segunda-feira, setembro 20, 2004

NACIONALISMO SOMA E SEGUE - EM MARCHA PELA ESTIRPE

Do Forum Nacional:

The result has been announced and coming in the same week which has witnessed both the Royal residence of Buck House and the House Of Commons physically penetrated by some very unhappy Britons, the overwhelming conclusion is that the good British folk will vote for the person and party they can trust and that is increasingly the BNP!
Winning BNP candidate Daniel George Kelley - British National Party a local man of 61 years old, lived in Dagenham all his life, widower and raises thousands of pounds for kids via the country and western music and dance scene.
A simply stunning election victory - 51.9% of the voters placed their cross alongside the BNP candidate.
As the result in Valence ward, for the next door Dagenham constituency back in July also indicated, the BNP are going to be a main player in this part of East London when Tony Blair chooses to go to the country.
An insider at the London Evening Standard told the London BNP website a week before polling day:
"After discussions between party managers, it was agreed that the Liberal Democrats and the Tories would run no sort of campaign whatsoever. At the very last minute they managed to persuade UKIP to put up a candidate in the hope of splitting the BNP vote and letting Labour in by the backdoor."

Resultados Finais :
Daniel Kelley BNP 1072
Patricia Northover (Lab) 602
Terence Jones (UKIP) 137
Christine Naylor (Con) 111
Frederick Tindling (Lib-Dem) 85
Geoff Sheridan (Green) 59
BNP Percentage: 51.9%
Turnout: 28.8%


A extrema-direita também cresce na zona oriental de Londres, a mais pobre da cidade... talvez porque seja aí que as pessoas sofrem mais com as consequências da imigração. Uma votação destas é pois um sinal de saúde das populações europeias - a Nação resiste, reage à iminvasão, que é a imigração feita de um modo racial e etnicamente invasor.

E, do lado contrário (esquerdistas, capitalistas) já vai havendo muita gente imensamente nervosa... refiro-me àquela escumalha que gosta de se dares de tolerante mas que, quando percebe que o povo está a dar demasiados votos ao inimigo, nessa altura estala-lhes os verniz, perdem a compostura e cai-lhes a máscara, o que tem como resultado a exibição de abjecto fanatismo e baixeza de carácter que caracteriza tal escumalha.
Um bom exemplo deste tipo de «gente», é o comediante inglês Jeremy Hardy que, a propósito do BNP, disse, recentemente, na BBC, que, para que houvesse um futuro melhor, devia-se abater com um tiro na nuca não só os militantes do referido partido, BNP, mas também os seus eleitores...

... e logo havia de ser um inglês, supostamente um «good sport», do povo do «fair play», a perder a desportiva!...


21 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caturo, o borough de Barking e Dagenham nao e um dos mais pobres de Londres. Para ver pobreza e necessario ir antes ao borough de Tower Hamlets, esses apesar de terem Canary Wharf, Limehouse e Isle of Dogs debaixo da sua alcada, tem uma concentracao de council flats assutadora (habitacao social) e na sua maioria nao sao ocupadas por inglesinhos branquinhos. Alias se for passear ate Hackney (Hackney bourough), ou Newham volta a repetir-se o cenario. Ja agora sabia que em Londres, muitas vezes, os council flats convivem com habitacoes de luxo do outro lado da rua? De um salto ate Tower Hill e vai ver! Ou entao ate mesmo a Westminster (sim, onde fica o parlamento) atravesse a ponte em frente ao Big Ben, ande 100m e o que encontra? Council flats! Va ate Greenwich onde as casas custam para cima de 500.000€ e tambem os encontra. Mas depois va ate Barking e Dagenham e... bem, ha uns poucos ao pe da M25 mas... todo o Bourough de Barking e Dagenham e constituido por casas- vivendas- com jardim. A porta de todas as casas ha um ou mais carros. Encontra pubs em todas as ruas, imensa oferta de lojas e servicos, areas de lazer e centros comerciais, mercados... Os locais vestem-se com roupas de marca (embora muitas vezes o mau gosto impere) e sao aquilo que e vulgo chamar-se "essex geezers" - Barking e Dagenham ja sao parte do Essex (fora de Londres). Um pormenor - a area e quase totalmente BRANCA! Quase nao se veem elementos de outras etnias (aparte de estudantes universitarios). O grande problema em Barking e Dagenham nao e ou foi a imigracao. Foi sim a mudanca de grande parte da linha de producao da fabrica da Ford de Dagenham (que empregava mais de 10000 pessoas) para a Europa de Leste, o que lancou no desemprego um numero consideravel de pessoas. Mas isto foi nos anos 90 e desde entao muito mudou.
Quanto as eleicoes para o Council, bem, deixo em baixo a lista dos councillors e tambem a fonte para que veja por si mesmo a forca que o BNP representa!


BNP -Daniel George Kelley

Conservative Party -Anton Clark, Brian Cook, Terrence Justice

Labour Party -Jeanne Alexander, Madeline Baker, William Barns, Jean Blake, Edith Bradley, Graham Bramley, Jean Bruce, Herbert Collins, Len Collins, June Conyard

Labour and Co-op Party -Liam Smith

Liberal Democrat Party -Dianne Challis, Jayne Cooper, Alan HG Cooper, Alan HG

Residents - Ron Curtis, John Denyer, Albert Gibbs

http://www.barking-dagenham.gov.uk/9-democracy/Councillors/cnllrs-menu.cfm?byparty

Cumprimentos

20 de setembro de 2004 às 13:23:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Nova troca de impressões “2 em 1” com os Srs. Caturo e Anónimo:7:15PM, em A Primeira das Prioridades http://gladio.blogspot.com/2004/09/primeira-das-prioridades.html

“Basta-lhes meter tudo no mesmo saco, apenas "por ser parecido"!” – Sempre que se típica uma imagem ou generaliza uma ideia, poucos são os que estabelecem diferenciação. Por exemplo, todos consideram os Skins como extrema-direita racistas empedernidos. Li há uns tempos um artigo de jornal onde se faz uma análise histórica do movimento skin desde a sua origem, as suas ramificações, até à sua implantação em Portugal e, para minha surpresa, soube que existiam alguns movimentos skin em Portugal que se assumem da esquerda e anti-racistas. Sei que existem nacionalistas mais moderados e outros violentamente radicais. O problema para os mais moderados, é que a mensagem transmitida pelos outros é bem mais interiorizada na memória colectiva. Pelos vistos, são os nacionalistas radicais e fundamentalistas que mais problemas criam aos seus irmãos mais moderados. É uma realidade com que têm de lidar.

“O tom nem sempre é duro. As mais das vezes apenas fazemos afirmações de princípio.” – Volto à mesma dose: mesmo que nem sempre seja duro, o que mais chama atenção e mais tempo permanece nas mentes colectivas é a parte dura. E quando há momentos de suavidade, o que as mentes colectivas pensam é que estão a querer camuflar as vossas reais intenções.

“E a "formação e ideologia" dos que têm medo de nós não é nem absoluta nem correcta!” – Depende do lado (vosso ou deles).

“E até parece que discriminar não faz parte da nossa Natureza!” – E comer carne crua também fez parte da nossa natureza durante milhares de anos, mas isso não impediu o crescimento do negócio de fogões.

“Apenas queremos fazer uma arrumação.” – Também costumo usar esse argumento com os ácaros que habitam a minha maison. Mas mesmo assim, não se convencem. Acham sempre que a tal da arrumação vai arrumar com uns quantos deles.

"não querem, nem procuram, suavizar a pílula" - É mentira! Muitos bem tentam, mas o que é facto é que outros, ainda que não subscrevam, deixam andar.” – Mentira?! Quando o Sr. diz que só quer fazer arrumações, acharia correcto que eu o chamasse de mentiroso, sem mais aquela? Eu li apelos à morte em fóruns. Eu li verdadeiras alvíssaras à KKK e aos seus métodos. Eu li violências incríveis em relação aos Judeus. Se eu li, qualquer um que faça uma pequena pesquisa também lê. É mentira que não suavizam a pílula com este tipo de discurso em sites abertos ao público? É mentira que ao fazê-lo conscientemente não se estão a borrifar para o suavizar da pílula? Que me diga que há uns que tentam, é claro que sim. Este blog do Sr. Caturo é disso exemplo, quando se esforça por se demarcar dos slogans mais violentos. E o próprio Sr. Caturo não conhece bem as reacções que suscita noutros fóruns, quando entra com os seus nacionalismos, mesmo moderados? Não paga pela imagem que já se generalizou?

“a mensagem nacionalista não é mais radical do que a Esquerdista - por exemplo, quer algo de mais extremista do que afirmar que a nacionalidade deve ser para todos os que a requererem?... E que o problema da baixa natalidade se resolve com a imigração...” – Ó Sr. Caturo, pelos raios de Zeus! Então o Sr. acha mesmo que as massas consideram esse discurso tão violento quanto o discurso que usa expressões como expulsar, matar, símios, cogumelos envenenados (leia-se Judeus), fechar fronteiras, etc.? Que ideologicamente a violência seja do mesmo calibre, concordo. Mas não pode negar que a violência das palavras usadas é radicalmente distinta, sendo que os nacionalistas ainda perdem aos pontos.
Cumprimentos a ambos.

20 de setembro de 2004 às 14:37:00 WEST  
Blogger vs said...

"A extrema-direita também cresce na zona oriental de Londres, a mais pobre da cidade..."

Caturo dixit. Nem digo mais nada. Não que tenha algo contra os pobres, mas gosto de ver confirmada a tese que defendo, só isso.

Já agora, é curioso reparar que, nos dois lados do Atlântico, quando expostos ás mesmas vicissitudes, os eleitorados reagem de maneira diferente.
Assim, na Europa, o eleitorado descontente tem tendência a virar bastante à direita, nos EUA tem tendência a virar à esquerda.
Basta vermos o caso de Flint, Michigan, terra natal do esquerdista Michael Moore (sendo ele próprio um produto do ambiente de Flint).
Quando nessa localidade encerrou aquela que era uma das maiores unidades da General Motors, o eleitorado ficou marcadamente esquerdista, o que é paradoxal visto estarmos a falar do país protótipo (o 'american dream' é a antítese da filosofia de esquerda) do anti-esquerdismo, os EUA.
Já na Europa, em zonas onde as unidades encerram o eleitorado ás vezes vira para a 'extrema-direita', o que é curioso, visto estarmos na 'esquerdista' Europa.


NOTA: deve-se dizer, em abono da verdade, que os EUA deslocalizam o menos possível e só o que lhes não faz muita falta ou lhes interessa, ao contrário da Europa que qualquer diz deslocaliza a mãmã, o papá, o piriquito, o cachorro e o papagaio.
Os EUA têm tendência a deslocalizar indústrias extractivas de matérias-primas, que uma vez entradas nos EUA vão ser transformadas e revendidas, ou deslocalizam aquilo que tecnológicamente e económicamente não lhes enfraquece demasiado o aparelho produtivo. indústrias de ponta não deslocalizam, ou deslocalizam pontualmente e para países do 1º mundo (e de confiança) como a Irlanda, por exemplo.
Por isso os EUA continuam a crescer económicamente e a estabelecer as regras da economia mundial.
A Europa, coitadinha, tem apostado numa política económicamente suicidária, desbaratando mão-de-obra, capital e produção, subvertendo a lógica dos próprios ciclos económicos.
Os resultados estão à vista: pelo 3º ano consecutivo em estagnação/recessão, enquanto que os EUA, com despesas tremendas de guerra, atulhados em terrorismo, atolados no Iraque, com dificuldades no Afeganistão, a exportar 'ziliões' de dólares em ajudas externas e toneladas em cereais, continuam a prosperar, aumentando o diferencial entre os dois lados do Atlântico.
É a vida.


Nelson Buiça

20 de setembro de 2004 às 15:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Sr. Caturo,

Tenho aprendido consigo, disso não tenho dúvidas. Mas de luzes... :)

“Para alguns poderes instituídos, é óptimo esse vazio ético.” – Acho que quem mais poderá ganhar com este vazio são poderes que ainda se querem instituir, incluindo o Nacional Socialismo. O vazio ético surge da estagnação, da crise económica, da falta de interesse público. Poderes instituídos que não se saibam renovar, que se sentem à sombra da bananeira, que não empolguem, abrem caminho a movimentos extremistas. Por isso não me espantam as “vitórias” dos nacionalistas que vai aqui anunciando, que, para já, resultam mais do demérito alheio, que do vosso mérito.

”Então, um filho seu que seja criminoso, deixa de ser seu filho? – Percebeu mal. Filho, primo, tio, irmão, cunhado, sobrinho, meu que cometa um crime é criminoso, e será o “meu criminoso”. Qualquer outro que não seja do meu restrito núcleo familiar e cometa qualquer crime, é criminoso, mas não é “meu”, nem que a vaca tussa, seja ele branco, amarelo, encarnado ou lilás.

“É uma questão de grau. E o grau é relativo.” – E os graus relativos aparecem onde? Antes da raça, depois da raça, a meio da raça? Como complemento vitamínico?

