sexta-feira, agosto 18, 2006

TRUQUES DE RATOS DE SACRISTIA...

13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Consultado o fórum hindu em questão, conclui-se que esta história se baseia no "diz-que-disse". Aliás, já aqui houve uma história que falava de uma suposta ofensa cristã "em local visível" quando afinal no fórum hindu para que esta ligação remete nada dizia sobre se a dita ofensa estava ou não "em local visível". Estranho também que nunca aqui sejam referidas as humilhações a que budistas e hindus monhés sujeitam muitas vezes os cristãos ocidentais nos encontros inter-religiosos (p. ex. padres cristãos a terem que beijar a mão ao Dalai Lama em Assis). Ao que me parece, todas as religiões, quando minoritárias num determinado local, tentam progredir por todos os meios nesse mesmo local. TODAS. Muitas vezes recorrem até mesmo à deturpação e à mentira quanto às mensagens das sagradas escrituras das outras.

18 de agosto de 2006 às 20:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Procurou a versão cristã destes factos, Caturo? Ou limitou-se a pôr apenas aquela que lhe interessava?

18 de agosto de 2006 às 20:17:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Estranho também que nunca aqui sejam referidas as humilhações a que budistas e hindus monhés sujeitam muitas vezes os cristãos ocidentais nos encontros inter-religiosos

Você é livre de o fazer aqui. Quem o impede?
Sabe que neste blogue não se apagam mensagens.
Portanto, trate de fazer pela sua hoste...



(p. ex. padres cristãos a terem que beijar a mão ao Dalai Lama em Assis)

Isso são encontros religiosos mundiais... ou são os padres que lá querem ir?



Ao que me parece, todas as religiões, quando minoritárias num determinado local, tentam progredir por todos os meios nesse mesmo local.

Isso que você diz é uma legitimação de truques desonestos... ou isto é só impressão minha?

21 de agosto de 2006 às 12:02:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Procurou a versão cristã destes factos, Caturo? Ou limitou-se a pôr apenas aquela que lhe interessava?

Pus aquela que encontrei. Se quer a versão cristã dos factos, é livre de a procurar e apresentar aqui.

21 de agosto de 2006 às 12:03:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Consultado o fórum hindu em questão, conclui-se que esta história se baseia no "diz-que-disse"

O que queria você? Um vídeo?



Aliás, já aqui houve uma história que falava de uma suposta ofensa cristã "em local visível" quando afinal no fórum hindu para que esta ligação remete nada dizia sobre se a dita ofensa estava ou não "em local visível".

Presumia-se. Dificilmente se colocaria uma estátua num compartimento escondido dos olhos de todos...

21 de agosto de 2006 às 12:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ou seja, isto aqui é como os jornais do sistema: a "isenção" do autor é direccionada apenas para defender um dos lados e apresentar as coisas vistas por um só prisma: o do anti-cristianismo primário. Realmente o universalismo pode ser mau se mal interpretado, mas quem o não tem? Recentemente li um texto de um odinista anti-racista que até arrepiava: citava a génese segundo o odinismo e dizia que todos os homens descendiam do mesmo. Os deuses locais só vieram depois, à semelhança dos santos locais do cristianismo ocidental.

22 de agosto de 2006 às 00:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Visível"? Talvez. Mas DENTRO da igreja, logo não era provocação para os hindus (que supostamente não iriam entrar nela). Provocação seria se as estátuas estivessem cá fora, coisa que você e o Caçorino Dias deram por dado adquirido.

22 de agosto de 2006 às 00:17:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Visível"? Talvez. Mas DENTRO da igreja,

Quem é que disse que é dentro da Igreja?
Isso é o que você está a querer dar por adquirido.

22 de agosto de 2006 às 13:11:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Ou seja, isto aqui é como os jornais do sistema: a "isenção" do autor é direccionada apenas para defender um dos lados

Não. Isto é para dar voz a quem habitualmente não fala nem tampouco é falado no Ocidente.

Quanto à versão cristã, se tiver alguma apresenta-a.

Era o que faltava eu deixar de dar uma notícia sobre este assunto só porque não tenho a versão cristã da mesma.



Realmente o universalismo pode ser mau se mal interpretado, mas quem o não tem? Recentemente li um texto de um odinista anti-racista que até arrepiava: citava a génese segundo o odinismo e dizia que todos os homens descendiam do mesmo.

Isso é uma interpretação dele. Não do Odinismo.
De resto, há uma diferença clara entre «universal» e «universalista» - Odin poderia ser visto como universal pelos nórdicos que não conheciam mais Deus nenhum, mas de certeza que não foi imposto aos outros povos como «Deus único».



Os deuses locais só vieram depois,

Errado. Os Deuses locais existiram sempre. Aliás, todos os Deuses começaram por ser locais, inclusivamente o seu Javé.

22 de agosto de 2006 às 13:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Isso que você diz é uma legitimação de truques desonestos... ou isto é só impressão minha?"

Não é legitimação, é constatação histórica. Nenhuma religião está isenta de truques baixos e todas têm as mãos sujas de sangue. Até mesmo os pagãos mataram e perseguiram cristãos, judeus e até mesmo muçulmanos. Fizeram pela vida, tal como os outros também fizeram.

"Quem é que disse que é dentro da Igreja?
Isso é o que você está a querer dar por adquirido."

Você é que deu por adquirido que era fora, quando o artigo nada dizia sobre isso.

"Presumia-se. Dificilmente se colocaria uma estátua num compartimento escondido dos olhos de todos..."

Estar dentro de uma igreja não implica estar escondido de todos. Pode estar dentro de uma igreja e estar bem visível aos olhos dos fiéis cristãos que lá entrarem. Quanto aos outros, se não gostam não entrem.

"Isso são encontros religiosos mundiais... ou são os padres que lá querem ir?"

São encontros mundiais, onde mais uma vez o politicamente correcto obriga os representantes do Ocidente a humilhar-se (ou seja, os representantes da religião maioritária do Ocidente e com a qual a esmagadora maioria dos Europeus se identificam e cujos pendões eram levados pelos seus antepassados, logo fazendo parte da sua identidade histórica e até da génese fundacional de muitas nações europeias, nomeadamente de Portugal). É aliás engraçada a forma como você prefere defender a religião dos monhés e passa a vida a atacar a dos seus antepassados, fundadores e asseguradores da existência de Portugal e até mesmo da Europa, unida em torno da Cruz para repelir o Islamismo. Sem uma fé dominante (tal como o Hinduismo o foi na Índia) jamais os povos europeus se teriam unido como se uniram para repelir a moirama. Antes do Cristianismo a história da Europa é uma longa história de divisões, muito maiores do que depois da conversão ao Cristianismo. Recordo que os gauleses pagãos, apesar de falarem a mesma língua e serem etnicamente idênticos, não conseguiram unir-se contra César. Já a França cristã conseguiu unir-se para parar a moirama em Poitiers ou a invasão britânica, entre outras. E da mesma forma como é lamentável você preferir os monhés também é lamentável que considere os judeus aliados do Ocidente e os Cristãos não. Pois saiba que os judeus já fizeram muito mais traições ao Ocidente (nomeadamente alianças com os árabes invasores da Península Ibérica) do que os cristãos. Mas não, para si a corja nariguda que controla o poder bancário mundial e que deu ao Mundo Marx, Trotsky, Rockefeller e outros erros da Natureza é que é fixe :p Atenção que também acho que Israel deve existir, nisso estamos de acordo. Mas tratar com mais respeito o Judaísmo do que o Cristianismo (ou seja, a religião que há 16 séculos trava as invasões islâmicas da Europa) é dose! E incoerente!

"Era o que faltava eu deixar de dar uma notícia sobre este assunto só porque não tenho a versão cristã da mesma."

Por uma questão de ética, quem dá uma notícia deve procurar as versões dos diferentes contendores. Isto que você aqui faz relativamente ao Cristianismo é igual ao que a imprensa do sistema faz relativamente aos nacionalistas.

"Isso é uma interpretação dele. Não do Odinismo."

Não, não é dele, é do Odinismo mesmo, por muito que isso não lhe agrade a si, caro Caturo. Ora leia o correspondente ao Génesis no Odinismo:
"There were as yet no human beings upon the earth when one day as the Gods Odin, Hoener and Loder were walking along the seashore they saw two trees from which they created the first human pair. Odin gave them life and spirit, Hoener endowed them with reason and the power of motion and Loder gave them blood, hearing, and a fair complexion. The man they called Ask (ash)--and the woman Embla (elm). As their abode the newly-created pair received from the Gods Midgarth and FROM THEM IS DESCENDED THE WHOLE HUMAN RACE."
Retirado de: "What is Odinism", da Midgard Press BBS.

Quer mais universalista do que isto? Então para o Odinismo TODA a Humanidade descende do mesmo. E depois o veneno universalista só entrou na Europa com o Cristianismo? Tenha bom senso, Caturo! E repito, segundo esta génese só DEPOIS apareceram os deuses locais, nascidos destes e de outros deuses. Mas descanse que não nego que o Paganismo (Odinismo ou outro) faça parte da nossa identidade. Claro que faz e respeito-o por isso. Mas o Cristianismo também faz e dizer o contrário é apagar a memória dos nossos bravos guerreiros da Idade Média e fazer tábua raza dos últimos 16 séculos de História!

23 de agosto de 2006 às 02:09:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não é legitimação, é constatação histórica. Nenhuma religião está isenta de truques baixos e todas têm as mãos sujas de sangue. Até mesmo os pagãos mataram e perseguiram cristãos,

Errado. Os pagãos só perseguiram cristãos em legítima defesa - e, no Ocidente, fizeram-no de modo assaz insuficiente, diga-se.

Nunca houve guerras de conversão feitas por pagãos contra outras religiões.

Por conseguinte, nesta história só os cristãos é que têm as mãos sujas de sangue e de truques rascas. Não se confundam as coisas.



Fizeram pela vida, tal como os outros também fizeram.

Isso é o mesmo que dizer que os assaltantes e os polícias fazem ambos pela vida...



"Quem é que disse que é dentro da Igreja?
Isso é o que você está a querer dar por adquirido."

Você é que deu por adquirido que era fora,

Eu dei por adquirido que era coisa que se via, ou então a polémica não teria surgido.



Pode estar dentro de uma igreja

Especulação, tal como a de presumir que esteja fora da igreja.



"Isso são encontros religiosos mundiais... ou são os padres que lá querem ir?"

São encontros mundiais, onde mais uma vez o politicamente correcto obriga os representantes do Ocidente a humilhar-se

Será o politicamente correcto... ou a vontade cristã de querer parecer humilde?



(ou seja, os representantes da religião maioritária do Ocidente e com a qual a esmagadora maioria dos Europeus se identificam

Uma maioria cada vez menor e mais anémica, crescentemente indiferente.



e cujos pendões eram levados pelos seus antepassados, logo fazendo parte da sua identidade histórica

Tal como a escravatura. Não é por ter existido em dada época que passa a fazer parte da identidade dum povo.



e até da génese fundacional de muitas nações europeias, nomeadamente de Portugal

Uma Nação não se funda com base numa religião universalista. A Nação Portuguesa é sangue, folclore e língua, não é uma doutrina religiosa dogmática e um Estado político-historicamente definido.



