segunda-feira, dezembro 31, 2007

TERMINA DEZEMBRO, MÊS DE VESTA...



Templo de Vesta
Deusa do Fogo Sagrado do Lar e da Pátria

PETIÇÃO POR SANTUÁRIO PAGÃO NO NORDESTE EUROPEU

Assine-se esta petição para salvaguardar Vottovaara, um antigo santuário gentio da Carélia, sito na Rússia mas etnicamente fino-úgrico.

ISLÃO OU LIBERDADE OCIDENTAL?

NOVO ALVO DA JIHAD - AS SUPERFÍCIES POLIDAS REFLECTORAS!

PRESENTES DADOS PELAS EMPRESAS AOS TRABALHADORES TÊM DE COMEÇAR A OBEDECER À LEI ISLÂMICA...

Está visto que los ‘progres’ no tienen medida. Ahora los empresarios podrían ser etiquetados de xenófobos y racistas si no tienen cuidado a la hora de escoger sus regalos de empresa. La cuestión no es para tomarla a broma pues la ‘recomendación’ llega de CC.OO. Los sindicatos, que favoreciendo la llegada indiscriminada de inmigrantes perjudican claramente al trabajador español, se ocupan ahora de temas tan importantes como este.
En concreto, el secretario general de CCOO de Lleida, Jaume Sellés, ha exigido que las empresas ‘tengan en cuenta las costumbres y tradiciones de sus trabajadores musulmanes a la hora de elegir los regalos de Navidad’.
Sellés explicó que muchas empresas regalan a sus trabajadores de origen magrebí bebidas alcohólicas y dulces elaborados, entre otros ingredientes, con grasa de cerdo, productos cuyo consumo está prohibido por su religión.
‘Es razonable abordar en la negociación colectiva y en los convenios de empresa la posibilidad de incluir medidas que tengan en cuenta la diversidad cultural, que es una realidad en la mayoría de empresas y en todo el territorio’, declaró Sellés.
Entre las propuestas, el sindicalista dice que, además, sería necesario ‘plantear un cambio de horarios en las jornadas laborales durante el periodo en que los musulmanes celebran el Ramadán’. (...)


Mais uma vez se constata como o propagandeado «multiculturalismo» só significa sujeição dos Europeus ao apagar lento e gradual das suas próprias tradições, mesmo as mais sagradas e inofensivas, perante a força dos números da iminvasão, nomeadamente a islâmica, que se faz, quer pela imigração intencional e por isso mesmo obscenamente desmedida, quer pela alta taxa de natalidade dos filhos dos muslos em solo europeu. É parte daquilo que Ângelo Correia, presidente da Câmara do Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, disse, quando anunciou, como lacaio dos novos tempos, que a partir do multiculturalismo, as liberdades a que os Europeus estavam habituados têm de ser limitadas...

sexta-feira, dezembro 28, 2007

«NOITE GENEROSA» OU «SZCZODRY WIECZÓR»

Adoração de um ídolo representando uma ancestral Deidade eslava



Oferta de géneros alimentares, incluindo um bolo decorado com a suástica.

Celebração gentia eslava da Szczodry Wieczór, festividade invernal, em esperança pelo renascimento da Luz e da Vida, a partir desta data, em que os dias começam a tornar-se maiores.

«CUIDADO COM OS FOGOS»...

Está escapatório o vídeo que se pode ver nesta página: um anúncio humorístico criado pelo instituto de segurança do consumidor do governo holandês para prevenir os cidadãos contra o uso indevido de fogos de artifício. É especialmente bem pensado que o grupo terrorista aí representado a dar cabo de si mesmo por incapacidade ou desconhecimento técnico tenha a designação de «Exército de Libertação Contra a Liberdade»... nome intencionalmente jocoso que se torna ainda mais engraçado quando se toma conhecimento que no fundo o que certos militantes ideológicos (não apenas muslos...) querem é mesmo «libertar-se» da Liberdade.

Claro que certa cambada islâmica protesta, diz que é brincadeira de mau gosto que propagandeia estereótipos negativos dos muçulmanos e tal...

Das duas uma - ou enfiam a carapuça com muita facilidade, ou então não têm fair-play nem sentido de humor...

MAIS UMA VEZ, O IDEAL UNIVERSALISTA-GLOBALIZADOR DA IGREJA AFIRMADO ABERTAMENTE

No site da Alternativa Portugal, pode ler-se a seguinte notícia (apenas o texto a itálico, onde engrossei a passagem mais significativa):
O Bispo do Porto defendeu a presença dos crucifixos "em qualquer espaço adequado, mesmo que público", numa atitude de "cidadania justamente partilhada com crentes e não crentes". Na homilia da solenidade de Cristo Rei, D. Manuel Clemente sublinhou que "gostamos de ver a Cruz por a reconhecermos como altíssimo sinal de tantas vidas abnegadas ao serviço do próximo". "No nosso caso português ela, a Cruz de Cristo, foi até o mais alto símbolo do que fizemos de melhor, na descoberta do mundo e na construção duma humanidade comum", acrescentou. O Bispo admitiu "eventuais contrafacções que se tenham verificado da nossa parte", mas indicou que "foi exactamente o regresso à Cruz e aos sentimentos de Cristo que constantemente nos corrigiu e mais longe nos transportou e transporta, como cidadania amável e solidariedade universal". "A urgência da nova evangelização impele-nos a aumentarmos a projecção missionária das nossas comunidades, para levar a cada sector específico da sociedade e da cultura a verdade, a beleza e a bondade divinas que refulgem em Cristo", indicou.

Construção duma humanidade comum... ou seja, derrube de fronteiras étnico-civilizacionais em nome da fraternidade universal cristã.
Continua pois a ser esta a mensagem da Igreja, que se mantém destarte fiel ao espírito do Judeu Morto que declarou o «dever» de amar sem fronteiras de estirpe, de amar inclusivamente os inimigos e de lhes dar a outra face, que declarou também a eventual necessidade de o indivíduo odiar a sua própria família em nome do amor a Cristo (ao fim ao cabo, em nome do amor universal), que declarou, num contexto de detrimento dos laços de sangue, que a sua verdadeira família era composta pelos seus seguidores (princípio do internacionalismo anti-étnico).

As palavras do bispo fazem particularmente lembrar aquilo que um dos mais famosos doutores da Igreja, Juistino o Mártir, afirmou em prol da doutrina cristã:
nós que antes matávamos e nos odiávamos e não compartilharíamos nosso lugar com pessoas de outra tribo devido a seus [diferentes] costumes, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos juntos com eles.

Mais uma vez se atesta que a Cristandade foi e é um dos mais poderosos precursores da globalização identicida.
Confirma-se assim a natureza da mensagem cristã - universalista, apoiante da mixórdia em nome do «amor ao outro», e, por conseguinte, visceral inimiga das identidades nacionais, étnicas e raciais.

MAPA DA PALESTINA SEGUNDO A FATAH...

Na Palestina, a Fatah tem declarado que pretende a existência de um Estado palestiniano ao lado do Estado israelita. Todavia, um cartaz de comemoração do aniversário da organização inclui toda a área de Israel na sua ideia de Palestina, o que pode indicar que a verdadeira intenção da Fatah é a aniquilação do Estado Judaico, tal como sucede com o radical Hamas.

Assim se vê a natureza dos «moderados» da Palestina e o porquê de Israel ter geralmente toda a razão nos seus procedimentos militares, essencialmente defensivos.


E, ou muito me engano, ou não faltará muito para que certas regiões da Europa comecem a ter os mesmos problemas que Israel tem, se continuar a imigração e a proliferação da população muçulmana no seio de alguns dos mais influentes países europeus.

GRANDE VULTO DO ATEÍSMO PASSA A ACREDITAR EM DEUS

A nova ofensiva intelectual ateia que está a criar polémica no Ocidente, nomeadamente no que respeita ao pensamento combativo do seu chefe de fila, o cientista Richard Dawkins, parece ter sofrido agora uma espécie de facadita nos cotados, quando um dos mais eminentes militantes do ateísmo do Reino Unido e do resto do mundo, Anthony Flew, revelou recentemente que tinha mudado de ideias, dizendo-se agora crente na existência de Deus.
Orgulhando-se da atitude que sempre pautou o seu processo intelectual e argumentativo, que é a de desenvolver uma ideia até às suas últimas consequências e estar sempre de espírito aberto para as novas perspectivas que daí possam advir, chegou agora à conclusão (sempre sujeita a revisão, evidentemente) de que o conjunto de factos formado pela ciência moderna, que a Natureza obedece a leis matemáticas precisas, que a vida e a mente emergiram de matéria inanimada, e até mesmo o facto de que o universo pura e simplesmente existe, tudo isto indica a existência de uma «Inteligência infinita».
Não assumiu, de qualquer forma, a aderência a qualquer religião em concreto.

SOBRE A MORTE DE BENAZIR BHUTTO

O assassinato de Benazir Buto só surpreendeu por ser tardio. Teve sorte, foi-se escapando aos atentados que lhe foram dirigidos. Mas a força do Islão não perdoa e insiste em eliminar quem quer que se ponha a marcar posição política laica no seio de um país eminentemente islâmico como o Paquistão. Há mesmo quem diga, com discurso coerente e credível, que Buto foi morta pelo verdadeiro Paquistão, país onde pelo menos quarenta e seis por cento da população aprova Osama bin Laden, país onde houve violentos motins urbanos quando o governo laico reformou a lei no sentido de permitir o julgamento de violações.
Benazir Buto afirmava que nalgumas áreas a lei islâmica tinha de ser posta de lado. Isto, juntamente com o seu género sexual, levantou contra ela a ira das hostes islâmicas, que também juram dar cabo de Musharraf.

Há quem a considere uma muçulmana moderada. O Jihad Watch faz bem em apontar que tal rótulo não está devidamente aplicado neste caso. Em princípio, o muçulmano moderado é aquele que advoga uma versão diferente do Islão, menos violenta, não aquele que advoga menos Islão. Quem fala de Islão moderado, imagina que há um Islão pacífico mas alegadamente tradicional, ou então evoluído, mas ainda assim fiel ao espírito de Maomé, e que, ao fim ao cabo, seja mais autêntico do que aquele que os jihadistas terroristas pregam.