“Ora, o que motiva a miscigenação propositada ou de algum modo induzida entre raças humanas é do mais aberrante que imaginar se possa: visa a eliminação de identidades em nome de uma ideal doentiamente nivelador.” – Sempre julguei que fosse a excitação e o sexo. Afinal, as miscigenações que acontecem, são induções ideológicas, diabolicamente engendradas para acabar com o mundo! Caramba, que para uma praga destas nem Moisés teria capacidade!

”Assim, a ética nunca é relativa - para quem a adopta, é essencial.” – Para quem a adopta não é relativa, mas é-o no sentido em que há quem adopte outras éticas, que até podem ser opostas.

”A este respeito, da questão territorial, entendamo-nos: ou os povos têm direito à sua própria terra, ou não têm. Eu acho que têm. E a senhora?” – Claro que acho que os povos têm direito à sua própria terra. Nem é isso que está em causa. O que temos estado a debater é o que se considera ser um povo numa determinada terra (ou seja, em Portugal quem é Português) e a legitimidade e direito que cada um sente ter.

”Eu acho que defender a própria terra contra a invasão, não é o mesmo que ir roubar a terra de outros.” – Em termos de legitimidade e direito, que é o cerne desta questão, é o mesmo. Só invado se achar que tenho legitimidade para o fazer e só defendo se achar que tenho legitimidade para o fazer.

“Estaline não é exemplo porque, sendo comunista, não respeita o direito da propriedade de um povo sobre o seu próprio território.” – Foi um exemplo tão bom como outro qualquer para lhe mostrar que cada um se acha com legitimidade para achar o que quiser, mesmo que contrarie os direitos de outros. No fim, por um certo período, vingam determinadas legitimidades em detrimento de outras, que por sua vez, poderão vir a vingar um dia.

“«O que também não implica que não defendamos a nossa própria legitimidade.» Ah bom. Então, cara senhora, em que ficamos? Temos ou não o direito de defender o que é nosso?” – Sempre achei que todos nós temos o direito a defender o que achamos ser de nossa legitimidade. Agora... o que considero ser de minha legitimidade pode não ser exactamente o que para si é legítimo, ou vice-versa. Para si é legitimo tratar abaixo de pastor alemão qualquer imigrante legalizado, como forma de defender o que é seu. Eu já não acho legítima essa atitude. Defendo o que é meu num âmbito distinto de direito e legitimidade.

”Enfim, cara senhora... do que falamos? Do que é justo ou do que pode acontecer?” – Do que é justo, de acordo com o significado de justeza de cada um, e do que pode acontecer na óptica de cada um.

”Os NS apenas reivindicavam a Nação para si próprios. E reconheciam no Judeu um estrangeiro, com menos direitos na Alemanha do que um autêntico alemão.” - Um “apenas” muito sanguinário, e pelos vistos um conceito de Nação assim muito pró espaçoso. Não foram estes Srs. que também acharam que um Judeu tinha menos direitos que um Alemão na Polónia?

“Mas não pode atribuir-nos intenções violentas quando nós, eu em concreto, não falamos na promoção de conflitos raciais.” – Quando escreve “nós” posso atribuir-Vos intenções muito violentas. Quando escreve “eu em concreto”, atribuo-Lhe (pelo que escreve) intenções mais soft, mas que não deixam de ser violentas para quem tiver de lidar com elas.

”«A globalização, os meios de comunicação, as tecnologias que se vislumbram para o futuro próximo, etc., abriram as suas implacáveis portas e tudo diz respeito a todos.» Não, não diz. A possibilidade de violar o pudor alheio (espreitando-se pelo buraco da fechadura, por exemplo) nunca justificou a legitimidade de violar o pudor alheio.” – Caro Sr. Caturo, refiro-me ao aspecto em que qualquer situação que ocorra num determinado país (golpe de estado, mudança de governo, manifestações, atentados, etc.) é de imediato do conhecimento geral e sempre alvo de movimentações politicas, económicas ou militares de outros países. Se já em 1974, e anteriormente, tivemos os EUA e a URSS a movimentar nos bastidores a “nossa” revolução, hoje os poderes interessados servir-se-iam do palco todo, dos holofotes e ainda punham musica de fundo.

”Mas o Havai não é nosso. De lá, saímos à força. Mas nunca mandámos na velha Albion.” – E? Isto justifica o quê?

“Não pensam assim as autoridades canadianas que expulsaram criminosos de origem portuguesa. E tiveram razão nisso.” – Eram eles Portugueses, ou Canadianos de origem Portuguesa? A origem não me confirma a nacionalidade desses criminosos.

”Pura especulação da sua parte.” – Tal como é pura especulação o que o Sr. faz ao imaginar os cenários mais dramáticos que possam ser imaginados por causa da miscigenação.

”E até poderia ter um partido a dizer isso, coisa que eu não posso neste actual regime.” – E se o meu partido multiculturalista, multiracialista e tuttifrutti ganhar umas eleições? Democraticamente deixarão que eu governe num ambiente multiculturalista, multiracialista e tuttifrutti?

”Alguns desses b.is. não correspondem a portugueses de origem e, por isso, podem ser removidos.” – Portanto não vão sobrar imigrantes com nacionalidade portuguesa. E aquela estória do olhar de lado, do ser preterido na faculdade ou no emprego, nem irá ter de ser aplicada.

“Poderão mais facilmente ser levados para fora do País.” – “levados” implica obrigação, não voluntariado. Mesmo inconscientemente o Sr. sabe que só levados é que eles vão.

“O drama de muitos nacionalistas é que quem cada vez mais tem prioridade nos empregos, são os estrangeiros de cor.” – Sim, ele é vê-los às carradas como advogados, engenheiros, doutores, empreiteiros, etc. Nas queimas das fitas a que tenho assistido aquilo é mesmo tudo preto, e eu a julgar que eram as capas. Para as obras, então, o choro dos nacionalistas preteridos é de partir o coração. Coitados.

“«que irão surgir associações que se irão unir para lutar contra o regime, que o regime terá de censurar muita informação vinda de fora para não lembrar o "fruto proibido",» Não, não terá. Quem não quiser viver num regime nacionalista, pode perfeitamente ir-se embora. Os nacionalistas não constroem muros de Berlim.” – Agora quem não o percebe sou eu. Se posso formar um partido político contrário ao regime, que luta para implementar outro regime, é porque não gosto de viver sobre o regime Nacionalista, não é? Mas gosto de viver em Portugal, não é? Porque haveria de me ir embora? Posso, ou não posso, lutar abertamente contra o regime?

“O Estado até lhes agradece, a quem quiser sair por não concordar com o regime. Fica assim exposto que renunciam à Pátria devido a uma ideologia internacionalista.” – Fácil, não é? Mas muitos podem fazer o contrário: fincar cá pé assumindo o seu patriotismo devido a uma ideologia internacionalista.

”«Aconteceram ocorrências naturais, que foram interpretadas como pragas» E quem lhe diz que não podem ser interpretadas como pragas?” – Tanto que podem, que foram. Nunca lhe disse que não podem ou que não foram.

“Não existiram como tal porquê?” – Para mim não existiram como tal, e é nesse contexto que vendo o meu peixe. Se para o Sr. as pragas de Moisés foram mesmo pragas e foi Deus que fez os acontecimentos naturais que Moisés pré-anunciou, venderá esse seu peixe.

"Sendo assim, do seu ponto de vista, todos os crimes são defensáveis." «São. São sempre defensáveis por quem os praticou ou deles foi conivente.» São defensáveis por si?” – Por quem os praticou ou deles foi conivente. Muito nacionalista não defende os crimes dos Nazis e dos Fascistas? Muito comunista não defende os crimes de Pol Pot ou Mao ou do diabo a 4? O revisionismo histórico não é uma defesa?

«Até há quem nem sequer considere crime, o crime de que é acusado.» Isso para si significa que ninguém deve ser punido pelos seus crimes?” – Não. Significa que o criminoso tentará sempre provar a sua inocência ou desvalorizar o crime que cometeu, enquanto compete a outros acusá-lo e tentar aplicar-lhe a pena mais alta.

”Enfim, traidores há em toda a parte. Ainda hoje, por exemplo, há quem queira diluir a estirpe nacional em nome de um ideal internacionalista, veja bem.” – Traidores, não! Coitados, não seja assim tão radical. Esses sabem onde estão as origens e sabem que a brancura foi um percalço natural. Só querem voltar às origens ancestrais.
Cumprimentos.

20 de setembro de 2004 às 18:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Cara Senhora,

«O problema para os mais moderados, é que a mensagem transmitida pelos outros é bem mais interiorizada na memória colectiva»

O problema real, cara senhora, é que a mensagem dos mais radicais é mais propagandeada, pelos anti-nazis, do que a dos moderados. E o motivo é simples: aos anti-nazis, controladores dos meios de comunicação sUcial, não interessa que o povo tome conhecimento da mensagem nacionalista de um modo equilibrado e harmonioso - o que querem, os anti-fascistas, é precisamente o contrário, isto é, fazer o povo acreditar que os nacionalistas são todos uma chusma de trauliteiros arruaceiros e assassinos. Sendo assim, fazem questão de ignorar ou mesmo ocultar, por todos os meios, as emissões de ideias inteligentes e equilibradas nacionalistas, boicotando toda e qualquer possibilidade de a mensagem nacionalista chegar realmente ao povo, como foi exemplo disso, não só o vergonhoso silêncio de praticamente TODA a comunicação sUcial a respeito do PNR, nas últimas eleições (até o senhor da opinião domingueira, Marcelo Rebelo de Sousa, se absteve de sequer mencionar o PNR... tal é o medinho daquela gente de que o povo saiba que, em Portugal, existe mesmo uma versão da FN de Le Pen...) além da recusa cobarde de Jacques Chirac perante um desafio, da parte de Le Pen, para um debate televisivo.
Mas se houver alguma situação de skinheads racistas a dar uma bordoada num imigrante, a isso já todas as televisões dão destaque de primeira página...



«E quando há momentos de suavidade, o que as mentes colectivas pensam é que estão a querer camuflar as vossas reais intenções.»

Não, não é isso que «as mentes colectivas pensam». O que há é quem queira fazer crer, às mentes colectivas, que é isso que as mentes colectivas devem pensar.
Uma coisa, é a opinião do povo; outra, é a opinião que certa pretensa elite intelectual quer fazer passar por «opinião colectiva». Uma coisa é a voz do povo, expressa em referendos, outra, bem diferente, é a voz dos que adoram falar em nome do povo mas que, depois, têm imenso medo dos referendos e nem sequer querem permitir que o povo possa ter a possibilidade de votar na extrema-direita. Por isso, os auto-proclamados porta-vozes do povo anti-racistas são quase sempre a favor da proibição da existência de partidos «racistas»... chama-se a isso esperteza saloia.



“E até parece que discriminar não faz parte da nossa Natureza!”

«E comer carne crua também fez parte da nossa natureza durante milhares de anos, mas isso não impediu o crescimento do negócio de fogões»

Não sei se será assim... o homem conhece, há muito, o fogo e dele se tem servido para cozinhar os alimentos. A existência humana, tal como a conhecemos e vivemos, envolve a ingestão de alimentos cozinhados. E envolve também o conceito de grupo, que é um dos elementos fundamentais para que possa haver identidade. Dizer que isso pode ser abolido, em nome do progresso e da defesa dos direitos, é o mesmo que dizer que, por exemplo, também se pode e deve castrar todos os homens, para evitar violações, tendo no entanto o cuidado de lhes retirar, aos homens, os espermatezóides necessários para que se possa criar vida em laboratório.



Apenas queremos fazer uma arrumação.”

«Também costumo usar esse argumento com os ácaros que habitam a minha maison. Mas mesmo assim, não se convencem. Acham sempre que a tal da arrumação vai arrumar com uns quantos deles.»

Correcto. Só os ácaros e outros agentes da sujidade é que têm medo de arrumações.



«Este blog do Sr. Caturo é disso exemplo, quando se esforça por se demarcar dos slogans mais violentos.»

Cara Senhora, eu não me esforço para me demarcar de nada: eu simplesmente faço afirmações e respondo apenas pelas afirmações que faço. Não sou responsável se alguém comete crimes em nome dos ideais que defendo.



«E o próprio Sr. Caturo não conhece bem as reacções que suscita noutros fóruns, quando entra com os seus nacionalismos, mesmo moderados? Não paga pela imagem que já se generalizou?»

Não, cara senhora. Eu «pago» é pelo facto de que a mensagem esquerdista está de tal modo disseminada que afirmar o que eu afirmo é considerado crime para pena capital.


“a mensagem nacionalista não é mais radical do que a Esquerdista - por exemplo, quer algo de mais extremista do que afirmar que a nacionalidade deve ser para todos os que a requererem?... E que o problema da baixa natalidade se resolve com a imigração...”

«Ó Sr. Caturo, pelos raios de Zeus! Então o Sr. acha mesmo que as massas consideram esse discurso tão violento quanto o discurso que usa expressões como expulsar, matar, símios, cogumelos envenenados (leia-se Judeus), fechar fronteiras, etc.?»

