segunda-feira, março 19, 2007

MAIS UMA VEZ, MUÇULMANOS CONDENAM À MORTE QUEM CRITICA MUÇULMANOS...

Um grupo muçulmano da Índia ofereceu quinhentas mil rupias (11,319 dólares, em Euros a quantia será semelhante) pela decapitação duma escritora do Bangladesh, Taslima Nasreen.
Acusam-na de envergonhar os muçulmanos com a sua escrita.
Este agrupamento islâmico é uma deriva duma influente organização muçulmana do país.
A ordem da matança só será levantada se a autora pedir desculpas, queimar os seus livros e abandonar a Índia...

E o que escreveu ao certo Taslima Nasreen?
Escreveu uma novela, intitulada «Lajja», isto é, «Vergonha», na qual narra a vida duma família hindu confrontada com a violência muçulmana no Bangladesh. O livro foi banido neste citado país, hoje dominado por uma maioria de muçulmanos; e Taslima foi obrigada a daí fugir em 1994, quando os muçulmanos reinantes consideraram os seus livros como blasfemos e exigiram a sua execução.


Em assim sendo, a escritora teve de ser refugiar na Índia, pátria da liberdade no oriente, tal como antes dela já outros perseguidos pelo Islão, os zoroastristas, tinham feito, no século VIII...

Houve um clérigo muçulmano estabelecido na Índia, Estado de Uttar Pradesh, que considerou tal decreto como não islâmico. «Éditos desnecessários aumentam a fricção na sociedade e as pessoas doutras religiões começam a tratar o Islão como um credo bárbaro.»

Um moderado pacífico, portanto. Convém no entanto não esquecer que este moderado pacífico quer que a escritora seja expulsa da Índia...
Já antes tinha Taslima Nasreen tido problemas na Índia. Em 2004, por exemplo, um clérigo muçulmano ofereceu uma recompensa de vinte mil rupias por quem lhe escurecesse a face, acção que é considerada como um grave insulto por aquelas bandas. A partir daí, as autoridades indianas concederam-lhe protecção policial.

A autora quer agora ser cidadã indiana e diz: «Fui banida do meu próprio país. A Índia é a minha segunda casa. Foi-me garantido um visto de seis meses, mas a cidadania continua a ser-me recusada. Se eu não posso viver no meu próprio país, e se tenho de ficar perto de casa onde possa falar a minha língua mãe, escrever na minha própria língua, a Índia é a minha segunda opção. Para que outro sítio poderei eu ir?»