Duvida-se cada vez mais da existência deste Islão bonzinho - quanto a Benazir Bhutto, nunca o representou.
Apoiou os talibãs do Afeganistão, é certo, mas fê-lo provavelmente por motivação estratégica, não ideológica - convém lembrar que mais ou menos nessa altura os Americanos faziam o mesmo. De resto, os talibãs não têm em si nada de moderado...

No Paquistão, tantas disse contra os radicais islamistas, e tanto criticou Musharraf pela tibieza deste em lidar com os ditos extremistas, que acabou por ser eliminada num ataque reivindicado pela Alcaida em reivindicação formal: «Acabámos com o mais precioso suporte americano votado a derrotar os mujahedin».
A mesma organização muçulmana já tinha tentado matar Benazir Bhutto a 18 de Outubro num atentado que vitimou cento e quarenta pessoas mas que não feriu sequer o seu principal alvo.

E, desta maneira, está aberta a via rápida para que este país, originalmente criado para satisfazer os muçulmanos da Índia, venha a cair definitivamente nas mãos dos islâmicos mais extremistas, o que, a verificar-se, significará que o fundamentalistas de Alá passarão a ter ao seu dispor uma potência nuclear.

«OU O IANQUES ESCOLHEM UM MULATO COM RAÍZES ISLÂMICAS PARA OS LIDERAR, OU ENTÃO A AMÉRICA NÃO MERECE RESPEITO»

Aqui há umas semanitas, não muitas, o cronista bloquista Daniel Oliveira descreveu assim, na sua coluna (sem vértebras) do Expresso, a motivação do seu apoio ao candidato presidencial norte-americano Barak Obama - diz o esquerdista que sem Obama não há maneira de os EUA recuperarem a credibilidade que ele, pretenso fazedor de opiniões, diz estar perdida:
«O começo de uma possível resposta está nas próximas eleições presidenciais: chama-se Barak Obama. Não tanto pelo seu discurso, que ainda vai piorar antes de melhorar. Nem por ser o único candidato relevante que se opôs à aventura iraquiana. Nem sequer está no facto de ser um mestiço com raízes muçulmanas, com todas as vantagens que isso traz ao diálogo com os povos que mais odeiam a América. Está numa coisa menos tangível. Se nem uma palavra dita por Bush merece benefício da dúvida, Obama, muito mais do que Hillary e seguramente mais do que Giuliani - que ainda nos faria ter saudades da estupidez do actual Presidente - tem o que os Americanos mais precisam: credibilidade e capital de esperança. Não é solução para nada. Mas sem isto nem há começo de conversa.»

Sintomático. O sujeito que assim fala estende-se sobre a credibilidade, sem contudo perceber que ele próprio já perdeu à partida credibilidade para comentar as actuações de um presidente norte-americano se o mulato Obama não for eleito - como se ditasse sentenças ao mundo (o que não faria se pudesse...), o Daniel Oliveira ronca de grosso, a partir do seu cantinho tuga: «Se não elegerem o mulato filho de muçulmano, nem tentem conversar com o resto do mundo que a gente não vos dá crédito».

É também significativo que D.O., tão prolífico e sentencioso nas suas asserções, não se digne explicar porque cargas de água é que Obama tem de certeza mais credibilidade do que os outros candidatos... tem porque tem, acabou...

E, pelo meio, assim como quem não quer a coisa, à maneira sonsa-sofisticada do urbano dissimulado e intelectualmente desonesto e cobarde, vai de deixar escrito que o passado racial/étnico e religioso do seu candidato preferido tem muita importanciazinha...

Então afinal as raças interessam?... Agora é preciso eleger um negro para os negros se sentirem melhor, ou então «não há diálogo»?

Então afinal os não europeus deixam de poder dialogar com o Ocidente se os líderes ocidentais não forem, à partida, étnica e/ou religiosamente afins desses não europeus?

Então afinal a instituição da mixórdia como modelo é imprescindível para que haja o tal «diálogo de civilizações», a tão amada e pretendida «harmonia» universal entre os povos tal como a Esquerda mundialista a preconiza?

É afinal necessário que os Ocidentais se deixem «hibridar» - aproveitando a hibernação do povo... - para poderem ser aceites pelo amado «outro»?...

Então esta é que a ideia de «diversidade» que a Esquerda prega - a exigência de que o Ocidental se deixe mixordar como condição prévia essencial para que possa começar-se a dialogar?...

Olha que surpresa...

Trata-se pois da promoção declarada da discriminação racista pró-negróide e filo-islâmica, que, por estar de acordo com os ditames ideológicos dos donos do regime, não é «moralmente» punida pela maralha que constitui a elite tuga...
Se porventura algum opinador dos média declarasse que ou a América escolhia um presidente branco com um passado ligado à extrema-direita racista norte-americana ou então a Europa não podia aceitar um diálogo com o país do tio Sam, não faltariam as indignações e, quem sabe, até alguns pedidozitos de intervenção da lei para punir o opinador simpatizante do «nazismo»...

De resto, não admira que a tal tomada de posição «anti-racista» e dimiesca venha de quem vem - de quem faz a apologia do etnomasoquismo e da mais subserviente e aviltante xenofilia que imaginar se possa, conduzindo voluntária e conscientemente ao etnosuicídio, como se pode ler aqui.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

IGREJA CONDENA O FILME «A BÚSSOLA DOURADA»

Bem me parecia que o filme «A Bússola Dourada» ia continuar a dar que falar...
A Igreja Católica condenou já este «blockbuster» de fantasia, afirmando que a película promove um mundo frio e sem esperança, destituído de Deus.

O Jornal do Vaticano «L'Osservatore Romano» atacou fortemente esta recente produção cinematográfica, comparando-a entretanto com o controverso «O Código da Vinci», criticando também Bill Pullman, autor da obra «Northern Lights» (Luzes Setentrionais), a partir da qual se fez o filme em questão: «No mundo de Pullman, a esperança pura e simplesmente não existe, porque não há salvação mas apenas uma capacidade individual, pessoal, de controlar a situação e dominar os eventos.»
O comentário diz também que os espectadores «honestos», irão considerar que o filme, que está de facto a ter grande sucesso, é «desprovido de qualquer emoção particular, à parte uma grande frieza.» Declara também que «quando o homem tenta eliminar Deus do seu horizonte, tudo é reduzido, entristecido, tornado frio e inumano». Rotula o filme como «o mais anti-natalício possível» mas mostra consolo pelo facto de as audiências terem sido mais baixas do que o previsto.
Quanto a mim, tenho de dizer que se o carácter luminosamente feérico e épico que o filme já exibido mostra é «frieza», então viva a Neve Eterna e o Fulgor Celestial do Norte...
Quanto à «salvação» cristã, a necessidade da mesma foi inventada pelos próprios cristãos... nunca o pagão ocidental se achou carente de ser «salvo» do seu próprio pecado... e, na Europa Antiga, os homens valem por si mesmos e contactam mais ou menos directamente com o Divino, não precisam de um Judeu Morto para o fazer.
Na saga de Pullman, trilogia intitulada «His Dark Materials» («Luzes do Norte» é o primeiro tomo), a Igreja e o corpo que gravita em seu redor, o Magisterium, está ligada a experiências cruéis com crianças, experiências estas cujo objectivo é descobrir a natureza do pecado. A Igreja também tenta suprimir factos que minem a sua legitimidade para exercer o poder.
O realizador do filme, Chris Weitz, querendo evitar ofender o público religioso, alterou o texto no sentido de abolir todas as referências à Igreja, pelo que estas estão no livro mas não na película; mesmo assim, também é criticado pelo Estado Papal.
Esta condenação da Igreja de Roma vem na sequência do apelo ao boicote feito por grupos católicos norte-americanos, que argumentam que mesmo em versão diluída e branda, a história filmada poderia atrair pessoas para lerem a trilogia... Com efeito, a Liga Católica Americana avisou os cristãos no sentido de não verem o filme, pois que o objectivo deste era «denegrir o Cristianismo e promover o ateísmo» junto das crianças.

Quanto a mim, já aqui dei a minha opinião sobre o produto - nada tem de ateu, pelo menos a julgar pelo primeiro filme, mas sim de pagão, o que é também espiritual; e, além de espiritual, também é ancestral e bem alicerçado nas verdadeiras e mais egrégias raízes europeias, ao contrário do Cristianismo, que constitui uma importação universalista de origem semita e de espírito totalitário e castrador. É a este título muito inteligente e limpidamente simbólico que, no filme, os arautos da Igreja tentem separar as crianças dos seus animais-génios, metáfora muito bem conseguida para representar a tentativa cristã de separar o homem europeu da sua verdadeira alma, tanto pessoal como etnicamente.
Vejam pois o filme, caros camaradas e correligionários, duas ou três vezes se vos apetecer...

O OUTRO LADO DAS PRENDAS DO PAI NATAL...