Alto e pára o baile... vamos devagar:
- «Expulsar, matar símios» não é mais violento do que «os negros têm razão para se revoltar e massacrar os brancos!», como eu tenho ouvido e lido;
- «cogumelos envenenados»(leia-se Judeus) não é mais violento do que «brancos autores de todo o mal e da escravização», afirmação esta que até é falsa;
- «fechar fronteiras» é certamente menos violento do que «dar cidadania a toda a gente que a peça», e, pior, muito pior, «resolver o problema da baixa natalidade por meio do recurso à imigração», que significa permissão de a)genocídio por negligência criminosa, deixando morrer um povo, e b)substituição étnica.


Cumprimentos.

20 de setembro de 2004 às 19:04:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Para todos aqueles que dizem que só com violência é que isto lá vai.
Se á assim tão fácil reunir para matar e esfolar, sem resistência ou sem resistência com sucesso, como estão sempre a dizer que se fez aos Judeus e nos acusam a nós de querer fazer, ainda mais fácil é reuni-los para os expulsar. Quem não resiste à matança muito menos vai resistir a isso!... Nessa posição de força, quem pode o mais, pode o menos!
Vocês extremam ao contrário: o extremo das Nações separadas não é permitido. O extremo de misturar tudo e não reconhecer nem a um pequeno grupo o direito de não o fazer, já é permitido! E é tão extrema uma coisa como a outra. Tanto mais que as consequências do primeiro extremo são manter todas as Nações e as consequências do segundo extremo são destruir, no todo ou em parte, essas mesmas Nações.
Acham que eles podem vir de fora pôr e dispôr daquilo que não é deles, e nós não podemos fazer nada? Gostavam que fizessem o que querem? Entre não fazermos nada e ir pela via da violência existe uma grande distância. E qual é o limite antes de ser violência, ou melhor, antes de se ser demasiado violento? O limite de se ser violento é definido deixando fazer tudo o que não provoque, de facto violência, e não andar a dizer previamente que provoca para proibir não a violência mas as coisas em si, o que é uma esperteza saloia. Como qualquer Estado verdadeiramente civilizado e democrático onde se valoriza a Liberdade faz hoje em dia, ao não proibir pura e simplesmente qualquer manifestação ou opinião. Ou proibem logo "cá atrás", para evitar que haja problemas que só começam muito "mais à frente"? Porque é que não proibem mais à frente? Mais perto do meio-termo? Porque são igualmente extremistas! Tudo o que seja menos do que a misturada completa pura e dura e à força da castração de Liberdades é proibido porque mais à frente está o extremismo!... Tudo para se aproveitarem e destruirem mais do que a conta do que seria necessário para impedir a violência. Criam esse limite para fazerem o que querem de nós e do nosso País e, como nós não podemos passar desse limite... Como diria o outro, se eu fizesse o mesmo que vocês dizem que se deve fazer, receberia a Medalha de Lenin!... :-)
Ou devemos deixar que nos façam tudo o que querem só porque precisariamos de violência para nos libertarmos? Dar a outra face? O que é que causa a violência, a nossa resistência ou a vossa invasão? Quem é o resposável pela violência, o que se defende ou o que invade? Porque é que seria precisa violência se não fossem eles os primeiros a abusar? Eles é que vieram cá e não o oposto. Também não é precisa violência (e sendo há vários graus) para impedir um estranho de nos entrar em casa, tal como não é para defender tudo o resto que nos diz respeito. Basta criar formas de o impedir de o fazer, não é preciso bater ou matar. Isso é uma visão redutora ou tacanha! Nos Países não se consegue que todos cumpram as Leis em situações por vezes difíceis, sem que tal provoque necessariamente banhos de sangue? Actos coercivos, políticos, como todos os outros na gestão da vida pública e Nacional. Se fosse outra coisa não usariam estes argumentos. Porque não isto? Apenas porque são contra! Porque é que aqui há-de ser diferente? Porque lhes convém que seja! Ou, pelo menos, convencerem os outros e a si próprios que é.
É muito simples: ou não entram ou são expulsos. Que violência é que pode haver nisto? Localizar alguém, interceptá-lo (nunca se podem esconder indefinidamente, pois, sendo estrangeiros, são as mais das vezes diferentes de nós), deter, quando muito prender, com uma força policial maior a que eles nem resistem e decretar a sua saída, como se faz em qualquer situação análoga de irregularidade, não é nenhum acto de violência. Aliás, com todas essas pressões externas contra, nem nós iriamos passar à violência com essa facilidade toda. É para isso que essas pressões servem, para evitar abusos, mas não já para impôr uma Ditadura disfarçada. Ou é fisicamente impossível que se punam, também, os nossos próprios abusos? Ou só é possível fazer Leis de expulsão e não é possível fazer, ao mesmo tempo, Leis que impeçam os abusos nesse mesmo processo?
E os que defendem o oposto, não precisam de violência para nos obrigar a aceitá-los? A sua imposição é sempre pacífica mas a nossa nunca é? Provavelmente não, como estão na mó de cima usam a Lei para impôr proibições e, assim, ter caminho livre para se imporem pacificamente. E será que essas proibições se podem impôr também sem violência?... Violência? Que violência? A Itália de Berlusconi e a Líbia de Khadaffi estabeleceram um acordo para travar a imigração ilegal, barrando-lhes a entrada. O que é que eles iam usar contra a guarda costeira e a Marinha? É que, ainda que se ameaça com o uso da força, não quer dizer que seja para utilizar. É, apenas para dissuadir. Só haveria violência se fossemos travá-los corpo a corpo. E, como eles, muitos outros Países a estão a impedir. A Suíça e outros mudaram a Lei de Imigração. Todos os anos, milhares deles são repatriados, e nem resistem, e nem foi preciso (praticamente) usar da força. A única diferença é que passaria a ser, toda ela, ilegal. Lógica sem violência e não violência sem lógica! E, no meio de todas essas expulsões, mataram alguém? Estão a matar? Irão matar? Quantas Pessoas é que o SEF matou? Ou iam ser mais violentos por irem todos embora? Não, se uns não são por serem ilegais, os que são e deixam de ser e ficam igualmente desagradados com isso também não têm que ser! Ou ficam violentos por deixarem de ser legais?... E, se a Lei os proibisse, eles nunca se poderiam esconder, seriam necessariamente apanhados e nem sequer tentariam esconder-se! Desistiam ou, ainda que o não fizessem, bastava interceptá-los. Isto é bem diferente do extermínio sistemático de todos! Para que é que é precisa violência para os manter longe? Não é fisicamente impossível agir com proporcionalidade! Os factos, a seu tempo, calarão todos os que vêm com exageros! Verão como se pode levar a água ao seu moinho sem nada do que nos acusam. E vocês, o que é que fazem para evitar as causas que levam a que haja toda essa ameaça de violência a pairar no ar?
A violência gratuita, essa, é evitável. Ou vão negá-lo?
Só se andarem sempre a invadir-nos e, nesse caso, a proibição com base na violência (ou, apenas, meramente no risco dela?) é apenas um pretexto para nos invadirem melhor!... Porque é que não param eles de vir para cá? Nós é que somos obrigados a ceder? Nem íamos deixar fazerem-nos tudo o que querem e abdicar da nossa Liberdade só por causa dum eventual estalo na cara ou dum pontapé, ou duns empurrões esporádicos, suficientes para deter e recambiar um estrangeiro mais resistente. Aliás, porque é que é necessário recorrer a isto? Não será porque, antes de nós agredirmos, o outro fez algo que levou a isso e fez igual ou pior, ou um pouco menos? Se dizem que é precisa violência é porque já sabem que vão fazer coisas que obrigam a isso! E não são, decerto, para levar a esse ponto, coisas menos vioentas do que as que lhes servem de resposta!...
"Discursos que apelam à diferenciação, à discriminação" - Não, apenas apelam à defesa de algo. E para se defender alguma coisa é preciso mantê-la, afastá-la de tudo o que a possa destruír, como fazemos até connosco próprios!... Da mesma forma que se defendem "as minorias", "os pobres", "os fracos e oprimidos", "os gays & lésbicas", que, aliás, não têm mais direito de existir e ser defendidos do que nós. Doutra forma, deixavamos que os outros nos fizessem o que quisessem, só porque, para nos defendermos, poderia ser preciso usar a força (mesmo quando não fosse).
"O que acontece é que na sua maioria, os partidos de esquerda que assentam em ideologias que foram comprovadamente criminosas, proferem um discurso nada criminoso: amam qualquer próximo, adoram as minorias, sacrificam-se pelos pobres, são anti-capitalistas, são pelos fracos e oprimidos, são pelos gays & lésbicas, querem despenalizar as drogas leves e o aborto, etc. Correndo sites e blogs da esquerda fundamentalista, não há um único discurso violento, a não ser contra oa habituais Srs.Santanas Lopes ou os Srs.Bushs ou os Srs.Sharons. Neste discurso as massas não vêm perigo." - Não vêm perigo. Vê-se! Têm imensos apoiantes! Além do mais duvido que muitas pessoas não vejam perigo para o que defendem no facto de eles "querem despenalizar as drogas leves e o aborto" ou serem "pelos gays & lésbicas". Além disso eles não têm o monopólio da defesa do "próximo", "das minorias", "dos pobres", "dos fracos e oprimidos". Só não defendem as Nações, e nisso
muitos podem ver perigo. E duvido que não tenham medo dos "anti-capitalistas"!...
"No que respeita às ideologias nacionalistas, o discurso já é proferido num tom bem mais duro. Quer seja por se ser politicamente correcto, quer seja por uma questão de formação e ideologia, as pessoas, no geral, tendem a repelir discursos que apelam à diferenciação, à discriminação, à expulsão, ao racismo puro e duro e até ao incitamento de crimes. Correndo sites e blogs da direita fundamentalista, há discursos violentíssimos, contra tudo o que mexa e não seja branco ariano. Neste discurso as massas vêm perigo." - Ser fiel a valores não é necessariamente matar! Vocês matam? Ou têm alguma superioridade moral, em que os vossos valores nunca matam e os nossos matam sempre? "Neste discurso as massas vêm perigo." Vê-se! Cada vez são mais! Que tenham repulsa pelo "racismo puro e duro" e pelo "incitamento de crimes" não significa que todos defendam esse tipo de atitudes, incluindo o "discursos violentíssimos, contra tudo o que mexa e não seja branco ariano". Ter medo disto não é ter medo do que não é isto, ou seja, posições com métodos e posições menos radicais, visto que nem todos subscrevem o mesmo. Nos princípios sim, nos factos e teorias e nos métodos já não. Os movimentos Nacionalistas não são todos iguais! E, por isso, nem todos metem medo! E têm medo de quê? De que os defendam? De que nos defendamos a nós? Eles fazem parte da Nação, porque é que hão-de ter medo da "diferenciação", da "discriminação" e da "expulsão"? Que medo é que mete afastarmo-nos dos outros e seremos diferentes? É algum crime? Coitadinhos, caem mortos por não viverem ao pé de nós e não f***rem connosco!... Ou agora è crime nós vivermos sossegados no nosso canto, em Paz? Por essa lógica, os Países não tinham direito à auto-determinação que, como o próprio nome indica, significa dispôr livremente do seu Futuro e da forma como querem viver. Os Timorenses eram maus por lutarem contra os Indonésios. O Xanana era um malandro porque usou violência contra os invasores! Dualidade de critérios, estupidez ou meras conveniências?... (E nada indica que tenhamos de chegar a esse ponto. Eles são poucos, nós somos muitos, tratamos de os recambiar nas calmas!... Se eles forem muitos e nós poucos, é que já não sei no que é que vai dar!... Teríamos nós de partir!...)

"À partida, ninguém bane ideologias “só” porque alguém, no passado, cometeu “alguns” crimes em seu nome." - Depende do lado (esquerdo ou direito). Quem me dera que assim fosse, mas o que é facto é que proibem e insultam pessoas que até se limitam a querer expulsar os ilegais e querer melhorar as condições de vida dos Nacionais primeiro! Basta-lhes meter tudo no mesmo saco, apenas "por ser parecido"!

