quarta-feira, fevereiro 20, 2008

MAÇONARIA... INSTITUIÇÃO DE ORIGEM NÓRDICA?...

Por curiosidade e bizarria, fica aqui registada a existência duma teoria que aponta raízes «viquingues» para a Maçonaria...

Diz este lugar internáutico que, segundo certos estudiosos, a Maçonaria primitiva derivaria em grande parte da tradição normanda. O espírito de fraternidade reinante a bordo do drakar (navio viquingue) teria sido continuado em terra seca, dando vida à primeira loja maçónica, sita na Normandia.

Como é sabido, a região actualmente francesa da Normandia deve o seu nome ao facto do rei franco Carlos o Simples ter oferecido algumas terras setentrionais do seu reino aos vikingues Dinamarqueses (Nor man - Homens do Norte) liderados por Rollo (também conhecido como Roberto da Normandia), para que estes deixassem de fazer incursões a Paris e passassem ao mesmo tempo a funcionar como um tampão contra ataques de outros viquingues.

Assim, conforme diz Maurice Guignard, a camaradagem e a igualdade reinantes a bordo das embarcações dos piratas escandinavos teria constituído a raiz do pensamento da primeira loja dos construtores da catedral normanda. Henrique II (1165-1205), bispo inglês de Bayeux e antigo deão de Salisbúria, publicou um édito a restabelecer a antiga «confraternidade dos construtores das catedrais.» Desde modo, a origem do avental maçónico em forma de tela triangular poderia ser explicada pela forma empregue pelos marinheiros nórdicos. Uma dúzia de bispos-arquitectos assumiram nomes maçónicos contendo a raiz «Geirr» («triângulo de tela», em Norueguês), tais como Gervold (755-788), que viria de «Geirr-Valdr» («Mestre do Triângulo») e Sigered (1017-1022), nome derivado de «Sae-Geirr-Aett» (Confraternidade do Triângulo e do Mar»). Esta loja «odinista» recrutava os seus membros apenas entre os filhos dos iniciados, em cuja genealogia estavam os marinheiros dos drakares. Os apoiantes das lojas eram todos arquitectos e artesãos em actividade regular. A partir do século XVI, esta loja passou de operativa a especulativa. O seu propósito era:
1) A defesa da integridade da língua norueguesa;
2) A conservação da teologia e da cosmogonia druídicas e de Odin;
3) A preservação dos segredos da magia odínica (de Odin).

De acordo com Angebert («O Livro da Tradição», Edições Mediterranean, 1980), é certo que lojas da Maçonaria de tradição odínica tutelaram numerosas e regulares actividades em território norueguês.


A ideia parece-me francamente excêntrica, na melhor das hipóteses, até porque faz uma salganhada «nórdica» entre tradição céltica (druídica) e tradição germânica (Odin), mas enfim, nunca se sabe... vale a pena lembrar que quando os Francos das margens do rio Eure perguntaram aos Viquingues Dinamarqueses quem era o seu rei, estes responderam «Nós não temos rei. Somos todos iguais.» Claro que na Dinamarca até havia reis, mas quem sabe lá se o vírus da igualdade democrática não estaria já alojado naquelas mentalidades bravias, indomáveis e livres, temperamento este que já Júlio César tinha observado nos «primos» destes Escandinavos (Germanos) e registado na sua obra «De Bello Gallico», cerca de mil anos antes...

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

dia 28 os porcos vão guinchar...

88

20 de fevereiro de 2008 às 14:35:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Bem me parecia, afinal o martelo de Thor era um martelo de pedreiro.

20 de fevereiro de 2008 às 16:27:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Pombal onde andas, carago?

23 de fevereiro de 2008 às 14:30:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home