terça-feira, agosto 22, 2006

EXEMPLAR LEALDADE AO SANGUE

20 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Essa lenda é uma estupidez. Para o Cristianismo todos aqueles que nunca tenham ouvido falar em Deus e morram nesse desconhecimento não vão parar ao Inferno, poderão até salvar-se se tiverem sido pessoas justas, honestas e honradas. Logo os antepassados do senhor da história aqui contada não estariam necessariamente no inferno :p

23 de agosto de 2006 às 01:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"...Logo os antepassados do senhor da história aqui contada não estariam necessariamente no inferno :p "

Era preciso que nos interessasse se nós indo-europeus e neopagãos (mesmo aqueles que durante gerações estiveram ligados ao catolicismo, que de resto é constituido por todo o tipo de tradições e ritos pagãos) vamos para o inferno ou para o céu, que são invenções de doentes mentais semitas!
Até onde chega a chantagem psicológica da escória semita! Até a morte serve para embuste e manipulação!

23 de agosto de 2006 às 02:59:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não fuja ao assunto: o que eu destaquei foi que a história está mal contada porque à luz do Cristianismo as coisas não se passam bem assim, vocês é que tentam destacar uma suposta intolerância cristã, quando vós próprios também tendes as mãos sujas de sangue. Se vos interessa ou não, não sei, escusam é de ser mentirosos. Aliás, a forma como o Caturo se exalta e se demonstra pouco educado ao responder e até mesmo pouco tolerante (trai-se ao recorrer a vários insultos que lhe saem da boca em chorrilho), mostra bem que o ferro foi certeiro no seu lombo.

23 de agosto de 2006 às 06:01:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Olhe caro pagão, e a morte para vocês serve de quê? Não há "chantagem"? Não dizem as vossas leis da transmigração da alma que existe também uma recompensa para os justos? Pelos vistos a escória pagã também é chantagista. E, no seu caso, mentalmente limitada e cega.

23 de agosto de 2006 às 06:04:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

não se ofendam meus meninos, que o assunto é muito sério, além disso ja basta o pecador MM e o pecador Vasquito, para enegrecer este mundo.HM

23 de agosto de 2006 às 09:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A HM deve ter uma panca com o MM e o Vasco pois fala neles em todos os posts.
Isso é que é paixão.

Visigodo

23 de agosto de 2006 às 12:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A HM não sabe corno sobre as hostes nacionalistas, mas como há por aqui quem fale muito do MM e do Vasco, ela agarra-se a isso para dar a entender que percebe muito do assunto.

23 de agosto de 2006 às 12:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Deixemos isso. Vamos então às coisas sérias:

Não fuja ao assunto: o que eu destaquei foi que a história está mal contada porque à luz do Cristianismo as coisas não se passam bem assim,

Destacou mal. De facto, pensava-se, na altura, que todos os pagãos estavam no Inferno. Mais tarde, os sabichões da Igreja, tentando justificar o seu vampirismo relativamente às fontes clássicas, tiveram a ideia de dizer que os pagãos virtuosos anteriores a Cristo, não estavam bem no inferno, mas também não estavam no Céu - iam, isso sim, para o limbo, uma zona assim a modos que entre o céu e o inferno, sem sofrimentos, em suma, uma sala de estar escapatória, com gente inteligente, mas sem bem-aventurança divina... mesmo a jeito para ir lá buscar sacar ideias filosóficas e depois pô-las ao serviço do Judeu Crucificado.

23 de agosto de 2006 às 12:45:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Por conseguinte, a história é perfeitamente verosímil.

Aliás, ou muito me engano, ou a fonte do seu conhecimento é cristã.

23 de agosto de 2006 às 12:57:00 WEST  
Blogger Caturo said...

vocês é que tentam destacar uma suposta intolerância cristã,

Não é «tentam» nem é «suposta» - é demonstrada, sem apelo nem agravo.



quando vós próprios também tendes as mãos sujas de sangue

Por intolerância religiosa não temos de certeza.



Se vos interessa ou não, não sei, escusam é de ser mentirosos.

Quem é que mentiu?
Fica intimado a demonstrá-lo sob pena de ficar dado como mentiroso impotente.



Aliás, a forma como o Caturo se exalta e se demonstra pouco educado ao responder

Aponte um só exemplo de que eu me tenha exaltado e sido pouco educado a responder, ou então agrava-se o seu estatuto de mentiroso.


e até mesmo pouco tolerante

Isso queria você, para me puxar para o seu nível. Mas engana-se, porque intolerantes, de facto, são os beatos.

23 de agosto de 2006 às 13:01:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Olhe caro pagão, e a morte para vocês serve de quê? Não há "chantagem"? Não dizem as vossas leis da transmigração da alma que existe também uma recompensa para os justos? Pelos vistos a escória pagã também é chantagista

Não percebeu a diferença entre

crer num mundo superior além da morte

e

usar essa crença para aterrorizar as pessoas, levando-as a submeterem-se a autoridades espirituais na terra.

O segundo caso tem sido amplamente usado pelos cristãos ao longo dos séculos.

Em tempos pagãos, pelo contrário, não se conhecem exemplos de sacerdotes a dizerem «Ou abandonas os teus antigos caminhos, ou vais para o inferno!»

23 de agosto de 2006 às 13:05:00 WEST  
Blogger João said...

Esse problema pôs-se com particular intensidade no século XVI, quando os europeus chegaram às Américas. Existia uma corrente maioritária que defendia a "integração" dos índios das gerações anteriores no Inferno, devido ao desconhecimento da palavra cristã. Uma minoria defendia que os mesmos poderiam ser candidatos à salvação se tivessem vivido e acordo com uma espécie de lei natural que lhes seria inerente. A História dos Infernos, de Georges Minois refere esse episódio. Mas logo no século II existiram polémicas acerca disso. Alguns pensadores cristãos viram em Sócrates e Platão "cristãos antes de Cristo", havendo quem chamasse a Platão "Moisés da Ática".

23 de agosto de 2006 às 15:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os pagãos também converteram cristãos pela força em Roma, sítio onde aliás têm as mãos sujas de sangue cristão. Também os vikings pagãos o poderão ter tido, pois há autores que consideram os raids vikings como ofensivas contra os cristãos. Quanto à questão da "mentira", pensei que o Caturo era o anónimo que respondeu todo exaltado e usando palavras insultuosas como "escória semita", demonstrando com esse arrazoado intempestivo uma tremenda falta de tolerância. Aliás, eu não sou semita, se o autor desse comentário considera todos os cristãos semitas, então tem sérios problemas na sua árvore genealógica. Mas se o comentário não era do Caturo, então peço-lhe desculpa. O problema, caros pagãos, é que quando uma religião passa a ser religião de Estado acaba necessariamente por ser intolerante para com as outras, seja paganismo, cristianismo ou judaismo, etc., pois o Estado defende-se sempre do que considera serem ameaças que coloquem em causa o status quo vigente. Quanto à história do limbo, Caturo, o exemplo dos monges da Irlanda mostra-nos o contrário. Nunca se afirmou, nas biografias feitas, que os virtuosos do passado estariam no Inferno. E é incrível como pessoas que raciocinam com certa lógica noutros pontos acreditam que meia dúzia de monges converteram pela força e pela intolerância populações inteiras como as tribos da Escócia e da Irlanda. O que se passou foi que o pessoal estava farto de ver os filhos queimados em sacrifícios a Bal e não me venham dizer que isso é história inventada pelos cristãos, porque os próprios romanos pagãos falam desses sacrifícios de crianças, feitos ao mesmo deus, em Cartago. Aliás, um à-parte que talvez o Caturo queira debater sem se esquecer do resto, a existência de um deus comum ao ponto de ser altamente cultuado entre povos tão distintos como os cartagineses e os celtas parece-me um mistério difícil de resolver. Há quem diga que esse culto foi introduzido na Europa pelos mercenários celtas ao serviço de Cartago, mas essa teoria parece-me altamente forçada, pois a referida divindade tinha demasiada importância e o seu culto estava demasiado enraizado no mundo celta para ter tido a sua origem numa mera importação feita por mercenários.