"No que respeita às ideologias nacionalistas, o discurso já é proferido num tom bem mais duro. Quer seja por se ser politicamente correcto, quer seja por uma questão de formação e ideologia, as pessoas, no geral, tendem a repelir discursos que apelam à diferenciação, à discriminação, à expulsão, ao racismo puro e duro e até ao incitamento de crimes. Correndo sites e blogs da direita fundamentalista, há discursos violentíssimos, contra tudo o que mexa e não seja branco ariano. Neste discurso as massas vêm perigo." - O tom nem sempre é duro. As mais das vezes apenas fazemos afirmações de princípio. E a "formação e ideologia" dos que têm medo de nós não é nem absoluta nem correcta! E ter medo de "discursos que apelam à diferenciação, à discriminação, à expulsão" (que os outros nem todos os fazem), não têm absolutamente NADA de mal: ou nós não vivemos todos, desde o início do Mundo, em grupos conforme nos identificamos? Só nos damos (nem todos só) com quem é da nossa Religião, Partido, Clube, Nação, Etnia, Valores, Cultura, gostos, etc. E não é nada de mal. E, se assim não fosse, nós não existiríamos em nenhum destes aspectos. E porque é que há-de andar tudo no mesmo saco a dar pancadinhas nas costas uns dos outros? Só porque é bonito?... As massas não têm que temer nada! Não pertencem também à nossa Nação? E Nação não são só os "brancos arianos"! As várias Nações da Europa têm na suas maioria origem parte ariana, mas as diferenças dentro dessa e doutras origens não se ficam por aqui: há Germanos, Celtas, Eslavos, Mediterrânicos, Gregos, Italianos, Magiares, etc, etc. Só é perigoso se se fizer mal. Se não andassem cá, quando não andarem cá, já não há ameaça nenhuma para eles porque ninguém os vai chatear mais! Do disriminar ao matar vai uma grande distância! E até parece que discriminar não faz parte da nossa Natureza! Apenas queremos fazer uma arrumação. Enquanto uns "amam qualquer próximo, adoram as minorias, sacrificam-se pelos pobres, são anti-capitalistas, são pelos fracos e oprimidos, são pelos gays & lésbicas, querem despenalizar as drogas leves e o aborto, etc", nós só queremos reagrupar os grupos humanos e viver em conformidade com essas matrizes.

"não querem, nem procuram, suavizar a pílula" - É mentira! Muitos bem tentam, mas o que é facto é que outros, ainda que não subscrevam, deixam andar.

"os cientistas que nos negam..." - A Ciência é neutra, o cientista não o é. E a verdade étnica da diferença que nos entra pelos olhos dentro também é neutra.

"a globalização entrou portas adentro..." - A económica, o comércio, sim, mas esse, de certa forma, sempre existiu. A misturada é que não. E uma coisa não implica a outra. A misturada não tem nada a ver com o comércio, não é precisa, e a globalização não tem que abranger tudo. O que estão a fazer é a impôr uma nova forma de vida a quem não a quer. Não é uma realidade, é, apenas uma utopia. E não é irreversível nem imutável. Vão a fora da Europa ver se eles também gostam! Se calhar, aprovam ainda menos do que nós!...

"O problema para os mais moderados, é que a mensagem transmitida pelos outros é bem mais interiorizada na memória colectiva. Pelos vistos, são os nacionalistas radicais e fundamentalistas que mais problemas criam aos seus irmãos mais moderados. É uma realidade com que têm de lidar." - É verdade. Cabe aos moderados mostrar que também existem e acabar com essa generalização falaciosa e pré-concebida. Claro que nos criam problemas! No fundo, os moderados também são seus inimigos!

"E quando há momentos de suavidade, o que as mentes colectivas pensam é que estão a querer camuflar as vossas reais intenções." - Acusações que ou são falsas ou, não o sendo por vezes, não lhes permitem fazer generalizações de sermos todos mentirosos. É uma falsa imagem que criam, essa de sermos todos falsos. Não pedimos confiança cega, apenas o benefício da dúvida, e que, ainda que não permitam abusos, também não cometam o abuso de proibir o que não o é. Não é fisicamente impossível haver um punhado de moderados - alguns até querem deixar ficar os estrangeiros que já lá se encontram.

“E até parece que discriminar não faz parte da nossa Natureza!” – E comer carne crua também fez parte da nossa natureza durante milhares de anos, mas isso não impediu o crescimento do negócio de fogões. - Isso não faz parte da nossa Natureza. Era apenas uma contingência. Nem tudo o que nos é possível fazer nós devemos fazer, como matar, roubar, etc. Nesse caso, não podemos fazer nada, ou só podemos fazer o que alguns acham que é bem. O que é que nos é permitido fazer e o que é que não é? Porque é que discriminar não pode fazer parte da nossa Natureza e do que queremos e podemos fazer?

“Apenas queremos fazer uma arrumação.” – Também costumo usar esse argumento com os ácaros que habitam a minha maison. Mas mesmo assim, não se convencem. Acham sempre que a tal da arrumação vai arrumar com uns quantos deles. - É falacioso! Pessoas não são ácaros! Estes são mesmo para matar, para limpar. Com as Pessoas lida-se de maneira diferente. Têm outro entendimento. O que é que uma coisa tem a ver com a outra? Significa que é impossível não matar alguns? Com que base é que o pode afirmar? Os ácaros são pequenos demais, se não fossem também podíamos evitar matá-los! Foi uma metáfora mal escolhida! Além disso, há produtos para os afastar sem os matar!...

"Mentira?! Quando o Sr. diz que só quer fazer arrumações, acharia correcto que eu o chamasse de mentiroso, sem mais aquela? Eu li apelos à morte em fóruns. Eu li verdadeiras alvíssaras à KKK e aos seus métodos. Eu li violências incríveis em relação aos Judeus. Se eu li, qualquer um que faça uma pequena pesquisa também lê. É mentira que não suavizam a pílula com este tipo de discurso em sites abertos ao público? É mentira que ao fazê-lo conscientemente não se estão a borrifar para o suavizar da pílula? Que me diga que há uns que tentam, é claro que sim. Este blog do Sr. Caturo é disso exemplo, quando se esforça por se demarcar dos slogans mais violentos. E o próprio Sr. Caturo não conhece bem as reacções que suscita noutros fóruns, quando entra com os seus nacionalismos, mesmo moderados? Não paga pela imagem que já se generalizou?" - É verdade, desculpe. É verdade que ALGUNS não suavizam a pílula, mas não é verdade que ninguém o faça, que nós, eu e outros, não o façamos, aliás, até o fazemos quanto mais não fosse para conseguir que a Causa triunfe e não seja rejeitada e perdida por causa de algo que não tem que fazer necessariamente parte dela. Eu não vejo outros fóruns, mas, se é verdade que os mais moderados são vítimas de tal ódio e aversão por parte dalguns, é porque nós somos mesmo diferentes deles, e é a prova provada de que o somos para aqueles que nos querem meter no mesmo saco! Aliás, nesse plano, até estamos do mesmo lado.

“a mensagem nacionalista não é mais radical do que a Esquerdista - por exemplo, quer algo de mais extremista do que afirmar que a nacionalidade deve ser para todos os que a requererem?... E que o problema da baixa natalidade se resolve com a imigração...” – Ó Sr. Caturo, pelos raios de Zeus! Então o Sr. acha mesmo que as massas consideram esse discurso tão violento quanto o discurso que usa expressões como expulsar, matar, símios, cogumelos envenenados (leia-se Judeus), fechar fronteiras, etc.? Que ideologicamente a violência seja do mesmo calibre, concordo. Mas não pode negar que a violência das palavras usadas é radicalmente distinta, sendo que os nacionalistas ainda perdem aos pontos. - Não é só a violência das palavras, é, isso sim, a dos processos que eles propõem! Os métodos são mais radicais no caso dalguns extremistas de direita, mas as posições são-no igualmente. Em si mesmos, "expulsar e fechar fronteiras" e "afirmar que a nacionalidade deve ser para todos os que a requererem e que o problema da baixa natalidade se resolve com a imigração" não são pontos de vista violentos, ainda que extremos (mas també, não há meio termo possível, meio termo implica sempre "meia mistura" o que é igual a "uma mistura inteira", a não ser que se criem Países distintos: os da Europa para as Etnias puras e os da América para as Etnias mistas). Podem é, consoante os valores de cada um, ser considerados como tal pela repulsa que provocam, a uns a repulsa por expulsarem estranhos, a outros a repulsa por os misturarem com estranhos.

Porque é que chamam "cogumelos envenenados" aos Judeus?!... :-)

Ainda ninguém disse nada que contrarie estes textos!

Opinião – Jaime Nogueira Pinto – Sexta-Feira, 26 de Abril de 2002 – O Independente

Le Pen: a História repete-se?

A subida de Le Pen está ligada, precisamente, à crise dos valores tradicionais: a crise da Nação e do Estado, da ordem pública, dos valores da família, crise de confiança nas instituições vigentes, ou melhor, na classe política que governa as instituições

Para alguém da minha geração – geração que conheceu e viveu, na adolescência, a história política francesa, desde a Argélia francesa a Maio de 68 –, o domingo, 21 de Abril, é, no contexto de tal memória, surpreendente! Pensar que, numa eleição, o candidato da extrema-direita teria cinco vezes a votação do comunista ou que, noutra dimensão, os trotskistas, uma família comunista minoritária e marginalizada, teriam cerca de dez por cento desse mesmo eleitorado francês, da França das Luzes, do emblemático, maçador e sempre politicamente correcto "Le Monde" e dos intelectuais progressistas, é extraordinário!
Ou pensar que os gaullistas – que com o General eram quase maioritários à primeira volta – passam, com Chirac, a escassos 2,5 pontos percentuais acima da malfadada extrema-direita! E que, em consequência, revivendo ardores de frentismo popular, as esquerdas vão votar útil por Jacques Chirac – que, na campanha eleitoral, acusavam de corrupção e queriam sentar no banco dos réus! E, em nome da unidade antifascista, vão elegê-lo presidente da República!

Extrema-direita, fascismo, História. Como, graças a Deus, não sou politicamente correcto, abstenho-me de comentários apocalípticos, lamentativos ou agoirentos. Primeiro, quem é Le Pen, o candidato da extrema-direita, tão abominada e abominável? "Extrema-direita" – ou "fascismo", na linguagem dos MPC (média politicamente correctos) – nada quer dizer, pois são formas (para eles) de dizer "os maus da fita": foram ou são os "taliban", os "ayatollah" conservadores do Irão, os bascos da ETA, o Dr. Salazar, o Dick Cheney. Tanto faz! Sem adjectivos, olhemos para o itinerário, o programa, a estratégia de Jean-Marie Le Pen. Ele vem daquela clássica direita nacional, "Algérie Française", antigo combatente, para uma mística e nostalgia do império colonial perdido. E que uma esquerda relativamente próspera e tranquila sempre julgou cómodo exaltar, denunciar e aumentar, apelando à vigilância cívica contra estes "maus", berrando "Lobo! Lobo!".
Ora, quem conhece e pensa a História europeia do século XX sabe que os movimentos totalitários nacionais, quer o fascismo mussoliniano, quer o hitlerismo alemão, conquistaram o poder, nas ruas e nas urnas, porque os sistemas liberais democráticos, nos respectivos países e épocas, se tornaram disfuncionais. Isto é, deixaram de corresponder às necessidades da sociedade e da nação. As democracias italiana e alemã sucumbiram às mãos de fascistas e nacional-socialistas não porque estes fossem especialmente conspiratórios, malevolentes ou até poderosos mas, essencialmente, porque o sistema não funcionava. E os regimes políticos – constituições, classe política, ideologia e o mais que se sabe – não são bons em si e por si mas servem uma sociedade de pessoas vivas, de famílias, de interesses, com identidade, organicidade e História.
Em Itália, a vitória traída de 1918, a obstinação e manobrismo dos líderes conservadores, o radicalismo de socialistas e comunistas e a incapacidade do Estado de responder à humilhação nacional e disciplinar a guerra civil latente criou a condição objectiva que Mussolini, num golpe de audácia à maneira de um "condotiere", aproveitou, construindo e aplicando, depois da vitória, uma teoria nova do Estado.
Na Alemanha, a humilhação de Versalhes e as suas sequelas, mais os reflexos económico-sociais da crise de 1929, criou o clima de angústia nacional, de medo ao comunismo, de atomização das forças políticas, que Hitler – também por razões semelhantes às da Itália – virou em seu favor, tornando-se o primeiro partido alemão nas eleições de 1933.

Decadência e insegurança. Quero com isto dizer que nestas sociedades – como na França de 1789 ou na Rússia de 1917 – a queda das instituições, e sobretudo da legitimidade nacional das instituições, precede a tomada do poder. Jacobinos, comunistas, fascistas e hitleristas são os conquistadores que encontram a fortaleza de muros podres, esburacados, sem defesa e, principalmente, sem defensores com convicções. Que eles têm.
Le Pen, os seus militantes e, sobretudo, os seus eleitores – que não são a mesma coisa – também não têm muito a ver com estas experiências. Jacobinos, bolcheviques e fascistas foram minorias audazes, convictas, que acreditavam messianicamente na sua legitimidade, que desprezavam as multidões, que actuavam como os heróis maquiavélicos, com uma vontade sem limites e com uma ética de resultados. Já Le Pen é o nacionalista activista francês, de eloquência patriótica e retórica, tocando por vezes a demagogia. Os seus eleitores – classe média e classe operária francesa descontente com a correcção política do PCF – podem ser parecidos com os eleitores alemães do NSDAP. Mas ficam por aqui as semelhanças, pois a Europa já não é o centro do mundo e, designadamente, o que aconteceu então em consequência é um elemento importante na questão da repetição.
A França, desde que foi vencida pela Alemanha em 1870 e 1940 – apesar da Guerra de 1914-18, apesar do valor dos seus militares nas guerras da Indochina e da Argélia, apesar da tentativa de renascimento nacional gaullista –, tem a consciência e a percepção dessa decadência: que não é um grande poder político-militar como os Estados Unidos, que não é rica como a Alemanha, que nem sequer pode rivalizar militarmente com a Inglaterra! O luxo e a harmonia de Paris, o encanto do Sul e da província, são quebrados pela criminalidade, ligada, na realidade ou no imaginário colectivo, aos jovens magrebinos. Não é difícil transpôr e imaginar tal culpa ao estrangeiro, no "mau imigrante", que é o extracomunitário, sobretudo o islâmico.