Esta quadra natalícia parece tanto ou mais marcada pelo consumismo que as dos anos anteriores. Pode ser que seja um bom sinal... ou talvez os Portugueses estejam de tal modos habituados a certos luxos que, mesmo que tenham menos dinheiro, mantém, quando não aumentam, o seu ritmo de consumo. Boa parte dos destinatários desta abundância mercantil das massas, são, como se sabe, as crianças. Actualmente, um petiz de classe média não recebe menos de dez prendas por cada Natal, e até em barracas há já playstations.
Mas nem sempre as crianças obtém o que querem. Eis aqui um triste exemplo disto mesmo, numa mensagem que circula pela internet desde há alguns anos e que aqui reproduzo a itálico:

Carta ao Pai Natal no dia 26 de Dezembro

Querido Pai Natal,

Acharás estranho que te escreva hoje, 26 de Dezembro, mas quero esclarecer umas coisas que me ocorreram desde que te enviei a carta cheia de ilusões na qual pedia que trouxesses uma bicicleta, um comboio eléctrico, um Nintendo e um par de patins.
Quero dizer-te que me matei a estudar todo o ano, tanto que, não só fui dos primeiros da minha turma, mas também tirei 20 a todas as disciplinas e não te estou a enganar. Ninguém se portou melhor do que eu, nem com os pais, nem com os irmãos, nem com os amigos, nem com os vizinhos. Fiz recados sem cobrar, ajudei velhinhos a atravessar a rua e não houve nada que eu não fizesse pelos meus semelhantes e mesmo assim... que grande lata... ó Pai Natal.
É que deixar debaixo da Árvore de Natal um cabrão dum pião, uma merda duma corneta e um caralho dum par de meias... foda-se... quem é que pensas que és... barrigudo do caralho.
Pois é, porto-me como um camelo a merda do ano inteiro, para vires com essa merda de prendas e como se não bastasse, ao paneleiro do filho da vizinha, esse otário estúpido como caralho que grita com a vaca da mãe e é um pandemónio lá em casa, tu deste-lhe tudo o que ele pediu.
Agora quero que te fodas e que venha o caralho de um terramoto e nos engula a todos, porque um Pai Natal incompetente como tu, não faz falta a ninguém.
Mas não deixes de regressar no ano que vem, porque vou rebentar à pedrada as putas das tuas renas e hás-de vir bater com os cornos cá em baixo, que te hás-de foder.
Vou começar pela tua rena Rudolph, que tem nome de maricas, e hás-de andar a pé, já que a merda da bicicleta que pedi era para ir pra escola, que é longe comá merda.
Ah!!!...É verdade...não me quero despedir, sem te mandar para a puta que te pariu, pois tu és um filho da puta. E aviso-te que para o ano vais saber o que é bom, pois vou foder o juízo a toda a gente o ano todo.

P.S.Quando quiseres, podes vir buscar o pião, a corneta e as meias, mas acorda-me para eu te enfiar essas merdas todas pelo cu acima.



Uma grande maçada, de facto.

CORTE DE COMPENSAÇÃO MONETÁRIA NATALÍCIA SÓ PARA QUE QUEM NÃO CELEBRA O NATAL NÃO FIQUE INCOMODADO...

No Reino Unido, os vigias de estacionamento da empresa NCP levaram um corte no seu bónus de Natal para que os seus colegas não cristãos não ficassem irritados.
Um porta-voz da NCP explicou assim esta inovação: «Empregamos pessoas de mais de cem países e sentimos que talvez já não seja apropriado reconhecer as celebrações natalícias.» Mais adiantou que poderia ser visto como inaceitável que uma firma de transportes desse festas onde corresse livre o álcool.
Os sindicatos expressam a sua indignação e estão à beira da greve.


Medo de ofender quem não celebra o Natal... fim das festas por causa do álcool... quem será que é ao mesmo tempo adverso ao álcool e às religiões alheias, tomando ofensa por pouco?... Talvez algum seguidor de certo profeta árabe que casou com uma rapariga de nove anos...

COMBATENTES MUSLOS USAM CIVIS FILIPINOS COMO ESCUDOS

Rebeldes filipinos islâmicos usam aldeãos como escudos humanos.

É a mesma atitude dos terroristas da Palestina. E da violência dos terroristas muslos contra as crianças duma escola de Beslan.

Porque será?...

Talvez tal procedimento se deva ao facto de que, à luz da lei islâmica, não há «civis», mas simplesmente gente que ou é do Islão ou é infiel...

«A EUROPA VAI SER ISLAMIZADA DENTRO DUMA DÚZIA DE ANOS»

O representante do aiatola Seyyed Ali Kamenei, supremo líder do Irão, declarou recentemente que a Europa irá tornar-se num continente muçulmano.
«Numa dúzia de anos, a Europa irá ser um continente islâmico. A islamização do continente europeu é iminente e este passo favorece a chegada do Mahdi.» disse Rasul Jalilzadeh no passado dia 21 do corrente mês, quando discursava numa organização voluntária em Teerão.
O Irão é dominado pelo Xiismo, ramo do Islão que acredita que o imã Mahdi, desaparecido quando adolescente, irá retornar para trazer o fim do caos e a justiça universal.
Rasul Jalilzadeh diz também que «a islamização da Europa é uma das consequências da revolução islâmica do Irão porque as mensagens e os valores que esta revolução transmitiu aos Europeus convencê-los-á a abandonar os seus actuais credos e a converterem-se ao Islão xiita.»


Dir-se-á que é um pobre lunático... mas um pobre lunático que detém um cargo de grande relevância num país poderoso que está prestes a adquirir armamento nuclear. A sua crença no retorno do Mahdi faz lembrar a do Sebastianismo; mas o que se diria, na comunicação social, se algum porta-voz de Cavaco Silva ou do primeiro-ministro dissesse que o norte de África seria cristianizado e que tal passo iria favorecer a chegada de D. Sebastião?
E se algum porta-voz da rainha de Inglaterra, ou da chanceler alemã, dissesse que a cristianização do Médio Oriente estava a caminho de ser realizada, quantos bem-pensantes é que não gritariam contra os «novos cruzados», vendo aí uma prova absoluta de que afinal a luta do Ocidente contra os muçulmanos é mesmo uma guerra de fanatismo religioso cristão?...
Mas enfim, como é um muslo dum país inimigo do «sacana estúpido e assassino do Bush!!!!», nenhum opinador «justiceiro» comenta...

«OS OLHOS DA NAÇÃO DE MAOMÉ ESTÃO POSTOS EM WASHINGTON, LONDRES, MOSCOVO, PARIS, DELI, PEQUIM...»

O líder do Movimento Islâmico do Uzbequistão, organização fundada para depôr o presidente laico do país e instituir uma república islâmica regida pela chária ou lei muçulmana, fez recentemente um esclarecedor discurso no qual declara os objectivos que movem os seus muslos - a imposição mundial do Islão (pode ver-se o vídeo aqui).

Diz então Muhammad Taher Al-Farouq por saudar os muçulmanos que resistem pelo martírio e pela guerra santa aos inimigos de Deus, do Alcorão e da nação islâmica - os judeus, os cristãos e os hipócritas. Declara em seguida que o país deve ser governado apenas pelas leis de Deus, mas que este ideal tem inimigos... «Hoje em dia, os inimigos do Islão opõem-se a este objectivo, tal como fizeram no tempo de Maomé, mas eu anuncio aos crentes, à nação de Maomé, que num futuro próximo, graças aos sacrifícios feitos pela nação de Maomé, iremos recuperar a nossa glória de tempos passados.
(...) Enquanto houver infiéis e inimigos de Deus neste reino, este movimento irá continuar a sua jihad. Actualmente, a nação de Maomé tem tudo excepto um califado islâmico. Temos clérigos, mujahedin [guerreiros islâmicos], fedayeen [«aquele que está pronto a sacrificar a sua vida», isto é, mártires suicidas], mas não um califado. Um dos objectivos mais importantes do Movimento Islâmico do Uzbequistão é estabelecer um califado a qualquer preço.
(...) Orgulhamo-nos dos nossos irmãos em todos os países do Islão - Iraque, Somália, Líbano, Palestina, Chechénia, Filipinas, Sri Lanka, África, e na Ásia, e em todos os países do mundo. Orgulhamo-nos da sua jihad para elevar o mundo de Alá. Temos boas relações com eles. (...) Todos juntos constituímos um só corpo. Tomos temos um ideal comum contra os infiéis. Quando os mujahidin são apanhados pelo inimigo - sejam Americanos ou outros infiéis - e levados para Guantanamo ou outras prisões, o inimigo não pergunta de que nação ou comunidade são. Trata-os a todos do mesmo modo, tortura-os a todos da mesma maneira.
»

Em seguida, quando questionado sobre os países que apoiam este movimento, o líder responde: «os países que apoiaram e auxiliaram o mensageiro de Deus são os mesmos que nos ajudam.
(...) O dinheiro dos bancos infiéis é o pão diário do mujahidin. Os comboios que vêm do Paquistão, através de Torkhan e Karachi, são o pão diário do mujahidin. O dinheiro nos bancos do Afeganistão, Paquistão, e noutros lugares, é o pão diário do mujahidin. Os governos que usam este dinheiro contra os muçulmanos e contra o Islão, adquirem bombas e aviões com ele para bombardear muçulmanos. Por isso, este dinheiro é o saque (legítimo) dos muçulmanos.
(...) Digo sempre aos mujahidin que, se querem dinheiro, devem bater nos infiéis e roubar o dinheiro destes. Tens de os atingir na cabeça e ficar com o dinheiro deles. Deves roubar os seus bancos e ficar com o seu dinheiro. Deves tomar a sua gente como prisioneiros, tal como fez o profeta. Não penses que isto é pecado, porque o próprio profeta Maomé trocou prisioneiros por dinheiro de resgate. Não há mal nenhum em fazer dinheiro em troca de prisioneiros.
(...) Se Deus quiser, a América será em breve aniquilada, tal como a URSS foi aniquilada. Estamos convencidos disto.
(...)Aqueles que orgulharam a nossa nação através das operações de martírio do onze de Setembro em Washington e em Nova Iorque foram os dezanove melhores indivíduos da nossa nação. Todos os mártires do Afeganistão, da Chechénia, do Iraque, da Palestina, e doutros lados, devem ser vistos como modelos a seguir.
(...) Se Deus quiser, iremos alcançar a América. Os homens desta nação irão alcançar a América. O objectivo desta campanha não é apenas Cabul, Kandahar ou Bagdade. Os olhos da nação de Maomé estão postos em Washington, em Londres, em Moscovo, em Paris, em Deli, em Pequim, e noutros países. Este é o nosso objectivo, e, se Deus quiser, iremos alcançá-lo.»
Mas o que é que este uzbeque tem contra a Inglaterra, a França, a Índia, a China?...
Pois é... afinal, a luta islâmica não é só «contra os Judeus» nem se explica unicamente num contexto local, sócio-político, como pretendem certos islamófilos...

Já agora - vem algum clérigo muçulmano denunciar publicamente estas declarações, combatendo-as, não com uma condenação generalista da treta, mas com argumentos específicos tão baseados no Alcorão como as palavras do citado líder uzbeque?...

Que não haja dúvidas do seguinte - se o Ocidente não se defender a tempo, este muslo e outros que tais serão os heróis do futuro, os «modelos de virtude» ensinados aos nossos descendentes submetidos ao credo islâmico.

