quarta-feira, dezembro 26, 2007

«OS OLHOS DA NAÇÃO DE MAOMÉ ESTÃO POSTOS EM WASHINGTON, LONDRES, MOSCOVO, PARIS, DELI, PEQUIM...»

O líder do Movimento Islâmico do Uzbequistão, organização fundada para depôr o presidente laico do país e instituir uma república islâmica regida pela chária ou lei muçulmana, fez recentemente um esclarecedor discurso no qual declara os objectivos que movem os seus muslos - a imposição mundial do Islão (pode ver-se o vídeo aqui).

Diz então Muhammad Taher Al-Farouq por saudar os muçulmanos que resistem pelo martírio e pela guerra santa aos inimigos de Deus, do Alcorão e da nação islâmica - os judeus, os cristãos e os hipócritas. Declara em seguida que o país deve ser governado apenas pelas leis de Deus, mas que este ideal tem inimigos... «Hoje em dia, os inimigos do Islão opõem-se a este objectivo, tal como fizeram no tempo de Maomé, mas eu anuncio aos crentes, à nação de Maomé, que num futuro próximo, graças aos sacrifícios feitos pela nação de Maomé, iremos recuperar a nossa glória de tempos passados.
(...) Enquanto houver infiéis e inimigos de Deus neste reino, este movimento irá continuar a sua jihad. Actualmente, a nação de Maomé tem tudo excepto um califado islâmico. Temos clérigos, mujahedin [guerreiros islâmicos], fedayeen [«aquele que está pronto a sacrificar a sua vida», isto é, mártires suicidas], mas não um califado. Um dos objectivos mais importantes do Movimento Islâmico do Uzbequistão é estabelecer um califado a qualquer preço.
(...) Orgulhamo-nos dos nossos irmãos em todos os países do Islão - Iraque, Somália, Líbano, Palestina, Chechénia, Filipinas, Sri Lanka, África, e na Ásia, e em todos os países do mundo. Orgulhamo-nos da sua jihad para elevar o mundo de Alá. Temos boas relações com eles. (...) Todos juntos constituímos um só corpo. Tomos temos um ideal comum contra os infiéis. Quando os mujahidin são apanhados pelo inimigo - sejam Americanos ou outros infiéis - e levados para Guantanamo ou outras prisões, o inimigo não pergunta de que nação ou comunidade são. Trata-os a todos do mesmo modo, tortura-os a todos da mesma maneira.
»

Em seguida, quando questionado sobre os países que apoiam este movimento, o líder responde: «os países que apoiaram e auxiliaram o mensageiro de Deus são os mesmos que nos ajudam.
(...) O dinheiro dos bancos infiéis é o pão diário do mujahidin. Os comboios que vêm do Paquistão, através de Torkhan e Karachi, são o pão diário do mujahidin. O dinheiro nos bancos do Afeganistão, Paquistão, e noutros lugares, é o pão diário do mujahidin. Os governos que usam este dinheiro contra os muçulmanos e contra o Islão, adquirem bombas e aviões com ele para bombardear muçulmanos. Por isso, este dinheiro é o saque (legítimo) dos muçulmanos.
(...) Digo sempre aos mujahidin que, se querem dinheiro, devem bater nos infiéis e roubar o dinheiro destes. Tens de os atingir na cabeça e ficar com o dinheiro deles. Deves roubar os seus bancos e ficar com o seu dinheiro. Deves tomar a sua gente como prisioneiros, tal como fez o profeta. Não penses que isto é pecado, porque o próprio profeta Maomé trocou prisioneiros por dinheiro de resgate. Não há mal nenhum em fazer dinheiro em troca de prisioneiros.
(...) Se Deus quiser, a América será em breve aniquilada, tal como a URSS foi aniquilada. Estamos convencidos disto.
(...)Aqueles que orgulharam a nossa nação através das operações de martírio do onze de Setembro em Washington e em Nova Iorque foram os dezanove melhores indivíduos da nossa nação. Todos os mártires do Afeganistão, da Chechénia, do Iraque, da Palestina, e doutros lados, devem ser vistos como modelos a seguir.
(...) Se Deus quiser, iremos alcançar a América. Os homens desta nação irão alcançar a América. O objectivo desta campanha não é apenas Cabul, Kandahar ou Bagdade. Os olhos da nação de Maomé estão postos em Washington, em Londres, em Moscovo, em Paris, em Deli, em Pequim, e noutros países. Este é o nosso objectivo, e, se Deus quiser, iremos alcançá-lo.»
Mas o que é que este uzbeque tem contra a Inglaterra, a França, a Índia, a China?...
Pois é... afinal, a luta islâmica não é só «contra os Judeus» nem se explica unicamente num contexto local, sócio-político, como pretendem certos islamófilos...

Já agora - vem algum clérigo muçulmano denunciar publicamente estas declarações, combatendo-as, não com uma condenação generalista da treta, mas com argumentos específicos tão baseados no Alcorão como as palavras do citado líder uzbeque?...

Que não haja dúvidas do seguinte - se o Ocidente não se defender a tempo, este muslo e outros que tais serão os heróis do futuro, os «modelos de virtude» ensinados aos nossos descendentes submetidos ao credo islâmico.