Efeitos perversos. A esquerda politicamente correcta, ao bombardear a opinião pública com os complexos de culpa pós-coloniais, ao querer absurdos como os direitos políticos iguais (incluindo o de eleger e ser eleito dos imigrantes e dos nacionais), ao permitirem e encorajarem uma demagogia sem limites, irritou o cidadão médio, já farto das ambiguidades da coabitação, dos permanentes escândalos político-financeiros, que não sabe no que vai terminar uma integração europeia que não lhe foi explicada mas vai acontecendo...
Os movimentos e partidos chamados "de extrema-direita" – por quem não tem saber nem imaginação para mais – apareceram ou cresceram na Europa, nos últimos anos, em consequência destes problemas: estão nos governos, em coligações, em Itália e na Áustria; têm representações autárquicas e parlamentares de significado na Bélgica e na Dinamarca; são nacionais e identitários, pelo controlo e limite da imigração, cépticos ou hostis à União Europeia; são pelo mercado e pelo pequeno capitalismo nacional; e, politicamente incorrectos, são contra a liberalização do aborto, pela mão dura no crime e pela pena de morte.
A sua subida está ligada, precisamente, à crise dos valores tradicionais: a crise da Nação e do Estado, da ordem pública, dos valores da família, crise de confiança nas instituições vigentes, ou melhor, na classe política que governa as instituições. E ganharam eleitores porque os partidos tradicionais, de esquerda, do centro e da direita, condicionados pelos média, deixaram cair esses valores, dando-lhes o monopólio.
Isto leva-nos à conclusão: há condições em Portugal para o surto destes partidos? Tudo depende, essencialmente, do modo como os partidos do sistema souberem integrar e defender esses valores da identidade e independência nacionais, da segurança dos cidadãos, de justiça e equilíbrio económico e social, combatendo a anomia ideológica e fazendo face ao laxismo politicamente correcto. Se o fizerem, os clamores de apocalipse não terão seguidores. Se o não fizerem – mesmo na ausência de um capo à Le Pen –, a mesma reacção virá.



Opinião – Vida Independente – João Pereira Coutinho – Sexta-Feira, 10 de Maio de 2002 – O Independente

É a Europa, estúpido!

» Domingo, 5 de Maio


A ideia de uma Europa unida, harmoniosa e literalmente cosmopolita não começou hoje ao pequeno-almoço. Ela esteve presente ao longo da História do continente e atingiu um momento áureo com o movimento iluminista do século XVIII. Voltaire, nos salões de Paris, proclamava a excelência de uma República Europeia, onde todas as criaturas pudessem falar livremente a mesma língua, partilhar as mesmas ideais, trocar na mesma moeda e, presume-se, usar os mesmos trajes e os mesmos amantes. Eis o coração do credo iluminista: a noção de que a diferença não existe e que tudo pode ser nivelado pela aplicação rigorosa da Razão. O próprio Rousseau, que alimentava alguns delírios poéticos, acreditava essencialmente no mesmo. O homem pode nascer puro, a sociedade pode corrompê-lo com os seus vergonhosos arranjos. Mas os philosophes, à imagem da luz platónica, acabariam por reformar os arranjos e preservar a natureza do "bom selvagem". No fundo, os homens são iguais em todo o lado e, mais ainda, desejam universalmente as mesmas coisas.
Convém notar que o movimento iluminista teve reacções. E a primeira delas sentiu-se no vizinho do lado, nas províncias germânicas, intrinsecamente mergulhadas no fervor do pietismo luterano, humilhadas na Guerra dos Trinta Anos e, precisamente por causa disso, capazes de alimentar um ódio inaudito pelos illuminés e pelo cosmopolitismo da França dix-huitième. Johann George Hamann, depois de um namoro curto com Diderot, teve uma crise espiritual profunda e, ao abandonar um bordel londrino, onde consta que era cliente assíduo, encontrou na Bíblia um sinal de revelação. Paris mentia, os racionalistas mentiam e, pior, procuravam corromper a alma humana com as suas falaciosas abstracções. Esta foi a herança que Hamann legou à sua descendência, sobretudo a Herder, o precursor do nacionalismo moderno e o mais intenso opositor do iluminismo continental. Paris acreditava numa Europa unida e afinada por uma cartilha comum? Herder, não. Aliás, Herder não acreditava na "Europa", porque não existe "Europa". Existem "europas", singulares e múltiplas, avessas à centralização e à uniformidade. Desenraizar os homens dos seus "centros" de existência é o caminho para a barbárie. Todos os seres humanos sentem uma necessidade instintiva, quase vital, de pertencer a um grupo, a um lugar – de "habitar a sua terra", como mais tarde diria Heidegger. "Aqueles que a natureza separou pela língua, pelos costumes, pelo carácter, não queira o homem unir artificialmente pela química." Porque isso, avisava Herder, seria um abuso intolerável, um gesto tirânico e brutal. O gesto cometido por Júlio César, por Carlos Magno, por Luís XIV e, claro, por Frederico, O Grande – lunáticos interessados em unir o que a História justamente separara.
O movimento contra-iluminista, para lá das múltiplas virtudes estéticas, deixou uma pesada factura ética. Ao afirmar a intrínseca subjectividade do ser humano, protagonista da História num mundo que ele próprio criou, o romantismo abriu a porta para a "estetização do poder" – a ideia de que estadista põe e dispõe do seu povo da mesma forma que um artista põe e dispõe das tintas e das telas. E, escusado será dizer, a ideia de "singularidade cultural", defendida por Herder em oposição ao universalismo iluminista, resvalou rapidamente para o ódio racial e para o nacionalismo extremo – uma bela dieta que o jovem Adolfo acabaria por ministrar à Humanidade.
Eu não pretendo incomodar os festejos sobre a derrota de Jean-Marie Le Pen. Mas, a título exclusivamente privado, gostaria de avisar que a derrota de Le Pen não foi uma derrota para Le Pen. Pelo contrário: a criatura veio para ficar e a Europa – esta Europa unida, cosmopolita, a trocar na mesma moeda e a partilhar os mesmos trajes – vai alimentar no seu seio a xenofobia crescente, o radicalismo político e o nacionalismo mais visceral. Como, aliás, não podia deixar de ser. Existem problemas centrais na "construção europeia" que sempre me fizeram duvidar do seu sucesso. É o antiamericanismo latente da seita. É a sua estrutura autoritária e estruturalmente antidemocrática, com comissários que dispõem de largos poderes e não são controlados por ninguém. É um Parlamento Europeu com uma limitadíssima capacidade política. É a facilidade com que Bruxelas delapida o estado-nação, a instituição central da democracia e, exactamente por causa disso, mártir preferencial das experiências totalitárias no século XX, do Comunismo ao Nazismo. É a forma como a União transforma os deputados nacionais em simples empregados burocráticos – uma extravagância que não se via desde Vichy. É tudo isto. Mas é muito mais do que isto. Com razão ou sem ela, a verdade é que cresce nos "europeus" a terrível sensação de que o destino já não está nas suas mãos. Está longe, nos salons de Bruxelas, onde tecnocratas "racionais" e "iluminados" traçam, a régua e a esquadro, formas de vida alegadamente "civilizadas" e "modernas", perfeitamente indiferentes à singularidade e à tradição dos povos.
Cuidado, Europa. Como no passado, esta é uma receita para o desastre. E para a emergência de salvadores, demagogos ou lunáticos "internos", prontos para redimir o pecado "externo". Talvez seja esta a ironia trágica da História: a Europa unida fez-se para evitar nova barbárie. Mas, se não mudar de rumo, a Europa unida acabará por gerar os seus próprios monstrinhos. Que a hão-de matar.



Amen!
Este último texto vale também para muito do que a ONU anda a tentar fazer.


E esqueci-me de referir outro: "A Raiva e o Orgulho", de Oriana Fallaci.

20 de setembro de 2004 às 19:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A mensagem anterior é minha, evidentemente. Não sei porque aparece escrito «anonymous» em vez de Caturo...

"A extrema-direita também cresce na zona oriental de Londres, a mais pobre da cidade..."

«Caturo dixit.»

Pois dixit. De facto, dixit. Mas dixit algo mais, que o Buiça se esqueceu de reproduzir, mas não faz mal porque eu recordo essa parte esquecida: ... talvez porque seja aí que as pessoas sofrem mais com as consequências da imigração.
Portanto, saiba-se PORQUE é que o povo mais pobre vota na direita nacionalista... que é para, um dia destes, não vir qualquer snob de Esquerda ou de «direita» capitalista dizer que o voto no Nacionalismo é típico das pessoas de baixo nível sócio-cultural...



«Não que tenha algo contra os pobres, mas gosto de ver confirmada a tese que defendo, só isso.»

Esquece-se é da motivação da votação.



«Já agora, é curioso reparar que, nos dois lados do Atlântico, quando expostos ás mesmas vicissitudes, os eleitorados reagem de maneira diferente.
Assim, na Europa, o eleitorado descontente tem tendência a virar bastante à direita, nos EUA tem tendência a virar à esquerda.»

Não é uma boa comparação. Não pode pôr a direita conservadora republicana norte-americana e a direita nacionalista europeia (que também existe nos EUA, mas não está no partido do elefante) no mesmo saco.


«país protótipo (o 'american dream' é a antítese da filosofia de esquerda) do anti-esquerdismo, os EUA»

Não creio. Os EUA são um país fundamentalmente de Esquerda: promovem o internacionalismo, o multiculturalismo, o economicismo e, nos casos mais radicais, o ódio à cultura aristocrática europeia.

20 de setembro de 2004 às 19:37:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A mensagem que é minha, é a das 7:04 e não a que imediatamente lhe sucede.

20 de setembro de 2004 às 19:50:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Cara Senhora,

«Tenho aprendido consigo, disso não tenho dúvidas. Mas de luzes...»

Não me diga que continua na escuridão...:)



“Para alguns poderes instituídos, é óptimo esse vazio ético.”

«Acho que quem mais poderá ganhar com este vazio são poderes que ainda se querem instituir, incluindo o Nacional Socialismo»

Talvez sim, talvez não. As pessoas cuja degradação ética seja já muito pronunciada, não poderão ouvir o apelo do Nacionalismo.


«Por isso não me espantam as “vitórias” dos nacionalistas que vai aqui anunciando, que, para já, resultam mais do demérito alheio, que do vosso mérito.»

Deriva também do nosso mérito. Estamos sempre em concorrência com ideologias adversas, as quais nem sequer são perseguidas como o é o Nacionalismo. Por isso, cada voto nacionalista é uma prova do mérito de quem o consegue averbar.


”Então, um filho seu que seja criminoso, deixa de ser seu filho?"

«Filho, primo, tio, irmão, cunhado, sobrinho, meu que cometa um crime é criminoso, e será o “meu criminoso”. Qualquer outro que não seja do meu restrito núcleo familiar e cometa qualquer crime, é criminoso, mas não é “meu”,»

Se for da sua raça, é seu, a um nível diferente de um familiar seu, mas na mesma linha de relacionamento - é uma questão de sangue, de estirpe. Rejeitá-lo como não sendo seu, é atitude da mesma natureza que rejeitar um primo ou um tio. E não vale a pena dizer que «na sua opinião, eles não contam porque não são da sua estirpe», porque isso é o mesmo que um Carlos Silva dizer que o seu primo Mário Silva não é da sua família porque ele, Carlos, não o «sente» assim.



“É uma questão de grau. E o grau é relativo.”

«E os graus relativos aparecem onde?»

Na natureza.


«Antes da raça, depois da raça, a meio da raça?»

Antes, depois e a meio da raça: antes, é a família e a nação, durante é a própria raça e depois é talvez a humanidade.



“Ora, o que motiva a miscigenação propositada ou de algum modo induzida entre raças humanas é do mais aberrante que imaginar se possa: visa a eliminação de identidades em nome de uma ideal doentiamente nivelador.”

«Sempre julguei que fosse a excitação e o sexo.»

A excitação e o sexo podem ser orientadas pela moda. Prova disso é que nos anos trinta, havia a moda das senhoras gordas, e, agora, a gordura está associada à feiúra (não nas mentes de todos).


«Afinal, as miscigenações que acontecem, são induções ideológicas,»

Em muitos casos, são-no.


«diabolicamente engendradas para acabar com o mundo!»