CATORZE SUSPEITOS DE TERRORISMO LIBERTADOS NA BÉLGICA...

Uma actualização gira do tópico de há pouco relativo à detenção na Bélgica de catorze suspeitos de terrorismo islâmico: os meninos foram libertados porque a lei belga ainda não permite manter sob detenção um suspeito por mais de vinte e quatro horas, mesmo que as autoridades continuem a achar que os indivíduos em causa constituem uma ameaça à segurança dos cidadãos nacionais.
E, afinal, não se descobriram armas e explosivos nas casas dos acusados... mas houve materiais encontrados. E o caso continua sob investigação.

CATORZE TERRORISTAS ISLÂMICOS DETIDOS NA BÉLGICA

A polícia belga deteve catorze suspeitos de actividades terroristas islâmicas e apreendeu várias armas e explosivos. Os indivíduos, todos de origem norte-africana (um dos quais é seguramente uma mulher de origem marroquina, viúva de um bombista suicida que matou um líder afegão anti-talibã a 9 de Setembro de 2001), planeavam libertar um operacional tunisino da Alcaida que fora preso por planear atacar militares norte-americanos.
A embaixada norte-americana avisou os seus conterrâneos em solo belga de que há um risco acrescido de ataques terroristas em Bruxelas.

De notar que o tunisino da Alcaida acima mencionado veio para a Europa em 1989 como jogador de futebol da equipa do Fortuna Dusseldorf.
E pronto, mais quinze muslos que não perceberam bem qual a mensagem da sua própria religião, que é «a da paz» e tal...

PONTO DA SITUAÇÃO SOBRE A AMEAÇA TERRORISTA ISLÂMICA NO PAÍS MAIS FORTE DA UNIÃO EUROPEIA

Na Alemanha, as autoridades levaram a tribunal um marroquino acusado de planear a abertura dum campo de treino de terroristas no Sudão. O suspeito esteve alegadamente envolvido no recrutamento de combatentes marroquinos, egípcios e sauditas para os enviar ao Iraque em auxílio da Alcaida da Mesopotâmia. Tinha como cúmplice outro indivíduo que está sob custódia das autoridades alemãs, também acusado de ligações ao terror islâmico e também ele de origem marroquina...
E houve ainda outro acusado de terrorismo, mas não é marroquino - é, em vez disso, da Jordânia...

Claro que isto é só a ponta do iceberg. Um estudo recente do Ministério do Interior alemão afirma que seis por cento dos muçulmanos em solo alemão apoiam a violência em nome do Islão, enquanto catorze por cento mostram tendências anti-democráticas. O mesmo estudo revela também que quarenta por cento dos arautos de Alá que vivem na Alemanha têm uma «orientação fundamentalista».
Doze por cento identificam-se com uma crítica moral-religiosa ao Ocidente e apoiam castigos corporais, incluindo a pena de morte.
O relatório revela também que as crenças religiosas estão a tornar-se cada vez mais importantes para os jovens.
Dos mil setecentos e cinquenta muçulmanos a viver no país que responderam ao inquérito, quarenta por cento têm cidadania alemã. Mais de metade dos inquiridos dizem-se excluídos da sociedade alemã e sentem-se tratados como estrangeiros.

Confirmam-se assim os receios dos que sempre avisaram contra a constituição duma sociedade paralela na Alemanha...

O blogue Sugiero faz notar que, ao contrário das estimativas dos serviços secretos alemães, esta investigação mais recente indica que o número de radicais islâmicos em solo alemão não é de trinta e dois mil mas sim cento e oitenta mil, ou seja, seis por cento de três milhões, que é a população islâmica a viver actualmente na terra dos Teutões...

MAIS UM CLÉRIGO MUÇULMANO QUE «NÃO ENTENDE BEM» A SUA PRÓPRIA RELIGIÃO...

Toda a gente está farta de saber que o Islão é a «religião da paz» e tal e coisa... pelo menos é nisso que apostam os muçulmanos pretensamente (ou não) moderados, bem como os dimiescos islamófilos... mas, pelos vistos, muitos dos que no seu seio nasceram, e que a estudaram suficientemente a fundo para se tornarem seus sacerdotes, acham que é preciso promover o credo de Mafoma pela força das armas, e, em muitos casos, do terror...

Exemplo disso é mais este caso, a somar a carradas doutros aqui noticiados, de um clérigo muçulmano acusado de colaborar com actividades terroristas. O sujeito dava as orações na mesquita de Milão e ao que tudo indica estava envolvido com mais dez indivíduos que promoviam a jihad. O grupo promovia o ideal da guerra sdanta e recrutava potenciais suicidas bombistas.

Foi sentenciado a três anos e oito meses de prisão à luz dos estatutos legais anteriores a 11 de Setembro de 2001, que são mais fracos do que aqueles que estão actualmente em uso.
A mesquita de Milão em que este clérigo oficiava já tinha sido acusada pelos EUA como uma das bases logísticas europeias da Alcaida. Foi neste mesmo local de culto islâmico que uim outro clérigo foi em 2003 raptado pela CIA.

Pois é, estes Ianques são uns paranóicos...

terça-feira, dezembro 25, 2007

NATALIS SOLIS INVICTUS - MAIS TRADIÇÕES ANCESTRAIS DO NATAL



Banquete romano em honra do Sol Invictus, e/ou de Mithra

Dia 25 de Dezembro é data da celebração do Natalis Solis Invictus, isto é, do Nascimento do Sol Invencível.
O Nascimento do Sol Invencível é o momento em que o Sol inicia a Sua ascenção triunfante, representando, neste momento, a Luz que nunca morre e vence sempre. A celebração do Sol Invencível foi estabelecida em 274 e.c., pelo imperador Aureliano, depois do seu triunfo no oriente, e incluía corridas de cavalos - trinta bigas - em honra do Sol.
Este Sol Invicto, Luz que nunca morre e vence sempre, é pois um reflexo da Eternidade.
Para um conhecimento e sentido mais elevado da verdadeira natureza deste dia na herança ancestral sagrada das estirpes indo-europeias, recomendo mui vivamente que se leia este brilhante artigo da Wikipédia, que, embora generalista, dá a saber uma grande quantidade de factos e pormenores sobre o espírito e os pontos em comum de variadíssimas tradições antigas, podendo por isso mesmo ser ponto de partida para que se enverede por estudos mais profundos de uma ou mais dessas heranças.

De um modo sintético, pode-se começar por dizer o óbvio - que a generalidade dos povos consagrou esta época ao culto ou à homenagem do Sol, ou de forças solares divinas.
Começando pela religião gaulesa, é valioso descobrir que também estes Celtas mal conhecidos celebravam este dia sob o nome de «Deuorius Riuri», como se pode ler nessa famosa e importantíssima descoberta arqueológica que é o Calendário de Coligny.
De uma das culturas célticas menos bem estudadas até à mais conhecida, a gaélica irlandesa, manix e escocesa, passa-se para o «Dia da Carriça» ou «Lá an Dreoilín», celebrada a 26 de Dezembro. Nesta festa, multidões de jovens usando vestimentas carnavalescas e máscaras, e acompanhadas por músicos, punham-se ao caminho e, transportando consigo uma carriça (pássaro), iam de casa em casa, comendo e divertindo-se. Pode haver aqui algum eco de um festival druídico. Não deixa entretanto de ser interessantíssima a sua semelhança com as festas dos Caretos.
Entretanto, no outro ramo céltico que sobreviveu até aos dias de hoje, o britónico (Gales, Cornualha, Bretanha), a tradição aponta esta época como o nascimento do herói-deus Pryderi, que deu o nome à Grã-Bretanha, filho de Rhiannon, a Grande Deusa equina, eventual equivalente à famosa Épona, Cujo culto, adoptado também por soldados romanos, muito se disseminou na Gália e na Ibéria.

Merece também referência que esta celebração solsticial continue viva entre os Curdos, sob a designação de Şeva Zistanê. E merece referência porque se trata dum elemento de origem pagã, enquanto o Povo Curdo já foi há muito convertido ao Islão, conversão esta que pode explicar o facto de a Seva Zistanê não ser oficialmente realizada. Já os arcaicos ancestrais desta gente acreditavam que a noite mais longa do ano era a que antecedia a vitória da luz sobre as trevas e simbolizava assim o renascimento do Sol, O Qual desempenha um importante papel em religiões antigas ainda praticadas por alguns Curdos, além do Zoroastrismo. Actualmente, várias comunidades do Curdistão preparam grandes festas e as suas crianças entretêm-se em jogos vários e recebem doces, um pouco à imagem do moderno Halloween anglo-saxónico.

Os parentes mais próximos dos Curdos, os Iranianos, também celebram esta data na sua religião nacional, que é o supracitado Zoroastrismo. No Irão zoroástrico, a celebração chama-se Deygãn. O último dia do mês de Azar (equivalente a Dezembro) é o mais longo do ano, o que significa que as forças de Ahriman (Espírito Maligno) estão no auge da sua força. Todavia, o dia seguinte, que marca o início do mês Dey, é tido como «O Dia do Sol», ou Khoram Ruz, e pertence portanto a Ahura Mazda, o Senhor da Sabedoria, Deus do Bem. O Khoram ou Khore Ruz é por conseguinte dedicado a este Deus, e também a Mithra, grande Deus ariano comum ao Irão e à Índia Cujo culto chegou a ser dos mais populares no Império Romano. (ver tópico anterior)

A propósito de Mitra no Irão, é essencial fazer uma referência à Yalda, o mais importante festival do Irão actual sem contar com a cerimónia do ano novo. Diz o mito persa que Mithra nasceu no fim desta noite, após a derrota há muito esperada da escuridão perante a luz. Nesta ocasião, também chamada «Shabe Chelle», as famílias e os amigos reunem-se e comem-se frutos, secos e frescos, particularmente melancias, diospiros e romãs, todos eles representando o Sol.

