terça-feira, janeiro 31, 2006

EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS

Tem sido polémica a questão da introdução da educação sexual nas escolas públicas. Geralmente falando, a ala mais conservadora da sociedade recusa esta novidade, enquanto a Esquerdalha dá pulos de contentamento por mais esta sua «vitória» política.

Compreende-se o incómodo dos conservadores que ficam preocupados por saberem que a versão da educação sexual que será ministrada nas escolas será aquela que os «progressistas» costumam propagar nos meios de comunicação social - tolerância relativamente à homossexualidade, aborto livre, e, segundo os conservadores, «promiscuidade & libertinagem!».

Mas de quem é a culpa se isso acontecer?

Os conservadores tiveram muito tempo, sobretudo em Portugal, para engendrarem um programa escolar completo a respeito da sexualidade, mas nunca estiveram para aí virados, talvez porque os pudores judaico-cristãos os levassem a evitar a abordagem do tema.

Ora, como já Aristóteles dizia, «A Natureza tem horror ao vazio», e isto é sobretudo verdade em matéria de política e cultura - por conseguinte, se determinada força doutrinal se abstém, por pudor ou inércia, de fazer valer, de forma activa, os seus valores, é inevitável que outra força doutrinal, porventura de sinal contrário, surja para disseminar os seus próprios ideais.

Ou, como diria o povo, pôr-se a dormir à sombra da bananeira dá sempre mau resultado.

E, já agora, afirmo - ainda bem que assim foi, porque, de facto, a implementação de estudos de índole sexual nos estabelecimentos de ensino público factor mais positivo do que negativo.

Pois com quem é que os jovens deverão aprender a sexualidade?

Com os amigos da mesma idade, ou de idade pouco mais avançada, com todas as visões distorcidas de sexualidade que abundam entre os adolescentes?...
Com a padralhada, que nem o preservativo deixa usar?...
Com os pais?

Mas será que alguém minimamente normal vai realmente falar de sexo com os seus progenitores?
Quem é que consegue sequer imaginar sem repulsa os próprios pais a fornicarem?
E o tempo em que o papá levava o filhinho ao putedo, não se afigura sumamente ridículo?

Com algum outro membro da família?
Alguém desejaria por exemplo conversar com um parente do mesmo modo que a sexóloga Marta Crawford conversa com os telespectadores no seu programa semanal «AB...Sexo»?

E quando os pobres jovens praticavam a medo a técnica do «cinco contra um» porque temiam que a masturbação provocasse a cegueira, a impotência, a magreza, etc., nessa época era a sociedade mais «edificante»?

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Quem é que consegue sequer imaginar sem repulsa os próprios pais a fornicarem? "

Este teu post é dos mais ridículos que já li.

E nunca havia de referir o acto sexual de duas pessoas casadas como fornicar, especialmente quando se trata dos Pais.

Acho que deve haver ali um complexo de Édipo qualquer. :)

31 de janeiro de 2006 às 23:23:00 WET  
Blogger Reinserir said...

Há umas semanas estive num congresso sobre sexualidade,focado essencialmente na questão da educação sexual,portanto,vou dar a minha opinião baseada naquilo que aprendi.
A educação sexual é necessária,quando vemos os números de mães adolescentes,de abortos feitos por adolescentes,de adolescentes com doenças sexualmente transmissiveis(e não me refiro somente à sida),não podemos pensar que não é necessária!
No entanto,tenho algum receio daquilo que pode ser dito nas escolas,por exemplo,em relação à homossexualidade...
Acho que também os pais devem ser educados neste aspecto,pois o ideal seria que fossem eles a educar os seus filhos sobre a sexualidade.
O facto de haver educação sexual não leva a que os jovens tenham mais sexo ou mais cedo,apenas os pode ajudar a fazê-lo de forma segura.
É verdade que os adolescentes "aprendem" com os amigos,e muitas vezes aprendem coisas completamente erradas e isso pode ser prejudicial para a sua saúde!
Acho que era só isto que eu queria dizer...