Com o mundo tal como ele existe, isto é, com o mundo diferenciado por raças e etnias. Basta ouvir o que dizem certa gente de certos meios a respeito da «beleza» da mistura racial para perceber isto.



«Caramba, que para uma praga destas nem Moisés teria capacidade!»

De facto, nem os autores do Antigo Testamento, que justificavam genocídios de um modo religioso, se lembraram duma dessas.



”Assim, a ética nunca é relativa - para quem a adopta, é essencial.”

«Para quem a adopta não é relativa, mas é-o no sentido em que há quem adopte outras éticas, que até podem ser opostas.»

Mas a ética, em si, não é relativa.



"A este respeito, da questão territorial, entendamo-nos: ou os povos têm direito à sua própria terra, ou não têm. Eu acho que têm. E a senhora?”

«Claro que acho que os povos têm direito à sua própria terra. Nem é isso que está em causa.»

É isso que está em causa sim, quando se quer estender o direito de pertencer a esse povo a toda a gente e mais alguma, o que significa a diluição do povo.



”Eu acho que defender a própria terra contra a invasão, não é o mesmo que ir roubar a terra de outros.”

«Em termos de legitimidade e direito, que é o cerne desta questão, é o mesmo»

Não é o mesmo para quem defende que cada povo tem direito à sua terra. É o mesmo para quem acha que tanto se justifica o nacionalismo como o imperialismo.



“Estaline não é exemplo porque, sendo comunista, não respeita o direito da propriedade de um povo sobre o seu próprio território.”

«Foi um exemplo tão bom como outro qualquer para lhe mostrar que cada um se acha com legitimidade para achar o que quiser»

Não foi porque estamos a discutir a legitimidade sob o ponto de vista dos nacionalistas e racialistas.


"Ah bom. Então, cara senhora, em que ficamos? Temos ou não o direito de defender o que é nosso?”

«Sempre achei que todos nós temos o direito a defender o que achamos ser de nossa legitimidade. Agora... o que considero ser de minha legitimidade pode não ser exactamente o que para si é legítimo, ou vice-versa. Para si é legitimo tratar abaixo de pastor alemão qualquer imigrante legalizado,»

Errado. Espero que esteja também a fazer humor desta vez e que não queira fazer crer que é mesmo isso que eu penso.
O que eu acho é que os imigrantes legalizados não podem ter os mesmos direitos em Portugal que tem um português autêntico. Não me obrigue a repetir isto ou então vou presumir que quer dar uma ideia distorcida daquilo que eu promovo.



”Enfim, cara senhora... do que falamos? Do que é justo ou do que pode acontecer?”

«Do que é justo, de acordo com o significado de justeza de cada um, e do que pode acontecer na óptica de cada um.»

Ah bom.



“Mas não pode atribuir-nos intenções violentas quando nós, eu em concreto, não falamos na promoção de conflitos raciais.”

«Quando escreve “nós” posso atribuir-Vos intenções muito violentas.»

Não pode. Não tem prova alguma de que os movimentos nacionalistas legais estejam animados de intenções muito violentas.



«Quando escreve “eu em concreto”, atribuo-Lhe (pelo que escreve) intenções mais soft, mas que não deixam de ser violentas para quem tiver de lidar com elas.»

Tão violentas como é violência a arma de fogo do agente da autoridade contra o criminoso que tenta alvejar contra a polícia.



«A globalização, os meios de comunicação, as tecnologias que se vislumbram para o futuro próximo, etc., abriram as suas implacáveis portas e tudo diz respeito a todos.»

"Não, não diz. A possibilidade de violar o pudor alheio (espreitando-se pelo buraco da fechadura, por exemplo) nunca justificou a legitimidade de violar o pudor alheio.”

«Caro Sr. Caturo, refiro-me ao aspecto em que qualquer situação que ocorra num determinado país (golpe de estado, mudança de governo, manifestações, atentados, etc.) é de imediato do conhecimento geral e sempre alvo de movimentações politicas, económicas ou militares de outros países. Se já em 1974, e anteriormente, tivemos os EUA e a URSS a movimentar nos bastidores a “nossa” revolução, hoje os poderes interessados servir-se-iam do palco todo, dos holofotes e ainda punham musica de fundo.»

Depende do poder que conseguissem ter no seio de um país em revolução cujo motor ideológico lhes escapava.



"Mas o Havai não é nosso. De lá, saímos à força. Mas nunca mandámos na velha Albion.”

«E? Isto justifica o quê?»

Justifica que não temos de ter quaisquer direitos de posse, a par dos indígenas, no Havai ou em Inglaterra só porque lá estivemos e para lá levámos esta ou aquela tradição.



“Não pensam assim as autoridades canadianas que expulsaram criminosos de origem portuguesa. E tiveram razão nisso.”

«Eram eles Portugueses, ou Canadianos de origem Portuguesa?»

Eram portugueses nascidos no Canadá.


«A origem não me confirma a nacionalidade desses criminosos.»

A origem é a nacionalidade.



”Pura especulação da sua parte.”

«Tal como é pura especulação o que o Sr. faz ao imaginar os cenários mais dramáticos que possam ser imaginados por causa da miscigenação»

Não é não porque o cenário que descrevo já se está a materializar em vários locais e isso vê-se, quer nas modas que dominam a sociedade, quer nos exemplos que vêm do outro lado do Atlântico.



"E até poderia ter um partido a dizer isso, coisa que eu não posso neste actual regime.”


«Democraticamente deixarão que eu governe num ambiente multiculturalista, multiracialista e tuttifrutti?»

Naturalmente.



"Alguns desses b.is. não correspondem a portugueses de origem e, por isso, podem ser removidos.”

«Portanto não vão sobrar imigrantes com nacionalidade portuguesa. E aquela estória do olhar de lado, do ser preterido na faculdade ou no emprego, nem irá ter de ser aplicada.»

Irá sim - aos negros nascidos em Portugal.



“Poderão mais facilmente ser levados para fora do País.”

«“levados” implica obrigação, não voluntariado. Mesmo inconscientemente o Sr. sabe que só levados é que eles vão.»

Depende é do modo como forem levados. Podem fazer resistência passiva e, assim, serão levados sem problemas.



“O drama de muitos nacionalistas é que quem cada vez mais tem prioridade nos empregos, são os estrangeiros de cor.”

«Sim, ele é vê-los às carradas como advogados, engenheiros, doutores,»

De facto, vai aumentando o número de negros que conduzem bons automóveis, e de médicos negros em hospitais portugueses.


«Nas queimas das fitas a que tenho assistido aquilo é mesmo tudo preto,»

Acredito que sim, especialmente se for uma queima das fitas da Universidade Lusófona.



«Para as obras, então, o choro dos nacionalistas preteridos é de partir o coração.»

De facto. Sabem que por causa de certos negros aceitarem certos empregos, alguns cidadãos portugueses têm de permanecer ou de ir viver para o estrangeiro.


«Coitados.»

De facto.


«que irão surgir associações que se irão unir para lutar contra o regime, que o regime terá de censurar muita informação vinda de fora para não lembrar o "fruto proibido",»

"Não, não terá. Quem não quiser viver num regime nacionalista, pode perfeitamente ir-se embora. Os nacionalistas não constroem muros de Berlim.”

«Se posso formar um partido político contrário ao regime, que luta para implementar outro regime, é porque não gosto de viver sobre o regime Nacionalista, não é? Mas gosto de viver em Portugal, não é? Porque haveria de me ir embora?»

Se não quiser viver num Portugal assim, pode ir-se embora, ninguém a impede. Pode também lutar contra o governo (mas não contra o regime, cara Senhora!, a menos que queira destruir o regime democrático...) mas, até o conseguir derrubar, tem mesmo de viver num país dominado por um governo nacionalista.



“O Estado até lhes agradece, a quem quiser sair por não concordar com o regime. Fica assim exposto que renunciam à Pátria devido a uma ideologia internacionalista.”

«Fácil, não é?»

Sem dúvida. Um descanso.



«Mas muitos podem fazer o contrário: fincar cá pé assumindo o seu patriotismo devido a uma ideologia internacionalista.»

Pois que o façam. Contanto que permaneçam sempre dentro da legalidade e não andem a criar movimentos subversivos contra o regime, evidentemente.


«Aconteceram ocorrências naturais, que foram interpretadas como pragas»

"E quem lhe diz que não podem ser interpretadas como pragas?”

«Tanto que podem, que foram. Nunca lhe disse que não podem ou que não foram.»

Ora bem. E porque é que tal interpretação tem de estar errada?


“Não existiram como tal porquê?”

«Para mim não existiram como tal,»

Ah, para si. Portanto, a sua interpretação é diferente. Tudo bem. É uma interpretação como outra qualquer.



"Sendo assim, do seu ponto de vista, todos os crimes são defensáveis."

«São. São sempre defensáveis por quem os praticou ou deles foi conivente.»

"São defensáveis por si?”

«Por quem os praticou ou deles foi conivente.»

Portanto, não o são por si. Correcto?


«O revisionismo histórico não é uma defesa?»

Não. É uma negação de factos históricos, reais ou inventados, consoante a perspectiva.



«Até há quem nem sequer considere crime, o crime de que é acusado.»

"Isso para si significa que ninguém deve ser punido pelos seus crimes?”

«Não. Significa que o criminoso tentará sempre provar a sua inocência ou desvalorizar o crime que cometeu, enquanto compete a outros acusá-lo e tentar aplicar-lhe a pena mais alta.»

Portanto, tem de existir uma ética defendida pela força, não é?


”Enfim, traidores há em toda a parte. Ainda hoje, por exemplo, há quem queira diluir a estirpe nacional em nome de um ideal internacionalista, veja bem.”

«Traidores, não! Coitados, não seja assim tão radical. Esses sabem onde estão as origens e sabem que a brancura foi um percalço natural. Só querem voltar às origens ancestrais.»

Nesse caso, são ancestralistas incompletos. Porque, se quiserem mesmo voltar às suas origens, então têm de ir para África, todos, ou para o fundo do mar, onde surgiram os primeiros microrganismos.


Cumprimentos

20 de setembro de 2004 às 20:57:00 WEST  
Blogger vs said...

"Os EUA são um país fundamentalmente de Esquerda: promovem o internacionalismo, o multiculturalismo, o economicismo e, nos casos mais radicais, o ódio à cultura aristocrática europeia..."

Não simplifique Caturo. Nem parece seu dizer isto.
Os EUA, baseados no neo-liberalismo, no individualismo desenfreado, no amor ao dinheiro, no 'amor ao capitalismo, na exaltação da riqueza, do sucesso e do 'self-made man', na privatização quase absoluta de tudo e mais alguma coisa.....não me parece, de facto, nada esquerdistas. Se algum esquerdista leu o que o Caturo escreveu do EUA ainda o pobre 'canhoto' tem uma apoplexia.
Já para não falarmos do facto que quem liderou o ocidente contra os comunistas foram.....os EUA, verdadeiro 'país-ícone' do anti-comunismo.


Nelson Buiça

20 de setembro de 2004 às 23:32:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Os EUA, baseados no neo-liberalismo, no individualismo desenfreado, no amor ao dinheiro, no 'amor ao capitalismo, na exaltação da riqueza, do sucesso e do 'self-made man', na privatização quase absoluta de tudo e mais alguma coisa»

Buíça, tudo isso é verdade. Mas não passam de aspectos secundários. A verdadeira Direita não é a do capitalismo – essa é, quanto muito, uma «sub-Direita», por assim dizer. A verdadeira Direita é tradicionalista e espiritual. Essa Direita também existe nos EUA, evidentemente, e, além de incluir os Nacionalistas e Nacional-Socialistas propriamente ditos, também inclui, obviamente, a ala conservadora e ultra religiosa da sociedade, da qual Bush é bom representante. Há muita dessa gente na América, mas a América não é toda assim. Fundamentalmente, o sonho americano é o do pária da Europa que foge à miséria e à sociedade tradicional para ir viver numa sociedade de abundância onde ninguém quer saber da ascendência de ninguém, mas sim da sua utilidade económica – é a substituição do culto da ancestralidade, europeu, pelo do utilitarismo economicista, que é uma das bases da Esquerda. Ora, um cosmopolitismo economicista, onde qualquer um pode ter praticamente todos os direitos (ou quase todos, veja-se como um indivíduo nascido na Áustria pôde chegar a governador, embora não possa ser presidente, pelo menos para já...) independentemente da sua origem. Isto, Buíça, é Esquerda.

Quanto a combater o Comunismo, isso não faz da América uma potência direitista. Mário Soares, bem como os esquerdistas europeus mais subtis, são pró-americanos.

21 de setembro de 2004 às 14:37:00 WEST  
Blogger vs said...

"Essa Direita também existe nos EUA, evidentemente, e, além de incluir os Nacionalistas e Nacional-Socialistas"

Desde quando é que os NS's são tradicionalistas?
Pela menos não são tradicionalistas da maneira 'convencional' como encaramos o termo 'tradicionalista'.
A mim o NS parece-me revolucionário, não tradicionalista.
É imperialista, o que é a antítese do nacionalismo. São nacionalistas mas 'só para eles'. Os outros que se lixem. O NS demonstrou um absoluto desrespeito pela soberania dos outros países, para além de poder ser encarado como 'sionismo' germânico: espaço vital, raça superior e eleita, imperialismo...

