sábado, maio 26, 2007

APEDREJAMENTOS A AUTOMÓVEIS NA AMADORA

Vanda Lourenço não ganhou para o susto. Tinha acabado de jantar em casa de uns amigos no centro da Amadora e ia para casa, na Charneca de Caparica, pouco depois da meia-noite, quando percebeu que se tinha enganado no caminho. Ao passar junto ao Bairro de Santa Filomena, na freguesia da Mina, ouviu um barulho e sentiu estrondo na parte traseira do automóvel que conduzia.
"Pensei que fosse uma pedra que tivesse sido lançada com a passagem de um carro, mas como olhei à volta e não havia mais ninguém na estrada, e como me apercebi que estava perto de um bairro de barracas, acelerei e fugi dali o mais depressa que pude. Quando cheguei a casa, fui a ver e tinha um buraco na chapa",
disse ao DN, momentos depois de se ter dirigido à esquadra da PSP da Mina para participar o caso.O incidente ocorreu há mais de uma semana. Mas como vive e trabalha na Margem Sul só agora esta trabalhadora-estudante - que já foi assaltada com uma faca apontada ao pescoço - teve oportunidade de se deslocar novamente à Amadora para denunciar a situação. Qual não foi o seu espanto quando percebeu, pelas palavras do agente, que a recebeu à porta que este apedrejamento está longe de ser o primeiro. "Isto acontece muito frequentemente. Não é a primeira vez que vêm cá pessoas queixar-se. Aquele bairro é um dos mais perigosos que aqui temos. Em termos de armamento é pior que a Cova da Moura. Nós não passamos lá porque os nossos carros também são apedrejados", apurou também o DN junto de um dos agentes da esquadra.Quando viu o estrago no carro pela primeira vez, Vanda Lourenço pensou que o buraco teria sido provocado por uma bala ou pelo chumbo de uma pressão de ar. O polícia com quem falou explicou-lhe que os casos até agora registados não envolvem munições. A maioria tem a ver com o uso de pedras e berlindes de vidro, lançados com fisgas a partir do bairro. David Gonçalves, adjunto do comandante da esquadra, confirma outros casos, que resultaram apenas em danos materiais.