31 de janeiro de 2006 às 23:53:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Mais uma vez, uma medida que vem reforçar a já inexistente realidade dos pais se assumirem como educadores. É a escola que passa a ter toda a responsabilidade e toda a influência (boa e má) na educação dos jovens.
Afinal para que servem os pais? Parece que são apenas, e cada vez mais, meros indivíduos que biológicamente contribuiram para a existência de um ser. Tudo o resto, o Estado que dê!

1 de fevereiro de 2006 às 09:26:00 WET  
Blogger Caturo said...

Este teu post é dos mais ridículos que já li.

Diz o defensor do ridículo e do obsceno por excelência. Grande credibilidade tens tu, bem podes limpar as mãos à parede com as tuas classificações.



E nunca havia de referir o acto sexual de duas pessoas casadas como fornicar, especialmente quando se trata dos Pais.

É só essa imbecilidade que tens para dizer?



Acho que deve haver ali um complexo de Édipo qualquer. :)

Ah, já faltava a referência à «piscologia» freudiana como arma de ataque pessoal, típica da ralé esquerdista sem ideias.

1 de fevereiro de 2006 às 11:17:00 WET  
Blogger Caturo said...

Afinal para que servem os pais? Parece que são apenas, e cada vez mais, meros indivíduos que biológicamente contribuiram para a existência de um ser. Tudo o resto, o Estado que dê!

Caro leitor, na prática, a educação sexual é sempre dada pelos amigos, ou pela vida, nunca ou raramente pelos pais. Por conseguinte, não há mal algum em que o Estado intervenha.

1 de fevereiro de 2006 às 11:18:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Ah, já faltava a referência à «piscologia» freudiana como arma de ataque pessoal, típica da ralé esquerdista sem ideias. "

Não era uma afirmação política, nem um comentário sem qualquer fundamento. Pois alguém que refere o Pai como fornicador quando tem relações com a Mãe... é sem dúvida alguém com um grave caso do complexo de Édipo ou alguém com questões sexuais não resolvidas.

]:>

2 de fevereiro de 2006 às 01:13:00 WET  
Blogger Caturo said...

Pois alguém que refere o Pai como fornicador quando tem relações com a Mãe...

Eu nem disse isso, eu só falei no acto de fornicar, não disse que era o pai ou a mãe...

Mas o facto de teres pensado logo nisso, no pai fornicador e a mãe como fornicada (porque não o contrário?) revela afinal mais sobre ti próprio do que pretenderias. E justo é que se te apliquem as palavras por ti proferidas:
é sem dúvida alguém com um grave caso do complexo de Édipo ou alguém com questões sexuais não resolvidas.

Como vês, vinhas para caçar e foste caçado (não interpretes isto como um convite sexual, que é o mais provável numa cabeça como a tua:), mas não tenho os teus vícios nem piores).

Entretanto, quando arranjares argumentos a sério em vez de observações de carácter pessoal sobre assuntos que não te dizem respeito, (mas enfim, a coscuvilhice intimista é mais um sinal de mesquinhez e de miséria espiritual, vindo de ti não admira), para te vingares das vezes em que és rebatido,

nessa altura diz qualquer coisa.

2 de fevereiro de 2006 às 14:42:00 WET  
Blogger Caturo said...

E que mal é que tem fornicar?

Fornicar é ter relações sexuais voluntárias fora do casamento. Mas vejo que a palavra te choca, porque o sô padre te disse que era pecado...

Não há pachorra para copinhos-de-leite mete-nojo e beatos.

2 de fevereiro de 2006 às 14:46:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"E justo é que se te apliquem as palavras por ti proferidas:
é sem dúvida alguém com um grave caso do complexo de Édipo ou alguém com questões sexuais não resolvidas."


Então é também justo responder-te com as tuas próprias palavras:
"Ah, já faltava a referência à «piscologia» freudiana como arma de ataque pessoal, típica da ralé esquerdista sem ideias. "

"E que mal é que tem fornicar?"