"pária da Europa que foge à miséria e à sociedade tradicional"

Se foge por alguma coisa é. Ou acha que não? Se as sociedades 'tradicionais' eram assim tão boas porque havia tanta miséria.
Pois é, pimenta no cú dos outros é refresco....

"para ir viver numa sociedade de abundância onde ninguém quer saber da ascendência de ninguém"

E o que é que isso tem de mal?
Qual é o problema de os indivíduos serem valorizados por si e não pela noção caduca de 'ascendência'?
A sua ascend~encia vale mais que o Caturo? Gostava de ser catalogado não pela sua competência e pelo ser autónomo que é, mas sim pela noção de ....ascendência?
Acha que um incompetente com 'boa' (que é que determina qual é a 'boa' ou a 'má'?)ascendãncia deve ficar á sua frente num emprego só por causa da dita ascendência?
Francamente...
Que classismo! E ainda diz o Caturo que eu sou 'snob'...

"é a substituição do culto da ancestralidade, europeu, pelo do utilitarismo economicista,"

O que é que isto tem de esquerdista? Não vejo nada. É apenas uma noção do liberalismo puro.
Qual é o problema do 'utilitarismo economicista'?
Não vejo nenhum problema, pelo contrário.

"Ora, um cosmopolitismo economicista, onde qualquer um pode ter praticamente todos os direitos (ou quase todos, veja-se como um indivíduo nascido na Áustria pôde chegar a governador, embora não possa ser presidente, pelo menos para já...) independentemente da sua origem."

Qual o problema?
Neste parágrafo (e nos anteriores) o caturo, de forma clara, demosntrou tudo aquilo que fez dos EUA a potência hegemónica.

Nelson Buiça

21 de setembro de 2004 às 16:43:00 WEST  
Blogger vs said...

Rogo-lhe encarecidamente que não me volta a classificar como de 'sub-direita'.
Cria-me problemas de identidade.
E logo o Caturo, que não gosta nada de confusões identitárias ;-)



PS (salvo seja) - É óbvio que a emigração tem que ter regras.*

*Foi só p'ra clarificar o que penso sobre este particular

Nelson Buiça

21 de setembro de 2004 às 16:56:00 WEST  
Blogger vs said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

21 de setembro de 2004 às 16:56:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Desde quando é que os NS's são tradicionalistas?»

De facto, não o são no sentido do Integralismo Lusitano, por exemplo, ou do Monarquismo. Mas é espiritual, na medida em que se trata de uma doutrina fundamentalmente idealista e imbuída de algum misticismo. Note que Jung, famoso psicólogo, chegou ao ponto de dizer que o fenómeno do Nacional-Socialismo era na realidade o retorno do arquétipo mais sagrado do povo germânico, o espírito de Wotan.

Quanto ao resto, é verdade que o NS é revolucionário.

No entanto, não é tão imperialista como possa parecer. Teve uma deriva imperialista, o que é diferente. Mas, na doutrina, não o é. Havia contudo algum desprezo para com outras raças, é facto, motivo pelo qual não sou NS.

«O NS demonstrou um absoluto desrespeito pela soberania dos outros países, para além de poder ser encarado como 'sionismo' germânico: espaço vital, raça superior e eleita, imperialismo...»

Considera portanto que os Judeus são como os NS?



"pária da Europa que foge à miséria e à sociedade tradicional"

«Se foge por alguma coisa é. Ou acha que não?»

Há muitos modos de fugir. Não creio que haja na Austrália, por exemplo, o mesmo ódio à Europa que há nos EUA. Estes, formaram-se, entretanto, com um fortíssimo contributo de criminosos do mundo inteiro.



"para ir viver numa sociedade de abundância onde ninguém quer saber da ascendência de ninguém"

«E o que é que isso tem de mal?»

Eu creio que a ascendência é fundamental e querer negá-la ou desprezá-la é sintoma de bastardia espiritual. De qualquer modo, eu nem tinha dito que isso tinha algo de mal (que até tem). O que eu disse é que isso é Esquerda pura.


«Qual é o problema de os indivíduos serem valorizados por si e não pela noção caduca de 'ascendência'?»

Levar em conta a ascendência não impede que se valorize o indivíduo por si próprio.
Entretanto, o seu uso do termo «caduco» diz muito a respeito do seu ponto de vista.


«A sua ascend~encia vale mais que o Caturo?»

O Caturo não existe sem a sua ascendência. Nem o Caturo nem ninguém. A identidade está na ascendência.



«Gostava de ser catalogado não pela sua competência e pelo ser autónomo que é, mas sim pela noção de ....ascendência?»

Por ambas.



«Acha que um incompetente com 'boa' (que é que determina qual é a 'boa' ou a 'má'?)ascendãncia deve ficar á sua frente num emprego»

Um incompetente com a ascendência apropriada deve herdar uma determinada posse se a tem na ascendência. Não falei de empregos. Nem tudo na vida gira em redor do trabalho.



"é a substituição do culto da ancestralidade, europeu, pelo do utilitarismo economicista,"

«O que é que isto tem de esquerdista?»

Tudo. Isso é a própria essência da Esquerda - destruição das diferenças, imposição da igualdade e do materialismo.


«Qual é o problema do 'utilitarismo economicista'?»

O economicismo é uma promoção desregrada do económico, quando, na sociedade correctamente harmoniosa, o económico tem de ter sempre um papel subalterno em relação à política.



"Ora, um cosmopolitismo economicista, onde qualquer um pode ter praticamente todos os direitos (ou quase todos, veja-se como um indivíduo nascido na Áustria pôde chegar a governador, embora não possa ser presidente, pelo menos para já...) independentemente da sua origem."

«Qual o problema?»

O problema é que o critério de ascendência é o único aceitável como regra para determinar o direito à nacionalidade.



«Neste parágrafo (e nos anteriores) o Caturo, de forma clara, demosntrou tudo aquilo que fez dos EUA a potência hegemónica.»

Que fez dos EUA uma potência globalizante e imperialista, a querer impor a sua cultura e forma de ser por toda a parte.

21 de setembro de 2004 às 19:53:00 WEST  
Blogger vs said...

"Considera portanto que os Judeus são como os NS?"

Considero que ALGUNS judeus (que não são uma raça mas sim uma identidade religiosa) possam ter essas tendências, por mais paradoxal que possa parecer. No entanto são bastante minoritários visto o sionismo estar em decadência acentuada, tanto em número como em influência.

"Há muitos modos de fugir. Não creio que haja na Austrália, por exemplo, o mesmo ódio à Europa que há nos EUA. Estes, formaram-se, entretanto, com um fortíssimo contributo de criminosos do mundo inteiro."

Fugiram como puderam ao longo de séculos por vários motivos, desde perseguições religiosas e políticos a motivos meramente económicos.
Se alguma colónia foi povoada por criminosos essa colónia foi a Austrália. A Austrália foi durante muito tempo a colónia penal da Grã-Bretanha e foi povoada ,originariamente, por: prostitutas, assassinos, ladrões e violadores.

"Eu creio que a ascendência é fundamental e querer negá-la ou desprezá-la é sintoma de bastardia espiritual. De qualquer modo, eu nem tinha dito que isso tinha algo de mal (que até tem). O que eu disse é que isso é Esquerda pura."

Não se trata de negar ou desprezar a ascendência. A questão é outra. Não se pode é fazer do simples critério de ascendência o factor de maior peso na valoração, ou não, de determinado indivíduo.
Isso 'cheira' a classismo imobilista do género feudal. Já reparou que o período de maior evolução económica e social da humanidade começou a partir do exacto momento em que o indivíduo passou a valer, em primeiro lugar, por sim mesmo e não por terceiros.

"Levar em conta a ascendência não impede que se valorize o indivíduo por si próprio."

Muit bem. Primeiro o indivíduo e depois a ascendência, s.f.f.
Dou-lhe um exemplo prático. Como deve saber, da minha ascendência (ainda que em linha indirecta) faz parte o regicida Manuel Buiça.
O caturo acha que eu deva ser valorizado ou desvalorizado (é conforme as 'audiências') em funçaõ deste pormenor da minha ascendência? Acha que a minha valoração deve ser aumentada ou diminuida por causa de um ascendente indirecto meu que, há quase 100 anos, assassinou o Rei D.Carlos? quem é que é mais importante? Eu ou ele? O Nelson de agora que vive em 2004 ou o manuel Buiça carbonário regicida que viveu nos finas do sécXIX princípios do XX?
Não sei se me fiz entender. Esta 'equação' deve ser aplicada a toda a gente. Não se trata portanto de ignorar a ascend~encia, mas sim de uma questão de prioridades.

"O Caturo não existe sem a sua ascendência. Nem o Caturo nem ninguém. A identidade está na ascendência.

Correctas as primeiras duas frases. A última frase nem por isso: a identidade está na ascndência mas em primeiro lugar em nós mesmos, uma vez que é a NOSSA identidade.

"Tudo. Isso é a própria essência da Esquerda - destruição das diferenças, imposição da igualdade e do materialismo."

As diferenças são naturais (todos somos diferentes, e daí a sociedade ser divergente), não é preciso fazer delas ideologia.
Igualdade, para mim, só de oportunidades. A igualadade 'esquerdista' é forçada, logo utópica.
Continuo sem perceber qual o mal que vê no materialismo, mas enfim.

"O economicismo é uma promoção desregrada do económico, quando, na sociedade correctamente harmoniosa, o económico tem de ter sempre um papel subalterno em relação à política."

A economia é, de facto, o motor da História. Tudo o resto se transforma e interage de acordo com as transformações económicas. A economia é central na sociedade uma vez que determina as relações de produção, de propriedade e a própria estrutura social. Directa ou indirectamente, tudo gira à volta da economia.

"O problema é que o critério de ascendência é o único aceitável como regra para determinar o direito à nacionalidade."

Depende do país. Não analise tudo à luz da Europa. Não seja etnocêntrico. Os países das Américas e, no fundo, todos os países 'nascidos' a partir das experiências coloniais europeias não se regem por regras tão simples assim. Vale isto para os EUA e muitos outros.

"Que fez dos EUA uma potência globalizante e imperialista, a querer impor a sua cultura e forma de ser por toda a parte."

Ó Caturo, cuidado com o vocabulário, eheh. Nem um comunista diria 'melhor'! Mas fugiu á temática. Porque é que os EUA (que segundo você têm taaaantos defeitos) conseguiram guindar-se ao primeiro lugar da tabela. E só têm 200 e poucos anos de História. Duas coisas: mérito deles e manifesto demérito da Europa que desbaratou o poder e o prestígio acumulado durante séculos em duas guerrinhas inúteis e absolutamente imbecis.

NOTA: quando falo de ancestralidade estou a penas a referir-me à temática da ancestralidade individual de cada indivíduo como forma de valoração e diferenciação social.
Não me estou a referir à questão geral da ancestralidade étnica de cada povo. Essa é outra questão

Repito: não é correcto analisar a História dos países nascidos da colonização europeia à luz dos mesmo parãmetros com que analisamos a nossa experi~encia histórica. É errado analisar a história dos EUA, do Chile, da Austrália, do Canadá ou da Venezuela a partir das mesmas permissas com que analisamos os países da Europa ou do extremo-Oriente. São realidades totalmente distintas, pois o percurso histórico destes países é diferente do nosso.

Nelson Buiça

22 de setembro de 2004 às 23:47:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Considera portanto que os Judeus são como os NS?

«Considero que ALGUNS judeus (que não são uma raça mas sim uma identidade religiosa) possam ter essas tendências,»

E devem ser combatidos como a seu ver o foram os NS?


«por mais paradoxal que possa parecer»

Porque é que parece paradoxal?



«Fugiram como puderam ao longo de séculos por vários motivos, desde perseguições religiosas e políticos a motivos meramente económicos.
Se alguma colónia foi povoada por criminosos essa colónia foi a Austrália»

Mas na Austrália não há o rancor à Europa que se verifica no caso de alguns americanos, demasiados.



"Eu creio que a ascendência é fundamental e querer negá-la ou desprezá-la é sintoma de bastardia espiritual. De qualquer modo, eu nem tinha dito que isso tinha algo de mal (que até tem). O que eu disse é que isso é Esquerda pura."

«Não se trata de negar ou desprezar a ascendência. A questão é outra. Não se pode é fazer do simples critério de ascendência o factor de maior peso na valoração,»

Não é questão de maior ou menor valorização. É questão de valorização em si – o estilo americano nega-a sumariamente e isso é bastardia espiritual. É desprezo pelas raízes, em proveito, neste caso, de uma visão meramente utilitária e maquinal do indivíduo, o qual deixa de valer como indivíduo completo e passa a ser uma unidade de produção avulsa.