24 de agosto de 2006 às 11:20:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Os pagãos também converteram cristãos pela força em Roma,

Os pagãos não convertiam ninguém pela força. Simplesmente, exigiam que os cidadãos fizessem certos juramentos, que os cristãos recusavam. Ora, se recusavam, bem podiam ter-se ido embora de Roma que não faziam lá falta nenhuma.

Mas não se foram embora.

Porquê?

Porque queriam acabar com a tradição religiosa romana, substituindo-a pelo Cristianismo, para que o Império Romano passasse a ser uma plataforma de expansão cristã.

E alcançaram este objectivo porque os pagãos romanos foram demasiado tolerantes.

No Japão, em contrapartida, não brincaram os cristãos, porque as autoridades trataram do assunto a tempo.

24 de agosto de 2006 às 15:44:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Também os vikings pagãos o poderão ter tido, pois há autores que consideram os raids vikings como ofensivas contra os cristãos.

É uma teoria não comprovada, tanto quanto sei.
Mas, a revelar-se correcta, significaria tão somente que os pagãos nórdicos perceberam o perigo que o Cristianismo representava. Como é sabido, foram os cristãos que foram mover guerra contra os pagãos germânicos, como é disso exemplo a luta de conversão e chacina que Carlos Magno levou a cabo contra os Saxões leais aos seus Deuses ancestrais.



Aliás, eu não sou semita, se o autor desse comentário considera todos os cristãos semitas,

Espiritualmente semita sim. Aliás, foi um papa quem o disse: «espiritualmente, somos (cristãos) todos semitas».

Aliás, o que é preciso para se ser judeu? Converter-se ao Judaísmo. Só isso.



quando uma religião passa a ser religião de Estado acaba necessariamente por ser intolerante para com as outras,

Não é verdade. A Religião Nacional romana, ou seja, o paganismo latino, foi sempre tolerante para com as outras religiões. O Xintoísmo japonês também, tal como o Hinduísmo, etc..


seja paganismo, cristianismo ou judaismo, etc., pois o Estado defende-se sempre do que considera serem ameaças que coloquem em causa o status quo vigente

Mas nem todas as religiões são ameaças. No Japão, por exemplo, o Budismo pôde estabelecer-se e coexistir pacificamente com o paganismo nacional japonês, o Xintoísmo.

E porquê?

Porque o Budismo, ao contrário do Cristianismo, não foi para o Japão com o intuito de se impor em exclusivo, eliminando as outras crenças.



Nunca se afirmou, nas biografias feitas, que os virtuosos do passado estariam no Inferno.

Até o Turno já lhe falou disso...



E é incrível como pessoas que raciocinam com certa lógica noutros pontos acreditam que meia dúzia de monges converteram pela força e pela intolerância populações inteiras como as tribos da Escócia e da Irlanda

Foi também pela manha e pela ligação astuta a poderes políticos locais, os quais se quereriam ver livres do poder da classe sacerdotal, a dos Druidas.
Isto para além dos disfarces bárbaros que o Cristianismo assumiu, não se revelando como doutrina semita invasora e fingindo estar ao lado do povo, auxiliando os pobres, etc..

É exactamente o que fazem actualmente na Índia. Razão tinha o pagão imperador Juliano ao dizer que era preciso não deixar aos cristãos o monopólio do auxílio aos mais necessitados.



O que se passou foi que o pessoal estava farto de ver os filhos queimados em sacrifícios a Bal e não me venham dizer que isso é história inventada pelos cristãos, porque os próprios romanos pagãos falam desses sacrifícios de crianças, feitos ao mesmo deus, em Cartago.

Não confunda as coisas. Bal é dos Semitas, não é dos Celtas. E não havia sacrifícios humanos na Romanidade; e, mesmo entre os Celtas, era raro (há mesmo quem negue que tal coisa tenha existido nas tradições religiosas célticas).



a existência de um deus comum ao ponto de ser altamente cultuado entre povos tão distintos como os cartagineses e os celtas parece-me um mistério difícil de resolver

Não, essa tese não é cientificamente aceite. Tanto quanto se sabe, não há culto de Divindades semitas no Ocidente Céltico.

24 de agosto de 2006 às 15:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caro Caturo:

"Os pagãos não convertiam ninguém pela força. Simplesmente, exigiam que os cidadãos fizessem certos juramentos, que os cristãos recusavam."

E se recusassem deixar de ser cristãos eram mandados às feras sem uma única arma para se defenderem. Se isto não é coacção dissimulada, é o quê? Morreu gente devido à sua religião em Roma, logo o Paganismo romano tem as mãos sujas de sangue. Claro como a água.


"Porque queriam acabar com a tradição religiosa romana, substituindo-a pelo Cristianismo, para que o Império Romano passasse a ser uma plataforma de expansão cristã."

Na minha perspectiva e de muitos outros, uma certa elite romana é que se quis aproveitar do Cristianismo como religião capaz de manter a unidade do Império (está a ver as vantagens da unidade religiosa?) que o culto do Imperador, por se tratar de uma pessoa viva e humana, nunca conseguiu. Você tem a opinião da teoria da conspiração, que respeito mas não está provada. Logo, o seu argumento da legítima defesa, cai desde já por terra, a menos que se acredite nessa tal teoria da conspiração.


"E alcançaram este objectivo porque os pagãos romanos foram demasiado tolerantes."

Sim, não os mandavam aos leões, aquilo eram gatinhos que lá estavam. Por favor, Caturo!


"No Japão, em contrapartida, não brincaram os cristãos, porque as autoridades trataram do assunto a tempo."

Lá está, não precisaram do Cristianismo como forma de tentarem manter a unidade de um vasto império, como fizeram os romanos.


"É uma teoria não comprovada, tanto quanto sei."

Decerto, daí eu ter usado a palavra "poderão". Francamente acho esta teoria um pouco forçada, daí eu ter usado esta palavra, mas está muito em voga em certos círculos pagãos alemães e pagãos e satânicos noruegueses.


"Mas, a revelar-se correcta, significaria tão somente que os pagãos nórdicos perceberam o perigo que o Cristianismo representava."

