face da Terra...”

Apesar de tudo, cada vez mais haverá e menos espaço para os outros bichinhos, à excepção de insectos.


“pois quem se contenta com isto, andará sempre contente, até ao momento em que deixem de haver humanos (se tal acontecer), mas nessa altura também não haverá ninguém para lamentar (excepto, talvez, algum animal de estimação abandonado...). Ora assim anda-se sempre contente, de facto não há falha, é um sistema à prova de tristezas...”

Eu não tenho dúvidas que isso é uma hipótese bem plausível, se nos caír um meteorito em cima mas nunca tal acontecerá por nos misturarmos entre nós brancos, pretos, amarelos, à bolinhas (opinião minha, muito minha e só a partilha comigo quem quiser de livre vontadinha). Agora se resolvermos miscigenar-nos com lírios do campo, aí talvez não fique ninguém sem pétalas para o lamentar.

“Ou seja, o que é que conseguiram manter?”

A descendência. Há em mim uma enorme consciência de espécie, sim.

“Portanto, o que conta é andarmos cá todos, mesmo que escravizados ou mutilados, não interessa, o que interessa é «aguentarmos», porque viver é, pelos vistos, algo penoso... certo?...”

Quem não tiver outra hipótese de sobrevivência a não ser deixar-se escravizar ou mutilar, porque hei-de julgá-lo e achar que não merece viver e deixar descendência? Viver é penoso, sim. E acarreta muitas vezes seguir caminhos até contrários aos nossos mais enraizados valores. É muito mais idílico imaginar um mundo de valorosos guerreiros que não se deixam amordaçar e pisar. Pois, mas o mundo dos Homens não é a preto e branco, nem as fronteiras entre o preto e o branco são traçadas a régua e esquadro. Muito menos as fronteiras ideológicas.

Cumprimentos.
Livia Drusilla

21 de fevereiro de 2008 às 18:28:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não pode afirmar isso Caturo, quando eu sou a primeira a dizer que esta visão é a minha “cura” e a minha medida. Só que para eu poder trocar ideias consigo, tenho de expor as minhas “medidas” e não preciso, julgo eu, andar sempre com cuidados redobrados

Claro que não. De qualquer modo, fica a minha objecção, não à sua postura, mas ao seu argumento.



Ofereceram-se, sempre que assim entenderam necessário, o pãozinho e o chouriço aos deuses para que estes não faltassem, e até houve quem alguns filhos oferecesse ao sacrifício pela colheita mais abundante para o pãozinho e o chouriço não faltarem. Se isto não é pôr o alimento no topo da hierarquia de valores “à cause” da causa maior da sobrevivência...

Sobrevivência sim - mas do grupo, da Estirpe. Ainda assim, o valor aí não é o dos alimentos, mas sim o da Estirpe. Ou pensaria porventura que alguém pensaria no passado que a espada vale mais do que a mão que a empunha?



Fronteiras físicas já não existem.

No fundo, nunca existiram - ou as que existiam não eram, por si só, obstáculo, na maior parte dos casos. Se assim não fosse, Roma não teria conquistado alguns dos mais inexpugnáveis locais da Europa e do Próximo Oriente. Astúrias, Lusitânia, Numância, Massada, foram disto exemplos.

E porque é que houve guerras? Precisamente porque as fronteiras físicas nunca foram suficientes para as impedir.



A fronteira existente (bem mais dificil de transpôr) é a definida/imposta pelo Homem. É uma fronteira ideologicamente imposta.

Sempre foi. Nunca deixou de existir, já antes de haver homem...



Isso só será dramático, Caturo, se se pertencer à cultura dominada. Neste caso actual do embate muçumanos/europa, só por ser culturalmente europeia é que me sinto ameaçada

Parece que, afinal, o drama da inexistência de fronteiras físicas não é só meu... ;)



De onde tirou semelhante conclusão?

Da afirmação da Drusilla de que estava contente com toda a misturada.


à Resistance, Caturo!

Folgo em sabê-lo.



Imagino o meu ancestral mais romoto a imaginar-me igualzinho a ele, sim, sim. E ai dos meus descendentes se se cruzarem com tipos de outras galáxias.

Não me diga que é especista, assim a modos que racista mas em versão inter-galática...



