terça-feira, maio 24, 2005

EUROVISÃO

Só hoje tive tempo para escrever sobre o festival da eurovisão da canção, cuja fase final teve lugar no dia 21 de Maio. A cobertura jornalística do evento foi uma vergonha, sabe-se lá porquê. Nunca me passaria pela cabeça que uma primeira fase do festival da canção, que incluía a participação portuguesa, seria emitida às três da tarde de uma quinta-feira, e depois repetida às oito, foi uma coisa assim, nem sei bem, porque nem sequer vi, porque nem sequer sabia disso.

É que nunca ouvi sequer a música completa dos participantes portugueses (os «To Be», com mais um esforço aportuguesante, era «ToBias»).

Fosse o espectáculo realizado na SIC, e não se falaria noutra coisa durante uma semana...

Enfim, do pouco que ouvi dessa canção, não me ficou excelente impressão. Uma coisa mexida, mas meio falada em Inglês, num estilo de bastardia mixórdica, criado para agradar «a todos» e não interessar a ninguém.

E não se pense que esta sensaboria internacionalista é exclusiva de Portugal. Pelo contrário, aqui até se pode dizer que os Portugueses costumam ser, quanto a mim, um dos países mais exemplares da Eurovisão: diferentemente do que acontece com mais de metade dos Estados participantes, os concorrentes portugueses têm cantado sempre na língua nacional.

Pois em que língua é que se deve cantar, num festival europeu de países europeus, a não ser na língua nacional?

E, já agora, porque cargas de água é que a maioria dos países insistem em levar músicas de estilo pop, internacional, descaracterizado?

Pois se é um festival de música das nações europeias, não é óbvio que as suas músicas devem pelo menos ter um toque tradicional, ou «folk», como se diz agora?

Porque é que por exemplo a Irlanda (que já ganhou sete vezes) é sempre representada por umas cançonetas sem sal, chatas como a merda, uniformemente cantadas em Inglês? O Inglês é uma das línguas oficiais desse país, é verdade, mas aí, no verde Eire, há outra língua oficial, o Gaélico ou Goidélico, e é isso que faz da Ilha Esmeralda um país autêntico, original.

A propósito de Irlanda, parece óbvio que também a Escócia, Gales, Bretanha e Euskadi (País Basco) deviam ter participações independentes do Reino Unido, da França e da Espanha, respectivamente...

Se é para se fazer soar uma cantilena descaracterizada, sem identificação étnica ou nacional, então aquilo deixa de ser um festival europeu e passa a ser um qualquer «Chuva de estrelas» ou «ídolos» ou similar chatice.


Em abono da verdade, é desconcertante ter de admitir que os únicos países que não deviam participar – Israel e Turquia, que não são europeus – são precisamente aqueles que costumam portar-se melhor, cantando (quase) sempre na sua língua nacional e no seu estilo musical folclórico (o exemplo da Turquia foi particularmente bom este ano).

Desta vez, até a Ucrânia apareceu com uma merdice americanizada, interpretada por um quarteto de loiros vestidos à preto.

A vencedora, uma grega de corpo escultural e boa presença, deu voz a uma versão anglicizada de uma canção tradicional da sua nação. Os europeus que votaram, gostaram mais de um ritmo folclórico helénico do que das outras cançonetas todas. Não foi mau de todo, embora o idioma Grego lhe tivesse ficado muito melhor...

Festivais destes fazem mais falta agora do que nunca, embora, por ironia (e sacanice) do Destino, nunca tenham sido tão irrelevantes como o são hoje.

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

eslavos e islao tudo a mesma merda, felizmente os judeus existem para servirem de tampao a essa escoria, viva o estado de israel

25 de maio de 2005 às 04:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Eslavos merda, não... esses são europeus, tanto como nós.

25 de maio de 2005 às 11:51:00 WEST  
Blogger Isa Maria said...

O festival já não é o que era apesar de Portugal ficar sempre mal. Hoje sofre-se o efeito da lobalização.
( se quiseres visita-me e lê o que também escrevi sobre o festival. não tão completo como tu, mas disse algo)
BYe

25 de maio de 2005 às 12:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Nunca me passaria pela cabeça que uma primeira fase do festival da canção, que incluía a participação portuguesa, seria emitida às três da tarde de uma quinta-feira, e depois repetida às oito, foi uma coisa assim, nem sei bem, porque nem sequer vi, porque nem sequer sabia disso.»
Antes, era ao fim de semana, agora, é a meio da semana, que é para toda a gente ver (claro que eu também não pude)... enfim, esta gente cada vez está mais estúpida!...

