segunda-feira, fevereiro 13, 2006

CONTRA A ESCUMALHA QUE NÃO RESPEITA OS ANIMAIS


No canil e gatil da União Zoófila em Lisboa existem mais de 800 cães e 200 gatos
"Temos aqui cães abusados sexualmente, queimados com cigarros, recuperados de esgotos, cegos com alcatrão quente. No que respeita aos animais vivemos num país de selvagens. O nosso desenvolvimento moral não atingiu o patamar da Holanda, país que na sua Constituição contempla os direitos dos animais.”

Margarida Namora, directora do canil e gatil da União Zoófila (UZ), em Lisboa, é incapaz de esconder a revolta quando se depara com um animal que foi deliberadamente ferido por alguém que, frisa, fica sempre impune. “As autoridades, na maioria das vezes, não sabem como agir.”
“Estou na direcção da União Zoófila há dez anos e só por uma única vez soube de um agente da PSP que deu ouvidos a alguém que se foi queixar à esquadra de um cão que estaria a ser maltratado”, frisa Luísa Barroso.
Ao seu lado, Margarida Namora concorda. E diz-se incapaz de tirar da cabeça o rafeiro que uma mulher teve a coragem de tirar a um vizinho, revoltada com as sevícias sexuais a que ele sujeitava o animal.
“Isso aconteceu há quatro anos”, recorda Luísa Barroso. “A mulher que salvou o cão chegou a falar com a Polícia, mas disseram-lhe que nada podiam fazer. Teve de ser ela a agir. E agiu. Tirou o cão ao vizinho e trouxe-o para aqui, onde constatámos que foi mesmo abusado sexualmente.” A dirigente não quis que o CM fotografasse o cão. “Por uma questão ética. É um animal, mas tem os seus direitos.”
Uma decisão prontamente apoiada pela directora da UZ: “Não quero que o... chamemos-lhe ‘Piruças’ fique estigmatizado.”

MÁGOAS ANTIGAS
Quanto aos problemas que mais afectam a UZ, fundada em 1951, Margarida Namora lamenta não ter qualquer apoio do Estado. “Devia dar-nos um subsídio e estabelecer parcerias, nomeadamente com a medicina veterinária. Temos três veterinários e não chegam para tratar os mais de 800 cães e 200 gatos que necessitam de cuidados todos os dias.”
Outros dos graves problemas da UZ – que conta com 20 mil sócios, mas apenas quatro mil pagam a quota anual de 21 euros – é o consumo de água. “Pagamos mais de 1500 euros por mês. Nunca percebi por que razão temos de pagar água ao nível de qualquer empresa. Também neste caso o Estado devia promover uma parceria. Afinal, fazemos um serviço público, extremamente útil para a população. E como não temos dinheiro só lavamos isto uma vez por dia. É pouco, sobretudo no Verão.”

POLÍTICOS SURDOS
Margarida Namora diz que já tentou tudo para obter ajuda junto dos políticos de todos os partidos. “Mas eles, os políticos, são todos surdos. Por isso, como já referi, percebo bem que o Estado não dê prioridade aos animais abandonados. Estamos num país onde há lutas de galos, onde os galgos que não são bons para a corrida são abatidos a tiro, onde se degolam porcos vivos e onde há professores de ensino básico que levam os jovens alunos a ver essa barbaridade, considerando-a pedagógica. Isto para não falar noutras situações, como os circos, que são autênticas câmaras de tortura dos animais.”

ADOPÇÃO COM REGRAS
Margarida Namora considera que, nos próximos anos, não será possível diminuir a população do canil e gatil da União Zoófila. “Investimos muito na adopção. Mas não damos cães para serem acorrentados, para lutas, para a caça ou a menores. Antes de sair daqui qualquer animal, o interessado tem de passar por uma entrevista e tem de saber muito bem o que quer.”
Os cuidados justificam-se porque o perigo não tem fim. “Há tempos tivemos uma pessoa que, tudo indicava, veio aqui tentar levar um animal para ser morto em lutas. Começou por querer um pastor alemão. Passado algum tempo já levava um cão qualquer. Percebi o que queria e não levou nada. Acompanhei-o até ao portão e vi que tinha à espera dele um grupo de jovens de brinco na orelha e cabelos em pé. Daqueles que têm desse tipo de animais de luta e precisam de um para sacrificar”.

