segunda-feira, agosto 23, 2004

FIGURAS...

Uma interessante página, mesmo que tendo alguns erros de ortografia e sendo escrita em «brasileiro», sobre um certo herói de certa intelectualidade ocidental, que o promove como quase santo mártir, sem vergonha alguma na cara, como é seu apanágio:

Os crimes do Senhor Che Guevara

onde se descreve bem aquilo que Che Guevara era realmente e das monstruosidades que apoiou.

Um excerto:
(...)Por que Che escreveu: "Dos países que visitámos, a Coreia do Norte é um dos mais extraordinários" ? Talvez ele tenha gostado da Guerra da Coreia provocada pelo governo do norte, na qual 500.000 pessoas morreram; talvez tenha admirado o grande expurgo interno promovido por Kim Il Sung ocorrido algum tempo antes de sua visita, no qual o líder coreano perseguiu e matou milhares de opositores do regime.

Por que Che disse: "na China não se vê nenhum dos sintomas de miséria que se vêem em outros países" ? Deve ter-se referido ao "grande salto para frente" de Mao, projeto económico na China, envolvendo entre outras coisas a colectivização forçada. O resultado do projecto foi a maior fome de toda a história. Mao chegou a exportar comida e impediu a aceitação de ajuda externa. Pereceram mais de dez milhões de chineses.

Che disse: "Cuba devia seguir o exemplo de desenvolvimento pacífico mostrado pela URSS". O que era "desenvolvimento pacífico" para ele? O racionamento de comida feito por Lenin? O Gulag? Os expurgos de Stalin? A política anti-religiosa de Krushev? A burocracia corrupta de Brejnev? Os inúmeros massacres e perseguições que o Partido Comunista impôs aos soviéticos?

Realmente, Cuba, a ilha-prisão, seguiu bastante o exemplo da URSS: corrupção, expurgos internos, assassinatos, repressão, campos de trabalho forçado (que Che ajudou a construir) etc. Mas o que mais caracterizou a revolução cubana foi o "Paredón", em que Che teve participação activa, principalmente em La Cabaña. Quantos ele matou lá? 300, 400?(...)


Mas a Esquerda, dominando a informação no Ocidente - nas universidades, nas editoras, nos mé(r)dia - conseguiu fazer dele um ídolo, bem presente nas t-shirts de todo o jovenzinho «esclarecido» e, sobretudo, «irreverente», como está na moda ser-se.

Por seu turno, os admiradores de Rudolf Hess, que crime algum cometeu, são por toda a parte perseguidos e tratados como quase criminosos: é este o tipo de democracia que rege as terras que outrora foram habitadas pelos homens livres do Ocidente, antepassados dos que agora vivem oprimidos por uma ditadura espiritual universalista, iniciada com a Cristandade e mantida com a sua filha bastarda, a Esquerda.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Senhor Caturo, esclareça-me só num ponto, s.f.f: o revisionismo histórico foi patenteado pelos brancos puros arianos da extrema-direita?
Os brancos puros arianos da extrema-esquerda não podem “revisionar” a história conforme lhes dê na gana?
Já tentaram ganhar com o negócio e cobrar-lhes royalties?
Assim, até ganhavam mais uns cobres para compras de natal (talvez comprarem os tais brinquedos com suásticas), e a rapaziada da extrema da foice e do martelo continuavam felizes a endeusar o Sr.Che e o outros senhores vermelhuscos e a animar os serões de muitos de nós.
Cumprimentos.
P.S. Com tal convicção, quase me convence que o Sr.Hess era a versão terrena da Santa Imaculada Conceição. :)

24 de agosto de 2004 às 19:34:00 WEST  
Blogger vs said...

A democracia, como todos os sistemas políticos, tem o direito de se defender dos que a querem derrubar.
Os nazis perseguiam os opositores.
Os comunistas perseguiam os opositores.
A democracia (mais sábia, subtil, e comedida) faz-lhes, por assim dizer....alguma 'sombra'.

Nelson Buiça

24 de agosto de 2004 às 22:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Anónimo, o que eu disse e ninguém se atreveu sequer a comentar, é que, actualmente, só a extrema-esquerda é que tem o direito de «revisionar» a História quantas vezes lhe dê na veneta, compondo o ramalhete ao seu gosto, ao passo que, quando do lado extremo-direito do espectro político se tenta contar outra versão dos factos, há logo escândalos e proibições OFICIAIS.