Eu não tenho dúvidas que isso é uma hipótese bem plausível, se nos caír um meteorito em cima mas nunca tal acontecerá por nos misturarmos entre nós brancos, pretos, amarelos, à bolinhas

Pois para mim, morte é morte, diluição é morte.



Quem não tiver outra hipótese de sobrevivência a não ser deixar-se escravizar ou mutilar,

Pois, mas o melhor é não nos deixarmos nem escravizar nem mutilar, porque achamos que isso não é vida decente. Por isso é que estamos dispostos a combater pela nossa Liberdade e pela nossa Identidade.


É muito mais idílico imaginar um mundo de valorosos guerreiros que não se deixam amordaçar e pisar.

Muito mais idílico ainda seria, para alguns, libertarem-se dos valores que os obrigam a combater ou a ter sequer qualquer espécie de ética... o conforto do escravo bem alimentado é outra coisa.

Cumprimentos.

21 de fevereiro de 2008 às 19:39:00 WET  
Blogger Silvério said...

"até houve quem alguns filhos oferecesse ao sacrifício pela colheita mais abundante para o pãozinho e o chouriço não faltarem."

Ninguém disse que o paganismo era perfeito, nem que não fosse possível haverem leituras fanáticas e incorrectas do divino só por serem pagãs. Tudo no mundo pode corromper-se.

Não creio que atirar a meta da perfeição para o campo do adversário seja a forma mais correcta de se discutirem ideias. Imagine que eu dizia que a razão também ainda não descobriu a fonte da juventude eterna como pretexto para a descredibilizar.

21 de fevereiro de 2008 às 20:36:00 WET  
Blogger Silvério said...

"e ao que aspiramos para futuro."

E o que poderá isso ser?
Se for ter a barriga cheia, bons carros e futebol ao fim de semana, então a cultura só serve mesmo para organizar feiras gastronómicas que promovam os interesses locais. E claro para chatear o presidente da freguesia do lado.

"tanta Divindade pagã», alegando que são demasiadas... enfim, é uma questão de tendência. "

Além disso não são obrigatórias, nem fazia sentido forçar as pessoas a um relacionamento artificial com a religião. É que às vezes é uma canseira ter de rezar 30 terços por cada deus.

"achando, por exemplo, que tudo o que é posterior ao paganisno na europa é puramente ocasional, sem relevância para o que hoje somos ou para o nosso futuro."

Claro que não, uma pessoa que fique sem uma perna num acidente, também tem de ter em conta que isso é importante para a sua vida e para o seu futuro, mas não é por aí que vai deixar de tentar adquirir mobilidade (as minhas desculpas pelo mau gosto, mas como estamos numa de brincadeira...)

"Da parte que me toca, aquilo que mais me orgulha na minha ancestralidade, é saber que existo porque tive toda uma série de vôvôs que aguentaram milhares de evoluções"

Invejo-a, os meus motivos são menos nobres e pretendo apenas defender os meus interesses. Antes de ser pagão não tinha especial interesse pelo desenrolar destas matérias.

"porque o resultado"

Por outro lado, acho muito redutora a perspectiva de apenas interessar o resultado, o que o motiva tem importância por si próprio. Mas provavelmente penso isso porque não sou cristão, se fosse também iria pensar que o que importa é a salvação.

"Eu também não tenho paciência, mas é para tanto autor francês, para tanto filme de referência ou para tanto filósofo europeu, e decorar os seus nomes todos e saber o que cada um diz"

Ou para o nome de tanta banda de música. :D São as modas dos concursos de cultura geral.

"Sem o Homem nada existiria, nem o paganismo que o Caturo professa, e que foi feito à exacta medida das necessidades dos Homens num dado contexto temporal"

Então as coisas que o Homem vê também não existem, as cores não claro, mas os campos, o céu, a cidade, as rochas. Nada disso existe. Porque se o Homem as vè por existirem, também pode ter "visto" os deuses por estes existirem, e não ter inventado por achar engraçado, ou por ter medo de trovões. Como diria um dos anónimos, é uma questão de relatividade e perspectiva. O problema é que eu não sou muito adepto de niilismos.