É aliás engraçada a forma como você prefere defender a religião dos monhés e passa a vida a atacar a dos seus antepassados,

Isso é porque as verdadeiras religiões dos meus antepassados são afins dessa dos «monhés». Aquela a que você se refere foi uma criação de semitas e de desenraizados, posteriormente imposta aos meus antepassados.

E seria o cúmulo da vergonha e do nojo mais revoltante que um indivíduo tivesse de se conformar com uma imposição injusta, castradora e falsificadora até à raiz.

O facto de alguns dos meus antepassados terem cometido injustiças contra outros povos por estarem ao serviço do Judeu Crucificado só serve para agravar a indignação.



Sem uma fé dominante (tal como o Hinduismo o foi na Índia) jamais os povos europeus se teriam unido como se uniram para repelir a moirama

Especulação sua. O que é certo é que a Índia resistiu ao Islão sem necessitar do Cristianismo. E o Hinduísmo não é uma religião unitária e tão coesa como julga, pelo contrário, tem uma imensa complexidade. Já li hindus a afirmarem que o «Hinduísmo», em si, não existe, é apenas uma construção ocidental para meter lá dentro tudo o que é indígena indiano.



Antes do Cristianismo a história da Europa é uma longa história de divisões, muito maiores do que depois da conversão ao Cristianismo

De modo algum. As longas, longuíssimas guerras entre Franceses e Ingleses (cem anos, uma delas...), entre Ingleses e Escoceses, e Irlandeses, e entre Franceses e Alemães, e entre Castelhanos e Portugueses, e depois, genérica e confusamente, Austríacos, Italianos, Russos, Dinamarqueses, mostra bem que isso que diz não é verdade.



Recordo que os gauleses pagãos, apesar de falarem a mesma língua e serem etnicamente idênticos, não conseguiram unir-se contra César.

Mas César também era pagão e venceu-os. De resto, os Celtas também foram vencidos, e muito mais ainda, depois de se converterem ao Cristianismo - na Britânia e, depois, na Irlanda.



Já a França cristã conseguiu unir-se para parar a moirama em Poitiers

Pois. Mais tarde, a França cristã aliou-se aos Turcos muçulmanos para lutarem contra o Santo Império Romano e, depois, contra os Habsburgos de Espanha. Excelente aliança, esta, que o Cristianismo produziu...


E da mesma forma como é lamentável você preferir os monhés

Prefiro indianos a lutar na sua terra pela sua religião do que beatos fanáticos e assassinos a exaurirem as forças europeias para imporem a religião do Judeu Morto em cascos de rolha, disso pode ter a certeza.



também é lamentável que considere os judeus aliados do Ocidente e os Cristãos não. Pois saiba que os judeus já fizeram muito mais traições ao Ocidente

Você confunde Judaísmo com Cristianismo. O Judaísmo, em si, não é culpado, pelo menos directamente, da desgraça dos Ocidentais. O Judaísmo é e sempre foi uma religião nacional, só dos Judeus.

O Cristianismo, pelo contrário, infiltrou-se no seio da Europa, injectando, lentamente, um veneno mortal, o do moralismo universalista.

Aliás, o Cristianismo era universalista desde a raiz. Quando os Judeus queriam um messias nacional, Jesus afirmava que vinha para toda a Humanidade, não querendo saber da independência dos Judeus para nada, pelo contrário, até parecia incitar a que os Judeus obedecessem ao ocupante romano.
Era assim um Francisco Louçã da altura, mas apenas no campo espiritual...

Entre um
- clero nacionalista, defensor da Religião Nacional,
e um
- não-alinhado amante da humanidade que manda amar o inimigo e renunciar à própria família se preciso for,
com quem é que um nacionalista se identifica?

A resposta parece óbvia.

Incoerente seria pretender o contrário, só porque, historicamente, a religião universalista se mascarou de nacional.



(nomeadamente alianças com os árabes invasores da Península Ibérica)

Não esquecer o conde Juliano, católico que se pôs ao lado dos Mouros na invasão da Ibéria. Não esquecer também o bispo Oppas, colaboracionista da invasão mourisca.



Mas não, para si a corja nariguda que controla o poder bancário mundial

Novamente, confunde Judaísmo com judeus. Esquece que Marx e Trotsky eram ateus (e que Marx também passou pelo Cristianismo, e que disse que a sua ética marxista se baseava no Cristianismo.)



"Era o que faltava eu deixar de dar uma notícia sobre este assunto só porque não tenho a versão cristã da mesma."

Por uma questão de ética, quem dá uma notícia deve procurar as versões dos diferentes contendores

Quando tal é possível. Quando não o é, dá-se o que se tem. É melhor dar a conhecer uma das versões, e dizer que se trata da versão dum dos lados, do que não dar a conhecer o assunto.



Isto que você aqui faz relativamente ao Cristianismo é igual ao que a imprensa do sistema faz relativamente aos nacionalistas

Não, não é. É que essa imprensa apresenta a versão anti-nacionalista como se de uma visão imparcial se tratasse. Não é o que faço aqui, porque apresento a minha fonte, porque assumo a minha posição ideológica e porque não faço de conta que sou um jornalista.

Portanto, tenha paciência mas vou continuar a colocar aqui as versões hindus dos factos passados na Índia com os cristãos.



"Isso é uma interpretação dele. Não do Odinismo."

Não, não é dele, é do Odinismo mesmo,

Não, é dele mesmo. E sua também, porque continua a não perceber a diferença entre universal e universalista.



"There were as yet no human beings upon the earth when one day as the Gods Odin, Hoener and Loder were walking along the seashore they saw two trees from which they created the first human pair. Odin gave them life and spirit, Hoener endowed them with reason and the power of motion and Loder gave them blood, hearing, and a fair complexion. The man they called Ask (ash)--and the woman Embla (elm). As their abode the newly-created pair received from the Gods Midgarth and FROM THEM IS DESCENDED THE WHOLE HUMAN RACE."
Retirado de: "What is Odinism", da Midgard Press BBS.


Pois. Agora falta a parte em que Heimdall, com o nome de Rig, dá origem a três classes sociais diferenciadas pela cor: o mais elevado, Jarl, é branco e loiro, o camponês livre, Karl, é ruivo, e o escravo, Thraell, é de pele escura.

De resto, o mito de Ask e Embla aplica-se à cosmogonia de um povo que só pensava em si próprio quando falava em «Humanidade». O mesmo se passa com os Judeus - não esquecer que Adão e Eva também são considerados os antepassados de toda a humanidade e não é por isso que o Judaísmo deixa de ser fortemente nacionalista e exclusivista.
(Aliás, a parecença dos nomes destes dois mitos, os dos homens começados por A, os das mulheres começados por E, faz pensar num empréstimo cristão por parte de quem pôs por escrito o mito nórdico).

Por conseguinte, o seu argumento não serve.



E depois o veneno universalista só entrou na Europa com o Cristianismo?

Em termos de doutrina de massas, foi sem dúvida com o Cristianismo que o venenoso universalismo entrou na Europa, com a ideia de que havia um só Deus, revelado a todos por igual, e que os Deuses Nacionais eram demónios ou meras falsidades.
Foi também o Cristianismo que trouxe a tara do amor universal sem barreiras. Leia um dos seus doutores da Igreja, Justino:
nós que antes matávamos e nos odiávamos e não compartilharíamos nosso lugar com pessoas de outra tribo devido a seus [diferentes] costumes, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos juntos com eles.



E repito, segundo esta génese só DEPOIS apareceram os deuses locais,

Historicamente, todos os Deuses são nacionais. O «Deus universal, comum a todos» só surge tardiamente. Para os Romanos, é Júpiter, para os Gregos, é Zeus, para os nórdicos, é Odin, para os Persas é Ahura-Mazda, para os Judeus é Javé, etc.. Não há volta a dar-lhe. Isto é ciência.


Mas descanse que não nego que o Paganismo (Odinismo ou outro) faça parte da nossa identidade. Claro que faz e respeito-o por isso. Mas o Cristianismo também faz

Não, o Cristianismo é uma doutrina universal e alienígena. Faz parte da sua história, até da sua civilização, mas não da sua Identidade. A Identidade é herdada à nascença, tal como os Deuses Nacionais.

23 de agosto de 2006 às 15:28:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caro Caturo:

"Errado. Os pagãos só perseguiram cristãos em legítima defesa"

Essa faz-me lembrar a "legítima defesa" dos americanos na guerra contra o México ou contra Espanha, entre outras. Indo por aí terá de admitir que a Inquisição, que tanto condena, foi uma forma de legítima defesa da Igreja Católica contra aqueles que a ameaçavam.

"Nunca houve guerras de conversão feitas por pagãos contra outras religiões."

Adoptar uma política de "se és cristão vais pró circo ser comido pelas feras sem uma única arma para te defenderes" parece-me uma guerra de conversão quer física quer psicológica e assaz cobarde, diga-se.

"Por conseguinte, nesta história só os cristãos é que têm as mãos sujas de sangue e de truques rascas. Não se confundam as coisas."

Isso era o que você gostava, ou então na sua realidade mitificada e deveras sui generis.

"'Fizeram pela vida, tal como os outros também fizeram.'
Isso é o mesmo que dizer que os assaltantes e os polícias fazem ambos pela vida..."

Pois! Não estou a dizer que é legítimo, mas apenas a constatar que TODOS o fazem e sempre fizeram.

"Eu dei por adquirido que era coisa que se via, ou então a polémica não teria surgido."

Você deu por adquirido que estava num local onde provocava os hindus, coisa que não é assim tão evidente. Os seus amigos monhés é que passam a vida a choramingar naquele fórum de que são uns coitadinhos. Mas por acaso, embora deteste coitadinhos (sabe, ser cristão não implica ajudar quem passa a vida a auto-vitimizar-se) eu até era capaz de lhes dar uma ajudinha contra os seus irmãos de sangue paquistaneses, isso era, e de muito bom grado. E os outros cristãos também, apesar de, segundo a sua teoria, num conflito entre hindus e islâmicos os cristãos, esses malvados universalistas semitas, terem necessariamente de ficar do lado dos de rabo para o ar, coisa que qualquer pessoa que perceba um mínimo de história e até mesmo de teologia cristã lhe garantirá que jamais aconteceria. Além disso, esquecendo agora o Cristianismo, enquanto indo-europeu orgulhoso que sou, prefiro monhés hindus que honram os nossos primos Vedas a monhés muçulmanos.

"Será o politicamente correcto... ou a vontade cristã de querer parecer humilde?"

