segunda-feira, maio 17, 2004

As pretensões de Manuel Monteiro

Manuel Monteiro ficou todo indignado porque o PS e PSD/PP recusaram um debate com ele a sós, só aceitando a sua presença se estivessem também presentes todos os representantes de todas as outras formações políticas.

Por uma vez, os partidos grandes agem como deve ser. Pois quem pensa MM(Manuel Monteiro) que é para que lhe seja dado um tratamento de excepção, ele que só ontem criou o partideco da nova democracia o qual, de bom, só tem o símbolo? Já queria ser considerado um dos «grandes», esse copinho de leite com perfil facial de bruxa?

E porque cargas de água é que a imprensa o leva ao colo mais a sua tropa neo-democrata? Será que alguém nos bastidores se quer servir deles para cortar o PP ao meio e, desse modo, enfraquecer Paulo Portas e o governo? Ou não se tratará simplesmente de um caso em que poderosos empresários e alguma rica gente «de direita», yuppies e católicos multi-racialistas, resolveram sustentar um partido que sirva os seus interesses?

O mais irritante é andar-se a dizer que Monteiro é «nacionalista». Como já disse aqui, Monteiro não é nacionalista - será, quando muito, patriota, e é se se lhe quiser reconhecer honestidade política, da qual eu, de facto, não tenho razão para duvidar, até ver.
O que é certo é que quem apoia a imigração para dentro de Portugal, não é, de certeza, um nacionalista. Enquadra-se, isso sim, nas fileiras dos patrioto-burgueses que amam um Portugal que vai do Minho até Timor todo dentro das fronteiras portuguesas, para que o País fique ainda mais cheio de africanos do que já está. Cada vez dá mais a sensação, ao passar em certas zonas de Lisboa, de que se está perante um cartaz de propaganda turística a dizer «Vá para fora cá dentro», e, não obstante, os yuppies monteiristas querem ainda mais africanos em Portugal, para servir o amor pela mão-de-obra barata que é típico de certos empresários.

O capital não tem pátria e esta gente nem raça quer ter.