E vai daí resolvem atacá-los sem terem sido primeiro atacados... logo têm as mãos tintas de sangue.


"Como é sabido, foram os cristãos que foram mover guerra contra os pagãos germânicos,"

Os pagãos germânicos é que atacaram o império romano vezes sem conta quando este já era cristão e até mesmo antes disso.
Logo, toca a combatê-los ou convertê-los para haver mais unidade espiritual e deixarem de constituir mais uma ameaça. É a tal legítima defesa.


"é disso exemplo a luta de conversão e chacina que Carlos Magno levou a cabo contra os Saxões leais aos seus Deuses ancestrais."

Pois, já romanizado, atacou-os antes que o atacassem a ele. É como lhe digo, se quiser discutir quem começou eu digo-lhe que foram os germânicos quando o Império se converteu ao Cristianismo, mas também lhe dou a abébia de dizer que todas as religiões têm as mãos tintas de sangue (excepto ALGUNS dos casos Orientais que você cita, ok). E já agora, a sua Roma Eterna só é eterna por causa do Cristianismo, senão já teria perdido a sua importância capital.


"Espiritualmente semita sim. Aliás, foi um papa quem o disse: «espiritualmente, somos (cristãos) todos semitas»"

Não creio que você ou o seu amigo mal educado tenham usado essa palavra no sentido espiritual, como resulta evidente da leitura do comentário em questão. Espiritualmente semita? Talvez. Mas também pagão, pois o Cristianismo Ocidental é um misto de espiritualidade semita e pagã.


"Aliás, o que é preciso para se ser judeu? Converter-se ao Judaísmo. Só isso."

Erradíssimo, Caturo. Ao Cristianismo sim, ao Islamismo também, mas para se ser judeu é preciso ser-se filho de mãe judia. Apenas um reduzido número de dissidentes mais liberais aceita conversões por mero desejo. Para 90% ou mais dos judeus e para o mainstream do Judaísmo só é judeu quem é filho de uma judia.


"Não é verdade. A Religião Nacional romana, ou seja, o paganismo latino, foi sempre tolerante para com as outras religiões."

Os cristãos que foram dados como alimento às feras que o digam.


"Mas nem todas as religiões são ameaças. No Japão, por exemplo, o Budismo pôde estabelecer-se e coexistir pacificamente com o paganismo nacional japonês, o Xintoísmo."

Aí o caso é outro, pois o Budismo roubou ao Xintoismo milhares de fiéis, Só que o Japão nessa altura não estava em condições de comprar uma guerra com a Ásia Continental. Quando chegaram os cristãos foi diferente: não os deixaram expandir-se muito porque eles não tinham uma força militar que ameaçasse oi poder nipónico.


"Porque o Budismo, ao contrário do Cristianismo, não foi para o Japão com o intuito de se impor em exclusivo, eliminando as outras crenças."

É uma perspectiva que aceito, embora discorde, pois não tenho como provar o que digo nem você tem. Em todo o caso, veja o que acabo de escrever acima.


"'Nunca se afirmou, nas biografias feitas, que os virtuosos do passado estariam no Inferno.'

Até o Turno já lhe falou disso..."

Pois já e a única coisa que atestou foi que, até à época de maior intolerância que foi a Contra-Reforma (é preciso ver as coisas no seu contexto específico), nunca foi unânime essa de que os antepassados não-cristãos iam para o Inferno. Muito pelo contrário.


"Foi também pela manha e pela ligação astuta a poderes políticos locais, os quais se quereriam ver livres do poder da classe sacerdotal, a dos Druidas."

Mas sobretudo por apresentarem uma doutrina de paz e coexistência a povos que estavam fartos de viver em pé de guerra e de ver os seus entes queridos ameaçados de morte a qualquer instante.


"Isto para além dos disfarces bárbaros que o Cristianismo assumiu, não se revelando como doutrina semita invasora e fingindo estar ao lado do povo, auxiliando os pobres, etc.."

Você, na sua má fé, chama a isso disfarces bárbaros, eu chamo-lhe tolerância e algo que está de acordo com as palavras de Cristo.


"É exactamente o que fazem actualmente na Índia."

Pois é, cumprem com a palavra de Cristo, essa que você acha que não devia ser cumprida.

"Não confunda as coisas. Bal é dos Semitas, não é dos Celtas."

Baal, ou Bel, deus supostamente semita ligado ao fogo e representado com cornos de touro, surge também associado ao Beltane (onde uma vez mais nos aparece o fogo e o touro). Em ambos os casos estão documentados sacrifícios de crianças, imoladas pelo fogo, no caso cartaginês dentro de uma imagem do deus construída em bronze e no caso celta construída em vime. Sobre o resto da questão dos sacrifícios humanos, de facto tudo indica que Roma já passara esse estádio, mas entre os celtas a coisa não era assim e mesmo entre os lusitanos os prisioneiros inimigos eram por vezes sacrificados.

24 de agosto de 2006 às 17:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

E se recusassem deixar de ser cristãos

Ninguém lhes pedia isso a princípio. Exigia-se apenas que não chateassem, não incitassem contra Roma e se dispusessem a prestar juramentos à maneira romana ou então abandonassem Roma.

Em Roma, sê romano. Se não queriam as tradições romanas, nada os impedia de se irem embora para fora do Império. Aquilo não era a Europa medieval, não haveria perseguição de «infiéis» além-fronteiras.



Morreu gente devido à sua religião em Roma, logo o Paganismo romano tem as mãos sujas de sangue

É que nem isso é verdade, porque as mortes não aconteciam em nome do Paganismo e sim em nome da segurança do Estado, ameaçada pela insubordinação cristã.

Era o equivalente ao juramento de bandeira na tropa - quem o não quiser fazer por ser «objector de consciência», ou por «não acreditar em Pátrias», então tem só de abandonar o País ou ser tratado como traidor, ou, pelo menos, perder direitos políticos.



"Porque queriam acabar com a tradição religiosa romana, substituindo-a pelo Cristianismo, para que o Império Romano passasse a ser uma plataforma de expansão cristã."

Na minha perspectiva e de muitos outros, uma certa elite romana é que se quis aproveitar do Cristianismo como religião capaz de manter a unidade do Império (está a ver as vantagens da unidade religiosa?)

Isso foi depois, quando o Cristianismo já tinha chegado ao poder. Mas é de notar que boa parte da elite romana mantinha-se leal aos Deuses dos seus avós.



que o culto do Imperador, por se tratar de uma pessoa viva e humana, nunca conseguiu

Também não é verdade.
Primeiro - a unidade imperial existia bem antes do Cristianismo e durou pouco tempo depois da conversão ao Cristianismo.
Segundo - o culto ao imperador era interpretado de diferentes maneiras, consoante as zonas do império onde era praticado. No oriente, tratava-se da adoração de um «deus vivo», enquanto no Ocidente a veneração era dirigida ao Genius do imperador, pela sua função não ao indivíduo em concreto.



Você tem a opinião da teoria da conspiração,

Podiam ter-se ido embora de Roma, mas não... quiseram ficar. E olhe que até a plebe romana se admirava com a vontade com que alguns cristãos queriam ser martirizados... seriam os suicidas bombistas dos tempos actuais, salvaguardas as devidas distâncias (e, de facto, tanto uns como outros se devotam a uma religião de raíz semita universalista).