21 de fevereiro de 2008 às 21:21:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Cara Livia Drusilla, peço desculpa por só agora colocar a minha resposta às questões que me coloca, (embora tivesse escrito na hora) mas não tive oportunidade de o fazer, ao longo do dia. Obrigada

--------------------------------------------------------------------------

Olá Livia Drusilla

Dê-me tempo por favor. Sou um pouco lerda. Demoro a chegar às coisas.

E... o que senti ao lê-la ... os meus sensores... (desculpe Livia Drusilla ) é até carinhoso como fala... mas... os meus sensores (não se ria por favor) acusam em mim alguma estranheza que não sei definir.

Dê-me tempo. Não tenho a capacidade da Livia Drusilla de me expressar. A sério que não. Entre agir com a alma ou com a mente, para mim chega a ser tortura.

Preciso de tempo.

Contudo, Livia Dursilla , não se zangue comigo, mas... sem deixar de ter alguma razão... vê o Homem como um simples animal?! (mas, Drusilla , o animal, propriamente dito, é um ser inteligente e fantástico. Capaz, também, ou melhor até, na sua naturalidade de se amar e expressar. Talvez com uma pureza muito maior do que a do vulgar humanóide.

Diz que seria a nossa ruína como espécie a pureza do Ente?! A sério?! Pensa mesmo isso?!

Eu não estava a falar da Pureza por todos nós conhecida. Eu não estava a falar essa língua.


- Pessoalmente não sigo a pureza do mundo. Não a pratico. Nem saberia como faze-lo. Até porque a desconheço como tal. O que me leva de imediato para junto de todo e qualquer um, normal.

Eu estava a falar da essência do ser. Se, atingida a dita perfeição, a espécie humana tende a desaparecer tal como se conhece... qual seria o problema?! - Talvez viesse a ter possibilidades de existir, numa outra condição, existencial.

Claro que, talvez aí, nada do que conhecemos, existisse, nem sequer o próprio Homem... tardará muito a que isso aconteça.

Mas irá acontecer, num futuro longínquo.

O Homem tem QUE SER ELE MESMO E NÃO O QUE O COBRE. E Será, Livia Drusilla. E Será.

De contrário a "alma" humana estaria para sempre irremediavelmente condenada. E, no que me toca. Desejo-lhe muito mais, mas muito mais do que aquilo que tem. Que vendo bem as coisas, não é nada, comparado com o que ele pode verdadeiramente, ter. (porque o que tem ou pensa que tem, tem duração muito curta. Tudo isso, nada é. Muito menos será. Se é que me entende. É quase inútil. Se a existência não for preenchida na luta de valores mais elevados, quanto a mim, será uma existência inútil. Sacrifício sem utilidade alguma, a partir do momento de que nada do que tem ou pensa que tem, é realmente dele para sempre. Portanto, não chega existir. É preciso muito mais do que isso. É preciso ser. Ser de Verdade ou tentar ser: UM HOMEM DE VERDADE. Talvez a luta esteja ainda no seu inicio, quiçá no seu fim. Mas, enquanto existirem aqueles que não se contentam unicamente em comer, e por aí.... ainda a humanidade avança um pouquinho mais. Se não avançar, por serem poucos os que algo procuram, paciência. Mas, aí, a VIDA foi VÁLIDA!

Eu sei que lhe posso parecer confusa ou outra coisa qualquer. Mas, acredite que sei do que fala. É a verdade existente.

Mas... existe outra! Acredite. E eu creio que o sabe. Que somos nós mesmos. Essa, na minha pequena e frágil opinião é a nossa luta.

Se a não tivermos presente. Facilmente nos perderemos neste labirinto.

Acredito que sabe o que diz.

Acredito que sei o que estou a dizer.

Assim como acredito que alguma coisa me magoa neste mesmo instante.

Sabe, questiono-me sobre muita coisa. E o meu primeiro questionamento é sobre mim mesma.

Mas tento. Do meu modo. Sempre acreditar numa coisa que só existe no coração do Homem. No AMOR.

E, sem, nenhum dogma. Absolutamente nenhum.

E como a minha mente tem tantas facetas, que nunca as consegui contar, sempre é difícil para mim avaliar este ou aquele comportamento humano, na integra. Quase nunca me atrevo. Seja no que for. Ou então expressar-me unicamente com um pequeno décimo, das facetas que me preenchem.