Como decerto percebeu, é este o cerne da coisa: desigualdade desonesta e defendida com imenso descaramento.
O que tem a dizer?

24 de agosto de 2004 às 23:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Buíça, a democracia não tem o direito de se defender da opinião do povo, ou então perde pura e simplesmente o sentido e de democracia passa a ser oligarquia, isto é, o domínio de alguns, ou melhor, uma «lóbicracia», ou, no caso daquilo que o Buíça defende, uma plutocracia criptocrática, em que o poder maior pertence a uma classe de capitalistas mundialistas que domina na sombra.

Tal tipo de regime não tem qualquer legitimidade, dado que não assenta na justiça ou na liberdade, mas tão somente na força: força económica, mediática e, a partir daí, política e militar.

24 de agosto de 2004 às 23:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Senhor Caturo, não estará a perpetuar a vitimação?
O Senhor tem um blog onde passa informações e discute revisionismos do lado extremo-direito. Há outros como o seu, e o Senhor até os aconselha. Já de há muito tempo a esta parte eu discuto, em fóruns, com bastantes correligionários seus, que me forneceram links, nomes de obras e documentação “revisionada” por “vós”. Que eu saiba, apesar de muitos protestos, os partidos políticos europeus de extrema-direita vão a eleições.
Do que o Senhor se pode queixar, é que, relativamente à acção da extrema-direita, as memórias de muitos ainda estão muito frescas e afligem-se com uma possível ascensão de um novo “little or big Hitler”. E também tem de reconhecer que os slogans e o tipo de manifestações que efectuam não são em nada pacíficos. Na maioria das vezes até são provocatórios, constatando-se à distância que o objectivo é destabilizar e provocar distúrbios, para obterem as atenções e poderem perpetuar a tal da vitimação.
Portanto, se querem atribuir culpas pelo pânico e contestação que provocam às massas, só o podem atribuir a “vós” próprios. Eu escrevi-lhe numa mensagem que a extrema-direita é mais directa e menos hipócrita que a extrema-esquerda. Mas esse facto, não vos ajuda em nada. Para além de muitos ainda se lembrarem de uma Europa completamente destruída e dos genocídios, vocês mostram o jogo todo, ao contrário da extrema-esquerda que aprendeu a camuflar intenções sob a capa da paz, amizade, e bláblás pacifistas, que é o que a maioria do povão gosta de ouvir. E não esqueça outro facto muito importante: enquanto que após II Guerra Mundial todos os horrores nazis foram divulgados pelo mundo, os horrores para lá da Cortina de Ferro foram sendo mantidos no absoluto segredo. Os poucos zunzuns eram de tal forma incríveis que poucos lhes prestavam atenção e só uma pequena parte de intelectuais se aperceberam da realidade para lá do Muro.
Ao contrário do que muitos julgam, Senhor Caturo, a democracia não pode permitir e pactuar com tudo e todos. Se, por definição, a democracia permite que se criem partidos extremistas, cujo objectivo primordial é a liquidação dessa mesma democracia, também tem obrigação de vigiar e tudo fazer para impedir a sua aniquilação. As democracias são muito mais frágeis e sujeitas a perigos que qualquer regime totalitário. Queixa-se que prenderam nazis numa manifestação? Democraticamente foi-lhes permitida a manifestação, mas democraticamente foram vigiados e presos os que provocaram e criaram distúrbios. Acha que se algum dia os nazis voltarem a comandar os destinos da Alemanha, algum não nazi terá hipóteses de convocar uma manife em homenagem à memória do Sr.Nelson Mandela, por exemplo? Brincas...
Cumprimentos.

25 de agosto de 2004 às 10:34:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Caro anónimo, eu tenho um blogue para dizer umas coisas, mas não posso formar um partido político a dizer sequer metade do que aqui afirmo, ou então vou PRESO. Não posso sequer ter uma organização que diga ao povo que deve aceitar só os imigrantes de leste mas não os africanos, que diga aos imigrantes de leste que os Nacionalistas europeus não são necessariamente contra a imigração vinda de leste. Não posso sequer dizer que Portugal é um país branco e que assim deve permanecer. O próprio PNR não tem a maior das facilidades em distanciar-se ideologicamente do PP, porque tem de estar sempre atento aos limites da liberdade de expressão.
Quanto ao revisionismo a respeito dos campos de concentração alemães, nunca me viu defendê-lo. Falar disso em Portugal pode significar o encarceramento. Sabia? Qualquer negro pode vir dizer que os Angolanos não massacraram portugueses em África, etc.. Mas se um europeu resolver dizer que os Judeus não foram vítimas de nenhum genocídio, vai pura e simplesmente preso. Se acha que isto é igualdade e liberdade de expressão, então temos noções bem diferentes do que é liberdade de expressão.

