quinta-feira, junho 24, 2004

VITÓRIA CONTRA A MOIRAMA - OBRA DA PERSERVERANÇA

Dia 24 de Junho é dia de dupla celebração: em dois momentos diferentes da História Pátria, Portugal bateu, neste dia, os seus inimigos.

No segundo, a vitória portuguesa foi um passo em frente na reconquista ibérica do território, contribuindo para abater o poder norte-africano na Hispânia: 24 de Junho de 1158 - tomada de Santarém.

Em itálico, segue o texto retirado do site «Batalhas de Portugal»:

Depois da Tomada de Lisboa, a que se seguiu a delimitação do território de Portugal às regiões acima da linha do Tejo, Afonso Henriques pretendia ir mais além.
Numa primeira investida sobre Alcácer, os Mouros estavam alerta, e Afonso Henriques recolheu a Lisboa, batido e ferido numa perna.
Em 1151, o Bispo D. Gilberto, antigo Cruzado, contratou o auxílio de nova armada de Cruzados, da Inglaterra. Afonso foi por terra cercar Alcácer, enquanto a frota inglesa entrou no Sado, a fechar o cerco pelo rio. A resistência dos Mouros foi muito forte e Afonso e os Cruzados ingleses levantaram o infrutífero assédio.
Em 1157, pela segunda vez é posto cerco a Alcácer, por mar e por terra. Pela terceira vez a fortaleza do castelo e o heroísmo dos defensores faz voltar o Rei de Portugal a terras cristãs sem resultado.
Mas, Afonso Henriques, infatigável, volta a atacar Alcácer. Posto o cerco em meados de Abril, após sessenta dias de incessantes combates, assaltado só por tropas portuguesas, sem auxílio de navios de Cruzadas, o forte castelo do Sado é tomado à viva força a 24 de Junho de 1158.


Depois da Tomada de Lisboa, a que se seguiu a delimitação do território de Portugal às regiões acima da linha do Tejo, Afonso Henriques pretendia ir mais além. Com poucos cavaleiros e homens de armas, fez uma correria (talvez desde Palmela) até ao forte de Alcácer, sobre o rio Sado.
À sua maneira, por escalada de surpresa, tentou aí repetir a façanha da Tomada de Santarém. Os Mouros, vigilantes, repeliram dessa vez a tentativa e, do confronto que se deu no alto das muralhas, Afonso Henriques recolheu a Lisboa, batido e ferido numa perna.
Havia que fortalecer o reino, criar uma pátria de potência, assegurar o que já estava definitivamente ganho. Depois se avançaria para o Sul, até ao mar, até Silves, a cidade mais importante das províncias do Gharb, opulenta rival de Lisboa em riqueza, navegação, cultura e comércio.
Então, em 1151 foi de Lisboa a Inglaterra o bispo D. Gilberto, antigo Cruzado, contratar o auxílio de nova armada de Cruzados, que veio, com efeito, na Primavera seguinte. Afonso foi por terra cercar Alcácer, enquanto a frota inglesa entro no Sado, a fechar o cerco pelo rio. A posição fortíssima resistiu aos continuados assaltos. Ao fim de algum tempo, Afonso e os Cruzados Ingleses levantaram o infrutífero assédio.
Em 1157, nova armada de Cruzados, navegando do Mar do Norte para a Síria, entra a refrescar em Lisboa, agora terra cristã. Afonso Henriques não perde o ensejo de negociar com eles o auxílio para novo assalto a Alcácer. Pela segunda vez é posto cerco a Alcácer, por mar e por terra. Pela terceira vez a fortaleza do castelo e o heroísmo dos defensores faz voltar o Rei de Portugal a terras cristãs sem resultado.
Mas, Afonso Henriques, infatigável, volta a atacar Alcácer. Posto o cerco em meados de Abril, após sessenta dias de incessantes combates, assaltado só por tropas portuguesas, sem auxílio de navios de Cruzadas, o forte castelo do Sado é tomado à viva força a 24 de Junho de 1158.
Segundo os historiadores árabes, tomada a praça, os assaltantes teriam devolvido as armas à guarnição muçulmana; segundo as memórias cristãs, Afonso Henriques teria deixado os vencidos saírem livres para o interior do Gharb.


D. Afonso Henriques já tinha falhado a conquista do castelo. Pediu por isso o auxílio dos Cruzados e, mesmo assim, falhou.
A racionalidade mais comezinha ditaria o abandono do projecto, especialmente depois de ter ficado sem o poderoso apoio dos cavaleiros cruzados. Mas o Fundador insistiu, teimou, contra todas as expectativas. E venceu.
É assim que se faz a História.