Similar à Deygãn persa é a Karachun, Korochun ou Kračún, grande celebração pagã dos Eslavos Ocidentais (Polacos, Checos, Eslovacos, Wendes). O mito eslavo diz que nesta época o Deus Negro e outros espíritos malignos ainda são potentes e por isso derrotam Hors, o Sol Velho, em 22 de Dezembro. Todavia, Hors ressuscita a 23 de Dezembro e torna-Se no Sol Novo, Koleda. Karachun parece significar «O dia que liga o ano velho ao novo». A celebração pode estar ligada ao culto dos ancestrais. Assim, é sabido que nesta data os antigos Eslavos Ocidentais faziam fogueiras nos cemitérios para aquecerem os seus entes queridos já falecidos, organizando também jantares em honra dos mortos para que estes não sofressem com fome. Além disso, pegavam fogo a troncos em encruzilhadas.

Koleda ou Kolyada, teónimo acima citado, é por sua vez o nome da celebração entre os Eslavos Orientais (Russos, Ucranianos) e Meridionais (Búlgaros e Macedónios). Há quem diga que a palavra deriva da latina «Calenda», há também quem lhe veja a raiz no termo «Kolo», que significa «Roda» (a fazer referência à roda do ano, o que faz lembrar que também os Anglo-Saxões dão o nome Yule ao Natal e à roda ao mesmo tempo), há ainda quem procure a origem do vocávulo no macedónico «kole», ou «dilacerar», em referência a um possível sacrifício; mas talvez a etimologia mais provável seja a que faz «Koleda» derivar de Kolyada, Deus eslavo do Inverno. Actualmente, a palavra evoca, não tanto o Natal propriamente dito, mas sim as brincadeiras e cânticos da época natalícia.

Também no leste eslavo, mais concretamente na zona oriental da Rússia, sobrevivia no século XII uma adoração de Rozhnitsa, Deusa Mãe invernal, À Qual se ofereciam sacrifícios sem sangue, tais como mel, pão e queijo. Faziam-se decorações a representar a Deusa com cornos de veado e ofereciam-se bolos brancos na forma do mesmo animal. Ainda no século XX havia mulheres russas que continuavam este ritual.

Na vizinha Letónia, celebra-se o Ziemassvētki, ou festival de Inverno, no dia 24 de Dezembro, e é uma das suas festas mais importantes, a par da Jāņi. Na Ziemassvētki assinala-Se o nascimento de Dievs, o maior Deus dos Letões. As duas semanas que antecedem o Seu nascimento constituem a «estação dos fantasmas». Durante a Ziemassvētki, acendem-se velas a Dievs ou Divins e uma fogueira arde até ao fim, quando a sua extinção marca o adeus à infelicidade do ano anterior. À mesa, reserva-se um espaço para os fantasmas, e come-se pão, feijões, ervilhas, focinho e pés de porco. Alguns foliões (budeli) cantam de porta a porta e comem em várias casas.
A festividade decorre de 24 a 26 do corrente mês e acabou por ser adoptada pelos cristãos. Os modernos politeístas praticantes da Romuva ou Religião Nacional Báltica celebram-na igualmente, como seria de esperar.

É também mister referir a celebração equivalente dos Kalash do Paquistão, visto que este povo é, como já foi dito neste blogue, uma das poucas nações indo-europeias que preservou a antiga religiosidade pagã até aos dias de hoje. Os Kalash festejam nesta data o Choimus ou Chaomos. Diz o mito que um certo semideus retorna para recolher orações que serão depois entregues a Dezao, o Deus Supremo. É ocasião para purificações pormenorizadas de ambos os sexos e realização de grande festival, que inclui danças, cantares, fogueiras e farta comezaina à base de carne de cabra, cujo sangue fora previamente aspergido nas faces dos homens como parte do ritual de purificação.

Não deve entretanto esquecer-se a Lenia e a Brumália da Grécia, ambas em honra de Diónisos (Diónisos Lenaius no primeiro caso) mas a primeira reservada às mulheres e dominada pela encenação de cinco comédias, e tendo a segunda sido instituída também em Roma, alegadamente por obra do seu primeiro rei e fundador, Rómulo, celebrada durante trinta dias e iniciada a 24 de Novembro, para entreter o Senado.

Na Índia, o nome da da celebração é Sankranti, início da estação das colheitas, cujos pormenores da festa têm alguma semelhança às Saturnais, nomeadamente no que se refere às visitas entre amigos no segundo/terceiro dias; homenageia-se o Sol como símbolo da eternidade e da luz sem fim, além do tempo, e pede-se-Lhe inteligência e iluminação, visto que o Astro Rei constitui um símbolo de conhecimento e sabedoria. Este evento é marcado por uma recomendação que os Deuses ditam aos homens: «Tamaso Ma Jyotir Gamaya», ou «Que vás mais e mais alto - para mais e mais Luz, nunca para a escuridão».

No mundo nórdico, trata-se do Yule, bem como do Midvinterblót, ou «Sacrifício do Meio do Inverno». Os Suecos realizavam rituais sacrificiais de pessoas e de animais em muitos dos locais que agora têm igrejas.

Entre os Anglo-Saxões, a festa era denominada Modranicht ou Modresnach, isto é, «A Noite das Mães». Os sonhos que se tivessem nesta noite eram proféticos para o ano inteiro que se seguiria.

Na zona sudoeste das terras ocupadas pelos Germanos, mais precisamente nos Alpes, a grande celebração é o ritual de Perchta. Aparentemente, Perchta é uma personagem folclórica que descende da antiga Deusa germânica Hertha, Senhora da Luz e do Lar. É interessante observar que os camponeses faziam bolos no formato de sapatos, os quais depois enchiam com presentes, enquanto as casas eram decoradas com azevinho como preparativo de boas vindas dedicado à Deusa. Erigia-se então um grande altar de pedras lisas e chatas e aí se fazia uma grande fogueira com ramos de pinheiro. Hertha descia através do fumo, ajudando os mais sábios a predizer o futuro das pessoas presentes na festa. Alguns aspectos desta celebração sobrevivem ainda entre os camponeses da região.


Rua Augusta no Natal

E agora desejo a continuação de um Bom Natal, ó cambada, excepto para os filhasdaputa que o não merecerem, como é óbvio...

MITRA, DEUS ARIANO DA LUZ, DA VERDADE, DO JUSTO COMBATE E DO CONTRATO

Mithras

O dia 25 de Dezembro é a data do nascimento de Mitra, Guardião da Justiça, Cujo culto, vindo da Índia e do Irão arianos, chegou ao Império Romano no século I a.c. e aí se divulgou imensamente, desde a Ásia Menor até à Ibéria (parece ter havido um templo mitraico em Tróia de Setúbal, foi aí encontrado um baixo-relevo que representa provavelmente uma cena dum banquete mitraico, neste momento exposta no Museu Nacional de Arqueologia, na exposição «Religiões da Lusitânia»), passando pela Gália e pela Britânia.

Mitra, ou Mithras, Cujo nome significa, em Sânscrito (língua ariana da Índia), «Amigo»; em Persa, o mesmo nome quer dizer «Contrato». Trata-Se de um Deus luminoso, puro, combativo, que incita os homens a seguirem o Seu caminho no combate pela Luz contra as Trevas. O Seu culto confundiu-se, no Ocidente, com o do Sol Invictus, ou Sol Invencível; Mitra tem naturalmente um forte carácter solar (o que não significa que seja o Sol) e o Seu dia sagrado é o domingo (no Latim pagão, domingo é «Dies Solis», ou «Dia do Sol»).

De acordo com algumas versões, Mitra nasceu duma pedra, o que constitui um símbolo da sua pureza; segundo outros, é filho duma virgem. De uma maneira ou doutra, conta-se que o Deus Máximo, Ahura Mazda, Lhe ordenou que matasse um determinado touro. O Sol foi o mensageiro que levou esta ordem a Mitra, O Qual a cumpriu, conseguindo levar o touro para uma caverna onde o sacrificou (por esse motivo, os fiéis de Mitra oficiavam as suas cerimónias religiosas em cavernas). Do sacrifício do touro, o universo é renovado, pois que o sangue do bovino será o vinho e todo o seu corpo alimenta o cosmos, dando, entre outras coisas, o pão. A alma do touro sacrificado subiu então aos céus para ficar junto do Deus Supremo.

Depois de cumprida a sua missão, Mitra realizou um banquete com os Seus fiéis, comendo pão e vinho, findo o qual ascendeu aos céus.

A religião mitraica compreendia uma iniciação de sete graus. Em cada grau, aprender-se-iam novos e secretos conhecimentos. Tinha um carácter hierárquico e era vedada às mulheres. Os graus eram:
- corax (corvo);
- nymphus (noivo);
- miles (soldado);
- leo (leão);
- perses (persa);
- heliodromos (correio do Sol);
- pater (pai).

É uma religião de soldados, de homens integrados num exército que cumprem ordens e são leais uns aos outros até que a morte os leve para o Outro Mundo.

Diz-se entretanto que o aperto de mão como cumprimento surgiu na Pérsia como sinal de lealdade e de demonstração de que não se está armado.

Antiochus, um monarca da dinastia Selêucida apertando a mão a Mitra, de cujo barrete frígio irradia luz

Muito mais há a dizer sobre esta Divindade (procurem no motor de busca yahoo ou noutro qualquer, têm leitura para anos e anos), valendo a pena lembrar as palavras de Renan, historiador bretão («francês») do século XIX segundo o qual «Se o Cristianismo tivesse sido detido por alguma doença mortal, o mundo seria mitraísta».

Veja-se, por exemplo, um site dedicado ao culto de Mitra na actualidade.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

A CAÇADA SELVAGEM...




«A Caçada Selvagem de Odin», pintura de P. N. Arbo em 1872



Embora alguns de vós, caros leitores, possam pensar que quem nesta longa noite percorre os ares é um velhote a quem chamam Pai Natal (quem acredita em certos mitos antifas, ou dimiescos, acredita em tudo), saibam que na verdade a ideia de que por esta altura há presenças sobrenaturais a correr pelos céus nocturnos vem de há muito - só que quem o faz é a chamada «Hoste Furiosa», imenso e violento tropel de caçadores fantasmas, empenhados naquilo a que se chama «Caçada Selvagem», que é perseguição incansável, ora de um javali, ora de um cavalo, ora de belas virgens, ou ninfas...
O mortal que visse este bando e dele troçasse, seria castigado; uem pelo contrário se Lhe juntasse, seria recompensado, eventualmente com ouro...