É muito complicado, para mim. Não consigo (talvez porque, verdadeiramente não queira, usar unicamente a razão. É fria e calculista a razão. E, eu não sou feita de razão. Embora também a tenha, tento ouvir sempre o meu coração. E... assim... vou andando... não feliz, mas... em paz. Em paz verdadeira.

Depois não acredito na igualdade humana. De modo algum. E não acredito na sua verdadeira essência. Se quiser, Origem.

Mas com tudo o que fala senti-me perante uma pessoa inteligente mas um pouco lúcida demais, não?! ( fria, talvez) (calculista) Mil perdões, mas... senti-a tão... tão indiferente... a falar... egoísta, até. Não condeno, nem aprovo. Só lamento. Espero que seja apenas, uma outra razão qualquer, que a leva a falar assim. Que na verdade, não é assim. Se puder, perdoe a minha ousadia. Sinceramente, peço desculpa. Mas é o que sinto quando a leio. Não sei.... Se posso dizer tal barbaridade perante o pouco que li, que não me chega de modo algum, para conhecer, ou tão pouco avaliar. Ajude-me... não quero nem posso ser injusta. Estou enganada, não estou?! Perdoe-me a sinceridade. Ou custa-me a acreditar. Mas ao mesmo tempo (volte-me a perdoar) não acredito nessa "frieza" "indiferença" toda. Acho que dentro... mesmo dentro... não é isso que existe e sim... o despontar do ser verdadeiro. Porque se assim não fosse... não conseguiria análise tão lucida . (o que não significa que esteja completamente certa, no meu modo de ver o mundo e o homem nele inserido. Só quem vê... as coisas como são... atinge... a per ....... (perdoe-me a ousadia do instante) a perfeição imperfeita mas o despontar dela o entendimento verdadeiro) Isto foi mesmo uma divagação. Isto dá-me por vezes. Bem que tento refrear as mãos, mas, por vezes não é fácil.

Que os deuses a mantenham lúcida para perceber que não tenho mais do que estas palavras, ditas da "alma". E, por falar em Deuses, Livia Drusilla , algo me achamou a atenção, do que escreve. algo que no que me diz respeito, eu não procuro nas raízes pagãs... Por uma razão muito simples. Eu não tenho necessidade de procurar algo que nasceu comigo. Que faz parte da minha genuína natureza. Portanto, nunca será uma busca ou uma necessidade. E, sim, comigo mesma, vontade de estar o mais perto de mim mesma. E, é lá, num Passado que já não existe no exterior do Homem, que ainda, eu me encontro. E, sempre me encontrarei. E deixe-me dizer-lhe, que desde que me conheço , sempre assim foi. O Mundo pode num instante ser o Paraíso ou o Caos, porque mesmo nestas duas circunstâncias, eu estaria sempre, com a minha ANCESTRALIDADE. Sempre- Quanto aos outros. Só cada um pode falar do que o move. Mas, será sempre bom que algo o mova, além mas muito além de uma mera e inútil existência.

Se percebi a Livia "mede" todo o Homem pelo mesmo padrão. Mas aqui, eu lhe posso garantir, que está errada. Se, percebi, bem. Eu estou em condições de lhe dizer. Que não somos todos iguais. E é sempre um erro pensar que somos feitos todos do mesmo modo e tempos todos exactamente as mesmas necessidades. E, descendemos todos do mesmo sítio. E todos com o mesmo objectivo. De viver. Ou não viver. De existir ou não existir. de amar ou não amar. etc... Porque esta não é a verdade.

Mas para que a Livia não fique a pensar:" mas o que é isto?" pensará esta que é mais do que eu?!

-Não Livia Drusillia . Sei-me diferente, mas não me acho superior a humano nenhum. Muito pelo contrário. Por isso, com carinho e dedicação, lhe falo abertamente do meu sentir. Até porque deste modo e aqui, será a única vez. Foi o seu distanciamento do amor que me fez reagir, penso. Mas quero salientar, a minha admiração, por se assumir. E, isso, para mim é bom. E, merece-me todo o respeito, por isso mesmo.

A Livia Drusila assume-se como é. É de louvar acto tão digno.
Eu assumo-me como sou do mesmo modo.