CRIMES SEM PUNIÇÃO
A directora da União Zoófila reclama uma urgente alteração da legislação que impeça que os crimes sobre animais não fiquem impunes. “Para os nossos legisladores os animais são comparados a coisas. É isso que está no Código Penal. O artigo 212.º diz que quem destruir, no todo ou em parte, danificar ou tornar não utilizável coisa alheia é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.”
Sem se deter, Margarida Namora aumenta o tom da crítica. “Não sei de um único caso em que uma pessoa que tenha feito mal a um animal tenha sido punida. Há cerca de seis anos fiz queixa numa esquadra da PSP de uma pessoa que abandonou um cão à minha frente. Ainda hoje estou à espera que a chamem.”

DENTRO DO CANIL

MORTES
A taxa de mortalidade na União Zoófila é praticamente nula, salienta a directora da UZ, Margarida Namora. “Isto deve-se à boa qualidade dos nossos três veterinários: José Pedro Leitão e Pedro Matias, nos cães; e Vanessa Dias, nos gatos. São inexcedíveise estão sempre prontos a ajudar.”

RAÇÃO
A UZ gasta uma tonelada de ração de cão por semana. “Os apoios que temos não são suficientes”, refere Luísa Barroso. “Em relação aos gatos, por enquanto temos reservas para alguns meses, que nos foram oferecidas por uma empresa. Também nos faltam patés para fazer os comprimidos.”

CÂMARA
Segundo Margarida Namora, a única ajuda que a UZ recebe da Câmara Municipal de Lisboa é a recolha, aos sábados, de cadáveres cujo destino é a incineração. “Quem gosta muito de animais espera que o actual presidente, o doutor Carmona Rodrigues, seja sensível a essa questão.”



Uma sociedade não é decente se trata mal os animais. E, neste campo, a Alemanha NS deu lições, que os próprios extremo-esquerdistas reconhecem:

[i]In the UK, the animal rights policies of fascist groups have been documented by the internationally-respected anti-fascist journal Searchlight (2). A leading Green Party member was sufficiently to concerned to say that "Eco-fascism is on the march" and noted that "Despite their hatred of other races the far right have become animal lovers" (3)
A group of UK fascists aligned with Italy's neo-fascists established an AR organisation called Greenwave. Its aims include:
"Total ban on all animal experiments
Total ban on the use of animals in ANY form of entertainment
Total ban on ALL hunting or shooting of animals"


De facto, o governo nacional-socialista alemão promulgou em 1933 uma lei de protecção dos direitos dos animais.

Aparentemente, a valorização relativa dos animais parece ser um traço que se encontra no seio de algumas culturas indo-europeias, enquanto nas tradições semitas o desprezo para com os animais é bem patente.

No Hinduísmo, religião de origem árica ou indo-europeia, há um tal respeito pelos animais que os seus praticantes, hoje em dia, recusam o consumo de toda a carne.

No Irão ariano, por exemplo, o cão era especialmente honrado, até do ponto de vista religioso, motivo pelo qual todos os funerais dos seguidores de Zaratustra tinham a presença de um destes animais, que, segundo as crenças iranianas, afastava os demónios dos corpos mortos. Em contraste, os muçulmanos que conquistaram o exaurido Irão (os Persas tinham saído de guerras devastadoras pouco antes da chegada dos Árabes islâmicos) mostravam o seu ódio aos seguidores de Zaratustra por meio de um gesto provocatório que consistia em atirar com cadáveres de cães para as portas das casas dos Iranianos que optavam por recusar o Islão, mantendo-se assim leais às crenças dos seus ancestrais arianos. E nada disto custaria aos mafométicos, já que o Alcorão considera o cão como animal impuro, chegando mesmo a afirmar que os anjos não entram nas casas em que houver cães, motivo pelo qual todo e qualquer canídeo que pertença a um muçulmano deve ser mantido fora da habitação humana.

Entre os Judeus, por seu turno, a condição dos animais é ligeiramente melhor; todavia, continua-se aí no campo da ausência dos direitos dos animais, sendo estes considerados como coisas, como propriedade dos seres humanos e nada mais do que isso.

Esta mentalidade caracteriza o pensamento judaico-cristão, como se pode depreender pela crítica que o neo-platónico Celso faz à postura cristã a este respeito (in «Discurso Verdadeiro Contra os Cristãos», do século II d.c.): «Pois o que é que dá aos cristãos o direito de se julgarem tão acima do resto do mundo animal? Quem lhes disse que são o centro do universo?»

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pior animal que existe à face da terra é o ser humano.
Será que alguém tem duvudas disso!

Celta 88

13 de fevereiro de 2006 às 17:18:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Dizes isso pk nunca apanhaste uma ténia

14 de fevereiro de 2006 às 23:14:00 WET  

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