Logo, o seu argumento da legítima defesa, cai desde já por terra, a menos que se acredite nessa tal teoria da conspiração

Errado. O argumento da legítima defesa não necessita da teoria da conspiração, porque os Romanos defendiam-se contra uma ameaça factual, porque viam e ouviam, com os seus próprios olhos e ouvidos, o ódio cristão à tradição religiosa romana. Isto é inegável, constitui facto objectivo, não é uma questão de interpretação. Aliás, o facto de, num mundo com milhentas crenças e cultos, só o Cristianismo ter sido perseguido, quer dizer qualquer coisa... até os racistas e odiados judeus eram deixados em paz, nem tinham de adorar o imperador, desde que pagassem o tributo...



"E alcançaram este objectivo porque os pagãos romanos foram demasiado tolerantes."

Sim, não os mandavam aos leões,

Mandaram-nos poucas vezes. De facto, as perseguições não foram sistemáticas, mas sim esporádicas, dependendo, não duma política estatal, mas sim da vontade dum ou doutro imperador.



"No Japão, em contrapartida, não brincaram os cristãos, porque as autoridades trataram do assunto a tempo."

Lá está, não precisaram do Cristianismo como forma de tentarem manter a unidade de um vasto império, como fizeram os romanos.

Não foi por isso. De resto, os Romanos também não precisavam do Cristianismo para manterem a unidade. Alguns romanos podem ter achado que isso fosse uma boa ideia, nomeadamente Constantino (se for verdade que não era um cristão demasiado sincero, é polémico), mas não é verdade que não tivessem alternativa.



"Mas, a revelar-se correcta, significaria tão somente que os pagãos nórdicos perceberam o perigo que o Cristianismo representava."

E vai daí resolvem atacá-los sem terem sido primeiro atacados...

Pelo contrário - foram primeiro atacados. Por conseguinte, também aqui se aplica o princípio da legítima defesa.



"Como é sabido, foram os cristãos que foram mover guerra contra os pagãos germânicos,"

Os pagãos germânicos é que atacaram o império romano vezes sem conta quando este já era cristão

Mas nunca o fizeram por motivos religiosos. Os bárbaros pagãos do norte sempre atacaram as forças romanas, tanto quanto conseguiam, e nunca os seus ataques tiveram fosse o que fosse a ver com a religião. Por conseguinte, a sua resposta não tem sentido.


Logo, toca a combatê-los ou convertê-los para haver mais unidade espiritual

Não... Carlos Magno é que atacou os Saxões por motivos religiosos. Ou seja, empreendeu uma guerra espiritualmente imperialista, logo, agressora. Razão teriam tido os Saxões se tivessem conseguido massacrar as hostes de Carlos Magno.


e deixarem de constituir mais uma ameaça. É a tal legítima defesa.

Então agora ir impor a sua religião aos vizinhos é «legítima defesa»... Você estava bem para a Alcaida, estava sim...


"é disso exemplo a luta de conversão e chacina que Carlos Magno levou a cabo contra os Saxões leais aos seus Deuses ancestrais."

Pois, já romanizado, atacou-os antes que o atacassem a ele.

Bom argumento, sim senhor, nem Ossama bin Laden diria melhor...



É como lhe digo, se quiser discutir quem começou eu digo-lhe que foram os germânicos quando o Império se converteu ao Cristianismo,

Diz mal, porque os Germânicos nunca atacaram Roma por causa do Cristianismo.


mas também lhe dou a abébia de dizer que todas as religiões têm as mãos tintas de sangue

Não, eu é que não lhe dou essa abébia porque tal abébia não lhe pertence. O que é facto é que a Cristandade levou a cabo guerras de opressão e imperialismo religioso, e os pagãos nunca o fizeram.



E já agora, a sua Roma Eterna só é eterna por causa do Cristianismo, senão já teria perdido a sua importância capital

Diz você, especulando... Roma já era «eterna» antes do Cristianismo aí se impor, porque durara já mais de mil anos. E nunca deveu a sua grandeza ao credo do Judeu Crucificado.


"Espiritualmente semita sim. Aliás, foi um papa quem o disse: «espiritualmente, somos (cristãos) todos semitas»"

Não creio que você ou o seu amigo mal educado tenham usado essa palavra no sentido espiritual, como resulta evidente da leitura do comentário em questão.

Não há absolutamente nada, nem na escrita do meu amigo, nem na minha, que indiquem, sequer ao de leve, o contrário.



Espiritualmente semita? Talvez.

Não é «talvez»...
Foi um papa quem o disse... sem apelo nem agravo.



Mas também pagão, pois o Cristianismo Ocidental é um misto de espiritualidade semita e pagã.

A parte pagã é puramente formal, estética, e, nalguns casos, intelectual (no que toca às influências platónica e aristotélica), mas não é, nunca foi, essencial - ou quererá porventura dizer que, no Cristianismo, o pensamento platónico tem a mesma importância que tem o judeu Jesus e o Pai Celestial Judeu (Jeová)?


Ao Cristianismo sim, ao Islamismo também, mas para se ser judeu é preciso ser-se filho de mãe judia. Apenas um reduzido número de dissidentes mais liberais aceita conversões por mero desejo. Para 90% ou mais dos judeus e para o mainstream do Judaísmo só é judeu quem é filho de uma judia.

Desde quando é que é assim? Recentemente, não? Ou então boa parte dos askenazis não podia ser judaica...

Mas, se for, melhor para os Judeus.



"Não é verdade. A Religião Nacional romana, ou seja, o paganismo latino, foi sempre tolerante para com as outras religiões."

Os cristãos que foram dados como alimento às feras que o digam.

Ninguém os obrigava a ficar em Roma. Os pagãos romanos não eram como os cristãos medievais, que iam atrás dos pagãos nas terras que aos pagãos pertenciam...


"Mas nem todas as religiões são ameaças. No Japão, por exemplo, o Budismo pôde estabelecer-se e coexistir pacificamente com o paganismo nacional japonês, o Xintoísmo."

Aí o caso é outro, pois o Budismo roubou ao Xintoismo milhares de fiéis,

Não me parece, uma vez que é possível praticar ambas as religiões.

De qualquer modo, isso só me dá razão - mesmo nessa «roubalheira», as autoridades japonesas não reagiram...


o Japão nessa altura não estava em condições de comprar uma guerra com a Ásia Continental.

Não tinham de comprar guerra nenhuma, porque o Budismo não foi levado ao Japão por nenhum Estado da Ásia. Por isso, a comparação não serve.


"Porque o Budismo, ao contrário do Cristianismo, não foi para o Japão com o intuito de se impor em exclusivo, eliminando as outras crenças."