Livia Drusilla o Homem não representa todos os homens. Como digo a Natureza de cada um não é a mesma. Desculpe não é isto.

A natureza física é a mesma (e talvez não). Mas a natureza interior, não o é.

Por isso quando eu falo. Falo de uns. porque os outros. assim como os outros dos outros. seguem como diz e muito bem, cada um a sua verdadeira natureza. Só que a Livia penso, põe-nos todos no mesmo patamar. E, eu não. Salvaguardo, alguns. Parece que esta é a nossa pequena diferença em relação ao assunto. Acho... mas não tenho a certeza de nada.

Livia Drusillia

Depois desta minha exposição mental, quero, com muito carinho, dizer-lhe, que é com muito prazer e gratidão que escuto as suas palavras. E, não descuro, tudo quanto transmitiu. E, até, tem alguma razão, se calhar, toda, na sua análise ao Homem.

Agora, como diz, talvez eu seja uma incorrigível sonhadora. Pelo menos neste instante, estou a sê-lo. Estou a tentar evitar pensar no Homem como o descreve, porque senão vou gritar:

Mas não quero. Como digo. Quero acreditar no Homem e naquilo que ele tem mais precioso e ignora: O seu "sagrado" ente.

Obrigada Livia Drusillia

Com Estima sincera por este bocadinho. Pela sua sinceridade. Pelo seu modo de pensar e também a sua lucidez, perante o Homem na Vida!

Perdoe-me só o meu modo de escrever.

Grata

SolAzul

22 de fevereiro de 2008 às 00:15:00 WET  
Blogger Caturo said...

"Sem o Homem nada existiria, nem o paganismo que o Caturo professa, e que foi feito à exacta medida das necessidades dos Homens num dado contexto temporal"

Então as coisas que o Homem vê também não existem, as cores não claro, mas os campos, o céu, a cidade, as rochas. Nada disso existe. Porque se o Homem as vè por existirem, também pode ter "visto" os deuses por estes existirem, e não ter inventado por achar engraçado, ou por ter medo de trovões. Como diria um dos anónimos, é uma questão de relatividade e perspectiva. O problema é que eu não sou muito adepto de niilismos.


Bem observado...

22 de fevereiro de 2008 às 12:20:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Cara SA,

Não se minimize, s.f.f., com essa do ser “um pouco lerda” e coisas que tais. Não tem de justificar ou provar o que seja aos outros, a não ser que o queira, claro!

Vou tentar que me “conheça” um pouco melhor, e, para descançar o Caturo, prometo que isto é só a minha forma de ver as coisas e que não estou a tentar impingir-lhe nada. Palavra de honra, SA. ;)

Tudo o que sou e a forma como hoje analiso as coisas, é resultado da minha educação, percurso de vida, experiências e da maneira de ser que me é inata. Nisto, acho que o Caturo não se zanga se eu o afirmar, seremos iguais com certeza absoluta. ; )

Reconheço que nestas análises sobre a história do Homem atingi, voluntariamente, um patamar bastante desapaixonado. A minha fase das dúvidas existênciais e alternância sentimental já passou com a adolescência, e aprendi a sempre tentar separar emoções. Ou seja, uso-as quando o “ambiente” assim o permite/exige. Numa análise que se queira livre de estados de alma e de fanicos, para que possa ser objectiva, há emoções que têm de ficar arrumadas no armário por uns momentos. Faço-lhe uma pergunta: como analisa objectivamente acontecimentos passados no séc. XIV, dando rédea solta aos valores morais e éticos de que está embuída no séc.XXI? Eu não consigo.

O que eu quero que entenda, é que eu, mediante o ambiente da discussão, distingo juízos emotivos de juízos objectivos e tento ser sempre fiel a estas distinções, por mais difícil que isso se torne. É fazer aquilo que a SA considera poder ser uma tortura: “agir com a alma ou com a mente”, sendo a alma o conjunto dos sentimentos que temos capacidade de gerar. Um exemplo: em certos ambientes defendo com todas as garras da Águia a equipa do Benfica, até espumo se preciso for; noutros assumo friamente que a equipa do Benfica está uma porcaria e merece todos os apupos dos adeptos. Em nenhum caso, ponho em causa a Grandeza do Clube. Percebe estas “minhas” três nuances? E consegue ver como uso o mesmo mecanismo para os episódios da história Humana?