As manifestações da extrema-direita não são em nada mais violentas do que as da extrema-esquerda. São-no até menos. Se porventura alguma manifestação nacionalista implicasse a ocorrência de metade daquilo que sucedeu nos protestos anti-globalização em Itália, ou em França por ocasião da passagem de Le Pen à segunda volta, com carros a arder e lojas destruídas, o que é que não diria a comunicação sUcial tuga... que vinham aí os nazis tomar a Europa, que estava declarado o estado de sítio em todo o continente, etc..


Quanto ao que se sabe e ao momento em que se sabe, repito, consigo, que aquilo que se diz da Alemanha Nacional-Socialista já é dito há cinquenta anos, ao passo que a revelação da miséria e do horror comunistas é relativamente recente - então não acha que deveria impressionar muito mais as mentes das pessoas, tratando-se de revelações recentes?

Pois... é que não há uma poderosa máquina de propaganda a dramatizar os crimes comunistas e a deles falar a torto e a direito de cada vez que um partido comunista fala na televisão... e, sobretudo, não há grandes realizadores a fazer grandes filmes com personagens chorosas e sofredoras, que comovem multidões - e é sabido que a emoção suscita reacções muito mais irracionais e violentas do que a simples informação.

Quanto ao que diz por último, não está em nada legitimado. Primeiro, não tem prova alguma de que os modernos partidos nacionalistas, como a Frente Nacional, por exemplo, queiram destruir a democracia. Depois, se a democracia é o domínio da maioria, porque é que o povo não tem direito, se quiser, a acabar com a democracia? Ou o caro anónimo é a favor do despotismo iluminado, que pretende governar para o povo, mas SEM o povo, tratando o povo como se de uma criança se tratasse, limitando-lhe o leque de escolhas a pão com chouriço ou chouriço com pão?

Quanto a manifestações, a polícia alemã já chegou ao ESCÂNDALO de proibir algumas marchas nacionalistas PORQUE a extrema-esquerda iria certamente provocar distúrbios. Isto é que é liberdade?

Cumprimentos.

25 de agosto de 2004 às 19:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caro Sr.Caturo, é lógico que a história recente vos "desfavorece". Limito-me a debitar factos. Tem razão quando afirma que não há uma máquina holiudesca a fazer chorar plateias com os horrores soviéticos. Isto é um facto. Mas isso explica-se facilmente com o facto de holiude ter sido varrida por uma onda pró-comunista e de ter albergado no seu seio muitos judeus fugidos da Europa e do regime Nazi. Desça um niquinho dos “sapatos” que usa e raciocine comigo:
- se fosse um judeu (já o estou a ver a benzer-se:)) escritor, actor, realizador com metade da família morta pelos nazis, e conseguisse emprego em holiude, nos idos 40/50/60 sobre o que escreveria, realizaria?
- se fosse um simples cidadão americano católico (também já o vejo a benzer-se:)), ouvinte atento dos relatos sobre a guerra que o seu país travava e sobre as atrocidades dos nazis para que espectro ideológico se tornaria mais permeável?
- se fosse um comunista (não desmaie por favor!:)), de qualquer nacionalidade, não aproveitaria o momento em que meio mundo lutava contra o Diabo Nazi, em que morriam milhões como moscas, para mostrar a sua faceta mais libertadora, equalitária e pacifista, e com isso angariar mais adeptos à sua causa?