É uma perspectiva que aceito, embora discorde, pois não tenho como provar o que digo nem você tem

Tenho, tenho - é fácil informar-se sobre isto: no Japão, o Budismo é praticado lado a lado com o Xintoísmo, muitas vezes pelas mesmas pessoas.
O Cristianismo sempre foi diferente, porque sempre exigiu a exclusividade, ou seja, não admitia que o culto aos Deuses nacionais continuasse. E, quando um templo xintoísta foi destruído por ordem dum senhor feudal convertido ao Cristianismo, incitado a tal destruição pelos clérigos que o converteram, os Japoneses acordaram.


"'Nunca se afirmou, nas biografias feitas, que os virtuosos do passado estariam no Inferno.'

Até o Turno já lhe falou disso..."

Pois já e a única coisa que atestou foi que, até à época de maior intolerância que foi a Contra-Reforma (é preciso ver as coisas no seu contexto específico), nunca foi unânime essa de que os antepassados não-cristãos iam para o Inferno

Bem, segundo Agostinho, até as crianças não baptizadas iam, quanto mais...

O que é certo é que, tendo havido unanimidade ou não, o episódio de Radbod continua intacto na sua credibilidade.



"Foi também pela manha e pela ligação astuta a poderes políticos locais, os quais se quereriam ver livres do poder da classe sacerdotal, a dos Druidas."

Mas sobretudo por apresentarem uma doutrina de paz e coexistência a povos que estavam fartos de viver em pé de guerra

E que continuaram a viver em pé de guerra após a conversão...
De resto, o Cristianismo assumia muitas vezes uma estética guerreira, precisamente para arrebanhar os bélicos povos do norte.


"Isto para além dos disfarces bárbaros que o Cristianismo assumiu, não se revelando como doutrina semita invasora e fingindo estar ao lado do povo, auxiliando os pobres, etc.."

Você, na sua má fé, chama a isso disfarces bárbaros,

Não é má fé, é verdade que o Cristianismo adoptou uma atitude bélica para melhor convencer as tribos guerreiras.



"É exactamente o que fazem actualmente na Índia."

Pois é, cumprem com a palavra de Cristo,

Ai Cristo mandava fazer chantagem moral com as conversões e os alimentos?


"Não confunda as coisas. Bal é dos Semitas, não é dos Celtas."

Baal, ou Bel, deus supostamente semita ligado ao fogo e representado com cornos de touro, surge também associado ao Beltane (onde uma vez mais nos aparece o fogo e o touro).

É uma teoria que acabou por ser posta de lado. Nada de sólido liga o Baal semita ao Beli ou ao Bile célticos.


Em ambos os casos estão documentados sacrifícios de crianças, imoladas pelo fogo,

No Beltaine não havia sacrifícios de crianças. Na Irlanda, tal prática pode ter existido, quando muito, no culto, aliás marginal, a Crom Cruaich. Mas mesmo isto é discutível.



no caso cartaginês dentro de uma imagem do deus construída em bronze e no caso celta construída em vime.

Não. Se a narrativa de Lucano for correcta, as vítimas sacrificiais do ritual celta com imagens de vime, eram criminosos, não eram crianças, e eram sacrificados a Taranis, o Deus do Trovão gaulês, e não ao irlandês Bile, Divindade eventualmente solar.


Sobre o resto da questão dos sacrifícios humanos, de facto tudo indica que Roma já passara esse estádio,

Pois - e não precisaram do Cristianismo para passar desse estádio.

24 de agosto de 2006 às 20:08:00 WEST  
Blogger Vera said...

"Para o Cristianismo todos aqueles que nunca tenham ouvido falar em Deus e morram nesse desconhecimento não vão aprar ao inferno..." "Logo, os antepassados do senhor da história aqui contada não estariam necessariamente no inferno"

A data é de VII depois de cristo...Certamente que em 800 anos os antepasados desse senhor já tinham ouvido falar nesta religião. Que no fundo diz o mesmo que todas as outras: quem não a segue vai para o inferno. Quem não segue o islão também vai para o inferno...conclusão: se alguma religião existisse iamos é todos para o inferno!! e não associo religião a Deus, uma pessoa pode muito bem acreditar que existe um Deus (apesar de não ser o meu caso) e não praticar uma religião especial, todos os seus rituais e práticas. Pode acreditar num Deus universal e não em Cristo, pode ser religioso e não gostar da igreja dessa religião, etc... Mas naquela época, até se compreendem esse tipo de discursos....que hoje em dia já não fazem sentido, pelo menos na mentalidade cristã e em países de maioria cristã.

26 de agosto de 2006 às 11:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"´E se recusassem deixar de ser cristãos'

Ninguém lhes pedia isso a princípio. Exigia-se apenas que não chateassem, não incitassem contra Roma e se dispusessem a prestar juramentos à maneira romana ou então abandonassem Roma."

Abandonarem Roma? Como, se muitos deles eram romanos? E os cristãos nunca incitaram contra Roma, mas sim contra alguns governantes romanos. Onde está o tal respeito dos pagãos pela liberdade de expressão? Se eram espiritualmente superiores e se satisfaziam as necessidades espirituais do seu povo não tinham nada a temer. Sim, porque o povo não se revoltou em massa contra a conversão dos seus chefes ao Cristianismo. É o problema das religiões predominantes: a corrupção instala-se (tal como no Cristianismo de hoje em dia). E naquele tempo a corrupção dos sacerdotes era tal que o povo de bom grado os deixou a falar sozinhos. Mas, repito, se o Paganismo satisfizesse as necessidades do povo não teria nada a temer.


"as mortes não aconteciam em nome do Paganismo e sim em nome da segurança do Estado,"

Então a Igreja tem as mãos limpas no que toca a muitos dos "crimes" que você lhe aponta.


"então tem só de abandonar o País ou ser tratado como traidor, ou, pelo menos, perder direitos políticos."

Ou ser dado de comer às feras, num exemplo claro da "tolerância" pagã (oiu de qualquer religião dominante quando se acha ameaçada).


"Isso foi depois, quando o Cristianismo já tinha chegado ao poder."

E antes também. Já era notória essa tendência.


"Mas é de notar que boa parte da elite romana mantinha-se leal aos Deuses dos seus avós."

E não era dada de comer às feras pelos cristãos por isso, pois não? Bem me parecia. Aqui vai mais um exemplo de tolerância.


"Primeiro - a unidade imperial existia bem antes do Cristianismo e durou pouco tempo depois da conversão ao Cristianismo."

Já se estava a esfarrapar toda e a adopção do Cristianismo foi um último recurso, mas o que é certo é que o Sacro Império Romano-Germânico e o Império Romano do Oriente se mantiveram na generalidade unos e na totalidade cristãos. Por isso o Cristianismo contribuiu sim para a união.


"Segundo - o culto ao imperador era interpretado de diferentes maneiras, consoante as zonas do império onde era praticado."

O que é certo é que não servia e foi substituído por isso.


"E olhe que até a plebe romana se admirava com a vontade com que alguns cristãos queriam ser martirizados..."

Pois, tal como hoje os ocidentais, com os costumes corrompidos por uma religião enfraquecida e uma moral corrompida, se admiram com a coragem dos muçulmanos, também os romanos, em iguais circunstâncias, se admiravam com os cristãos. Daí a necessidade urgente de haver uma unidade espiritual e religiosa no Ocidente.