Como sempre me interessei muito pela história dos Homens, tenho lido muito sobre as suas acções, culturas, impérios, figuras, etc, e, ao longo de muita página virada, fui verificando que a sua sobrevivência e evolução sempre os levou/obrigou a actos que hoje são diariamente condenados pelos nossos humanistas de serviço, mas que continuam a ser praticados. Eu não os consigo condenar, nem julgar. Até porque estou, pessoalmente, convencida que assim será até ao fim. Nunca houve um parto natural sem dor. E eles continuam na moda. Olhe à sua volta e tente, objectivamente, ver por causa de quê continua a haver dor no mundo. E inflingir dor, continua na moda, independentemente do estado evolutivo das nossas emoções e moralismos humanitários. Esta é uma natureza humana impossível de extirpar, na minha opinião. Pode ser aplacada por breves momentos, nalguns locais, à força de acordos, injecções de capital, de favores, de pressão bélica, objectivos comuns, mas algures, nalgum momento, a dor volta em força.

Penso que o Homem, enquanto indivíduo que age diariamente e sente amor, bondade, ânimo, partilha, medo, ódio, raiva, dor, ao longo das várias horas do dia, não tem consciência que todos esses “estados de alma” químicos existem para que “trabalhe” para um designío maior. Eu faço a minha vida normalmente, com todos os sentimentos de que qualquer pessoa é capaz, com juízos cheios de exaltações, e só me consciencializo do meu minúsculo papel neste todo, quando paro e me obrigo a pensar nisso com objectividade. Como quando venho a este espaço, por exemplo. Cada um de nós contribui inconscientemente para que a espécie se perpétue. Eu vejo-nos, enquanto indivíduos, como as abelhinhas e a vida da colmeia (para usar uma imagem mais “simpática”).

Eu vejo o Homem, efectivamente, como um animal. Mas, um animal com uma superioridade incomensurável, que advém de uma evolução física extraordinária, que beneficiou de acasos naturais, aproveitandos-os com mestria. Acho que o Homem é também o animal mais complexo, por viver numa constante dualidade entre a tal capacidade de amar e a capacidade de matar, mais a capacidade de tais coisas expressar. Mas também é aqui que reside a sua fragilidade, quando posto perante a tal questão de poder vir a atingir qualquer tipo de pureza. Como, se a sua capacidade de inflingir o que designamos “o mal” é inata, tal como o amar?

Acho que se algum dia o Homem, por artes mágicas dos deuses : ), conseguisse atingir um qualquer tipo de estado de pureza, mesmo a nível da essência do ser, não mais haveria por que lutar, matar, amar, proteger, viver enquanto ser, sob qual forma fosse. Indo por campos mais filosóficos, acho que o Homem precisa de objectivos, de imperfeições de impurezas para passar a outros objectivos, imperfeições e impurezas. Já pensou como o próprio acto de amar (sentimento mais sublime de que é capaz, em essência) tem no seu gene coisas tão negras como o ciúme, o ódio, o egoísmo, a rejeição, a dor, a saturação? E que os mais puros momentos de amor são ínfimos, em relação aos outros sentimentos negativos?

No geral, não vejo que outros valores mais elevados o Homem possa ter para além dos valores por que tem lutado desde que começou a sua sobrevivência. Falo no Homem enquanto espécie, e não enquanto indivíduo que almeja a TV mais modernaça do mercado e que espera viver até aos 80 anos, com ajuda do Prozac, de Deus quiser.

Parece-me que a SA sente/teme a existência como insuficiente para uma passagem neste mundo. Precisa de um ideal sublime mesmo, para aceitar o porquê de aqui andarmos. Parece-me que só entende a existência do Homem, se houver um fim magnífico a atingir. Por isso atibui tamanha importância ao “ser”, relegando o “existir” para um nível de 2ª classe. Já senti algo parecido, até ter sentido que o acto de “existir” já é um fim impressionante a atingir. Existir é ser. Existir é possibilitar ser. Existir é continuar a ser. Portanto, garantir a existência é garantir tudo o resto que o Homem possa querer. Até o querer “ser”. E para existir, o sacrifício que o Homem tem feito tem sido enorme. É o sacrifíco máximo do pai que atira o filho ao vulcão para a existência continuar. É o sacrifício máximo do povo que se amordaça para poder existir. É o sacrifício máximo do povo que parte ao desconhecido procurando garantir a existência. Etc, etc. Estes sempre foram os Homens de Verdade que o mundo viu existir e que conseguiram depois “ser”.