É o politicamente correcto mesmo. Um cristão consciente não tem que "parecer ser humilde" nunca ou sequer ser mesmo humilde em casos como este, mas o politicamente correcto está a conseguir minar a Igreja (é o problema quando uma religião se torna religião quase de Estado o poder político influencia-a necessariamente). Eu sou cristão e nada na Bíblia me diz que não devia correr os intrusos à chicotada de dentro das igrejas onde esses encontros são realizados, da mesma maneira como Cristo correu os vendilhões do Templo. Digamos que a humildade e a modéstia são falsamente interpretadas para humilhar o Ocidente e aquele que foi historicamente o seu grande símbolo de resistência aos invasores exógenos. Esse símbolo foi, obviamente, o Cristianismo.

"Uma maioria cada vez menor e mais anémica, crescentemente indiferente."

Mas, mesmo assim, uma maioria, que pode mais uma vez unir toda a Europa para lutar contra os invasores, se forem expulsos os maçons e judeus infiltrados nas suas hierarquias.

"Tal como a escravatura. Não é por ter existido em dada época que passa a fazer parte da identidade dum povo."

Quer comparar a escravatura à defesa do Ocidente contra a moirama? Quer comparar uma coisa altamente espiritual com uma coisa meramente económica? Quer comparar uma coisa que influencia a arte e a espiritualidade de gerações e gerações de Europeus com uma coisa que hoje nos passa ao lado? Será que como europeu consegue não ter orgulho em Notre Dame? Será que é cego ao ponto de afirmar que as catedrais e os cantos monásticos, entre outras coisas, não fazem parte da identidade de Portugal e da Europa? Por favor, se quer ter um debate comigo seja sério e largue as palas que tem nos olhos.

"Isso é porque as verdadeiras religiões dos meus antepassados"

Está a dizer que o cristianismo é uma falsa religião dos seus antepassados? Mas então esses seus antepassados não a professavam? Em caso de a terem professado, então foi a verdadeira religião deles. A menos que, por milagre genético, a sua árvore genealógica tenha saltado mais de mil anos... não me diga que é filho de algum Duncan McLeod, que sobreviveu durante os vários séculos de Cristianismo e começou agora a fazer uma prole ;)

"Aquela a que você se refere foi uma criação de semitas e de desenraizados, posteriormente imposta aos meus antepassados."

Imposta? Opinião sua. O St. Patrick e meia dúzia de monges também obrigaram centenas de milhar de irlandeses a converter-se pela força, não? Ou será que o São Patrício era na verdade o incrível Hulk, que sovava sozinho hostes inteiras? Talvez seja por isso que a cor da Irlanda é o verde, quem sabe...

"Uma Nação não se funda com base numa religião universalista."

Não sei porquê. Basta que todos os seus membros a professem, como foi o caso em Portugal.

"A Nação Portuguesa é sangue, folclore e língua, não é uma doutrina religiosa dogmática e um Estado político-historicamente definido."

É também cultura popular, a qual é claramente influenciada pelo Cristianismo (romarias e santos padroeiros, etc.) e, quanto ao sangue, não se esqueça da importância dos clunicenses no repovoamento de Portugal com gente indo-europeia. A ordem de Cluny, ao que creio, era cristã... Por isso, como pode ver, o Cristianismo até trouxe mais uns indo-europeus para cá.

"Especulação sua. O que é certo é que a Índia resistiu ao Islão sem necessitar do Cristianismo. E o Hinduísmo não é uma religião unitária e tão coesa como julga,"

Na Índia toda a elite dominante estava unida pelo Hinduismo, tal como na Europa estava unida pelo Cristianismo. A unidade espiritual une os guerreiros, logo podemos dizer que, tal como o Hinduismo na Índia, foi o Cristianismo que, no Ocidente, fez com que se resistisse aos muçulmanos. Espero que não entre na via de dizer que nada disso, foi apenas uma guerra racial, porque ambos sabemos que havia indo-europeus de ambos os lados da barricada e que todos eram caucasianos, certo?

"Já li hindus a afirmarem que o «Hinduísmo», em si, não existe, é apenas uma construção ocidental para meter lá dentro tudo o que é indígena indiano."

Errado. Certos ocidentais, muito básicos, diga-se, poderão entrar por aí. Mas o Hinduismo existe de facto enquanto religião fundada pelos nossos primos Vedas.

"De modo algum. As longas, longuíssimas guerras entre Franceses e Ingleses (...) mostra bem que isso que diz não é verdade."

É verdade no sentido em que não se viveu sempre em guerra como antes do Cristianismo, e passou a haver um árbitro.

"Mas César também era pagão e venceu-os."

Sim, mas de um paganismo diferente, e isso não invalida que não tenham conseguido unir-se pelo simples facto de que o Paganismo não lhes dava unidade espiritual para tal.

"De resto, os Celtas também foram vencidos, e muito mais ainda, depois de se converterem ao Cristianismo - na Britânia e, depois, na Irlanda."

O "muito mais ainda" está erradíssimo tendo em conta a extensão do Mundo Celta na era do advento dos romanos e depois, quando os celtas ficaram confinados às regiões que indica. Aliás, até foi a unidade em torno da mesma religião que lhes permitiu resistir. O País de Gales, onde reinavam várias seitas protestantes, foi pura e simplesmente engolido pela Inglaterra. A Irlanda, católica, resistiu sempre muito mais ao invasor. Pelo que o seu exemplo, caro Caturo, acaba por confirmar mais uma vez que a unidade espiritual das elites governantes em torno da mesma religião ou vertente religiosa torna qualquer povo ou conjunto de povos mais coeso a defender-se de invasões. As naus em Lepanto levavam o pendão de Cristo e não o martelo de Thor, e isso faz parte da nossa história e não podemos escamoteá-lo. O que não quer dizer que eu, à boa maneira verdadeiramente cristã e ocidental, não respeite a religião que cultuava Thor, simplesmente a História avançou e a Europa de hoje tem uma cultura impregnada de Cristianismo e não se pode fazer tábua rasa disso uma vez que se trata de um dado histórico e cultural.

"'Já a França cristã conseguiu unir-se para parar a moirama em Poitiers'
Pois. Mais tarde, a França cristã aliou-se aos Turcos muçulmanos para lutarem contra o Santo Império Romano e, depois, contra os Habsburgos de Espanha."

Está a confundir bife à milaneza com bife ali na mesa. Repare: a França ameaçada de extinção por um adversário espiritualmente diferente uniu-se em torno da cruz. Quando mais tarde a sua sobrevivência não estava em risco e quis assumir-se como potência dominante perante as outras nações cristãs, recorreu a alianças com forças externas. Condenável? Penso que sim, embora em geopolítica não haja nunca grande moral senão a da sobrevivência. Mas isso não implica que o Cristianismo não tenha produzido mais unidade do que qualquer outra religião entre todos os Europeus.

"Excelente aliança, esta, que o Cristianismo produziu..."

Mesmo que tivesse sido má por culpa do Cristianismo, não era inferior às que o Paganismo foi sempre incapaz de produzir.

"Prefiro indianos a lutar na sua terra pela sua religião do que beatos fanáticos e assassinos a exaurirem as forças europeias para imporem a religião do Judeu Morto em cascos de rolha, disso pode ter a certeza."

Você esquece-se é que essa religião dos beatos não sei do quê já faz parte da Europa há muitos séculos, foi professada por gerações, gerações e mais gerações de europeus e por isso, até pelas mutações que sofreu ao europeizar-se, já faz parte da identidade europeia pelas razões que já lhe expliquei, neste e noutros comentários. A forma ordinária e desrespeitosa, como você, o "tolerante", acaba de se referir a uma religião alheia fica, também registada. Caiu-lhe a mascarilha. Sem querer baixar ao seu nível, e decididamente sem cair no seu grau de insulto, pergunto: a propósito de mascarilha, será que vocês agora cultuam também o zorro e que o Z do zorro é na vossa interpretação distorcida da História, uma sowelo invertida? Ah pois, não, esquecia-me que o hábito das máscaras já vem do tempo em que se andavam a mascarar de bois, esquecendo-se que o respeito pela Natureza não implica o Homem humilhar-se ao nível de se confundir com animais irracionais, rejeitando assim qualquer tipo de Hierarquia nessa mesma natureza (será que a génese dos anarquistas e dos hippies dos charros é pagã? No caso dos hippies eles adoram o paganismo - e eu por acaso também gosto bastante, mas já que você quer entrar pelo desrespeito e insulto à minha religião eu respondo-lhe pelo escárnio à sua - é que isso de "dar a outra face" é uma prova de altivez que nem sempre é a melhor arma, embora vocês a interpretem de outra maneira).

"O Judaísmo, em si, não é culpado, pelo menos directamente, da desgraça dos Ocidentais."

Ah não? Pra já, na sua perspectiva, só pode sê-lo, pois para si Cristo era judeu e prejudicou o Ocidente. Por isso você está a contradizer-se. Mas nem vou por aí. O Judaísmo, ao ensinar que o judeu deve tratar os outros como escravos, é responsável nomeadamente pelo estado de semi-escravatura em que o povo alemão vivia na sua própria terra até ao advento do nacional-socialismo. Mais exemplos existem, que lhe poderei dar noutra altura.

"O Cristianismo, pelo contrário, infiltrou-se no seio da Europa, injectando, lentamente, um veneno mortal, o do moralismo universalista."

Só é mortal se for mal interpretado, o que infelizmente acontece várias vezes, até mesmo pelos não-cristãos, como é o seu caso.

"Aliás, o Cristianismo era universalista desde a raiz."

Sim, em certa medida. Mas repare, Cristo não era contra a vontade do seu Deus, logo respeitava a existência de nações diferentes, pois Deus quis que existissem nações diferentes, como o prova o episódio da Torre de Babel, que Cristo, com TODA a certeza, conhecia e respeitava. Uma coisa, Caturo, é unidade ESPIRITUAL para que o pessoal possa viver a vida sem estar em pé de guerra constante. Outra é unidade cultural e étnica, coisa que vai contra os princípios da própria Bíblia (vide, por exemplo, episódio da Torre de Babel, já aqui citado). É certamente por isto que inúmeros nacionalistas como eu não vêem qualquer incompatibilidade entre ser cristão e nacionalista. O facto de uma africana ser minha irmã em Cristo não quer dizer que eu tenha filhos com ela ou que não possa haver auxílio mútuo. Se Deus quer que haja nações e a etnia é um dos factores que definem e legitimam a existência dessas mesmas nações, logo a mistura dos povos até pode, à luz da Bíblia ser considerada pecado. Daqui se conclui que o Cristianismo, embora incompatível com o racismo, NÃO É INCOMPATÍVEL COM O RACIALISMO. É certamente por isso que os heróis do Nacionalismo Europeu como Le Pen são cristãos e até mesmo aquele que é considerado o pai do pensamento político Nacionalista moderno (ou, pelo menos, Identitário), J. G. Herder, era sacerdote cristão.