"Errado. O argumento da legítima defesa não necessita da teoria da conspiração, porque os Romanos defendiam-se contra uma ameaça factual,"

Diga antes que o Cristianismo era a única das religiões existentes em Roma que, pela sua superioridade espiritual de apelar à paz quando toda a gente estava farta da guerra, era capaz de ameaçar o poder instituído.


"Mandaram-nos poucas vezes. De facto, as perseguições não foram sistemáticas, mas sim esporádicas, dependendo, não duma política estatal, mas sim da vontade dum ou doutro imperador."

O que é certo é que mandaram (aos leões). Quanto à vontade dos imperadores, viam nos cristãos um bode expiatório para as suas incapacidades, típicas de estados em decadência moral e espiritual.


"De resto, os Romanos também não precisavam do Cristianismo para manterem a unidade."

Tanto precisavam que foi essa uma das razões para o adoptarem, numa altura em que, tal como estavam as coisas, o Império estava a esfarrapar-se.


"Pelo contrário - foram primeiro atacados. Por conseguinte, também aqui se aplica o princípio da legítima defesa."

Aplica-se também do lado romano-cristão: eram uma ameaça, atacavam (se era por motivos religiosos ou não não interessa, se um islâmico me quiser roubar a casa também poderei ir a casa dele limpar-lhe o sebo e não me interessa porque razão ele me assaltou), logo era preciso submetê-los.


"Os bárbaros pagãos do norte sempre atacaram as forças romanas, tanto quanto conseguiam, e nunca os seus ataques tiveram fosse o que fosse a ver com a religião. Por conseguinte, a sua resposta não tem sentido."

Tem todo o sentido. Eram uma ameaça, logo foram atacados antes que começassem a atacar.


"Não... Carlos Magno é que atacou os Saxões por motivos religiosos."

Carlos Magno queria era expandir os limites do Império e a religião foi, obviamente, uma das várias desculpas, que lhe serviu para obter o apoio do clero. Mas a principal razão foi o "submete quem te pode atacar antes que ele te submeta a ti", táctica de resto já utilizada pelos próprios romanos.


"Então agora ir impor a sua religião aos vizinhos é «legítima defesa»..."

É se esses vizinhos tiverem um longo historial de belicosidade e ataques à terra dos vizinhos que agora os tentam submeter.


"Bom argumento, sim senhor, nem Ossama bin Laden diria melhor..."

Cada um vê as coisas sob o seu prisma, e ainda bem que concorda que o meu argmento é bom, pois se você não consegue ripostar é porque ficou vencido.


"O que é facto é que a Cristandade levou a cabo guerras de opressão e imperialismo religioso, e os pagãos nunca o fizeram."

Só nunca o fizeram porque lutaram sempre contra outros pagãos. De resto atacavam e submetiam aqueles que constituiam uma ameaça à sua segurança, tal como o Império já cristianizado também fez. Só que aí já havia diferença de religiões, daí as pessoas aproveitarem para culpar o Cristianismo por algo que o ser humano e os Estados sempre fizeram, fazem e farão.


"Roma já era «eterna» antes do Cristianismo aí se impor, porque durara já mais de mil anos. E nunca deveu a sua grandeza ao credo do Judeu Crucificado."

Na Antiguidade talvez não, mas, para variar, você faz tábua rasa de mais de mil anos de História. Mil anos esses durante os quais Roma foi e continua e continuará a ser o centro espiritual e a cidade da devoção de milhões e milhões de pessoas.


"Não há absolutamente nada, nem na escrita do meu amigo, nem na minha, que indiquem, sequer ao de leve, o contrário."

Isto já parece o "Expresso" quando se defende das acusações legítimas do PNR. Quando se diz pura e simplesmente que alguém é semita é estar a chamá-lo de filiação étnica semita.


"A parte pagã é puramente formal, estética, e, nalguns casos, intelectual (no que toca às influências platónica e aristotélica), mas não é, nunca foi, essencial - ou quererá porventura dizer que, no Cristianismo, o pensamento platónico tem a mesma importância que tem o judeu Jesus e o Pai Celestial Judeu (Jeová)?"

Nem me referia ao Platão. Referia-me à religião do Povo, das romarias e dos santos padroeiros, que tem muito de pagão, demonstrando bem a súmula magnífica de crenças cristãs e pagãs que resultaram no Cristianismo Ocidental, defendido com unhas e dentes pelo povo do país real e parte da identidade culturalk do nosso povo!


"Desde quando é que é assim? Recentemente, não?"

Você está a partir do pressuposto de que os asquenazis são cazares, coisa que não está provada. Mas mesmo que estivesse isso seria a explicação para o facto de os sefardis não aceitarem os asquenazis como verdadeiros judeus. Sim, Caturo, segundo Talmudes, Torahs e afins só é judeu quem é filho de uma judia. Leia, por exemplo, "O Judaísmo", de Dan Cohen-Sherbok e instrua-se a este respeito.

Quanto ao Japão, Inferno, etc, falarei depois que agora faz-se tarde. O assunto de Bal ou Bel dou-o por encerrado, uma vez que pelos vistos estou desactualizado quanto às teorias em voga e aceito como muito mais lógicas as que me apresentou. Mas "esqueceu-se" de que a prática de sacrifícios humanos era comum no paganismo, nomeadamente o sacrifício de prisioneiros, que você próprio destaca e que eu complemento com o exemplo dos nossos antepassados Lusitanos.

27 de agosto de 2006 às 00:57:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"´E se recusassem deixar de ser cristãos'

Ninguém lhes pedia isso a princípio. Exigia-se apenas que não chateassem, não incitassem contra Roma e se dispusessem a prestar juramentos à maneira romana ou então abandonassem Roma."

Abandonarem Roma? Como, se muitos deles eram romanos?

Mas não gostavam da tradição romana. Por conseguinte, podiam ter ido embora, ninguém os impediria. Do mesmo modo que os miscigenadores que não gostam que Portugal seja branco europeu podem ir embora para o Brasil ou para Cabo Verde. Não têm é o direito de alterar a essência do País.
Também os cristãos não tinham o direito de roubar o Império aos pagãos.


E os cristãos nunca incitaram contra Roma, mas sim contra alguns governantes romanos

Não, não foi contra alguns governantes romanos – foi contra toda a tradição romana, e contra todas as outras tradições existentes.


Onde está o tal respeito dos pagãos pela liberdade de expressão?

Na tolerância que sempre tiveram, genericamente, por todas as outras religiões. Todos os credos podiam existir em Roma. E, de facto, a quantidade de cultos estrangeiros era prodigiosa.
Só os cristãos é que eram perseguidos porque só os cristãos é que arranjavam problemas. Aconteceu exactamente o mesmo no Japão, onde o Budismo se pôde estabelecer pacificamente, porque não tencionava destruir o Xintoísmo, religião nacional japonesa, mas o Cristianismo, que a queria erradicar, teve de ser detido.


