domingo, maio 29, 2005

OS AVISOS DE CASSANDRA

Cassandra é uma personagem mitológica grega que, possuindo o dom da profecia, avisava a sua gente dos males que estavam para acontecer. Como ninguém nela acreditava, ninguém tomava precauções para se defender ou pelo menos para diminuir o impacto das coisas más que, de facto, vinham realmente a dar-se.

Mas e se as novas Cassandras estiverem a prevenir os seus contemporâneos a respeito da noite final que se aproxima, será que alguém se pode dar ao luxo de não fazer caso das suas palavras?

Será que a despreocupação de pateta alegre e a constante vontade de ver tudo cor de rosa pode fazer esquecer que há valores que pura e simplesmente não se podem pôr em risco?

Ligar ou não ligar a profecias é como um jogo de cartas.
E, por vezes, jogar pelo seguro não é apenas uma questão de escolha individual, mas sim de ética, porque há coisas que pura e simplesmente não se podem apostar.

Oiça-se as vozes dos que sabem - dos indivíduos que se tornaram apóstatas do Islão porque o conheceram por dentro.
Exemplo disso é Hirsi Ali, mulher somali que vive na Holanda e passou a estar sob ameaça de morte depois de publicamente renunciar ao Islão, e que, por causa disso, vive permanentemente rodeada de guarda-costas, diz categoricamente:
«O problema está precisamente no profeta Maomé e o Alcorão. Pode haver muçulmanos moderados, mas o Islão, em si, não é moderado. Não há nenhuma diferença essencial entre Islão e Islão fundamentalista.»