Para além disso há alguns factos históricos incontornáveis, que contribuíram para isso:
- o papel da resistência, amplamente divulgado, onde circulavam resistências comunistas e que para sempre ficaram colados à imagem de lutadores/mártires pela liberdade.
- a guerra civil espanhola que teve, nas suas hostes anti-franquistas, muita celebridade mundial, que fez o favor, através da pintura, da escrita, da canção, da poesia, de tertúlias elitistas, etc, de ampliar mundialmente a história dos mártires que lutavam contra o fascismo; e o facto de terem perdido e de Franco ter ascendido ao poder, também contribuiu para perpetuar a imagem do contra-mártir.
- o facto de o Regime Alemão ter capitulado com estrondo, numa situação de derrota militar, que permitiu o acesso e a divulgação da informação de forma muito mais visível e ampliada (não em termos de exagero, mas em termos geográficos e sonoros).
- o facto de o Regime Soviético ter como principal alvo o seu próprio povo, o que ajudou a manter dentro de portas a sanguinárias perpetradas. Quando se fala nos 20 milhões de mortos (há quem aponte o dobro), fala-se de soviéticos. Quando se fala das perseguições rácicas fala-se de judeus soviéticos de georgianos soviéticos, etc. A URSS não avançou militarmente sobre Paris, Londres, Bruxelas, etc. Só sobre o Afeganistão, apoiou outros regimes comunistas e até saíram mais airosos da Coreia e Vietname dos que os bons do Ocidente. Matou, torturou, assassinou, perseguiu, etc., numa perspectiva mais “caseira”. Os países que ocupou ou politicamente controlou na confusão do pós II Guerra Mundial, foram reguardados por “Muros”. O seu objectivo de domínio mundial passou a ser de cariz político, económico e tecnológico. Daí a Guerra-Fria, bem mais soft para a opinião publica, do que uma invasão armada com muito sangue a jorrar, migrações, países em escombros, economias destruídas, etc.
- o facto de o Regime Soviético ter capitulado sem estrondo, numa situação de paz mundial, sem sangue, sem qualquer acto militar. A Rússia continuou de pé, não foi dividida por forças externas, não teve de escancarar as tripas ao mundo, como a Alemanha. Foi um processo suave, que suavizou qualquer informação sobre os actos atrozes cometidos pelo regime soviético.

Como vê Sr. Caturo, é tudo uma questão de momento e acção. É tudo uma questão de vencedores e vencidos. Enquanto perdurar nas mentes o estrondo nazi, estarão sempre em desvantagem relativamente à extrema-esquerda. Se o passado Nazi não tivesse sido tão negro, em termos de acção e consequências mundiais, teriam outras vantagens. Os actos de hoje, reflectem-se sempre no tempo. Azar o vosso, o deserto de hoje. Não tenho dúvidas de que a história se faz por ciclos e que o vosso tempo surgirá de novo para mais um período negro, mesmo que os moldes tecnológicos e políticos sejam distintos do que eram há mais de meio século atrás. Um dia serão vocês a impedir outros de formar partidos e de afirmar alto e bom som que são a favor do multiculturalismo. E por isso eu não fecho os olhos ou finjo que não vos vejo, como alguns preferem fazer. Sei que existem, sei o que querem, sei o que vão fazendo para o conseguirem e sei que, mais tarde ou mais cedo, assim se criem as condições, tentarão levar à prática os vossos planos. Por certo o Sr.Caturo também já cá não estará para ver esse dia chegar, mas isto é mesmo como as bruxas, ninguém as quer ver ou acredita nelas, pero que las ay las ay.

“Primeiro, não tem prova alguma de que os modernos partidos nacionalistas, como a Frente Nacional, por exemplo, queiram destruir a democracia. Depois, se a democracia é o domínio da maioria, porque é que o povo não tem direito, se quiser, a acabar com a democracia? Ou o caro anónimo é a favor do despotismo iluminado, que pretende governar para o povo, mas SEM o povo, tratando o povo como se de uma criança se tratasse, limitando-lhe o leque de escolhas a pão com chouriço ou chouriço com pão?”

Quanto às provas, caro Sr.Catulo, também não tenho provas contrárias, e neste ponto mais uma vez estão em desvantagem. Se juntar no mesmo saco a história passada da ascensão do regime nazi, a ideologia dos modernos partidos nacionalistas (que só são modernos na data da sua criação partidária, pois as ideologias já tem para mais de 100 anos) e a expressão gato escaldado de água fria tem medo, e fizer a formulazita do 1+2=3, tchram... sai o quê do saco?

Não, não sou a favor de qualquer despotismo e em nada me ilumino. Limito-me a racionalizar as coisas friamente. O Sr. Hitler ganhou eleições. Estou convencida que mais década menos década algum novo Hitler também as ganhará democraticamente. Só que o Sr. não me convence que a seguir manter-se-á a tal da democracia, por mais que se continue a chamar tal coisa ao regime instituído. Não basta que chamemos gato a uma vaca, para que ela se transforme mesmo em gato.