Se eram espiritualmente superiores e se satisfaziam as necessidades espirituais do seu povo não tinham nada a temer

Tinham a temer de gente que instigava à subversão e que convertia facilmente a parte da população que não era romana, ou seja, os estrangeiros, os desenraizados, os párias de toda a espécie, que eram numericamente superiores aos Romanos propriamente ditos. Foi com base na população escrava e servil, geralmente de origem alienígena, que o Cristianismo se estabeleceu, do mesmo modo que agora o Islão vai conseguindo converter os negros que vivem no Ocidente.


Sim, porque o povo não se revoltou em massa contra a conversão dos seus chefes ao Cristianismo

Não se revoltou porque quando os chefes se converteram ao Cristianismo, já uma boa parte da população era cristã. De resto, os pagãos ocidentais tardaram a perceber o perigo que o Cristianismo representava. Por isso, revoltaram-se menos do que deviam.



É o problema das religiões predominantes: a corrupção instala-se (tal como no Cristianismo de hoje em dia). E naquele tempo a corrupção dos sacerdotes era tal que o povo de bom grado os deixou a falar sozinhos

Não há absolutamente nada que indique isso – de tal modo que nem sequer os cristãos usavam esse argumento.

Isso foi portanto algo que você inventou agora, para tentar desacreditar o Paganismo e justificar a imposição do Cristianismo.



Mas, repito, se o Paganismo satisfizesse as necessidades do povo não teria nada a temer.

E de facto o Paganismo ocidental não perseguiu o Cristianismo, na generalidade.
Em contrapartida, o Cristianismo, quando se impôs, perseguiu sistematicamente o Paganismo.
Assim, pela sua própria lógica, poderá dizer-se: se o Cristianismo satisfizesse as necessidades do povo não teria nada a temer.



"as mortes não aconteciam em nome do Paganismo e sim em nome da segurança do Estado,"

Então a Igreja tem as mãos limpas no que toca a muitos dos "crimes" que você lhe aponta.

Tem as mãos limpas como, se ordenou massacres em nome da sua religião?



"então tem só de abandonar o País ou ser tratado como traidor, ou, pelo menos, perder direitos políticos."

Ou ser dado de comer às feras,

Também. Matavam-se dois coelhos duma só cajadada. Dois ou três: divertia-se o povo, livrava-se o Estado duma ameaça subversiva e alimentava-se os bichos.



"Isso foi depois, quando o Cristianismo já tinha chegado ao poder."

E antes também. Já era notória essa tendência.

Não, essa tendência só surgiu quando o Cristianismo já tinha alcançado o poder. Antes, a maioria não queria saber do poder romano para nada.


"Mas é de notar que boa parte da elite romana mantinha-se leal aos Deuses dos seus avós."

E não era dada de comer às feras pelos cristãos por isso, pois não?

Pois não. Nem os orientais que prestavam cultos a Deuses estranhos, completamente estrangeiros em Roma. Aqui vai mais um exemplo de tolerância.



"Primeiro - a unidade imperial existia bem antes do Cristianismo e durou pouco tempo depois da conversão ao Cristianismo."

Já se estava a esfarrapar toda e a adopção do Cristianismo foi um último recurso,

Esfarrapava-se devido à dimensão do Império… e o Cristianismo não serviu para a impedir. Portanto, até nisso o Cristianismo falhou.


mas o que é certo é que o Sacro Império Romano-Germânico e o Império Romano do Oriente se mantiveram na generalidade unos e na totalidade cristãos

Mas o Império Romano em si perdeu-se nessa divisão que você disse poder ser solucionada pelo Cristianismo.
E, mais tarde, o Império Romano do Oriente caiu também, desta vez face aos bárbaros muçulmanos. Estavam muito ocupados a discutir minhoquices e os muçulmanos aproveitaram… enfim, também aqui a Cristandade falhou.

Falhou aqui e falhou em todo o norte dé África, e, mais tarde, nas Balcãs também…

Por isso o Cristianismo não contribuiu para a união do Império Romano.



"Segundo - o culto ao imperador era interpretado de diferentes maneiras, consoante as zonas do império onde era praticado."

O que é certo é que não servia e foi substituído por isso.

Servia sim… e a sua substituição não se deveu à sua suposta ineficácia, mas sim à imposição doutrinal cristã. Nada de confusões.



"E olhe que até a plebe romana se admirava com a vontade com que alguns cristãos queriam ser martirizados..."

Pois, tal como hoje os ocidentais, com os costumes corrompidos por uma religião enfraquecida e uma moral corrompida, se admiram com a coragem dos muçulmanos, também os romanos, em iguais circunstâncias, se admiravam com os cristãos

Ora aí está um ponto de vista genuinamente oriental, o seu…
Eu, como ocidental, digo que os ocidentais sempre foram muito ingénuos e serenos, nunca souberam como lidar com essa maralha oriental, agitada, conflituosa e fanática… o Pôncio Pilatos, um dos nossos, farto dessa gente, optou por lavar as mãos…
Já os Japoneses, orientais, não foram na fita. Ai eles querem martírio? Dá-se-lhes já o que eles querem… e acabou a conversa.


Daí a necessidade urgente de haver uma unidade espiritual e religiosa no Ocidente.

A maior necessidade, neste caso, é dar aos fanáticos orientais aquilo de que precisam – expulsão e aniquilação. Mais nada. Tem de se fazer aos muçulmanos aquilo que não se fez a tempo aos cristãos. Os Ocidentais já deviam ter aprendido, com o Cristianismo, o mal que é o fanatismo espiritual semita. Mas não aprenderam, pelo menos em número suficiente. Ora, quem não aprende com os erros da história, está condenado a repeti-los.



"Errado. O argumento da legítima defesa não necessita da teoria da conspiração, porque os Romanos defendiam-se contra uma ameaça factual,"

Diga antes que o Cristianismo era a única das religiões existentes em Roma que, pela sua superioridade espiritual de apelar à paz

Nenhuma superioridade espiritual em ponto algum – é que nem sequer apelava à paz, já que o seu iniciador, o próprio JC, declarava que vinha trazer o conflito dentro das famílias, virando pai contra filho, sogra contra nora, etc.. E, de facto, estabeleceu-se um alto nível de conflituosidade social no seio da Romanidade.


quando toda a gente estava farta da guerra,

Ainda por cima, o Cristianismo revelou-se aí duma falsidade sem precedentes, porque sempre manteve guerras para se expandir – contra os bárbaros germânicos, contra os Bálticos, contra os Hindus, contra as tribos africanas, contra os Índios da América e só não fez o mesmo no Japão e na China porque nessa altura não tinham força para isso.

Eis o mundo inteiro incendiado, como o próprio JC queria, quando disse que vinha trazer, não a paz, mas a guerra – que vinha incendiar tudo. Como o próprio JC disse «… pois que quero eu senão que as chamas se ateiem?»



"Mandaram-nos poucas vezes. De facto, as perseguições não foram sistemáticas, mas sim esporádicas, dependendo, não duma política estatal, mas sim da vontade dum ou doutro imperador."

Quanto à vontade dos imperadores, viam nos cristãos um bode expiatório para as suas incapacidades,

Não. Viam nos cristãos a ameaça que os cristãos de facto representavam. E, como a história demonstrou, não se enganaram.



"De resto, os Romanos também não precisavam do Cristianismo para manterem a unidade."

