quarta-feira, junho 22, 2005

TROCA DE TERMOS - O SEU A SEU DONO

No blogue Aliança Nacional, Manuel Brás escreveu mais um artigo a atacar a «nova religião» onusiana.

De um modo geral, a sua crítica é inteligente e bate no ponto certo - as religiões, as doutrinas, as nacionalidades até, de todo o mundo, estão cada vez mais ameaçadas pela sensaboria uniformizante e politicamente correcta que a O.N.U. e seus derivados se esforçam por propagandear.
No entanto, o nome que dá à coisa, «Paganismo», demonstra bem o quadrante em que se insere Manuel Brás - o do monoteísmo semita, potencial inimigo da diversidade e da liberdade.
Com efeito, o que mais parece incomodar Manuel Brás é precisamente a afirmação do direito à diferença, à sacralização da natureza, do feminino, diz ele, referindo-se talvez ao que é telúrico imanente. E, na verdade, aquilo que se revela mais ameaçador na religião onusiana é precisamente a herança que lhe vem da mentalidade monoteísta semita: o universalismo «moralmente obrigatório», como se a unanimidade doutrinal e fraternalista fosse um dever.

Assim, a religião onusiana, na sua essência, é tão somente uma reedição do Cristianismo, pois que também este, reunindo elementos de outras religiões, pretendeu impor a todos os povos do mundo uma mesma moralidade, uma mesma ética, uma mesma verdade única. Por conseguinte, se a religião onusiana é adversária do Cristianismo, do Islão, é no entanto inimiga de todos os paganismos, ou seja, de todas as religiões nacionais, tais como o Hinduísmo e as restaurações dos antigos cultos europeus.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Torna-se realmente constrangedor verificar a confusão ideológica do Sr. Brás, pois, tal como o autor deste blog já apontou, a concepção onusiana assenta precisamente no universalismo igualitarista, por conseguinte uniformizador de povos e culturas e consequentemente destuidor das mesmas, mas cuja génese remonta às três concepções monoteístas dos povos do deserto, dado que a sua matriz é a mesma. Ora, torna-se ridículo, mesmo para um individuo ateu como é o meu caso, ler tal verberação anti-pagã, totalmente desconexa, ainda para mais vinda de um católico (etimológicamente católico deriva do grego para designar universal), o que não deixa de ser paradoxal e atentatório da inteligência dos demais.

22 de junho de 2005 às 23:23:00 WEST  
Blogger Suevo said...

Está ao nivel que a AN nos habituou.

23 de junho de 2005 às 00:04:00 WEST  

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