Quanto à sua alegação de que Jesus até parecia incitar a que os Judeus obedecessem ao ocupante romano, isso não é bem assim. O que Jesus quis dizer com o "dai a César o que é de César", entre outras interpretações, significa logo de caras, algo que Ele repete por outras palavras mais tarde: o Meu Reino é do Céu, não é da Terra, é uma coisa espiritual, logo distinta das coisas terrenas. As coisas terrenas são as coisas terrenas, as coisas espirituais são as coisas espirituais.

"Era assim um Francisco Louçã da altura, mas apenas no campo espiritual..."

Essa do plano espiritual faz TODA a diferença. Os seus amigos pagãos que fumam charros até cair para o chão em determinados festivais que se realizam na Grã-Bretanha é que são verdadeiros Louçãs e promotores do multiculturalismo. Pois é Caturo, vocês têm no vosso seio grandes promotores do multiculturalismo (até institucionais, como a OBOD) e nós, infelizmente, também. Tanto no Paganismo como no Cristianismo há coisas mal interpretadas, fruto da interpretação das maiorias politicamente correctas. Sim, Caturo, porque como sabe os pagãos nacionalistas também são uma minoria dentro do universo pagão. O universal também vos está na génese, como o comprova o texto que transcrevi sobre a génese da Humanidade segundo os odinistas, e na nossa também, só que nós somos desde logo a favor da existência de nações diferentes, tal como estipulado por Deus no episódio da Torre de Babel.

“Entre um
- clero nacionalista, defensor da Religião Nacional,
e um
- não-alinhado amante da humanidade que manda amar o inimigo e renunciar à própria família se preciso for,
com quem é que um nacionalista se identifica?”

Muita retórica e pouco acerto nessa pergunta. Cristo manda renunciar ao clima de violência gratuita que grassava entre o seu povo e é nesse contexto que são proferidas as afirmações que você vai buscar para dar uma imagem falsa de Cristo. Como se explica que uma pessoa que mandasse amar os inimigos e não respeitasse a família expulsasse os vendilhões do Templo à CHICOTADA por estarem a ofender a memória do seu PAI?

“Incoerente seria pretender o contrário, só porque, historicamente, a religião universalista se mascarou de nacional.”

Não mascarou, foi absorvida e é praticada. Naquilo que foi um acto de tolerância, o Cristianismo abriu-se a muitas das tradições pagãs e foi absorvido, daí termos hoje festividades/romarias cristãs como parte da nossa cultura e, desde logo, identidade. Aliás, o Cristianismo ocidental é tão nacional quanto o facto de, devido à mistura com elementos pagãos, ser diferente do copta e de muitas outras vertentes cristãs, precisamente pelo facto de ser uma mistura bem sucedida e bem aceite pelos povos de Cristianismo com Paganismo, tendo os deuses locais passado a ser cultuados sob a forma de santos padroeiros. E vá lá o Caturo às aldeias deste país dizer o contrário que o povo já absorveu esta religião de tal maneira e pratica-a com tal fervor que iriam corrê-lo à pedrada pelos penedos abaixo. Pela forma como fala, o Caturo é obviamente alguém da cidade, que desconhece o país real e a sua espiritualidade.

“Não esquecer o conde Juliano, católico que se pôs ao lado dos Mouros na invasão da Ibéria. Não esquecer também o bispo Oppas, colaboracionista da invasão mourisca.”

Meia dúzia de andorinhas não fazem uma Primavera, porque traidores sempre os ouve em todo o lado. Maior traição étnica fizeram nesse tempo os pagãos vikings, que atacavam mais os seus irmãos de sangue da Galiza do atacavam os mouros, enfraquecendo assim a força europeia no esforço de reconquista.


“Esquece que Marx e Trotsky eram ateus (e que Marx também passou pelo Cristianismo, e que disse que a sua ética marxista se baseava no Cristianismo.)”

Não eram ateus, eram judeus. Ser judeu não é só praticar uma religião, também é ser de um povo. Você está, uma vez mais a contradizer-se, pois é você próprio que afirma que o Judaísmo é uma religião étnica. Mas se quer ir por aí, compre o livro “os piores inimigos dos nossos povos” e veja bem o que a globalidade da judiaria (sim, porque há excepções, andou a fazer ao Ocidente estes séculos todos). E depois, quem promove a Globalização económica e tudo o que é anti-nações? Quem é que nutre um ódio profundo aos nacionalismos europeus? Não são os judeus? Para quê? Para que os povos se misturem todos e fiquem seus escravos. E para que os povos, esquecendo-se das suas diferenças, não assumam posturas de legítima defesa contra aqueles que os sugam como vampiros (leia-se, os judeus).


“É melhor dar a conhecer uma das versões, e dizer que se trata da versão dum dos lados, do que não dar a conhecer o assunto.”

Não acho isso justo, mas respeito, até porque o espaço é seu e em sua casa manda você.


"tenha paciência mas vou continuar a colocar aqui as versões hindus dos factos passados na Índia com os cristãos."

OK, antes de mais, o blogue é seu e tenho de respeitar a propriedade privada, como manda o meu instinto e mesmo a minha religião (ver encíclica Rerum Novarum, que institui a Doutrina Social da Igreja). Além disso, a partir do momento em que admite a sua parcialidade... quem diz a verdade merece todo o respeito.

Sobre se a afirmação do pagão citado é dele ou do próprio Odinismo, basta ver a transcrição que eu fiz para a coisa ser evidente e não vou estar a repisar nisso. Já o citei a ele e à sua fonte, que afirma claramente que, para o Odinismo, todos os homens descendem do mesmo, logo há ali uma forte tendência universalista, pelo que não se trata de uma religião menos incompatível com o Nacionalismo do que o Cristianismo.


"There were as yet no human beings upon the earth when one day as the Gods Odin, Hoener and Loder were walking along the seashore they saw two trees from which they created the first human pair. Odin gave them life and spirit, Hoener endowed them with reason and the power of motion and Loder gave them blood, hearing, and a fair complexion. The man they called Ask (ash)--and the woman Embla (elm). As their abode the newly-created pair received from the Gods Midgarth and FROM THEM IS DESCENDED THE WHOLE HUMAN RACE."
Retirado de: "What is Odinism", da Midgard Press BBS.


“Pois. Agora falta a parte em que Heimdall, com o nome de Rig, dá origem a três classes sociais diferenciadas pela cor:”

Está a fugir com o rabo à seringa. Realmente perante a afirmação de que todos os homens descendem do mesmo não há contra-argumentos possíveis que lhe permitam negar o carácter universalista do Odinismo em particular e do Paganismo de um modo geral.


“o mais elevado, Jarl, é branco e loiro, o camponês livre, Karl, é ruivo, e o escravo, Thraell, é de pele escura.”

Como sabe essa interpretação não é pacífica dentro do próprio Paganismo, pois há quem diga que essas cores dizem respeito às três funções (Dumèzil) e não a grupos étnicos distintos, até porque em lado nenhum se diz que os vikings mais nobres eram mais louros. E atenção a que tipo de Deus era Heimdall. Mas, já agora, sabe que na Bíblia também se fala de uma coisa assim, não sabe? Várias personagens que dão origem a várias raças... Que aliás é (a meu ver mal) aproveitada pelos nacionalistas cristãos do Ku Klux Klan para legitimarem a escravatura dos negros.


“De resto, o mito de Ask e Embla aplica-se à cosmogonia de um povo que só pensava em si próprio quando falava em «Humanidade»”

Logo o Odinismo não é mais compatível com a existência de diferentes nações do que o Cristianismo.


“não esquecer que Adão e Eva também são considerados os antepassados de toda a humanidade e não é por isso que o Judaísmo deixa de ser fortemente nacionalista e exclusivista.”

Exactamente, por isso mesmo o facto de os cristãos afirmarem que toda a Humanidade descende dos mesmos não faz com que o Cristianismo seja incompatível com o Nacionalismo.


“(Aliás, a parecença dos nomes destes dois mitos, os dos homens começados por A, os das mulheres começados por E, faz pensar num empréstimo cristão por parte de quem pôs por escrito o mito nórdico).”

Faz pensar quem? E provas? Também há quem pense que pelo facto de haver pirâmides dos dois lados do Atlântico todos somos descendentes do suposto povo da suposta Atlântida, e também há quem pense que o facto de os chineses serem monogâmicos e os Europeus também existe uma origem comum!!!! Chama-se a este tipo de pensamento Difusionismo e as ideias-mestras desta corrente têm vindo a cair uma por uma.


“Por conseguinte, o seu argumento não serve.”

Não lhe serve a si, que está de má fé. Pelo que eu já demonstrei acho que não só serve como assenta como uma luva! E a maioria dos grupos pagãos vê a coisa desta forma: descendemos todos do mesmo, logo “peace and love com os invasores da Europa e bora lá fumar uns charros em Stonehenge”.


“Em termos de doutrina de massas, foi sem dúvida com o Cristianismo que o venenoso universalismo entrou na Europa, com a ideia de que havia um só Deus,”

Discordo. Os seus amigos romanos, com o culto do Imperador (esse sim, imposto) é que começaram a dar essas ideias. Além disso, os próprios druidas acreditavam que havia uma só divindade e que tudo o resto eram manifestações da mesma. Isto para não falarmos do helenismo, que universalizou as elites (que são sempre quem depois vai moldar o pensamento do respectivos povos) .


“ Leia um dos seus doutores da Igreja, Justino: nós que antes matávamos e nos odiávamos e não compartilharíamos nosso lugar com pessoas de outra tribo devido a seus [diferentes] costumes, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos juntos com eles.”

Sim, e depois? Antes de Cristo vivia-se sempre à chapada com o vizinho. Depois de Cristo passou a haver mais compreensão. Mas isso não quer dizer que Cristo fosse pela mistura de todos os povos num só, sob risco de estar a desobedecer a Seu Pai.


“O «Deus universal, comum a todos» só surge tardiamente. Para os Romanos, é Júpiter, para os Gregos, é Zeus, para os nórdicos, é Odin, para os Persas é Ahura-Mazda, para os Judeus é Javé, etc.. Não há volta a dar-lhe. Isto é ciência.”

Isso não pode ser afirmado assim. Antropologicamente tem muito mais lógica que um povo onde todos os clãs têm uma origem comum venere um deus comum a todos eles e só depois, com o tempo e a divisão desse povo em várias nações, vão surgindo outras divindades próprias de cada uma.


“Não, o Cristianismo é uma doutrina universal e alienígena.”

Não menos universal do que o Odinismo, com a sua génese de que todos descendemos do mesmo. E tem a certeza de que o Odinismo não é alienígena na Europa, antecedendo apenas o Cristianismo em alguns séculos? Olhe eu não tenho e ninguém tem, a menos que se prove que o berço dos indo-europeus seja a Europa.


“A Identidade é herdada à nascença, tal como os Deuses Nacionais.”

Isso não é a Identidade, mas apenas uma das suas vertentes, que é o sangue. Falta a vertente cultural, pois a identidade de um povo também se define pelas suas romarias, pela sua religiosidade, e aí o Cristianismo (não sendo de resto uma religião étnica, embora, até por ser meramente espiritual, nada tem contra a preservação das etnias, conforme já expliquei acima) passou a fazer parte da nossa identidade portuguesa e europeia. Repito que afirmar o contrário é fazer tábua rasa de bem mais de mil anos de História da Europa.