Tanto precisavam que foi essa uma das razões para o adoptarem,

Tinham outros modos de manterem a unidade, religiões não lhes faltavam. Portanto, o Cristianismo nem para isso era preciso.
E, de facto, não serviu de nada, como a História demonstrou. Pelo contrário, só enfraqueceu a vontade combativa dos soldados romanos. Outra coisa não seria de esperar duma religião que mandava dar a outra face ao inimigo.



"Pelo contrário - foram primeiro atacados. Por conseguinte, também aqui se aplica o princípio da legítima defesa."

Aplica-se também do lado romano-cristão: eram uma ameaça, atacavam

Não. Quem atacou primeiro foram os cristãos. Antes dos cristãos não havia esse tipo de guerra na Europa. Nunca os bárbaros germânicos, por mais brutais que fossem, resolveram ir impor a sua religião nórdica aos Romanos. Os Europeus eram virgens desse tipo de mentalidade fanática…



"Os bárbaros pagãos do norte sempre atacaram as forças romanas, tanto quanto conseguiam, e nunca os seus ataques tiveram fosse o que fosse a ver com a religião. Por conseguinte, a sua resposta não tem sentido."

Tem todo o sentido. Eram uma ameaça, logo foram atacados antes que começassem a atacar.

Se assim pensa, não vejo qual o propósito da sua comoção com os cristãos nos dentes dos leões. Eram uma ameaça e começaram a receber o devido tratamento.



"Não... Carlos Magno é que atacou os Saxões por motivos religiosos."

Carlos Magno queria era expandir os limites do Império e a religião foi, obviamente, uma das várias desculpas,

Isso diz você, que era uma desculpa. O que é certo é que fizeram a guerra em nome da religião. E, se fossem tolerantes, podiam ter dominado os Saxões de um modo meramente político-militar mas tolerando a continuidade da religião germânica, como os Romanos tinham feito. Mas não: quiseram realmente destruir a religião alheia e massacraram milhares de saxões nessa tentativa de conversão.


"Então agora ir impor a sua religião aos vizinhos é «legítima defesa»..."

É se esses vizinhos tiverem um longo historial de belicosidade e ataques à terra dos vizinhos que agora os tentam submeter.

Nesse caso, é inteiramente a favor de Israel em qualquer guerra que este faça contra os muçulmanos.
Do mesmo modo, os Franceses, Alemães, Ingleses, Espanhóis, Italianos, podiam agora começar todos à bordoada, porque qualquer deles tem um longo historial de belicosidade e ataques às terras dos vizinhos.
E, já agora, fica mais uma vez comprovado que afinal você nem é nada contra o massacre dos cristãos no circo, dado que os cristãos se mostravam hostis contra Roma…

Nota: pelos vistos, o pacifismo dos cristãos nem aí tem qualquer utilidade, uma vez que, segundo você diz, é preciso, não apenas defender-se, mas também atacar antes de ser atacado. Isso é mandar para o lixo as palavras do próprio JC – não uma vez, mas duas.



"Bom argumento, sim senhor, nem Ossama bin Laden diria melhor..."

Cada um vê as coisas sob o seu prisma, e ainda bem que concorda que o meu argmento é bom, pois se você não consegue ripostar

Se você nem contestou a comparação com Ossama bin Laden, eu provei inteiramente o meu ponto – que o seu fanatismo é igual ao dele, logo, os cristãos são na sua essência tão inimigos do Ocidente como os muçulmanos.
Assim, até nisso você é batido, com a ajuda das suas próprias palavras.

Ah, mais outra coisa – é que o bin Laden, pelo menos, não é incoerente, porque a religião dele manda-o fazer a guerra… ou seja, até perante o bin Laden você está em desvantagem argumentativa.



"O que é facto é que a Cristandade levou a cabo guerras de opressão e imperialismo religioso, e os pagãos nunca o fizeram."

Só nunca o fizeram porque lutaram sempre contra outros pagãos

Lutaram contra outros pagãos que, naturalmente, tinham outras religiões.
O Paganismo não era todo igual. Cada povo tinha as suas Divindades.
Ora, nunca os Romanos, os Gregos ou os Germanos, ou qualquer outro povo europeu pagão, lutou para impor o culto dos seus Deuses ao vizinho ou para destruir os altares alheios.
Por conseguinte, a sua comparação continua a não ter qualquer sentido.



"Roma já era «eterna» antes do Cristianismo aí se impor, porque durara já mais de mil anos. E nunca deveu a sua grandeza ao credo do Judeu Crucificado."

Na Antiguidade talvez não,

Não é «talvez». No tempo de Augusto, de Trajano, de Marco Aurélio, não deveu a sua grandeza ao credo do Judeu Crucificado. Ou também quer negar isso?


mas, para variar, você faz tábua rasa de mais de mil anos de História. Mil anos esses durante os quais Roma foi e continua e continuará

Mil anos em que o Cristianismo continua a basear-se na grandeza construída pelos Romanos pagãos. Ou seja, vampirismo milenar.



"Não há absolutamente nada, nem na escrita do meu amigo, nem na minha, que indiquem, sequer ao de leve, o contrário."

Isto já parece o "Expresso" quando se defende das acusações legítimas do PNR.

O Expresso não tinha argumentos. Eu tenho.


Quando se diz pura e simplesmente que alguém é semita é estar a chamá-lo de filiação étnica semita.

Não. É dizer que se é semita – e o seu próprio papa o disse, com todas as letras.



"A parte pagã é puramente formal, estética, e, nalguns casos, intelectual (no que toca às influências platónica e aristotélica), mas não é, nunca foi, essencial - ou quererá porventura dizer que, no Cristianismo, o pensamento platónico tem a mesma importância que tem o judeu Jesus e o Pai Celestial Judeu (Jeová)?"

Nem me referia ao Platão. Referia-me à religião do Povo, das romarias e dos santos padroeiros, que tem muito de pagão,

Ou seja, o Cristianismo apropriou-se do que pertencia a outras religiões, pôs-lhe a sua chancela e pronto, ainda faz figura de «popular»…


demonstrando bem a súmula magnífica de crenças cristãs e pagãs que resultaram no Cristianismo Ocidental,

Não, não é. O Cristianismo é uma religião feita em torno do Judeu Crucificado. O Pai desse Judeu Crucificado é também Judeu. O livro sagrado dessa religião é judaico.
E, já que continua a tentar fugir com o multiplamente esburacado rabo à seringa, responda lá: o que é que é mais importante no Cristianismo, é o Judeu na cruz ou é a romaria de Santo António?



"Desde quando é que é assim? Recentemente, não?"

Sim, Caturo, segundo Talmudes, Torahs e afins só é judeu quem é filho de uma judia

Eu sei que quem é filho duma judia é considerado judeu. Mas não sabia que não se podia ser judeu por outra via qualquer… confirma?


Mas "esqueceu-se" de que a prática de sacrifícios humanos era comum no paganismo,

Não no Paganismo romano. Nem no grego. Nem no indiano. E, mesmo no céltico, era já raro.

31 de agosto de 2006 às 16:15:00 WEST  

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