Vou-me calar, SA, com só mais umas notinhas:
- Eu não sou indiferente, nem sou de uma frieza atroz, nem eu acredito que assim seja. Acho sim, que o Homem é naturalmente capaz de uma indiferença e frieza atrozes. : ) E, eu não estou certa de nada, neste mundo. Limito-me a “ver” o mundo pelos meus olhos e mente, porque não o consigo ver pelos olhos e mentes alheias.
- Individualmente, não somos todos iguais, como muito bem afirma. Cada um de nós nasce vive e morre com pais diferentes, em locais diferentes, com objectivos diferentes, com gostos diferentes, com maior ou menos vontade de viver. Mas, por causa dessa diversidade toda, conseguimos “trabalhar à milénios ” para conseguir sobreviver e fazer sobreviver, enquanto espécie. Como é que indivíduos tão diferentes, conseguem fazer coisas tão iguais? Porque a natureza nos trouxe diversidade individual, para melhor garantir a nossa “unidade” colectiva.
- Não se trata, nesta óptica em questão, de eu ou a SA sermos superiores ou inferiores ou se eu tenho uma natureza assim e a SA tem a natureza assado, mas trata-se de usar as diferenças que existem entre nós, para garantir a continuação. É assumir aquilo que há de animal, instintivo e natural em nós e que trabalham para o bem comum.

Cumprimentos.
Livia Drusilla

22 de fevereiro de 2008 às 16:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Então as coisas que o Homem vê também não existem, as cores não claro, mas os campos, o céu, a cidade, as rochas. Nada disso existe. Porque se o Homem as vè por existirem, também pode ter "visto" os deuses por estes existirem, e não ter inventado por achar engraçado, ou por ter medo de trovões. Como diria um dos anónimos, é uma questão de relatividade e perspectiva. O problema é que eu não sou muito adepto de niilismos."

Caro Silvério,

Mas eu nunca afirmei que os deuses não existem. Só que euzinha não acredito neles, ou seja, não os vejo ou sinto. E os deuses existem exactamente porque o Homem os viu e sentiu quando os imaginou. As coisas existem porque o Homem as imagina, vê, sente, cheira, ouve, transmite e/ou modifica. O planeta continuará a existir sem o Homem. Mas não será o mesmo planeta.

Não representa problema algum para a evolução da espécie que não seja adepto de niilismos. Nem o facto de ser adepto de paganismos é motivo de preocupações para a espécie. Tem é que ser feliz (a felicidade ajuda à missão) e garantir descendência. E se não consguir, paciência. A evolução fez tudo para garantir que outros seus iguais conseguirão esses objectivos.

;)

Cumprimentos
Livia Drusilla

22 de fevereiro de 2008 às 17:13:00 WET  
Blogger Inês said...

Este comentário foi removido pelo autor.

22 de fevereiro de 2008 às 19:48:00 WET  
Blogger Silvério said...

"E se não consguir..."

;) Cara Drusília, fazer um rapaz não é a coisa mais difícil do mundo, muitos até são feitos por acidente.

22 de fevereiro de 2008 às 19:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Pois, mas por vezes os deuses, por pura graçola, lançam a alguns humanos umas condições adversas que os impedem de levar a bom porto certas grandiosas demandas, por mais singelas que possam ser.

;) Ah, pois é!

Cumprimentos.
Livia Drusilla

22 de fevereiro de 2008 às 20:08:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caro Silvério,

Vou só recuar um pouquinho, se não se importa, porque só agora estou a ler algumas coisas com mais cuidado e vi que más interpretações podem levar a confusões:

"Não creio que atirar a meta da perfeição para o campo do adversário seja a forma mais correcta de se discutirem ideias."

Não foi esse o objectivo. A questão da perfeição, viu-a o Silvério onde não existia, pois nem em tal pensei. Eu só poderia atirar com perfeições para cima do adversário, se acreditasse que tal coisa existe. Nem um Monet é perfeito, quanto mais!