24 de agosto de 2006 às 16:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Errado. Os pagãos só perseguiram cristãos em legítima defesa"

Essa faz-me lembrar a "legítima defesa" dos americanos na guerra contra o México ou contra Espanha,

Sim? Os Mexicanos e os Espanhóis também entraram na América para deitar abaixo a cultura americana?
É que se isso não sucedeu, a sua comparação está errada.



Indo por aí terá de admitir que a Inquisição, que tanto condena, foi uma forma de legítima defesa da Igreja Católica contra aqueles que a ameaçavam.

Mau exemplo, porque a Inquisição baseava-se numa perseguição a diferenças de opinião em matéria religiosa. Os pagãos romanos, pelo contrário, só perseguiam aqueles que se mostravam subversivos contra Roma, não aqueles que prestavam culto a outros Deuses.



"Nunca houve guerras de conversão feitas por pagãos contra outras religiões."

Adoptar uma política de "se és cristão vais pró circo ser comido pelas feras sem uma única arma para te defenderes" parece-me uma guerra de conversão

Não - é uma guerra de auto-defesa. Porque quem era cristão podia se quisesse ir embora do Império, ninguém o impedia.

Mas muito bem: presumo então que se o Estado Português punisse um jovem por este se recusar a prestar o juramento de bandeira, estaria a ser opressivo por querer «converter o jovem à Portugalidade pela força», pois.



"Por conseguinte, nesta história só os cristãos é que têm as mãos sujas de sangue e de truques rascas. Não se confundam as coisas."

Isso era o que você gostava,

Você é que gostava do contrário, mas não tem sorte.


"'Fizeram pela vida, tal como os outros também fizeram.'
Isso é o mesmo que dizer que os assaltantes e os polícias fazem ambos pela vida..."

Pois! Não estou a dizer que é legítimo, mas apenas a constatar que TODOS o fazem

Está a querer estabelecer um relativismo moral, relativismo que é realmente imoral. O seu «pois» é sintomático...


"Eu dei por adquirido que era coisa que se via, ou então a polémica não teria surgido."

Você deu por adquirido que estava num local onde provocava os hindus,

Ou seja, bem visível. Não deve haver muitos hindus preocupados com o que se passa dentro das igrejas.



seus amigos monhés é que passam a vida a choramingar naquele fórum

Talvez se «choramingarem» menos e fizerem mais, alcancem resultados mais rápidos. Têm de aprender com os Japoneses, que trataram dos cristãos a tempo.



eu até era capaz de lhes dar uma ajudinha contra os seus irmãos de sangue paquistaneses,

Louvor.



E os outros cristãos também, apesar de, segundo a sua teoria, num conflito entre hindus e islâmicos os cristãos, esses malvados universalistas semitas, terem necessariamente de ficar do lado dos de rabo para o ar,

Não sei... o que é certo é que vejo muito cristão a simpatizar com os agachados de Alá, isso vejo.


coisa que qualquer pessoa que perceba um mínimo de história e até mesmo de teologia cristã lhe garantirá que jamais aconteceria.

Diga isso aos beatos cristãos e ao padralhame que manifesta simpatia pelo Islão.


enquanto indo-europeu orgulhoso que sou, prefiro monhés hindus que honram os
nossos primos Vedas a monhés muçulmanos.


Novo louvor.



Eu sou cristão e nada na Bíblia me diz que não devia correr os intrusos à chicotada de dentro das igrejas onde esses encontros são realizados,

Corria com os hindus à chicotada?

De resto, isso do chicote não era um exclusivo do próprio Cristo? Ele próprio mandava dar a outra face quando agredido.



Digamos que a humildade e a modéstia são falsamente interpretadas para humilhar o Ocidente e aquele que foi historicamente o seu grande símbolo de resistência aos invasores exógenos.

Não foi uma resistência pelo Ocidente e sim pelo Cristianismo.
O facto de que a Igreja anda agora a pactuar com a iminvasão ajuda a esclarecer esse mal-entendido histórico-civilizacional.


"Uma maioria cada vez menor e mais anémica, crescentemente indiferente."

uma maioria, que pode mais uma vez unir toda a Europa para lutar contra os invasores,

Não creio. O Cristianismo morre a cada dia que passa.


se forem expulsos os maçons e judeus infiltrados nas suas hierarquias.

Há então bispos e arcebispos judeus e maçons a fingir que são cristãos? Dessa nem o Dan Brown se lembrava... é fantástica demais...



Quer comparar a escravatura à defesa do Ocidente contra a moirama

Não foi uma defesa «do Ocidente» - foi uma defesa do Cristianismo, que, por acaso, estava estacionado no Ocidente. Nada de confusões.


Quer comparar uma coisa altamente espiritual com uma coisa meramente económica

Económica, mas legitimada por essa coisa altamente espiritual de que fala... o Cristianismo legitimava a escravatura.



Quer comparar uma coisa que influencia a arte e a espiritualidade de gerações e gerações de Europeus

E a escravatura não influenciou milhões e milhões de Europeus? E a sua abolição, não influenciou milhões e milhões de Ocidentais? Olhe que a escravatura chegou até à Idade Contemporânea. No mais poderoso país do Ocidente, até houve guerra por causa disso.


com uma coisa que hoje nos passa ao lado?

O Cristianismo também passa ao lado de muita gente, e cada vez mais.



Será que como europeu consegue não ter orgulho em Notre Dame?

Na arquitectura, sim. Mas, quando lá estive, não parava de pensar em como seriam bons aqueles magníficos vitrais se representassem Mitra em vez de cenas cristãs...


Será que é cego ao ponto de afirmar que as catedrais e os cantos monásticos, entre outras coisas, não fazem parte da identidade de Portugal e da Europa

Não fazem não. Fazem parte da civilização europeia, não da identidade europeia.



"Isso é porque as verdadeiras religiões dos meus antepassados"

Está a dizer que o cristianismo é uma falsa religião dos seus antepassados?

Estou a dizer que o Cristianismo não é legitimamente ocidental porque foi imposta aos meus antepassados pela força e pela intimidação. Porquê, há dúvida?


Mas então esses seus antepassados não a professavam?

Depois de terem sido obrigados, nuns casos, e de não conhecerem a verdadeira religião dos seus ancestrais, nos casos mais recuados, que remédio tinham eles. Não é a minha noção de liberdade de escolha.


"Aquela a que você se refere foi uma criação de semitas e de desenraizados, posteriormente imposta aos meus antepassados."

Imposta? Opinião sua

Não, não é opinião minha.
Quando se criam leis e mais leis a proibir o culto aos Deuses nacionais, e até mesmo a proibir a realização de rituais familiares dentro da sua própria casa, isto não é «opinião minha». Isto é imposição com todas as letras, formalmente assumida - é, com todas as letras, totalitarismo espiritual.
Trata-se dum facto histórico, sem apelo nem agravo, por mais que você e outros o queiram branquear ou esconder.


O St. Patrick e meia dúzia de monges também obrigaram centenas de milhar de
irlandeses a converter-se pela força,


Não... aí foi mais pela manha.



Ou será que o São Patrício era na verdade o incrível Hulk,

Era mais uma espécie de Mandrake, a iludir o Povo...



"Uma Nação não se funda com base numa religião universalista."

Não sei porquê.

Por uma questão de coerência, para começar.
E também porque uma Nação não se funda por doutrina e sim por natureza étnica.


Basta que todos os seus membros a professem,

Nem assim. Aí, poderá dizer-se que os nacionais são todos cristãos, mas não se pode dizer que a Nação em si seja cristã, porque não há nenhum nexo entre a Nação e a doutrina em si. Ou seja, ser português é nunca implicará ser cristão.

E não implicará tal coisa pela seguinte razão: porque ser português é ser filho de portugueses, não é achar que há dois mil anos um judeu morreu para nos salvar e que por isso só a ele devemos prestar culto.

Ou seja, ser duma nação não pode em caso algum implicar a aderência a uma doutrina, ou então está-se numa situação de totalitarismo, como se só quem pensa x pudesse ser membro dessa nação.


"A Nação Portuguesa é sangue, folclore e língua, não é uma doutrina religiosa dogmática e um Estado político-historicamente definido."

É também cultura popular, a qual é claramente influenciada pelo Cristianismo

Ou o Cristianismo é que dela se apoderou, nela se infiltrando, mas não usando varrer todos os vestígios pagãos.
De resto, para ser português, basta o sangue.


quanto ao sangue, não se esqueça da importância dos clunicenses no repovoamento de Portugal com gente indo-europeia

Isso fez com que um gene cristão entrasse nas veias dos Portugueses?
Não tenho conhecimento de tal elemento biológico.


Por isso, como pode ver, o Cristianismo até trouxe mais uns indo-europeus para cá

E trouxe negros também, com a escravatura e com as evangelizações de negros...

Pelo contrário, sem as religiões semitas, nem sequer a Moirama tinha para cá vindo. Olhe outra contribuição dessa gente para a Ibéria, está a ver...


logo podemos dizer que, tal como o Hinduismo na Índia, foi o Cristianismo que, no Ocidente, fez com que se resistisse aos muçulmanos

O que não podemos dizer é que sem o Cristianismo a Europa baqueasse de certeza perante o Islão. Isso é que não podemos dizer.



"Já li hindus a afirmarem que o «Hinduísmo», em si, não existe, é apenas uma construção ocidental para meter lá dentro tudo o que é indígena indiano."

Errado. Certos ocidentais, muito básicos, diga-se, poderão entrar por aí.
Mas o Hinduismo existe de facto enquanto religião fundada pelos nossos primos Vedas.


Os «Vedas» não fundaram religião alguma. Quando muito, consistem num registo dos rituais e dos poemas.
E, de facto, o Hinduísmo reúne muita coisa díspar. Não é mais unido do que o Paganismo romano, por exemplo, que, no início da Idade Média, estava por todo o Ocidente.



"De modo algum. As longas, longuíssimas guerras entre Franceses e Ingleses (...) mostra bem que isso que diz não é verdade."

É verdade no sentido em que não se viveu sempre em guerra como antes do Cristianismo,

Antes do Cristianismo não se viveu sempre em guerra.


e passou a haver um árbitro.

Que grande utilidade que teve esse árbitro... é que nem já no século XX serviu para alguma coisa...


"Mas César também era pagão e venceu-os."

Sim, mas de um paganismo diferente,

Um Paganismo igual no essencial. O próprio César o dizia, de certo modo.




"De resto, os Celtas também foram vencidos, e muito mais ainda, depois de se converterem ao Cristianismo - na Britânia e, depois, na Irlanda."