A nível humano, parece haver correspondência desta tropa sobrenatural nas sociedades de guerreiros das quais já aqui se falou a propósito dos Caretos.
Os nomes e conceitos relativos a este mito norte-europeu variam de etnia para etnia, mesmo de nação para nação nalguns casos:
- na Irlanda, é a Sluagh Sidhe, espécie de espectros ou de fadas especialmente perigosas que tudo destroem e matam à sua passagem, e que são seguidos pelos seus Cu Sidhe (Cães das Fadas), igualmente saídos do inferno; o líder da hoste é o Deus Mannanan Mac Lir, ou, noutra variante, o lendário herói Fin Mac Cumhail, que conduz os seus Fianna;
- em Gales, trata-Se de Arawn, ou de Gwyn ap Nudd, Deus das Profundezas e da Morte, que conduz a sua temível matilha vermelha e branca, a Cwn Annwn (Cães de Annwn ou Inferno) pelos ares desde o Outono até ao início da Primavera; noutras variantes, é o lendário Rei Artur quem conduz a caçada sobrenatural;
- também na Cornualha, nação céltica, se fala a este respeito dos «cães do diabo»; noutras partes do Reino Unido, crê-se que estes cães andam em busca de almas perdidas;
- na Bretanha (nação céltica do noroeste do Estado Francês), é o lendário rei Artur quem dirige a caçada;
- em certas partes de Inglaterra, é Herla, rei que ficou demasiado tempo com as Fadas e quando voltou já tinham passado cinco séculos; outras personagens do folclore inglês que supostamente dirigem esta caçada são Herne, Old Nick, ou até o famoso e histórico Sir Francis Drake; naturalmente que a Inglaterra, sendo uma nação germânica, também teve no seu folclore a crença de que esta hoste furiosa era dirigida por Woden, Deus germânico da Sabedoria e do Combate;
- na Holanda, é, tradicionalmente, Wodan, que é o mesmo que Woden, como é fácil de ver;
- em certas partes da Alemanha, é a Deusa Diana, ou uma certa feiticeira de nome Holda, Quem conduz esta atroadora tropa; e, claro, sucede o mesmo na Alemanha que na Inglaterra e na Holanda a respeito do mais antigo condutor desta cavalgada sobrenatural, ou seja, o Seu nome é Wotan;
-no norte de França, é Hallequin, espírito sobrenatural demoníaco, ou então Carlos Magno e Rolando...

A versão mais conhecida, que aliás pode bem estar na origem das outras todas, é a germânica-escandinava, que vê nesta tenebrosa Hoste das Alturas os guerreiros mortos do Valhalla a correrem na esteira das Valquírias, todos conduzidos por Odin (nome escandinavo de Wodan), o terrível zargo, Deus da Sabedoria e da Morte em Combate... há até quem vislumbre o Seu sinistro semblante por debaixo do disfarce de Pai Natal, enquanto outros vêem na rubra indumentária, na longa barba, no físico avantajado e no afável temperamento do velhote natalício um eco da roupagem vermelha e da barba ruiva do brutal mas jovial Thor, Deus do Trovão, que dirige um carro puxado, não por renas, mas por bodes...






Para ler algo mais sobre a possível genealogia do Pai Natal, clique aqui.


Parece-me entretanto bastante plausível presumir que esta tradição mítica terá o seu correspondente português nos Caretos, dos quais já aqui se falou na no último tópico do dia 19 do corrente mês, pois que também estes parecem personificar entidades sobrenaturais que nesta altura do ano fazem uma espécie de «raide» de aspecto fantasmagórico pelas povoações...

CERIMÓNIA ISLÂMICA DO «HAJJ» (REJEIÇÃO DOS PAGÃOS) MARCADA PELAS DECLARAÇÕES DE ÓDIO AOS EUA E AOS SIONISTAS

No ritual anual do «Hajj» - rejeição dos pagãos - iniciado no deserto sagrado de Arafat, a vinte quilómetros de Meca, a multidão constituída por grande número de peregrinos iranianos entoou palavras de ordem contra os EUA e contra Israel.

O Jihad Watch chama a atenção para o facto de que, de acordo com a lei islâmica, o que os peregrinos fizeram é pecado, ou seja, «bid'a», que significa «inovação», visto que a referência À América e ao Estado Judaico não fazem parte de qualquer ritual ou cântico engendrado por Maomé... mas, mesmo assim, não parece haver ninguém no mundo islâmico que esteja incomodado com isso...
O JW salienta também o curioso simbolismo de pretensa igualdade islâmica entre os géneros - o homemo usa nesta cerimónia uma vestimenta composta de duas peças de roupa, ao passo que a mulher está coberta dos pés à cabeça, mas com as mãos e o rosto à mostra «para simbolizar a igualdade dos sexos»...

ATLETAS IRANIANAS EM RISCO DE SEREM EXCLUÍDAS DAS OLIMPÍADAS

O vice-presidente do Comité Olímpico Iraniano, Abdolreza Savar, anunciou novas regras para lutar contra aquilo que ele define como «subjugação aos costumes ocidentais».
Num memorando enviado a todas as federações desportivas, Savar, que tem a seu cargo a vigilância do «comportamento apropriado dos atletas masculinos e femininos», afirmou que «punições severas serão aplicadas aos que não seguirem regras islâmicas durante as competições desportivas», tanto no país como fora dele. O memorando declara também que «nenhum treinador masculino pode treinar ou acompanhar as atletas quando estas viajarem para o estrangeiro.»

Savar disse também que «se não se encontrarem treinadores do sexo feminino, as nossas equipas femininas não irão participart em competições internacionais.»

As atletas iranianas, que estão entre as melhores do Médio Oriente, têm sido restringidas nas provas internacionais, chegando tal restrição à exclusão, devido âs regras islâmicas excepcionalmente rígidas que o governo iraniano lhes impõe. Exemplos disto são a equipa iraniana de voleibol, que, tendo sido em tempos uma das melhores da Ásia, não pôde mais recentemente participar em nenhuma competição internacional precisamente porque não tem treinadora.

O presidente do Comité Olímpico iraniano também exige que se respeitem regras islâmicas no vestuário das atletas, bem como ao contacto com homens - expressou por exemplo o seu desgrado a respeito do facto de um árbitro masculino ter agarrado e levantado a mão de uma atleta iraniana vencedora duma competição de Tae-Kwon-Do em Macau.
Garante, Sacar, que nenhuma atleta irá participar nos próximos Jogos Olímpicos em que haja a possibilidade de alguma delas entrar em contacto físico com qualquer indivíduo do sexo masculino.

E porquê?

Porque, segundo Savar, o objectivo do Irão «não é só ganhar medalhas, mas promover a cultura islâmica, e portanto o Irão irá inaugurar uma exposição dedicada aos valores islâmicos durante as Olimpíadas de Pequim» de 2008.

Entretanto, outras mulheres iranianas foram impedidas de praticar os seus desportos, como por exemplo a campeã de rali Laleh Seddigh (doze meses de proibição de participação em qualquer corrida), conhecida como «a Schumacher do Oriente», acusada de mexer ilegalmente no motor do seu automóvel, acusação esta que a desportista diz não passar de um pretexto falso para a excluírem, precisamente devido ao seu sexo.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

SOLSTÍCIO DE INVERNO


O Solstício de Inverno é o momento em que o Sol está mais longe do hemisfério norte. O termo «solstício» é de raiz latina e faz alusão à aparência de fixidez do Sol ao meio dia, como se parasse no céu. Os Romanos celebravam por isso o «Natalis Solis Invictus» ou Nascimento do Sol Invencível, porque o Sol, ao parecer parado no alto do céu, dá uma ideia de invencibilidade, de perenidade, de luz eterna que não morre jamais.

Celebrava-se também, em Roma, a Divália, em honra de Dia, Deusa do Crescimento. Coincidentemente ou não, a celebração hindu equivalente ao Natal é chamada «Divali» e é considerada como uma festa de luz.

A noite de hoje é a mais longa do ano, o que, para os Germânicos, significa que se inicia nesta noite a Cavalgada Selvagem, correria sobrenatural que atroa os céus, composta pelos fantasmas dos guerreiros mortos em combate, pelas Valquírias, virgens guerreiras, e por Odin, o Deus da Sabedoria e das Batalhas, zarolho terrível, Senhor do êxtase da guerra e da morte...


O Solstício aconteceu hoje às 18:35. O momento é apropriado, literalmente falando, para lembrar certa exortação do Hino Nacional «A Portuguesa», maioritariamente ignorada:

«Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir:
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir
Raios dessa Aurora forte
São como beijos de mãe
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte!
»

Sirva o Sol Ascendente à nossa Grei como força vivificante e exemplo a seguir.






AGRESSÃO ANTI-JUDAICA EM FRANÇA

Na capital de França, um adolescente judeu foi agredido violentamente na cara por cerca de vinte negros e norte africanos. Um dos agressores não parava de gritar palavras do Alcorão enquanto espancava o jovem.

Olha, faltou lá o tal Askari, muslo pacífico de Nova Iorque, para ajudar o pobre judeu... mas, também, era um muçulmano pacífico para vinte muçulmanos violentos...

ALTO CLÉRIGO MUÇULMANO DO IRÃO AFIRMA QUE AS MULHERES QUE NÃO USEM «HIJAB» TÊM DE SER MORTAS

Um dos mais importantes e hierarquicamente elevados clérigos muçulmanos do Irão, Gholam Reza Hassani, disse na quarta-feira que as mulheres do Irão que não usem o véu islâmico, ou «hijab», devem morrer.

«Mulheres que não respeitem o hijab e os seus maridos devem morrer», disse Hassani, que dirige as orações de sexta-feira na cidade de Urumieh, no Azerbaijão iraniano. «Não percebo como é que estas mulheres que não respeitam o hijab, vinte e oito anos depois do nascimento da República Islâmica, ainda estão vivas. Estas mulheres, os seus maridos e os seus pais têm de morrer.»

