sexta-feira, abril 02, 2004

O ÓDIO FUNDAMENTALISTA CRISTALINAMENTE EXPRESSO

A itálico, excerto de notícia do Expresso:

Uma cassete de vídeo com a ameaça de «destruir Roma pela espada» foi encontrada pela polícia antiterrorista italiana em Cremona, em casa de um homem suspeito de pertencer a uma organização terrorista, noticiou hoje a imprensa italiana.

Aquele que destruirá Roma prepara já as suas espadas. Roma não será conquistada pela palavra, mas pela força e pelas armas», diz-se na mensagem contida na cassete, segundo a revista semanal Panorama.

A ameaça, refere a revista, é proferida pelo xeque Abu Qatadah al-Falastini, um jordano membro da Al-Qaida actualmente preso em Londres.

«Roma é a cruz e o Ocidente é a cruz. E os romanos são os donos da cruz. O objectivo dos muçulmanos é o Ocidente. Abriremos Roma», continua a mensagem.

O intérprete que traduziu a cassete para a polícia antiterrorista explicou que o termo «abriremos» tem um significado histórico, o de «apoderar-se, pela força e pelo sangue, destruindo e subjugando o povo, neste caso os romanos».

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Ainda segundo a Panorama, Trabelsi terá ameaçado a Itália nos seguintes termos: «Queremos atacar a Itália porque esse cão do Berlusconi apoiou esse cão do Bush».
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E mai' nada, como diria Fernando Rocha.

Que mais querem os Mários Soares e afins para retirarem a cabeça da areia? De um requerimento por escrito da Al-caida a pedir por favor para entrarem em guerra? Os terroristas arranjam uma maneira de declarar ódio absoluto e essencial contra o Ocidente - simbolizado, em parte, por Roma, raiz da cultura europeia, e, no que diz respeito aos Portugueses, de boa parte da sua identidade étnica - e a cambada politicamente correcta assobia para o lado, como se não fosse nada com eles?

E se houver uma tragédia em Itália, a esquerdalhada abjecta vai simplesmente convocar uma das suas nojentas «manifs» a culpar Berlusconi e a exigir a sua demissão?

Em 1979, Aleksandr Isayevich Solzhenitsyn deu uma palestra na Universidade de Harvard, intitulada «O Declínio da Coragem», na qual descreveu o modo como as multidões do Ocidente se tornaram cobardes, agigantando-se «heroicamente» contra aqueles em que é fácil bater e fugindo dos verdadeiros inimigos terroristas. E, hoje, é demasiadamente fácil bater numa foto de Bush, de Aznar, de Berlusconi, de Tony Blair, de Durão Barroso e armar-se em valente contra a polícia de choque que tem de tratar os manifestantes nas palminhas.