«Enfim, do pouco que ouvi dessa canção, não me ficou excelente impressão. Uma coisa mexida, mas meio falada em Inglês, num estilo de bastardia mixórdica, criado para agradar «a todos» e não interessar a ninguém.»
Não eram assim tão maus. Além do mais, foram sabotados.

«Porque é que por exemplo a Irlanda (que já ganhou sete vezes) é sempre representada por umas cançonetas sem sal, chatas como a merda, uniformemente cantadas em Inglês? O Inglês é uma das línguas oficiais desse país, é verdade, mas aí, no verde Eire, há outra língua oficial, o Gaélico ou Goidélico, e é isso que faz da Ilha Esmeralda um país autêntico, original.»
Porque os Irlandeses são excelentes músicos, poetas e bardos, você é que não gosta, mas eu lembro-me duma que, não sendo muito forte, era bonita na mesma. Aí é que está o talento.

«A propósito de Irlanda, parece óbvio que também a Escócia, Gales, Bretanha e Euskadi (País Basco) deviam ter participações independentes do Reino Unido, da França e da Espanha, respectivamente...»
Como a Irlanda do Norte, a Escócia e Gales no futebol e no râguebi.

«Se é para se fazer soar uma cantilena descaracterizada, sem identificação étnica ou nacional, então aquilo deixa de ser um festival europeu e passa a ser um qualquer «Chuva de estrelas» ou «ídolos» ou similar chatice.»
Mas foi de lá mesmo que os nossos vieram: ele era da «Operação Triunfo» e ela era dos «Ídolos».

«Em abono da verdade, é desconcertante ter de admitir que os únicos países que não deviam participar – Israel e Turquia, que não são europeus – são precisamente aqueles que costumam portar-se melhor, cantando (quase) sempre na sua língua nacional e no seu estilo musical folclórico (o exemplo da Turquia foi particularmente bom este ano).»
Estão menos descaracterizados pela mundialização forçada - e no caso de Israel é bem irónico não terem sido afectados, eles que são a Nação mais cosmopolita do Mundo, não por terem tido o Mundo dentro deles, mas por terem estado eles próprios em todo o Mundo.

«Desta vez, até a Ucrânia apareceu com uma merdice americanizada, interpretada por um quarteto de loiros vestidos à preto.»
Sintomático disso mesmo.

«A vencedora, uma grega de corpo escultural e boa presença, deu voz a uma versão anglicizada de uma canção tradicional da sua nação. Os europeus que votaram, gostaram mais de um ritmo folclórico helénico do que das outras cançonetas todas. Não foi mau de todo, embora o idioma Grego lhe tivesse ficado muito melhor...»
É verdade. Também me faz lembrar que eu no Portugal-Grécia estive pela Grécia: antes apoiar alguém que ainda é da minha Sub-Raça do que apoiar uma misturada amorfa, quer em termos de composição quer em termos de adeptos (na RTP estavam sempre a mostrar a negrada de bandeira Portuguesa nas mãos, e até indianos com ela apareciam, sem esquecer a constante graxa dada ao «imigrante de sucesso» Scolari).

«eslavos e islao tudo a mesma merda, felizmente os judeus existem para servirem de tampao a essa escoria, viva o estado de israel»
«Eslavos merda, não... esses são europeus, tanto como nós.»
Os Eslavos são os menos degenerados, aburguesados e acomodados de todos nós... por isso é que ganharam a II Guerra Mundial!... Mas viva Israel na mesma, que eles também se enrijeceram.

«O festival já não é o que era apesar de Portugal ficar sempre mal. Hoje sofre-se o efeito da lobalização.
( se quiseres visita-me e lê o que também escrevi sobre o festival. não tão completo como tu, mas disse algo)
BYe»
É mais lobotomização do que (g)lobalização!...

25 de maio de 2005 às 13:12:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Estão menos descaracterizados pela mundialização forçada - e no caso de Israel é bem irónico não terem sido afectados, eles que são a Nação mais cosmopolita do Mundo, não por terem tido o Mundo dentro deles, mas por terem estado eles próprios em todo o Mundo.

Pois aí é que está... eles estiveram em toda a parte... ao pé dos outros... mas nunca estiveram com os outros.

E assim mesmo é que é. Nisso, dão uma lição a muitos dos nossos.

25 de maio de 2005 às 15:39:00 WEST  
Blogger vs said...