Estas asserções foram emitidas na sequência de um caso em que duas feministas do Curdistão iraniano foram acusadas de serem membros do do grupo curdo que sustenta rebelião armada contra o governo iraniano. Entretanto, milhares de mulheres iranianos foram avisadas este ano de que não deviam vestir roupas não islâmicas, tais como casacos curtos e coberturas de cabeça demasiado pequenas.

E agora, onde estão os muslos tolerantes e os fazedores de opinião dimiescos que, sempre que se acusava o Islão de oprimir as mulheres com o uso do véu, respondiam que «ah, mas o véu islâmico não é obrigatório...»?

INGLESES IMPLEMENTAM MEDIDAS PARA TRAVAR A INFILTRAÇÃO DE ALIENÍGENAS NO SEU TERRITÓRIO

O ministério do interior do Reino Unido apresentou um projecto de reforma que reduz de seis para três meses o limite de tempo que os visitantes não pertencentes à União Europeia podem permanecer no país.
Segundo o vice-ministro do interior, Liam Byrne, esta medida «faz parte do endurecimento geral do sistema e duma série de alterações que levaremos a cabo, nos próximos doze meses, para melhorar a segurança das fronteiras britânicas.»
A Administração quer que os estrangeiros residentes no país paguem um depósito de cerca de mil e quatrocentos euros por cada familiar que os queira visitar. Disse uma jovem imigrante que «se forem dez familiares, estamos a falar de dez mil libras. Se é preciso pagar mil libras por cada um, é muito dinheiro

Olha que chatice, agora um alienígena vai ter mais dificuldade em entrar e ficar num dos principais países europeus...

ÍNDIOS NORTE-AMERICANOS ROMPEM COM O PAÍS FUNDADO POR ALIENÍGENAS

A tribo dos índios Lakota, verdadeiro nome dos Sioux, cujos líderes mais famosos foram «Touro Sentado» e «Cavalo Louco», emitiram um comunicado a declarar o rompimento dos tratados assinados pelos seus antepassados com os EUA há mais de cento e cinquenta anos: «Já não somos cidadãos dos EUA e todos os que vivem nas regiões dos cinco Estados que compõem o nosso território são livres de unir-se a nós», disse o representante dos Lakota em conferência de imprensa realizada em Washington.

Anunciou entretanto que serão emitidos passaportes e cartas de condução a todos os habitantes do território indígena que renunciem à cidadania norte-americana.

Uma delegação dos Lakota enviou uma mensagem ao Departamento de Estado a dizer que a tribo retirar-se-ia unilateralmente dos tratados assinados com o governo federal, tendo alguns destes mais de cento e cinquenta anos.

Em mensagem dirigida à imprensa, estes indígenas afirmam que «os acordos são palavras sem valor escritas em papel sem valor e foram violados em múltiplas ocasiões com o fim de roubar a nossa cultura, a nossa terra e os nossos costumes.»



Um racista xenófobo identitário, este índio... pois é... um autêntico criminoso moral...


A culpa é da memória e da honra da estirpe, que se borrifa para o falso e revoltante «argumento» do «facto consumado», tão usado pelas forças internacionalistas para convencerem os Europeus de que não vale a pena resistir à iminvasão, porque os imigrantes «já cá estão» e etc...

quinta-feira, dezembro 20, 2007

MEMÓRIAS DA IDADE DO OURO...

Saturno


Ops, Deusa da Opulência, esposa de Saturno

"Grande Rei dos antigos céus estrelados e dos primórdios da terra, sob o Teu pacífico reino nunca a tranquilidade de ninguém foi perturbada pelo trabalho."
De Marcus Valerius Martialis, vulgo Marcial, poeta romano de origem hispânica que viveu no século I da actual era.


Saturnália

quarta-feira, dezembro 19, 2007

DIVAGAÇÕES SOBRE OS CARETOS, ELEMENTO FOLCLÓRICO DO NATAL PORTUGUÊS

O Outono e o Inverno marcam um dos tradicionais eixos organizadores da estruturação do tempo e do calendário festivo nordestino, com dominância reiterada das relações com o mundo dos mortos, cuja presença será constante até ao início do ciclo Primavera/Verão. Assim, as oferendas aos mortos, certos manjares cerimoniais, a crítica social e a irreverência que os mascarados manifestam parece terem estado ligadas a um culto dos antepassados que se pretendia pacífico e garante de uma relação cooperativa.
O Ciclo dos Doze Dias é, por excelência, o período das Festas dos Rapazes – também Festa da Mocidade, do Natal, dos Caretos ou dos Reis – que se organizam ainda um pouco por todo o Nordeste, mas com incidência preferencial no Planalto Mirandês e Terra Fria.
Tradicionalmente estas Festas dos Rapazes têm sido apontadas como constituindo rituais de passagem dos jovens à idade adulta, geralmente organizados através de mordomias de juízes ou meirinhos, em que os jovens solteiros se mascaram, assumindo, de forma acentuada, uma vertente liminar, transgressora e de crítica social. Os escritos sobre a matéria retratam os mascarados como incarnando o mal, o diabo, a morte e o vício pagão, gozando de total impunidade comportamental durante este curto período.



Não deixa de ser interessante observar o modo como o comportamento dos Caretos evoca um certo espírito guerreiro ancestral, ao mesmo tempo que se assemelha também ao que fazem hoje as crianças do mundo anglo-saxónico e céltico no Halloween - usar máscaras, circular em grupo pela povoação, bater às portas, receber alimentos...

Nas sociedades indo-europeias mais arcaicas, havia uma instituição muito característica e que tem feito correr muita tinta: as «sociedades de homens», ou, para utilizar o termo alemão, usualmente aplicado na historiografia do tema, as Mannerbünde.
Tratava-se de agrupamentos fechados de guerreiros de elite, uma espécie de ascetas de guerra, inteiramente dedicados ao ideal puramente bélico do combate pelo combate que culmina no atingir duma espécie de êxtase marcial, autêntica orgia de matança, destruição e, idealmente, de morte em batalha. Estes guerreiros nutriam uma lealdade férrea e sagrada entre si e para com o Deus que os inspira. Talvez o exemplo mais conhecido deste tipo de instituições seja o germânico, em que os guerreiros viviam devotados a Odin, Deus da Sabedoria e da Morte em Combate, Cujas filhas, as Valquírias, levariam os caídos no campo de batalha para o paraíso dos guerreiros ou Valhalla (Val, «caídos», Hall, «salão»). Aí, formariam os Einherjar, ou guerreiros de elite de Odin, que um dia lutariam ao lado do Deus na batalha final contra os inimigos dos Deuses e dos homens. E, na época do Yule (Natal), integravam a «Hoste Furiosa», séquito fantasmagórico de guerreiros mortos conduzidos que, na esteira das Valquírias e de Odin, atroavam os céus nocturnos em tenebrosa cavalgada.
Em vida, os melhores exemplos desta Mannerbünde nórdica são os Ulfednirs («Pele de Lobo») e os Berserkirs («Pele de Urso») que se cobriam de peles de animais, viviam todos juntos, dedicados a Odin, afastados do resto da sociedade, respeitavam apenas a guerra, censuravam os reis pela sua cobardia, e, quando possuídos pelos furor da batalha (odr, ou wot), uivavam como lobos e acreditavam transformar-se em seres sobre-humanos.


Outros exemplos há, no mundo indo-europeu, deste tipo de bandos marciais, nomeadamente em contextos célticos - os Fianna da Irlanda, por exemplo - e, possivel ou mesmo provavelmente, existiriam também na Ibéria indo-europeia, mais concretamente entre os Lusitanos, os Galaicos e os Celtiberos. A autora Blanca Garcia Albalat diz, na sua excepcional «Guerra e Religião na Lusitânia e na Galécia Antigas», que no quadrante étnico do noroeste hispânico, Bandue seria o Grande Deus da Guerra e talvez da Sabedoria adorado pelos grupos de guerreiros, dos quais Viriato poderia ter sido o líder mais famoso. A este título é entusiasmante verificar que lhe é atribuído o simbolismo do touro - ora, segundo um estudo muito convincente de Juan Carlos Olivares Pedreño, há uma ligação entre o Deus da Guerra do norte hispânico e o touro, teoria esta que parece confirmada por algumas descobertas arqueológicas, nomeadamente a do «Marte Pirenaico». Não me parece pois impossível que o touro de Viriato fosse, não um animal totémico, mas sim um símbolo do bando guerreiro do caudilho, cujo grande Deus de eleição seria então Bandua ou Bandia.
Na tradição popular, os Caretos devem chicotear ou bater nas jovens mulheres com um pau, para as fertilizar. Isto faz recordar que, no modo de pensar arcaico de Romanos e de Nórdicos, a energia dos jovens guerreiros do povo fertiliza os campos e vivifica toda a raça, daí que exista, desde tempos antigos, uma ligação do Deus da Guerra com a fertilidade dos campos, casos de Marte e de Thor.
Merece também referência que o próprio termo «Caretos», partindo da raiz «Car-» (que também está em «caraça») e estando ou não relacionado com a palavra «cara», faz pensar na raiz de Teónimos bélicos pré-romanos, tais como aquele que viria a ser latinizado como Mars Cariociecus.
Que a cor dominante das máscaras e das indumentárias seja o vermelho, pode ou não relacionar-se com o diabo, como diria talvez a Antropologia mais formal, mas, por coincidência, traz à mente o valor simbólico que esta cor tem nas tradições guerreiras indo-europeias, segundo Dumézil. De notar que um dos epítetos de Band é Roudeaecus, que Blanca-Albalat interpretou como palavra de origem céltica que significa «vermelho»...


INFILTRAÇÃO DA PROPAGANDA TERRORISTA NA EDUCAÇÃO JUVENIL DAS CRIANÇAS MUÇULMANAS... DO REINO UNIDO

Um programa televisivo do Hamas a incitar as crianças ao suicídio bombista já circula em dvd no Reino Unido, tendo até sido vendido numa mesquita...

Trata-se de uma produção de origem egípcia com canções e histórias em vídeo, uma das quais incita uma criança a seguir o exemplo da mãe, que se matou num ataque bombista suicida (a palestiniana Reem-al-Reyashi, uma mãe de vinte e dois anos, matou-se levando consigo quatro soldados israelitas na faixa de Gaza, a 14 de Janeiro de 2004).