O "muito mais ainda" está erradíssimo tendo em conta a extensão do Mundo Celta na era do advento dos romanos e depois,

Não está erradíssimo não porque o mundo céltico perdeu por completo toda a sua autonomia perante os Ingleses. Até a Irlanda foi ocupada e colonizada.
Hoje, os falantes de Irlandês são uma minoria, embora estejam talvez a aumentar.
Portanto, a «união em torno da cruz» não lhes serviu para coisíssima nenhuma, como era aliás de prever.


O País de Gales, onde reinavam várias seitas protestantes, foi pura e simplesmente engolido pela Inglaterra.
A Irlanda, católica, resistiu sempre muito mais ao invasor


Resistiu por ser uma ilha, logo, mais difícil de controlar, enquanto Gales é mesmo ao lado de Inglaterra. No entanto, há hoje mais gente a falar Galês do que a falar Irlandês.


exemplo, caro Caturo, acaba por confirmar mais uma vez que a unidade espiritual das elites governantes em torno da mesma religião ou vertente religiosa torna qualquer povo ou conjunto de povos mais coeso a defender-se de invasões

Ora se mesmo tendo uma só religião, os Irlandeses foram completamente dominados pelos Ingleses, e colonizados linguisticamente, aí tem o grande valor que o Cristianismo teve...


naus em Lepanto levavam o pendão de Cristo e não o martelo de Thor,

Claro - porque os arautos do pendão do Judeu Crucificado tinham erradicado, pela força e pela intimidação, os leais ao martelo do Ruivo Trovejante.
Mas já que vai por aí, então olhe: foram os Americanos que impediram os Soviéticos de invadir a Europa no pós-guerra. Isso quer dizer, a seu ver, que temos obrigação de ser lacaios do Tio Sam, bem vejo...


O que não quer dizer que eu, à boa maneira verdadeiramente cristã e ocidental, não respeite a religião que cultuava Thor, simplesmente a História avançou e a Europa de hoje tem uma cultura impregnada de Cristianismo e não se pode fazer tábua rasa disso

Também tem um passado impregnado de escravatura e não se pode fazer tábua rasa disso... portanto, que volte a escravatura... aliás, nem devia ter acabado, porque fazia parte do passado europeu...


"'Já a França cristã conseguiu unir-se para parar a moirama em Poitiers'
Pois. Mais tarde, a França cristã aliou-se aos Turcos muçulmanos para lutarem contra o Santo Império Romano e, depois, contra os Habsburgos de Espanha."

França ameaçada de extinção por um adversário espiritualmente diferente uniu-se em torno da cruz. Quando mais tarde a sua sobrevivência não estava em risco

Mas o Ocidente estava em risco perante o avanço do Turco. E era todo da mesma religião, o Ocidente... no entanto, os Franceses borrifaram-se para isso.
Quer isto dizer que, por qualquer prisma que o analise, o Cristianismo não serviu aqui para garantir a unidade da Europa perante o mortífero invasor.


"Excelente aliança, esta, que o Cristianismo produziu..."

Mesmo que tivesse sido má por culpa do Cristianismo, não era inferior às que o Paganismo foi sempre incapaz de produzir

O Paganismo nunca precisou de produzir unidade alguma porque, antes do Cristianismo, nunca houve guerras religiosas. Logo, a religião nunca esteve em causa - por não estar em causa, as religiões pagãs nunca teve de se defender.
Quem trouxe para a Europa a novidade do ataque à religião foi o Cristianismo.
A partir daqui, a religião passou a poder estar em risco.
Assim, o seu argumento baseia-se num falso problema, motivo pelo qual a comparação que você faz carece de sentido, e, aliás, até mostra com mais evidência o mal que o Cristianismo trouxe ao mundo, porque foi a partir da mentalidade expansionista universalista cristã que surgiu depois o Islão.


"Prefiro indianos a lutar na sua terra pela sua religião do que beatos fanáticos e assassinos a exaurirem as forças europeias para imporem a religião do Judeu Morto em cascos de rolha, disso pode ter a certeza."

Você esquece-se é que essa religião dos beatos não sei do quê já faz parte da Europa há muitos séculos,

A escravatura também.

De resto, essa sua comparação é moralmente deficiente - por essa ordem de ideias, então os Russos e os Ucranianos teriam de ser toda a vida comunistas, porque os seus antepassados foram comunistas...

Mais: essa religião dos beatos fanáticos e assassinos a exaurirem as forças europeias (aquilo a que chamou «não sei do quê») só fez parte da Europa durante muitos séculos porque usurpou o lugar que era devido aos Deuses antigos, Os do nosso sangue, as verdadeiras Divindades das nossas estirpes europeias. Os tronos das Deidades Étnicas Europeias foram pura e simplesmente deitados abaixo para serem substituídos pela autoridade dum judeu que morreu longe, crucificado.
O gigantismo desta blasfémia e insulto constitui um escândalo sem precedentes.

Bolas, crucificação por crucificação, então deificava-se o Guerreiro Celtibero, que, quando pregado na cruz pelos Romanos, em vez de se lamentar, dizendo «Eli, eli, lamma sabatani» (Pai, pai, porque me abandonaste?»), em vez disso, cantavam orgulhosamente os seus hinos marciais.


foi professada por gerações, gerações e mais gerações de europeus e por isso, até pelas mutações que sofreu ao europeizar-se, já faz parte da identidade europeia

Não faz não, porque continua a ser o que sempre foi:
- uma doutrina;
- internacionalista;
- de origem semita.

Qualquer uma destas três alíneas chega e sobra para deixar o Cristianismo fora de qualquer identidade europeia.


A forma ordinária e desrespeitosa, como você, o "tolerante",

Não é entre aspas, que eu tolero mesmo os outros.
De resto, a que forma ordinária se refere? Explique.

Mas, mesmo que eu me tivesse referido a uma religião de forma desrespeitosa, isso não fazia de mim um intolerante, dado que há uma diferença crucial entre respeitar doutrinas e respeitar pessoas. Posso atacar uma doutrina sem atacar as pessoas que a professam. Não perceber isto é querer acabar com a liberdade de expressão.


Caiu-lhe a mascarilha.

Isso queria você, fazer crer que a minha tolerância era falsa. É sempre nisso que você mais aposta. Está sempre com medo do contraste entre a tolerância geral dos pagãos e a intolerância cristã...


a propósito de mascarilha, será que vocês agora cultuam também o zorro e que o Z do zorro é na vossa interpretação distorcida da História,

Que criancice é essa? Quando alguém lhe diz que o seu Deus é um judeu que morreu, você fica nervoso. Porquê?


esquecia-me que o hábito das máscaras já vem do tempo em que se andavam a mascarar de bois, esquecendo-se que o respeito pela Natureza não implica o Homem humilhar-se ao nível de se confundir com animais irracionais,

Mais uma vez, a hierarquização cristã do mundo a fazer das suas, com uma estreita concepção da realidade. Não percebe sequer que não se trata aqui de rebaixar o homem ao nível dos animais, mas sim em captar a força vital e mágica de um determinado animal, o qual não é, como dizem os cristãos, uma besta vil perante os humanos, mas sim um ser da Natureza que pode ser um símbolo de alguma Divindade em concreto.
Porque, se fôssemos seguir a trilha das más comparações, então também se dizia que os cristãos eram vampiros e canibais, por beberem e comerem o corpo de Cristo...



(será que a génese dos anarquistas e dos hippies dos charros é pagã?

No Paganismo, há espaço para todo o tipo de pessoas. No Cristianismo é que não (excepto se os padres pedirem perdão depois de violarem os putos dos seminários, claro).


é que isso de "dar a outra face" é uma prova de altivez

Deixe-se de histórias. «Dar a outra face», não é, nunca foi, jamais seria, uma «prova de altivez». Pelo contrário: é, sempre foi, sempre será, uma prova do princípio absolutamente oposto - da humildade. É nesse contexto que Cristo manda dar a outra face. Seja honesto.


"O Judaísmo, em si, não é culpado, pelo menos directamente, da desgraça dos Ocidentais."

Ah não? Pra já, na sua perspectiva, só pode sê-lo, pois para si Cristo era judeu e prejudicou o Ocidente

Prejudicou o Ocidente na medida em que os lacaios de Cristo impuseram a sua religião em toda a Europa. Se o judeu Yeshua não tivesse andado a dizer que vinha para toda a humanidade, já o Cristianismo não tinha existido.
Por isso, não me estou a contradizer.

Mas nem vou por aí.

Sorte a sua...


O Judaísmo, ao ensinar que o judeu deve tratar os outros como escravos, é responsável nomeadamente pelo estado de semi-escravatura em que o povo alemão
vivia na sua própria terra até ao advento do nacional-socialismo.


Esta já foi um bocadito melhor, de facto. No entanto, porque é que o Judaísmo tinha tanto poder? Porque os Ocidentais, manietados pelo amor universal cristão, não souberam dar aos Judeus o tratamento apropriado. Olhe que nunca na Roma pagã os Judeus tiveram hipóteses para se portar assim. Nem na Roma pagã nem na Índia hindu.

Mais exemplos existem

Aguardo.



"O Cristianismo, pelo contrário, infiltrou-se no seio da Europa, injectando, lentamente, um veneno mortal, o do moralismo universalista."

Só é mortal se for mal interpretado,

Não. É mortal pela sua própria natureza. E vir tentar dourar - pratear, platinar, diamantizar, sei lá que mais... a pílula a dizer «olhem que dar a outra face é sinal de altivez...» só ajuda a que o veneno se entranhe ainda mais, porque a confusão que daí parte baralha os espíritos mais simples que não conseguem assim libertar-se de vez do Cristianismo.
Mas já basta de aldrabices.



"Aliás, o Cristianismo era universalista desde a raiz."

Sim, em certa medida. Mas repare, Cristo não era contra a vontade do seu Deus,

Mas «actualizava», isto é, contradizia, certas partes da Bíblia.
Por exemplo, está escrito no Antigo Testamento que é preciso «amar o próximo».
Ora o Antigo Testamento é uma obra judaica, escrita por judeus para judeus e, por conseguinte, tem de ser interpretado à luz da escritura que mais autoridade tem no seio do Judaísmo, que é o Talmude. E o Talmude diz que, neste caso, o «próximo» é o judeu - porque o próximo dum judeu é outro judeu, não é um estrangeiro.
Consequentemente, Jesus diz, no Novo Testamento, «Foi-vos dito para amarem o próximo. Eu, porém, vos digo: amai todos como se fossem vossos irmãos e irmãs. Pois se amardes apenas os teus parentes, que recompensa mereceis? Os maus também amam os seus parentes.»
Este «porém» diz tudo: o Judaísmo tradicional era nacionalista e mandava amar apenas os Judeus, porém Jesus vem dizer que é preciso amar toda a gente por igual («como a si mesmo») sem distinção.
É neste contexto que Jesus manda amar até mesmo os seus inimigos.


Curiosamente, o episódio da torre de Babel é visto, não como uma bênção, ou, pelo menos, como um facto simples, mas sim como uma maldição. Deus divide os homens para os castigar pela sua ousadia, mas não os proíbe de se juntarem.


