terça-feira, outubro 25, 2005

A REALIDADE ACTUAL DA IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL

Chamo a vossa atenção para duas notícias publicadas na Novo Press:

A primeira:
O número crescente de trabalhadores estrangeiros em Portugal tem gerado muitos milhões de euros de poupanças, enviados todos os anos para os seus países. A banca descobriu recentemente o “filão”, criando para este novo segmento de mercado serviços e produtos adequados a clientes com grande apetência para a poupança. E não procura apenas servir de intermediário nas suas transferências, mas também cativá-los para uma relação bancária a médio e longo prazo.
Entre 2000 e 2004, o envio de remessas de imigrantes para fora de Portugal cresceu 138%, atingindo os 450,6 milhões de euros em 2004, de acordo com os dados do Banco de Portugal. O ano recorde foi 2002, quando o total transferido atingiu 572 milhões de euros, tendo diminuído para 432 milhões em 2003, reflexo da crise económica. No ano passado, estas remessas cresceram ligeiramente, mais 6,2% que no ano anterior.
(Se quiser ler mais, clique nas letras sublinhadas.)


Até nisto a imigração vale muito menos do que aquilo que os imigracionistas afirmam. Mas se ainda ao menos estas remessas todas constituirem um sinal de que os alienígenas voltarão um dia para o seu país...



A segunda:
Mão-de-obra imigrante contribui com 5% para a economia, sobretudo na construção e restauração
A subida acentuada do desemprego está a fazer vítimas, também, entre os mais de 450 mil imigrantes legalizados em Portugal. Entre Junho de 2000 e o mesmo mês de 2004 o número de imigrantes a receber subsídio de desemprego quadruplicou, passando de 4462 para 20 895, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Segurança Social a que o DN teve acesso. Ou seja, este grupo representava já 5,1% do total de beneficiários de prestações de desemprego.
O fenómeno atinge, em particular, os imigrantes dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), que, em Junho de 2004, representavam 45% dos estrangeiros desempregados. O segundo maior grupo era composto pelos oriundos dos países do Leste europeu (17,3%), logo seguidos pelos originários do Brasil, que representavam 16% do total. Questionado pelo DN, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) não disponibilizou os dados referentes a este ano.
(...)
A dimensão real do fenómeno é, no entanto, mais expressiva. Não só porque se admite que o número real de imigrantes, difícil de estimar, possa ser cerca de cem mil acima das estatísticas oficiais, como o mês de Agosto é tradicionalmente aquele em que há mais emprego sazonal, precisamente o tipo de emprego a que mais concorrem os trabalhadores estrangeiros. Em todo o caso, a tendência é de aumento, pois no mesmo mês do ano anterior havia menos três mil estrangeiros desempregados. E em Fevereiro os estrangeiros sem emprego eram 21 153.
Apesar da redução de oportunidades no mercado de trabalho português - onde a taxa de desemprego deverá chegar aos 7,4% até final deste ano e aos 7,7% no próximo -, os imigrantes continuam a chegar de forma descontrolada.
“Mas não é líquido estabelecer uma relação de causa e efeito entre o aumento da imigração e o do desemprego, uma vez que, em regra, os imigrantes vêm ocupar postos de trabalho onde há falta de oferta de mão-de-obra”, lembra o alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, Rui Marques. Já o mesmo não se pode dizer do impacto da imigração do Leste no desemprego dos africanos, que está a ser particularmente penalizado, pela concorrência mais qualificada que chega do Leste da Europa.
Ainda assim, a menor exigência salarial dos imigrantes e, em alguns casos, maior qualificação podem já estar a limitar as oportunidades de emprego, num cenário em que a taxa de desemprego está anormalmente elevada, face aos padrões portugueses dos últimos anos.
Se bem que os fluxos oriundos do Leste europeu já estejam a estabilizar, responsáveis de várias entidades que acompanham o fenómeno da imigração contactados pelo DN apontam uma entrada “descontrolada” de imigrantes do Brasil e da Roménia.
Um descontrolo que, segundo as mesmas fontes, está relacionado com o facto de o sistema de quotas através da concessão de vistos de trabalho, introduzido pelo anterior Governo, estar bloqueado.
(Ler mais.)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Enquanto isso, é notícia que a natalidade em Portugal e na Europa continua a diminuir, e que se não fosse a imigração não conseguiam corrigir esse decréscimo. Talvez tal seja devido à crise, só que o efeito perverso aquando duma futura retoma é a de virem mais imigrantes, como diz o Marcelo. E assim, aos poucos, à custa da estupidez de quem não lhe custava nada ter dois filhos, se enfraquece a Europa.

27 de outubro de 2005 às 13:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

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6 de março de 2007 às 22:58:00 WET  

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