Não sei, foste tu que escreveste isto:
"Quem é que consegue sequer imaginar sem repulsa os próprios pais a fornicarem? "

E penso que a resposta apropriada é esta:

"Mas vejo que a palavra te choca, porque o sô padre te disse que era pecado... Não há pachorra para copinhos-de-leite mete-nojo e beatos. "

2 de fevereiro de 2006 às 15:22:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

País não fornicam.
Praticam sexo, amor, relações sexuais, etc.
fornicar é para não casados.
adultério para quem salta a cerca

2 de fevereiro de 2006 às 16:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"País não fornicam.
Praticam sexo, amor, relações sexuais, etc.
fornicar é para não casados.
adultério para quem salta a cerca "


Sem dúvida, ou então o nosso Caturo é um bastardo.

3 de fevereiro de 2006 às 15:16:00 WET  
Blogger Caturo said...

"E justo é que se te apliquem as palavras por ti proferidas:
é sem dúvida alguém com um grave caso do complexo de Édipo ou alguém com questões sexuais não resolvidas."

Então é também justo responder-te com as tuas próprias palavras:

Como sempre, falhas redondamente na argumentação. De facto, esta parte
"Ah, já faltava a referência à «piscologia» freudiana como arma de ataque pessoal, típica da ralé esquerdista sem ideias. "
tem mesmo só a ver contigo, porque só tu é que vieste com pretensas análises freudianas baratas, não eu. Tu bem querias saber usar as palavras do interlocutor contra ele próprio, mas até nisso mostras ser nulidade. (Ainda por cima, se calhar nem sequer sabes exactamente quem era o Freud, se um grande arquitecto cubano, se o defesa esquerdo do Boavista).



"E que mal é que tem fornicar?"

Não sei, foste tu que escreveste isto:
"Quem é que consegue sequer imaginar sem repulsa os próprios pais a fornicarem? "

Evidentemente. Não há mal algum em fornicar, mas ninguém gosta de imaginar os próprios pais a fazê-lo.
Uma pessoa normal não vê mal algum em ter relações sexuais, mas não imagina os pais a fazer o mesmo. Se queres saber porquê, vai-te informar com um psicólogo, em vez de andares armado em autodidata, o que, no teu caso, significa tão somente ser ignorante por conta própria.


E penso que a resposta apropriada é esta:

Mais uma vez, erras por completo, porque quem ficou escandalizado com o termo «fornicar», foste mesmo só tu.

E, assim, repito: mas vejo que a palavra te choca, porque o sô padre te disse que era pecado... Não há pachorra para copinhos-de-leite mete-nojo e beatos.

6 de fevereiro de 2006 às 02:26:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Uma pessoa normal não vê mal algum em ter relações sexuais, mas não imagina os pais a fazer o mesmo."

Uma pessoa normal não fala do acto sexual dos pais como fornicação... no teu caso, já mais que uma vez.

E já andas a confundir os estereotipos: disseste que era da esquerda - logo não sou betinho, mas sim pelo amor livre e promiscuo. Mas gosto de ver como tu associas qualquer pessoa que te acha um anormal como um esquerdalho, é mesmo de quem não tem argumentos ou outra defesa.

7 de fevereiro de 2006 às 22:26:00 WET  
Blogger Caturo said...

Uma pessoa normal não fala do acto sexual dos pais como fornicação...

E és tu quem define o que é uma pessoa normal, tu que defendes as anormalidades por excelência?


E já andas a confundir os estereotipos: disseste que era da esquerda - logo não sou betinho,

O que acontece é que a betinhada costuma adoptar como seus os tiques esquerdalhos.


Mas gosto de ver como tu associas qualquer pessoa que te acha um anormal como um esquerdalho, é mesmo de quem não tem argumentos

Viu-se e continua-se a ver quem é que não tem argumentos - é quem tem sido tão rebatido e enxovalhado que até resolve pegar numa mesquinhez, como tu fizeste - e mesmo aí volta a ser rebatido.

10 de fevereiro de 2006 às 13:55:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home