Quanto à sua alegação de que Jesus até parecia incitar a que os Judeus obedecessem ao ocupante romano, isso não é bem assim. O que Jesus quis dizer com o "dai a César o que é de César", entre outras interpretações, significa logo de caras, algo que Ele repete por outras palavras mais tarde: o Meu Reino é do Céu, não é da Terra, é uma coisa espiritual, logo distinta das coisas terrenas. As coisas terrenas são as coisas terrenas, as coisas espirituais são as coisas espirituais.

Correcto. E, na terra, é preciso manter a ordem, dando a César o que é de César, aceitando a autoridade imposta. Tanto que Jesus até diz a Pilatos «Só tens poder porque Deus quer.»


"Era assim um Francisco Louçã da altura, mas apenas no campo espiritual..."

Essa do plano espiritual faz TODA a diferença

Não faz não, porque Jesus manda ACTUAR NESTE MUNDO com base nessa sua espiritualidade internacionalista. Manda dar a outra face e não resistir ao mau, e até a dar ao ladrão aquilo que este quiser levar.

Os seus amigos pagãos que fumam charros até cair para o chão em determinados festivais que se realizam na Grã-Bretanha é que são verdadeiros Louçãs

Não desvie a conversa, caro anónimo...;) É que esses «meus amigos» não fazem isso em nome de uma doutrina revelada por algum Deus à qual eu tenha de obedecer. Em contrapartida, os seus amigos cristãos da Igreja Católica andam a apoiar a iminvasão pela Europa adentro. E um dos seus papas até declarou que, espiritualmente, os católicos são todos semitas.


Pois é Caturo, vocês têm no vosso seio grandes promotores do multiculturalismo (até institucionais, como a OBOD)

Só que eu não sou da O.B.O.D. nem tenho qualquer «papa» acima de mim.
Você, em contrapartida, pertence à Igreja Católica porque é católico e deve obediência ao papa.
É que nem tente pôr as coisas ao mesmo nível.



Sim, Caturo, porque como sabe os pagãos nacionalistas também são uma minoria dentro do universo pagão

A diferença é que nada no Paganismo obriga a ser universalista e pacifista, ao contrário do que sucede com o Cristianismo. Não há volta a dar-lhe: as religiões pagãs são eminentemente nacionais, o Cristianismo é, além de internacional, activamente internacionalista.

O universal também vos está na génese,

Você continua a confundir «universal» com «universalista». O universal é aquilo que exprime o que se passa no Universo – uma teoria sobre a criação do Cosmos, por exemplo, é universal. Pode também dizer-se que o universal está teoricamente ao alcance de todos – um Deus universal pode ser adorado por toda a gente.
O universalista é um militante pela universalização de algo – assim, o universalista quer por força impingir em toda a parte um modelo único.
Assim, os Paganismos podem ser universais – mas o Cristianismo, além de ser universal, é também universalista, tal como o Islão, porque crê haver apenas um Deus admissível, que deve ser adorado por toda a gente sem distinção de raças ou classes.
Ora o universalismo religioso não existia no mundo antigo antes do surgimento do Cristianismo.


"Entre um
- clero nacionalista, defensor da Religião Nacional,
e um
- não-alinhado amante da humanidade que manda amar o inimigo e renunciar à própria família se preciso for,
com quem é que um nacionalista se identifica?"

Muita retórica e pouco acerto nessa pergunta

Vê-se que se sentiu atingido.


Cristo manda renunciar ao clima de violência gratuita que grassava entre o seu povo e é nesse contexto que são proferidas as afirmações
Não, não é «manda renunciar ao clima de violência gratuita» coisíssima nenhuma. É renunciar à violência, pura e simplesmente.
Também os pacifistas de esquerda podem dizer que se opõem ao clima de violência gratuita desta época… e a sua receita para o problema é o desarmamento a qualquer custo, unilateral se preciso for. Confiam em como os Ocidentais é que são os maus da fita e, se se desarmarem, os inimigos do Ocidente resolvem de imediato cessar todo o conflito ou então passam a poder impor aos Ocidentais as suas regras, mas, pelo menos, ninguém se magoa… é exactamente, mas exactamente esta segunda alternativa aquela que JC manda adoptar: não resistir ao mau, se este quiser roubar-lhe o manto, o melhor é dar-lho e pronto. É isto, e apenas isto, nada mais do que isto, que está na origem da mentalidade pacifista de esquerda.


Como se explica que uma pessoa que mandasse amar os inimigos e não
respeitasse a família expulsasse os vendilhões do Templo à CHICOTADA


Já ouvi incontáveis vezes esse exemplo falsificador da realidade e rebato com a mesma resposta: ele, JC, pode fazer isso porque se considera Deus ou filho de Deus e acha que deve zelar pelo respeito do que é seu (o templo). Mas não aceita que o seu rebanho humano levante um só dedo para se defender ou para defender as suas posses terrenas. Aliás, quando os soldados o vão buscar ao monte das Oliveiras e dois apóstolos tentam reagir pela força, JC diz «Não, nada façam, porque quem vive pela espada, pela espada morre.»


"Incoerente seria pretender o contrário, só porque, historicamente, a religião universalista se mascarou de nacional."

Não mascarou,

Mascarou-se sim. Quando aparecem os arautos de JC a dizer que o Cristianismo é a religião da nação e da família, estão empenhados numa autêntica mascarada, desautorizada pelas próprias escrituras sagradas da sua religião. Mas é tal coisa, tal carnaval serve o objectivo: convencer o indivíduo de que o Cristianismo é A religião, a única possível, a «religião natural», um dado adquirido, e que toda a gente é cristã à partida «porque é duma família cristã e é baptizada» e acabou a conversa.
Até já ouvi dizer que todo o ocidental é cristão mesmo que não queira… a desonestidade da beatagem não conhece limites.


Naquilo que foi um acto de tolerância, o Cristianismo abriu-se a muitas das tradições pagãs

Não, não foi tolerância, nem de perto nem sequer de longe. Tolerância era nunca terem proibido os cultos pagãos. Isso é que era tolerância.
Não foi pois um acto de tolerância, ao contrário do que você pretende fazer crer – foi, isso sim, uma acção de usurpação. Agarrar numa tradição (o Natal, por exemplo), proibir as suas referências pagãs originais e fazer dela uma celebração cristã, a isso chama-se pura e simplesmente roubo – furto com violência, e mais, assassinato.

absorvido, daí termos hoje festividades/romarias cristãs como parte da nossa
cultura e, desde logo, identidade


Não. As acções em si, são originalmente parte da nossa identidade, porque as herdamos como parte da nossa cultura ao nascer. Mas a carga ideológica que os cristãos lhe quiseram colar, isso não é parte de identidade alguma. Isso seria como se os comunistas, em chegando ao poder, agarrassem nos festejos do Carnaval e os interpretassem duma maneira política (subversão contra o poder instituído, por exemplo), influenciando mais ou menos a forma da celebração carnavalesca (colocando a foice-e-martelo em todos os carros alegóricos, ou obrigando a que houvesse sempre um cabeçudo a representar Karl Marx, por exemplo). Depois, aparecia um gajo como você a dizer que «o Comunismo já faz parte da identidade nacional!». É tal e qual, sem tirar nem pôr.


Aliás, o Cristianismo ocidental é tão nacional quanto o facto de, devido à mistura com elementos pagãos, ser diferente do copta e de muitas outras vertentes cristãs,

A isso não se chama «nacional», que tal coisa seria incompatível com o Cristianismo, como já demonstrei. A isso chama-se «local», que é coisa bem diferente. «Local», apenas, e nunca «nacional», porque nunca tem um cariz autenticamente nacional do ponto de vista religioso.
Já agora, convém lembrar que a comunagem aprendeu essa liçãozita cristã… por isso é que, em certos locais, defende ferozmente as «tradições locais», daí que o PCP, assentado no Alentejo, tenha andado a lutar pela realização das touradas de morte em Barrancos.


tendo os deuses locais passado a ser cultuados sob a forma de santos padroeiros

Ou seja, os Deuses Nacionais foram despromovidos à condição de simples lacaios do Deus semita universalista…
Mas não. O caso foi pior ainda: os Deuses Nacionais foram na verdade destronados e substituídos nas Suas funções por funcionários aí colocados pelo Invasor: os santos.
Os santos populares são pois pequenos régulos colocados em certas povoações para que as populações continuem com a sua vidinha. Os santos populares não passam por isso de sucedâneos.


E vá lá o Caturo às aldeias deste país dizer o contrário que o povo já absorveu esta religião de tal maneira e pratica-a com tal fervor que iriam corrê-lo à pedrada pelos penedos abaixo

Tudo a seu tempo. Com os idosos, não será possível fazer isso, mas com as novas gerações, a conversa poderá ser outra.
Não creio ser necessário proceder a proibições, a intimidações e a destruições como os cristãos fizeram no início da Idade Média com o intuito de aniquilar o culto dos Deuses entre o povo dos campos.


desconhece o País real e a sua espiritualidade

E você dá como favas contadas aquilo que, no fundo, sabe que pode ser alterado.


Não esquecer o conde Juliano, católico que se pôs ao lado dos Mouros na invasão da Ibéria. Não esquecer também o bispo Oppas, colaboracionista da invasão mourisca."

Meia dúzia de andorinhas não fazem uma Primavera, porque traidores sempre os
ouve em todo o lado


E não se poderá dizer o mesmo dos Judeus? Sabe porventura que houve revoltas judaicas durante o domínio mourisco da Ibéria?

Maior traição étnica fizeram nesse tempo os pagãos vikings, que atacavam mais os seus irmãos de sangue da Galiza do atacavam os mouros,

Argumento por demais infantil. Dizer isso é não perceber sequer que é muito mais fácil atacar uma zona do ocidente atlântico europeu do que ir dar combate aos Mouros bastante mais a sul… combate esse que, aliás, até teve lugar, dado que houve confrontos de navios vikings com embarcações árabes no Mediterrâneo.


enfraquecendo assim a força europeia no esforço de reconquista.

Não me parece que as forças cristãs da Europa (e não «a força europeia») estivessem demasiado preocupadas com esse enfraquecer causado pela divisão dos esforços bélicos. É que, se estivessem, não tinham ido conquistar e oprimir os pagãos do Báltico, no século XIV, em vez disso teriam canalizado as tropas todas para o combate contra o Império Otomano.


"Esquece que Marx e Trotsky eram ateus (e que Marx também passou pelo Cristianismo, e que disse que a sua ética marxista se baseava no Cristianismo.)"


Não eram ateus, eram judeus

Não, anónimo, Marx deixara de ser judeu. Era já ateu. Mas, antes de ser ateu, passara pelo Cristianismo. Portanto, bem vistas coisas, era ainda menos judeu do que o seu Jesus Cristo. Já tinha reparado nisso?


