quarta-feira, dezembro 29, 2004

RECONHECIMENTO E CLARIFICAÇÃO DAS POSIÇÕES

ACR continua atento. E cada vez mais. Diz que os nacionalistas (aos quais ele chama «racistas»), estão mortos, mas quer certificar-se de que assim é, num intuito que tem já contornos de conto sobrenatural: António Cruz Rodrigues vai de estaca em punho aos cemitérios para certificar-se de que os dráculas racistas ficam mesmo na sua tumba. Só que, continuando na metáfora sobrenaturalista, o que é facto é que ACR está cada vez mais perante uma noite de mortos-vivos...
As estacas de que ACR se pretende servir para apunhalar o coração do Nacionalismo, são inteiramente feitas de dogma - têm «poder» porque ACR diz que sim, embora nunca explique em que consiste tal poder...

É que ACR não se cansa de dizer que o ideário dos seus opositores é «oco», mas nunca por nunca se dispôs a demonstrar porquê, se excluirmos as suas tentativas falhadas de apontar ao Nacionalismo racial erros que, afinal, não existiam.

E porque é que António Cruz Rodrigues tanto insiste na tese de que o Nacionalismo racial é oco?
Porque quer por todos os meios - todos, isto é, excepto os da argumentação lógica - persuadir os seus leitores (que tanto podem ser uma multidão como dois ou três) de que não se pode ser nacionalista racial porque não. Bem vistas as coisas, é só isto que afirma, embora o faça assaz tautologicamente, dizendo sempre o mesmo de várias maneiras diferentes. Agarre-se naquilo tudo, esprema-se, com polpa e tudo, e nada se encontrará para além de meia dúzia de argumentos já rebatidos e de atoardas inteiramente gratuitas.

Ora o facto de que ACR não consegue nem à lei da bala arranjar um discurso apropriado para combater ideais que lhe desagradam, faz com que se evidencie a ansiedade de quem sabe que, ao contrário do que quis fazer crer, é realmente possível que o Nacionalismo cresça em todo o País. O próprio ACR já o admite, com as palavras que passo a citar:
«É que, em toda a parte pode haver verdadeiras turbas capazes de deixar-se movimentar pelo veneno de ideias ocas e sem sentido. O racismo é uma delas, como derivação do exclusivismo étnico ou simples racialismo, aparentemente idealista e inofensivo.

Então, Dr. Cruz Rodrigues, como é afinal? Entendamo-nos: um movimento ou está morto ou não está.
Se está morto, não se expande. Se se expande, é porque não está morto, mas sim vivo.
Assim, das duas uma, ou ACR mudou de ideias a meio da sua última mensagem dedicada ao tema, ou então, quando afirma a «morte» do Nacionalismo racial, está, não a constatar um facto, mas tão somente a desejar que esse facto fosse verídico.

E, a julgar pelas suas próprias palavras e crescente preocupação, o rumo dos acontecimentos não lhe faz a vontade.

Contra factos, não há argumentos; e ACR nem argumentos tem, além das infundadas acusações do costume: julga denunciar o racismo, o anti-cristianismo e o anti-portuguesismo.
Quanto ao aspecto do racismo, já ficou demonstrado que nunca o líder da Aliança Nacional conseguiu provar que havia da parte do grosso do Nacionalismo crescente (representado na FN e não só) qualquer espécie de racismo. De facto, quando foi questionado directamente a respeito do tema, o seu silêncio foi significativo.
Sobre o tema do anti-cristianismo, passa-se o mesmo: não há qualquer campanha anti-cristã da parte dos actuais nacionalistas portugueses. ACR crê que tal delírio é real talvez porque, para ele, quem não é cristão é certamente anti-cristão...
A respeito do suposto «anti-portuguesismo», aí entra ACR afunda-se no dogmatismo totalitário: tal como muitos esquerdistas e muitos patrioteiros «de direita», ACR determina que ser português é corresponder a um certo número de quesitos ditados pela ideologia universalista patrioto-cristã e, como os nacionalistas não se vergam perante tal cartilha, ACR, assumindo ser o condutor incontestado da Portugalidade, declara que quem como ele não pensa não é bom português.

E depois de tudo isso, ACR clama ter «desmascarado» os nacionalistas, ao «traçar-lhes o retrato-robô». O que se torna verdadeiramente engraçado é o modo como ACR, ao pretender desmascarar os adversários (como se os nacionalistas raciais alguma vez tivessem usado máscaras...), acabou, isso sim, por se desmascarar a si próprio, involuntariamente, quando declarou o seu desprezo pelo Nacionalismo, pelo sangue, pela raça.

Termina o seu libelo com um apelo a que se vote em quase tudo e mais alguma coisa (até mesmo no PS) menos no PNR. Significa isto que o líder dos patrioto-cristãos está disposto a aliar-se às força maçónicas que diz combater se isso puder contribuir para que o Nacionalismo autêntico, o racial, não cresça.
Esta atitude deixa bem evidente a real natureza do confronto ideológico que se define com cada vez mais precisão em todo o Ocidente e também já em Portugal: os universalismos patrióticos são, ao fim ao cabo, inimigos do Nacionalismo, estando na sua essência muito próximos da Esquerda e do Capitalismo internacionalistas. O suposto «nacionalismo-de-futuro» de ACR é, tal como a Maçonaria, um produto do internacionalismo fraternalista que julga poder usar as Nações como ferramentas, como fatiotas que só servem para determinada função e que a dada altura ficam «desactualizadas», tornando-se por isso «dispensáveis».
Contra tal mentalidade, ergue-se o archote da consciência de estirpe, levantado bem alto por aqueles que querem salvaguardar a sua identidade e verticalidade.





1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Infelizmente, agora até os diccionários já chamam racismo a qualquer "discriminação" com base na raça. É a tal coisa dos reflexos condicionados: querem que, por associação, odeiem tanto uma coisa como a outra. ACR usa do mesmo estratagema ao dizer "simples racialismo, aparentemente idealista e inofensivo".
Nacionalismo não racial não é Nacionalismo (quando ACR ignora que sempre existiu e permitiu que as Etnias sobrevivessem até hoje), ou antes, é Nacionalismo pelas Nações dos outros - e quem é que é pela nossa?... Isto, já terá sentido para ele?... O que é que isto tem de oco? Não existem Etnias com valor intrínseco semelhante ao de elementos naturais ou de criação humana e igualmente dignos de existir? Ou estaremos condenados a servir "Culturas", perdendo o direito de dar continuidade também àquilo que nós somos, ou seja, "pessoas humanas"?...


Imperador

29 de dezembro de 2004 às 18:19:00 WET  

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