O Caturo tem razão.
Certames deste género deveriam servir para cada país mostrar um pouco da sua música e da sua cultura.
E não me venham com a hist+oria da 'modernidade'.
Existem inúmeros exemplos de 'fusões' fabulosas entre ritmos musicais modernos e as sonoridades tradicionais.


Porque raio é que o Caturo quer 'correr' com Israel da Eurovisão??
Era uma chatice...pois é facto reconhecido que a delegação israelita é sempre das que trazem mais vistoso mulherio (parece que o serviço militar obrigatório periódico só lhes faz bem :) ).

Ainda mais, ao olhar para as loiraças e para a 'fronha' da delegações israelitas, comprendemos bem melhor porque é que os mafométicos acham que Israel nada tem a ver com eles.
Os árabes demonstram assim apurada sensibilidade estética e....cromática :)

25 de maio de 2005 às 16:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Por mais belas que sejam as suas mulheres, ó Buíça, o que é facto é que eles não são europeus. Por isso, não têm nada que estar na eurovisão.

Ainda a respeito das mulheres, evite-se ter mais olhos do que barriga... as representantes da Suécia, da Noruega, do Reino Unido (este ano, não!, livra...), da Suíça, do leste, etc., são mais do que suficientes para alegrar a vista.

25 de maio de 2005 às 16:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Infelizmente, o Carlos Daniel da RTP disse que a exigência de se cantar em Português (algo perfeitamente válido por si, além de ser uma forma de rentabilizar aquilo que temos de nosso, defendido por muitos, desde Simone de Oliveira a José Cid)... é um provincianismo!... Em vez disso, ele prefere o mais civilizado, ou seja, adoptar as culturas das províncias dos outros países!...

«Certames deste género deveriam servir para cada país mostrar um pouco da sua música e da sua cultura.
E não me venham com a hist+oria da 'modernidade'.
Existem inúmeros exemplos de 'fusões' fabulosas entre ritmos musicais modernos e as sonoridades tradicionais.»
E é bem verdade. Para quê deitar fora a criança com a água do banho e desperdiçar o que é antigo e bom? E, como o mundo físico é limitado, não vão poder andar a mudar para sempre, lá acabarão, especialmente se gostarem, por voltar a coisas que já antes foram feitas. E então?

«Porque raio é que o Caturo quer 'correr' com Israel da Eurovisão??
Era uma chatice...pois é facto reconhecido que a delegação israelita é sempre das que trazem mais vistoso mulherio (parece que o serviço militar obrigatório periódico só lhes faz bem :) ).»
Isso faz-me lembrar uma história engraçada, que mostra bem como são as mulheres Israelitas... Retiraram-nas da Força Aérea porque eram tão más que ainda eram piores que os homens!... Tão más que os JUDEUS, em tempo de GUERRA, até tiveram pena dos Árabes e preferiram saneá-las!... Eu cá, não o faria!...

«Ainda mais, ao olhar para as loiraças e para a 'fronha' da delegações israelitas, comprendemos bem melhor porque é que os mafométicos acham que Israel nada tem a ver com eles.
Os árabes demonstram assim apurada sensibilidade estética e....cromática :)»
Tudo isso só vem confirmar que, de facto, os Judeus assimilaram caracteres étnicos - entre outros - dos países por onde passaram (e eu pergunto - Ganhámos alguma coisa em eles se terem tornado mestiços e nossos parentes? Então para que é que os mundialistas anseiam tanto pela misturada?...). Isto vem referido no site Racial Reality, que já não aparece no endereço em que estava porque a Angelcities cancelou as páginas gratuitas... ao que chegou também a Crise e o défice, até na América!... Agradeçamos ao nosso amigo W!...

25 de maio de 2005 às 16:30:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Ainda a respeito das mulheres, evite-se ter mais olhos do que barriga...»
«E assim mesmo é que é. Nisso, dão uma lição a muitos dos nossos.»

25 de maio de 2005 às 16:31:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Infelizmente, o Carlos Daniel da RTP disse que a exigência de se cantar em Português (algo perfeitamente válido por si, além de ser uma forma de rentabilizar aquilo que temos de nosso, defendido por muitos, desde Simone de Oliveira a José Cid)... é um provincianismo!...

E quem é esse Carlos Daniel para que a atrasadice mental que ele disse seja tida em linha de conta?

25 de maio de 2005 às 18:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Foi jornalista e pivot, e hoje deve ser um dos directores de programas ou coordenador, ou qualquer outra coisa que o valha mas de maior responsabilidade, talvez apenas em relação ao festival em si, e a eventos similares, enfim, é um médio (alto?) funcionário da estação.

25 de maio de 2005 às 19:08:00 WEST  

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