"Imagine que eu dizia que a razão também ainda não descobriu a fonte da juventude eterna como pretexto para a descredibilizar."

Credo, com um arremesso desses os meus alicerces abanariam todos! ;)

Cumprimentos e os meus votos de uma óptima noite.
Livia Drusilla

22 de fevereiro de 2008 às 20:36:00 WET  
Blogger Silvério said...

"Pois, mas por vezes os deuses, por pura graçola, lançam a alguns humanos umas condições adversas que os impedem de levar a bom porto certas grandiosas demandas, por mais singelas que possam ser."

Ou os deuses, ou mais provável é serem o resultado das misturadas experimentais que o homem iluminado gosta de fazer.

"Vou só recuar um pouquinho, se não se importa,"

Antes pelo contrário, eu é que agradeço.

"A questão da perfeição, viu-a o Silvério onde não existia"

Por vezes tenho dessas coisas, vejo muitas coisas que não existem. :D

"Credo, com um arremesso desses os meus alicerces abanariam todos! ;)"

Então pode ver o que sinto quando ouço dizer «que os pagãos comiam criancinhas».

Uma óptima noite e um óptimo fim de semana.

22 de fevereiro de 2008 às 21:25:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Livia Drusilla venho só agradecer a elegância do seu comentário e desejar-lhe uma muito Boa Noite.

Queria que tomasse conhecimento que gostei do seu comentário em Forma e Conteúdo.

E creio que a entendi, bem.

A Livia Drusilla é uma Pessoa De Bem.

E eu fiquei contente.

Obrigada
Um bj
(SolAzul)

23 de fevereiro de 2008 às 01:01:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Então pode ver o que sinto quando ouço dizer «que os pagãos comiam criancinhas»."

Para que não se sinta só nesse pantagruélico fado, Silvério, lembro de os comunistas também comiam criancinhas ao almoço. :)

Um óptimo fim-de-semana
Livia Drusilla

23 de fevereiro de 2008 às 13:36:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

SA, não se deixe enganar pelas minhas palavas, que eu consigo ser uma fera e bem mázinha quando quero :)

Agora, a sério, agradeço-lhe a paciência para ler tamanho lençol de palavas, e, quando a ser De Bem, acho que me limito a viver e a deixar viver sem magoar demasiado. A SA fará o mesmo, imagino.

Um bj t/b para si, com votos de um bom fim-de-semana
Livia Drusilla

23 de fevereiro de 2008 às 13:55:00 WET  
Blogger Shivafaa said...

Cara Livia,

tenho lido os seus posts e, ainda,não consigo saber bem onde recai a sua simpatia (e digo "simpatia" porque tenho reparado que a Livia é uma mulher de fortes convicções, mas, que não dá nada como certo nem absoluto): no paganismo, no cristianismo ou no "nem por isso" (que acaba por não ser nenhuma religião em concreto e,exactamente, devido a isso, uma religião por si só)?

Cumprimentos.

25 de fevereiro de 2008 às 01:46:00 WET  
Blogger Shivafaa said...

Cara Livia,
presumo que seja uma mulher, pelo nome...se não fôr o caso, as minhas desculpas.

25 de fevereiro de 2008 às 01:49:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Cara Shivafaa,

Sou menina sim, e nunca tive qualquer ímpeto na mudança desse estado :)

Sobre a questão das simpatias("no paganismo, no cristianismo ou no "nem por isso"), tenho uma forte afinidade com o "por nenhuma dessas coisas". Isto é, perdi totalmente a fé em quaisquer entidades superiores, e ainda não a recuperei. A simpatia, neste caso vai tanto para quem não tem, como para quem tem fé, seja pagão, seja cristão ou muçulmano. A religião, para mim, é pura história dos povos.

Tem razão: uma das minhas maiores convicções é não dar nada, mesmo, como certo ou absoluto. Por isso, são poucas as coisas que me surpreendem, nesta vida. Por isso me é difícil radicalizar posições.

Possivelmente, no meu leito da morte, opte por acreditar em tudo e todos, e até no seu contrário, não vá o diabo tecê-las! ;)

Cumprimentos,
Livia Drusilla

25 de fevereiro de 2008 às 12:27:00 WET  

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