CASO TÍPICO DE DESONESTIDADE PRIMÁRIA PRÓ-ISLÂMICA DA IMPRENSA

A SIC(K) noticiou do seguinte modo a reacção palestiniana a um ataque aéreo israelita:
Activistas da Jihad juram vingar a morte de comandante morto no bombardeamento.

O Exército israelita divulgou ontem um vídeo do ataque aéreo que matou esta segunda-feira um comandante da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza.
Importante elemento da Jihad Islâmica entre os 13 mortos causados por raides de Israel.
O veículo onde seguia o chefe militar foi atingido por um míssil no norte de Gaza. Dois militares e dois civis também morreram na sequência do ataque.
Milhares de palestinianos exigiram vingança. O comandante Harazeen foi o chefe militar da Jihad mais graduado a ser assassinado por Israel no último ano.


Os mesmos jornalistas «esqueceram-se» porém de noticiar o que tinha acontecido antes deste ataque: uma barragem de «rockets» palestinianos atingiu a cidade israelita de Sderot, isto enquanto recomeçavam as conversações diplomáticas entre Israel e representantes da Palestina Árabe. Muitos israelitas puseram-se a pensar a respeito do laço familiar entre diplomacia de paz e aumento da violência...
De notar que Sderot tem sido o alvo mais frequente do Hamas desde que Israel retirou da faixa de Gaza em 2005.

Ou seja, a hoste islâmica ataca o Estado da Magen David precisamente quando começam as negociações pacíficas, e a SIC nada diz; Israel, por seu turno, limita-se a reagir, muito saudável e eficientemente, mas neste caso a SIC noticia que a força área israelita atacou os Palestinianos, sem especificar o contexto do raide aéreo (os Judeus são mesmo maus, atacam assim, sem mais nem menos...) ; como se isto não bastasse para evidenciar a falta de seriedade jornalística da SIC, a sua escolha de vocabulário vai mais longe na senda do primarismo desonesto: em vez de ser «abatido», ou «morto», ou «eliminado», um líder da jihad foi «assassinado», como se de um crime se tratasse em vez de um acto de guerra defensiva, operação militar perfeitamente legítima.
Deve ser a isto que se chama «o controlo sionista sobre os média»...

terça-feira, dezembro 18, 2007

O NATAL MAIS AUTÊNTICO

Saturno


Como se disse ontem, a celebração ocidental do Natal deriva, pelo menos em boa parte, da antiga Saturnália, festa ritual que se iniciava a 17 de Dezembro e se realizava em honra de Saturno, Deus da Idade do Ouro e das Colheitas. Tudo indica que a Saturnália marcava o fim das colheitas; e como era ainda cedo demais para voltar a semear, o doce ócio daí resultante dava lugar ao mais augusto dos festejos.
Para o acervo das tradições natalícias veio mais tarde o contributo do culto ao Sol Invencível, ou Sol Invictus, e da adoração de Mitra, Cuja adoração podia ter tomado conta da Europa se o Crucificado não se tivesse imposto - e, com/por esta imposição, os servidores do referido Judeu Morto apoderaram-se das festividades natalícias, usurpando o que lhes parecia útil, ou o que não conseguiam aniquilar.

«Io Saturnália!», era o grito dos antigos foliões durante o convívio pautado pela fraternidade geral e pela opulenta abundância de vitualhas, cenário de grandes comezainas, grandes bebedeiras e, não raramente, notáveis orgias. As casas eram decoradas com grinaldas de louro e as pessoas visitavam-se entre si, trocando prendas tais como velas de cera e bonecos de barro (os «sigilaria»).
Observa-se assim que o por muitos difamado «consumismo das massas» tem raízes antigas na verdadeira Europa. Há até quem, por influência da mentalidade cristã ou neo-cristã, afirme que nesta quadra «há demasiado consumismo e pouco espírito autenticamente natalício!!!»...

Nem é só por ser gentio que gosto imenso do consumismo desta época.
Andar na rua, ao cair da tarde, e ver as lojas todas abertas, com imensa gente atafulhada em embrulhos de papel faíscante, e apreciar o fausto das iluminações natalícias, somando tudo isto ao aroma e nevoeiro das castanhas assadas, é dos maiores prazeres que se pode ter nesta vida, e faz desta época a melhor do ano, sobretudo porque no próprio lar brilha a mágica árvore de Natal, tão simples e inalteravelmente pura, presença de todos os anos, que, vinda de tempos remotos, transcende as eras, porque não precisa de morrer. Elemento festivo de raiz germânica, é símbolo de vida, de eixo do mundo, e as suas luzes representam elo ou pelo menos memória das luzes do Alto. A árvore escolhida costuma ser o pinheiro, pelo mesmo motivo que o azevinho e o visco estão também associados à quadra natalícia - porque, permanecendo verdes todo o ano, constituem símbolo de eternidade. Diz-se aqui que «no fim de cada ano os povos do norte dirigiam aos seus Deuses uma série de pedidos pendurando os objectos que consideravam mais valiosos nos pinheiros cobertos de neve. Escudos, armaduras e martelos eram os diferentes ornamentos utilizados na decoração da árvore. A luz reflectida através do metal exposto dava aos bosques um ar luminoso muito semelhante ao das árvores de natal. Mudam-se ideias e modos de vida, tanto a nível individual como colectivo, mas permanece essa referência central luminosa que vem das origens.

As comezainas e profusão de doces são também imprescindíveis, quanto mais melhor, em excesso, se preciso for, que o mesmo é dizer, se apetecer.

Estreitamente ligada à abundância, estava, em temos antigos, a fraternidade. Julgo que, no pensamento antigo, a plenitude é como um estado de excelência universal, em que tudo representa vida: fertilidade e amor estão assim intimamente interligados, dado que representam, quer uma quer outra, e sobretudo em conjunto, uma manifestação privilegiada de vitalidade.
Por seu turno, os cristãos e seus derivados - humanistas moralistas - gostam de dizer, a respeito da fraternidade escrupulosamente destituída de «consumismo», que «isto é que é o espírito natalício!», porque não há na sua visão ética do mundo um lugar para a sacralidade do luxo e da abundância.
Eu nunca gostei de fraternidades obrigatórias. Ser forçado a sentir amor ao «próximo» que eu não conheço de lado nenhum, parece-me francamente idiota e anti-natural. E, apanhar pela frente com a tentativa daqueles que querem impingir um sentimento de culpa a quem não sentir fraternidade universal, é ignomínia inquisitorial que não admito. Recordo-me ainda dos sermões geralmente dados aos putos sobre o exemplo de Jesus e o dever de ser bonzinho e amante do amor amoroso aos amados do mui amado outro lado do amado mundo, e eu, lembro-me como se fosse ontem, com vontade de sair daquele ambiente doentio e ir ver «Flash Gordon» ou «Bombardeiro X» na televisão, com mega-doses de fantasia bombástica, fulgurantes raios de morte, bordoada a rodos, cruzadores espaciais e homens-falcão a queimar cidades inteiras em raides desumanos a toda a brida... E, a propósito disto, o Natal também brilha pelo cenário de entertenimento que motiva - filmes e séries de televisão, ora alusivos ao Natal, ora relacionados, na generalidade, com o mundo feérico, sobrenatural, de fadas e duendes, e fantasias mil.
Isto é, eu é que acho que há sempre isso, porque a época é propícia, em virtude do frio, da névoa e do anoitecer precoce - vale a pena lembrar que entre os antigos Germanos esta altura do ano era perigosa porque Odin mais as suas Valquírias e os seus guerreiros fantasmas do Valhalla atroavam os céus nocturnos, em terríveis cavalgadas... Todavia, na maior parte dos anos apanho uma desilusão com a programação televisiva e com as películas que são lançadas nos cinemas. Este ano, pelo menos o panorama cinematográfico já não foi mau de todo, dado que chegou às salas de cinema o fulgurante «A Bússola Dourada»...

Naturalmente que aprecio o ambiente de boa vontade entre todos. A cordialidade é sempre agradável.
Que, numa dada altura do ano, toda a gente se mostre sorridente e amigável, não me parece nada mau.
Discordo por isso dos moralistas humanistas - outra vez esses gajos - que julgam dar grande lição de moral ao mundo quando censuram «a hipocrisia do Natal!, porque as pessoas andam o ano inteiro a morder-se umas às outras e só nesta altura é que forjam uns sorrisos!!». Quanto a mim, a hipocrisia dos outros não me afecta, já que tenho boa memória de quem é meu amigo e de quem sou amigo.
Além do mais, se se guerreia durante todo o ano, ao menos que haja uma temporada de paz e sossego. Qual é o mal disso?

Por essa razão, dou às amabilidades e sorrisos sazonais o seu real valor: servem para criar bom ambiente. Não procuro nessas boas disposições quaisquer sinais de amor eterno. Não vou a correr perguntar-lhes se já mudaram de opinião a meu respeito e passaram a adorar-me - francamente, não é coisa que me faça abalo ao pífaro. Do mesmo modo, quando vejo as luzes de Natal, não me interessa ir olhar para os circuitos e fios do mecanismo eléctrico. A complexidade do seu funcionamento não é mais real do que o esplendor que produzem. Aliás, a complexidade do seu funcionamento existe para servir o esplendor que produzem.

Bom Natal, cambada. Se me pedissem conselho a respeito do que devessem fazer, dizia-vos que enchessem o ventre de comida e, se se sentissem mal, que vomitassem, para deixarem espaço livre na barriga quando viesse a nova fornada de alimentos doces e gordurosos. Que fossem amigos dos vossos parentes e amigos, ajudando-os a empanturrar-se do mesmo modo que vocês. E, se os vossos inimigos estivessem ainda melhor do que vocês, que não se sentissem incomodados por causa disso.

Viva-se esta quadra festiva com o seu espírito original: uma saudação à solidariedade entre o povo, à fertilidade e à abastança.
Consuma-se à grande, goze-se os prazeres da vida, que é mesmo para isso que serve o Natal.

Saturnália