“Quanto a manifestações, a polícia alemã já chegou ao ESCÂNDALO de proibir algumas marchas nacionalistas PORQUE a extrema-esquerda iria certamente provocar distúrbios. Isto é que é liberdade?”

Não vejo onde esteja o escândalo, nem a falta de liberdade. Se se podem verificar distúrbios, não se permita. Ou então bordoada neles! E aí levam todos e que ninguém se queixe. Olhe que, relativamente às manifes anti-globalização feitas pelas esquerdas, e pelo que vejo nas tv’s, só se perdem as que caiem no chão. Eles já vão todos preparados para a bordoada, com matracas, garrafas, naifas, etc. Quem assim se prepara antes, tem os objectivos bem traçados. Os outros cidadãos não tem que ser impossibilitados de sair de suas casas, não tem de se ver apanhados no meio de gangs, ver as suas casas, lojas, cafés, completamente partidos por meninos e meninas que se pavoneiam com grandes pacifismos e depois fabricam “coqueteiles molotofes”. A liberdade do outro acaba quando colide com a minha. So simple as that!
Cumprimentos.

27 de agosto de 2004 às 12:37:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caro/a anónimo/a, todos os factos que apresenta não negam o essencial: que há uma simpatia, da parte dos mé(r)dia e do poder reinante, em relação à Esquerda totalitária. Fala dos realizadores de cinema judeus e esquerdistas liberais, mas diga, num país tão supostamente livre, e anti-comunista, como é os E.U.A., como é que nenhum americano se lembra de realizar películas sobre os crimes comunistas?

Se a Europa se queixa de ter sofrido com a Alemanha NS, não sofreu menos com a U.R.S.S.: para além do medo constante que vitimava as populações ocidentais, devido à perspectiva de uma guerra nuclear, também há a salientar as invasões da Polónia e da Checoslováquia, além dos testemunhos de milhões e milhões de eslavos. Porque é que ninguém os vai ouvir?

A América viveu no medo do Comunismo durante a década de cinquenta. «Toda a gente» diz que aquilo era tudo resultado da paranóia americana McCartista. No entanto, essa infiltração comunista existia. Este é só outro exemplo de como a Esquerda domina os mé(r)dia.

Diz que a história é contada pelos vencedores e disso não há dúvidas. Então porque é que alguns vencidos são malditos, caso dos Alemães, e outros são mártires idealizados, caso dos espanhóis anti-franquistas, quando é sobejamente sabido que, em Espanha, cometeram-se atrocidades de ambos os lados da guerra fratricida?

A respeito de democraciticades, não me venha dizer que o trauma «europeu» é tão grande que até ignoram a total falta de democracia que caracterizava e caracteriza os países comunistas, ainda hoje, numa época de informação quase sem limites. Grita-se contra Pinochet, mas passa-se quase em claro os crimes que Fidel Castro ainda hoje comete. Já para não falar da Coreia do Norte, por exemplo. No entanto, um partido nacional-socialista português seria impossível de acordo com a lei vigente, mas existe, com toda a liberdade, um partido comunista que foi declaradamente estalinista durante décadas e que nunca se retratou disso.


Sobre a proibição de certas manifestações...

Diz-me que

«Não vejo onde esteja o escândalo, nem a falta de liberdade. Se se podem verificar distúrbios, não se permita. Ou então bordoada neles! E aí levam todos e que ninguém se queixe.»

Espere... mas todos, porquê? Se são os militantes de extrema-esquerda que ameaçam arranjar problemas, porque é que os militantes de extrema-direita também têm de «levar»?



«Olhe que, relativamente às manifes anti-globalização feitas pelas esquerdas, e pelo que vejo nas tv’s, só se perdem as que caiem no chão. Eles já vão todos preparados para a bordoada, com matracas, garrafas, naifas, etc. Quem assim se prepara antes, tem os objectivos bem traçados. Os outros cidadãos não tem que ser impossibilitados de sair de suas casas, não tem de se ver apanhados no meio de gangs, ver as suas casas, lojas, cafés, completamente partidos por meninos e meninas que se pavoneiam com grandes pacifismos e depois fabricam “coqueteiles molotofes”. A liberdade do outro acaba quando colide com a minha. So simple as that!»

Correctíssimo. Então como é que a liberdade de manifestação de uns pode ser posta em causa por tal gentalha violenta? Não concorda com o que quero dizer?


Cumprimentos

30 de agosto de 2004 às 15:45:00 WEST  

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