«Isso 'cheira' a classismo imobilista do género feudal. Já reparou que o período de maior evolução económica e social da humanidade começou a partir do exacto momento em que o indivíduo passou a valer, em primeiro lugar, por sim mesmo»

O período de maior evolução cultural do homem foi o da Antiguidade clássica, e, nesse tempo, a ancestralidade era essencial. Na democracia de Atenas, a primeira e eventualmente a melhor de todas, só era cidadão de pleno direito quem fosse filho de pai ateniense.



"Levar em conta a ascendência não impede que se valorize o indivíduo por si próprio."

«Muit bem. Primeiro o indivíduo e depois a ascendência, s.f.f.»

Isso não tem sentido. Não há indivíduo sem ascendência.


«Dou-lhe um exemplo prático. Como deve saber, da minha ascendência (ainda que em linha indirecta) faz parte o regicida Manuel Buiça.»

Não é disso que falo, mas sim da ascendência étnica.



«O caturo acha que eu deva ser valorizado ou desvalorizado (é conforme as 'audiências') em funçaõ deste pormenor da minha ascendência? Acha que a minha valoração deve ser aumentada ou diminuida por causa de um ascendente indirecto meu que, há quase 100 anos, assassinou o Rei D.Carlos?»

Não direi tanto. Mas deve ser vigiado de perto. Se quiser porventura empregar-se como segurança de altas entidades, deve ser especialmente testado – devem, por exemplo, colocar-lhe à frente fotos de Mário Soares, Jorge Sampaio, D. Duarte Nuno de Bragança ou Elizabeth de Inglaterra e testar com aparelhos apropriados a sua reacção, desde a mais olímpica indiferença, que é aceitável, até ao erguer involuntário do punho e gesto do dedo indicador premindo um gatilho imaginário. Isso pode estar-lhe no sangue. Todo o cuidado é pouco.



«a identidade está na ascndência mas em primeiro lugar em nós mesmos, uma vez que é a NOSSA identidade.»

Mas a nossa identidade define-se pela NOSSA ASCENDÊNCIA.



"Tudo. Isso é a própria essência da Esquerda - destruição das diferenças, imposição da igualdade e do materialismo."

«As diferenças são naturais (todos somos diferentes, e daí a sociedade ser divergente), não é preciso fazer delas ideologia.»

Pois não seria não se se vivesse numa sociedade normal. Mas, a partir do momento em que surgem ideologias para as destruir, é imediatamente necessário que se ergam ideologias para as defender.



«Continuo sem perceber qual o mal que vê no materialismo,»

O materialismo é um dos maiores senão o maior dos males ideológicos. Trata-se da negação do espiritual, e, também, do ideal propriamente dito, da ética, de tudo o que é autenticamente humano, fazendo o ser descer abaixo do nível animal, ao nível das coisas inanimadas. É a inversão mais absoluta dos valores.
O seu filho mais conhecido, o economicismo, é uma promoção desregrada do económico, quando, na sociedade correctamente harmoniosa, o económico tem de ter sempre um papel subalterno em relação à política.

«A economia é, de facto, o motor da História.»

Não. É, quando muito, um dos motores da História.


«Tudo o resto se transforma e interage de acordo com as transformações económicas»

Não é verdade. Isso que diz é uma visão reducionista e mutiladora da realidade. O que move o mundo, primordialmente, não é a economia em si. É a luta. Que pode ser económica ou não.


«A economia é central na sociedade uma vez que determina as relações de produção, de propriedade e a própria estrutura social»

É sempre subalterna porque uma sociedade humana não se funda nas conveniências económicas, mas sim, antes de mais, nas necessidades políticas, isto é, a sobrevivência do grupo humano, a qual passa pela economia como um dos seus capítulos, mas até costuma valorizar mais outros aspectos, tais como a religião e o combate. Por algum motivo os sacerdotes, os governantes e os guerreiros foram sempre mais valorizados do que os produtores e os negociantes.



"O problema é que o critério de ascendência é o único aceitável como regra para determinar o direito à nacionalidade."

«Depende do país. Não analise tudo à luz da Europa. Não seja etnocêntrico.»

Sou etnocêntrico sim e isso é um dos elementos fundamentais do meu modo de ver as coisas. O que me interessa é a Europa. Não teria o menor cabimento imaginar sequer que eu deixava de considerar como crucial a ascendência só porque mixórdias de povos surgidas a partir da Europa não a valorizavam como critério de nacionalidade. Por isso, se um país promotor do abastardamento mundial como são os EUA despreza a ascendência, isso também serve de farol – como exemplo do que NÃO se deve fazer.





«Ó Caturo, cuidado com o vocabulário, eheh. Nem um comunista diria 'melhor'!»

Não se pode falhar sempre. Algum dia os comunistas haveriam de acertar...


««Porque é que os EUA (que segundo você têm taaaantos defeitos) conseguiram guindar-se ao primeiro lugar da tabela»

Não fugi ao assunto. Simplesmente dei a minha opinião a respeito dos resultados de tal poder mundial. Quanto à sua origem, enfim, os EUA são um país enorme, com muitos milhões de pessoas, solo rico, fundado e maioritariamente habitado por Europeus e seus descendentes... basta isso. Qualquer país nessas condições pode ser uma superpotência: seja os EUA, seja, num futuro possível ou mesmo provável, o Canadá e a Austrália.
Além do mais, os yankes beneficiaram da guerra entre as potências europeias – e, como diz um ditado qualquer, quando dois lutam, o terceiro fica a ganhar. Os EUA, com um poder industrial ímpar, venceram a segunda grande guerra, aproveitando assim para tutelar a Europa, o Japão e para deles se servir para escoar os seus produtos. Claro que tinham de se alçar ao nível de primeira superpotência, nem podia mesmo ser de outro modo, especialmente quando tinham por rivais um país atado pela estreiteza mental resultante da adopção, em diferentes versões, da cartilha do judeu rancoroso que era Marx.



«NOTA: quando falo de ancestralidade estou a penas a referir-me à temática da ancestralidade individual de cada indivíduo como forma de valoração e diferenciação social.
Não me estou a referir à questão geral da ancestralidade étnica de cada povo. Essa é outra questão»

Mas era disso que se falava originalmente. O exemplo de Scharzenegger pareceu-me suficientemente claro.

23 de setembro de 2004 às 12:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Schwarzenegger.

23 de setembro de 2004 às 12:25:00 WEST  
Blogger vs said...

"Não direi tanto. Mas deve ser vigiado de perto. Se quiser porventura empregar-se como segurança de altas entidades, deve ser especialmente testado – devem, por exemplo, colocar-lhe à frente fotos de Mário Soares, Jorge Sampaio, D. Duarte Nuno de Bragança ou Elizabeth de Inglaterra e testar com aparelhos apropriados a sua reacção, desde a mais olímpica indiferença, que é aceitável, até ao erguer involuntário do punho e gesto do dedo indicador premindo um gatilho imaginário. Isso pode estar-lhe no sangue. Todo o cuidado é pouco."

ehehehehehehe. LOL!
Agora o Caturo 'esteve bem'.
Acha mesmo?
Pelos visto acha que o facto de uma familiar indirecto ter sido assassino há 100 anos influencia a minha maneira de ser, eheh.
Então se o Caturo descobrir que teve um ancestral que cometeu um desvario eu devo pô-lo 'debaixo de olho'?
Ora esta.

Bem, em relação ás fotografias que o Caturo me poria à frente caso eu desejasse ser 'segurança' digo-lhe que apenas o primeiro nome me faria ter uma reação mais exacerbada. Mas não passaria de alguns impropérios, bem merecidos, no caso do 'bochechas'.
Nem desgosto das monarquias europeias, veja lá. Acho que são países desenvolvidíssimos e agradabilíssimos, não sei se é da monarquia. tavez seja. Nesse caso, venha a monarquia consitucional (por mim o D.Duarte e descendência até podiam ter os mesmo poderes que o actual PR que, por mim, tudo na boa) para Portugal que eu aplaudo.
Não sou uma pessoa violenta, esteja tranquilo :-))
Apenas por umas duas vezes me vi forçada a recorrer à força, sempre devido a descaradas provocações de comunas e companhia.
O facto de uma pessoa não ser violenta não quer dizer que tenha que aturar todo o tipo de desaforos e provocações.

Cumprimentos tranquilíssimos ;-))
Nelson Buiça

23 de setembro de 2004 às 17:19:00 WEST  
Blogger vs said...

"Mas a nossa identidade define-se pela NOSSA ASCENDÊNCIA."

Também.....mas não só nem maioritáriamente. A nossa identidade define-se pela nossa experiência de vida, pelo nosso percurso pessoal.

"E devem ser combatidos como a seu ver o foram os NS?"

Os NS foram combatidos porque se meteram com demasiada gente (quase com toda) ao mesmo tempo. Erro crasso. Pagaram por isso.
Os sionistas são demasiado poucos e em queda para que mereçam um 'combate'. Caem por si.

"Porque é que parece paradoxal?"

Porque usualmente o NS é diferenciado do sionismo de forma clara e, uma análise mais cuidada demontra que a mundivisão subjacente é parecida. O Caturo deveria até admirar o sionismo como ideologia.
Os palestinianos é que têm cartazes em que colocam uma suástica e ao lado uma estrela de David com um sinal de igual no meio.
É sempre uma risota quando vejo esses cartazes pelas ruas de Jerusalem ou da Cisjordânia .

O que disse anteriormente não invalida o facto de eu ser um 'simpatizante' de Israel e da sua simpes luta pela sobrevivência rodeada que está de uma horda de fundamentalistas islâmicos.

"Pois não seria não se se vivesse numa sociedade normal. Mas, a partir do momento em que surgem ideologias para as destruir, é imediatamente necessário que se ergam ideologias para as defender."

Não seja conservador. O que é revolucionário hoje será tradição amanhã. Aconteceu assim com tudo na História. Os pagãos tambem eram a 'tradição' e viram-se derrotados pelo revolucionário cristianismo.
Hoje é o cristianismo a tradição.
A História não acabou. A constante renovação/evolução continuará, como sempre aconteceu.

Nelson Buiça

23 de setembro de 2004 às 17:33:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Acha mesmo?
Pelos visto acha que o facto de uma familiar indirecto ter sido assassino há 100 anos influencia a minha maneira de ser,»

Ui, nunca fiando...


«O facto de uma pessoa não ser violenta não quer dizer que tenha que aturar todo o tipo de desaforos e provocações.»

É assim mesmo, não seja como os franciús, seja, como os yankes e carregue-lhes forte e feio, à Bush.



"Mas a nossa identidade define-se pela NOSSA ASCENDÊNCIA."

«Também.....mas não só nem maioritáriamente. A nossa identidade define-se pela nossa experiência de vida, pelo nosso percurso pessoal.»

Não. Isso de que agora fala não é propriamente identidade, mas sim personalidade. A identidade é outra coisa - herda-se, não se faz nem se transforma.



"E devem ser combatidos como a seu ver o foram os NS?"

«Os sionistas são demasiado poucos e em queda para que mereçam um 'combate'. Caem por si.»

Eehhehe, mas se forem poderosos, devem ser combatidos?



"Porque é que parece paradoxal?"

«Porque usualmente o NS é diferenciado do sionismo de forma clara e, uma análise mais cuidada demontra que a mundivisão subjacente é parecida.»

De certo modo, sim.


«O Caturo deveria até admirar o sionismo como ideologia.»

Efectivamente, considero que os Judeus, até certo ponto, são um bom exemplo do que um povo deve fazer: têm um povo étnicamente consciente, que evita misturas, unido em torno de uma religião nacional. São como os Japoneses e como os Parses. No entanto, tenho de ser contra e estar pronto a combater o Sionismo, pois que há no Judaísmo uma imensa arrogância para com os não judeus, arrogância e mesmo ódio, capaz de originar atitudes de violência horrenda contra estes, ou seja, os goym (termo que os judeu aplica ao não judeu, animal inferior).

"Pois não seria não se se vivesse numa sociedade normal. Mas, a partir do momento em que surgem ideologias para as destruir, é imediatamente necessário que se ergam ideologias para as defender."

«Não seja conservador. O que é revolucionário hoje será tradição amanhã.»

Buíça, eu não defendo a Revolução ou a Tradição em si. Eu defendo o que me diz respeito: seja pela conservação seja pela revolução.


«Os pagãos tambem eram a 'tradição' e viram-se derrotados pelo revolucionário cristianismo.»

Ora aí está a maior desgraça do Ocidente, raiz das suas principais tragédias.


«Hoje é o cristianismo a tradição.
A História não acabou. A constante renovação/evolução continuará, como sempre aconteceu.»

Sim. Por isso, urge dinamizar um movimento revolucionário, de início utópico, tal como todos os outros, mas cuja justificação está no dever em si, independentemente de poder ser ou não bem sucedido.
Para que, mesmo que não seja possível convencer as multidões, se criem pequenos grupos conscientes capazes de transportar a Chama acesa a partir da faísca que dorme no sangue europeu, a das verdadeiras religiões do Ocidente, que são as dos ancestrais áricos intocados pela Cristandade.

24 de setembro de 2004 às 11:12:00 WEST  

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