Você está, uma vez mais a contradizer-se, pois é você próprio que afirma que o Judaísmo é uma religião étnica

Mais uma vez, você falha redondamente ao querer fazer crer que me contradigo. O Judaísmo é uma religião étnica sim, mas isso não significa que todo o judeu esteja ao serviço do Judaísmo, como é absolutamente óbvio, dado que os judeus ateus rompem com a sua própria tradição religiosa.


E depois, quem promove a Globalização económica e tudo o que é anti-nações?

Das quatro forças globalizadoras do planeta – Cristianismo, Islão, Esquerda e Capitalismo – nenhuma delas é formalmente judaica: as duas primeiras originaram-se ou beberam no Judaísmo, mas distinguem-se do Judaísmo precisamente porque o Judaísmo é nacional e o Cristianismo e o Islão são universalistas.
Quanto ao capitalismo, crê porventura que todo o capitalismo é controlado pelos Judeus?

Quem é que nutre um ódio profundo aos nacionalismos europeus?

Todos os universalistas do mundo.



Não são os judeus?

Se fossem só os Judeus, o Nacionalismo estava no poder há muito tempo.



Além disso, a partir do momento em que admite a sua parcialidade...

Tal como você. Correcto?


Sobre se a afirmação do pagão citado é dele ou do próprio Odinismo,

A afirmação é dele, não do Odinismo. O Odinismo não tem uma posição universalista.


Basta ver a transcrição que eu fiz para a coisa ser evidente

É evidente, mas você não viu.


Já o citei a ele e à sua fonte, que afirma claramente que, para o Odinismo, todos os homens descendem do mesmo, logo há ali uma forte tendência universalista,

Não. Quando muito, universal. De resto, dizer isso é o mesmo que dizer que o Judaísmo também é universalista, porque também diz que toda a humanidade deriva dum só casal. Portanto, lá ficava você sem a figura do Judeu-racista-inimigo-dos-outros-povos-todos. Figura essa que, diga-se, era já afirmada por Tácito, há mais de dois mil anos.


pelo que não se trata de uma religião menos incompatível com o Nacionalismo do que o Cristianismo.

Errado, como ficou demonstrado – o Cristianismo é universalista, o que contradiz frontalmente todo e qualquer Nacionalismo. Aliás, é mesmo aí que está a própria raiz da cisão entre JC e os Judeus – estes queriam um messias nacional e Jesus queria tão somente ser universal. Por conseguinte, o Cristianismo é não só universalista, como até nasce contra o próprio princípio do Nacionalismo.

"Pois. Agora falta a parte em que Heimdall, com o nome de Rig, dá origem a
três classes sociais diferenciadas pela cor:"

Está a fugir com o rabo à seringa

Não, você é que não gostou desta contra-seringada e quer manter-se no registo da falsificação da tradição. Mas tem azar.


Realmente perante a afirmação de que todos os homens descendem do mesmo não há contra-argumentos possíveis

Há sim e já foram expostos – mas você faz de contas que não tem já o rabo completamente esburacado pelas seringas.


que lhe permitam negar o carácter universalista do Odinismo em particular e do
Paganismo de um modo geral.


E esta tentativa de passagem do Odinismo ao Paganismo todo, é feita do mais puro desespero…


"o mais elevado, Jarl, é branco e loiro, o camponês livre, Karl, é ruivo, e
o escravo, Thraell, é de pele escura."

Como sabe essa interpretação não é pacífica dentro do próprio Paganismo,

Nem a interpretação universal de Ask e Embla é pacífica dentro do próprio Odinismo.

Agora o que é pacífico é que Jesus disse para amar a toda a gente como a si mesmo e a lutar contra os próprios parentes em nome de JC, se preciso fosse – ou seja, luta em nome do amor universal contra o amor à estirpe. Aqui é que não há mesmo dúvida nenhuma.


pois há quem diga que essas cores dizem respeito às três funções (Dumèzil) e não a grupos étnicos distintos, até porque em lado nenhum se diz que os vikings mais nobres eram mais louros
Basta que nas línguas nórdicas a palavra «Jarl» se aplique formalmente aos nobres. E «thraell» aos escravos.

E atenção a que tipo de Deus era Heimdall.

Ao que se refere?


Mas, já agora, sabe que na Bíblia também se fala de uma coisa assim, não sabe? Várias personagens que dão origem a várias raças... Que aliás é (a meu ver mal) aproveitada pelos nacionalistas cristãos do Ku Klux Klan para legitimarem a escravatura dos negros.

Pois… só que essa é a parte judaica da Bíblia… «racista» e nacionalista. Porque, de facto, o Judaísmo é uma religião nacionalista. O Cristianismo é que é o oposto.


“De resto, o mito de Ask e Embla aplica-se à cosmogonia de um povo que só pensava em si próprio quando falava em «Humanidade»"

Logo o Odinismo não é mais compatível com a existência de diferentes nações do que o Cristianismo.

Errado, porque o Odinismo nunca fala num princípio moral obrigatoriamente acima das nações. O Cristianismo é que fala nisso. O Cristianismo fala até na necessidade de lutar contra o próprio sangue se for preciso.

No Odinismo, pelo contrário, toda a gente é fiel ao seu sangue pelo lado do pai (é aí que está, na tradição indo-europeia da época, a definição da estirpe).


“não esquecer que Adão e Eva também são considerados os antepassados de toda a humanidade e não é por isso que o Judaísmo deixa de ser fortemente nacionalista e exclusivista."

Exactamente, por isso mesmo o facto de os cristãos afirmarem que toda a Humanidade descende dos mesmos não faz com que o Cristianismo seja incompatível com o Nacionalismo.

Faz, faz, porque o Cristianismo interpreta isso duma maneira moralista. Tanto assim é que um dos papas condenou formalmente a doutrina racial do Nacional-Socialismo, precisamente porque, na opinião dos cristãos, o género humano é todo igual.



"(Aliás, a parecença dos nomes destes dois mitos, os dos homens começados por A, os das mulheres começados por E, faz pensar num empréstimo cristão por parte de quem pôs por escrito o mito nórdico)."

Faz pensar quem?

Os estudiosos dos Eddas.


E provas?

É por não existirem provas concretas que eu disse «faz pensar» e não «garante que».


"Por conseguinte, o seu argumento não serve."

Pelo que eu já demonstrei

Quis demonstrar mas não conseguiu.


"Em termos de doutrina de massas, foi sem dúvida com o Cristianismo que o venenoso universalismo entrou na Europa, com a ideia de que havia um só Deus,"

Discordo. Os seus amigos romanos, com o culto do Imperador (esse sim, imposto)

Esse sim, imposto? Quer porventura dar a entender que o Cristianismo não foi imposto?


é que começaram a dar essas ideias

Coitados dos cristãos, foram umas vítimas das influências romanas… é como os Americanos, que dão ideias aos terroristas muçulmanos para porem bombas e tal…

Mas não, os Romanos não «deram ideias» dessas a ninguém. O culto imperial era uma espécie de juramento de bandeira, mas nunca foi imposto como religião única em lado nenhum. Por isso, a sua comparação não tem cabimento.
Mais: os Romanos nem sequer obrigavam os Judeus a prestar culto imperial. Porquê? Porque os Judeus ficavam fechados na sua tradição e não chateavam, apesar de serem geralmente hostis e conflituosos. O Judaísmo não tolera outros Deuses, mas fica-se dentro do seu povo. Proíbe os Judeus de adorarem outros Deuses, mas não tenta impor ao resto do mundo a destruição dos Deuses estrangeiros.
Os cristãos, por seu turno, herdando o exclusivismo religioso judaico, quiseram entretanto impô-lo a toda a humanidade.

Ou seja: exclusivismo religioso judaico somado a universalismo, dá origem a imperialismo universalista, com todos os rios de sangue e opressão milenar que daí brotaram. Foi por isso que os cristãos introduziram no Ocidente algo de absolutamente desconhecido entre os povos ocidentais: a guerra provocada pela intolerância religiosa.


Além disso, os próprios druidas acreditavam que havia uma só divindade

É apenas uma especulação, a qual tem caído por toda a parte. Academicamente, já ninguém acredita na teoria do monoteísmo druídico.

De qualquer modo, havia o culto de vários Deuses célticos e nunca se supôs sequer que houvesse um só druida a querer destruir qualquer altar que fosse.


Isto para não falarmos do helenismo, que universalizou as elites

Universalizou, mas não impôs, nem uma religião, nem sequer uma filosofia em toda a parte.


" Leia um dos seus doutores da Igreja, Justino: nós que antes matávamos e nos odiávamos e não compartilharíamos nosso lugar com pessoas de outra tribo devido a seus [diferentes] costumes, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos juntos com eles."

Sim, e depois?

E depois, quem lê isso é capaz de duvidar, de repente, se isso foi escrito por um sujeito de há mil e tal anos ou se foi dito por um militante do BE que seja católico.


Antes de Cristo vivia-se sempre à chapada com o vizinho. Depois de Cristo passou a haver mais compreensão.

Completa e inequivocamente falso. Não tem ponta por onde se lhe pegue, tal afirmação. As guerras continuaram tal e qual como antes, mas tal e qual, com uma diferença de monta: surgiu mais um motivo para fazer a guerra, mas em larga escala: a imposição da fé ao alienígena na própria terra do alienígena.


"O «Deus universal, comum a todos» só surge tardiamente. Para os Romanos, é Júpiter, para os Gregos, é Zeus, para os nórdicos, é Odin, para os Persas é Ahura-Mazda, para os Judeus é Javé, etc.. Não há volta a dar-lhe. Isto é ciência."

Isso não pode ser afirmado assim. Antropologicamente tem muito mais lógica que
um povo onde todos os clãs têm uma origem comum venere um deus comum


Mas não se tem conhecimento de alguma vez ter havido um povo comum a adorar um só Deus. Não se conhece portanto qualquer Deus comum, à partida, a toda a humanidade.

"Não, o Cristianismo é uma doutrina universal e alienígena."

Não menos universal do que o Odinismo,

Bem mais universal do que o Odinismo – e, para além de universal, é também universalista.

E tem a certeza de que o Odinismo não é alienígena na Europa,

É tão alienígena como nós, porque é da mesma estirpe indo-europeia que nós, embora doutro ramo.
Porque o Odinismo, sendo germânico, é indo-europeu, como nós também somos indo-europeus, por sermos latinos (com sangue céltico, também indo-europeu).
O Cristianismo, pelo contrário, é de origem semita. Logo, é alienígena aos Indo-Europeus. E aos Europeus também, evidentemente.


"A Identidade é herdada à nascença, tal como os Deuses Nacionais."

Isso não é a Identidade,

Isso é que é a Identidade – algo que nasce com a pessoa, que não é susceptível de ser escolhido, que faz parte da herança do indivíduo pelo simples facto de ter nascido no seio de determinado grupo humano. Só isso é identidade. O resto é civilização, cultura, enfim.


o Cristianismo (não sendo de resto uma religião étnica, embora, até por ser meramente espiritual,

Por conseguinte, não pode fazer parte da identidade de povo algum. É uma questão de coerência.

30 de agosto de 2006 às 20:09:00 WEST  

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